21.04.2024
Atos 20.28-31 (NVT)
28“Portanto, cuidem de si mesmos e do rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, a fim de pastorearem sua igreja, comprada com seu próprio sangue. 29Sei que depois de minha partida surgirão em seu meio falsos mestres, lobos ferozes que não pouparão o rebanho. 30Até mesmo entre vocês se levantarão homens que distorcerão a verdade a fim de conquistar seguidores. 31Portanto, vigiem! Lembrem-se dos três anos que estive com vocês, de como dia e noite nunca deixei de aconselhar com lágrimas cada um de vocês.
O chamado para os cristãos é que perseverem – que perseverem na sã doutrina, sim!; e que perseverem também no amor, amor a Deus e ao próximo. Éfeso, no segundo quesito, parece ter fracassado, apesar do exemplo e da exortação de Paulo (cf. Ap 2.1-7).
A perseverança dos santos é um projeto comunitário, modelado e levado adiante por presbíteros na igreja. Por isso, na segunda parte de sua MasterClass aos presbíteros de Éfeso – em Atos 20.28-31 –, que Paulo deixará claro o quão crucial será o papel deles na saúde e sobrevivência da igreja, após a sua partida. Paulo dirá: “Cuidem!” E dirá também: “Vigiem!” Ou seja: [1.] Paulo destacará a importância do presbiterado (ou do pastorado de presbíteros ou pastores, como queiram) na vida de uma igreja local. Por fim, [2.] o apóstolo dará a esses homens quatro incentivos para eles se dedicarem a esse trabalho com a mesma dedicação que Paulo mesmo empenhou na igreja em Éfeso.
Pelo que podemos dizer, praticamente nada mudou – entre o dia em que isto foi escrito e hoje – para que mudasse também o ensinamento a respeito do papel de presbíteros na perseverança dos crentes em uma igreja local. Portanto, ouçamos com atenção o que esse ensino significa para a sua vida em particular e, como um todo, para a nossa igreja, a SIB em Goiânia.
Paulo começa a exortação que tinha a fazer aos presbíteros com este imperativo, Atos 20.28: “Portanto, cuidem de si mesmos e do rebanho”; ou: olhem, atentem-se, velem por si mesmos e pelo rebanho. Depois, na conclusão do parágrafo, ele amarra tudo com este imperativo, versículo 31: “Portanto, vigiem!” Ou seja: o parágrafo começou e terminou com voz de comando: “Cuidem!”, “Vigiem!”, ou: mantenham-se acordados, alertas, vigilantes, jamais baixem a guarda do cuidado e da vigilância.
Essa foi a forma que Paulo escolheu para dizer que uma igreja, qualquer igreja local, é sempre uma igreja sob ameaça. Satanás jamais tira férias. O pecado espreita à porta, esperando o momento do descuido doutrinário ou moral dos crentes. A ordem para os presbíteros, portanto, é: Mantenham-se acordados. Estejam atentos. Vigiem.
Mas vigiar o quê?
Paulo aplica de duas maneiras a vigilância que se deve ter na igreja: [1.] os presbíteros devem cuidar de si mesmos e do rebanho (At 20.28); e [2.] os presbíteros devem vigiar a si mesmos e a igreja, velar pelas próprias almas e pela igreja (At 20.31). Leia, mais uma vez, Atos 20.28 e 31: “28Portanto, cuidem de si mesmos […] 31Portanto, vigiem!”.
Paulo estava dizendo que os presbíteros (o colegiado de homens que cuidam do rebanho) deveriam cuidar uns dos outros, pastorear uns aos outros e vigiar, velar uns pelos outros. Mas não é somente isto. Paulo estava dizendo também que, além de cuidarem uns dos outros e velarem uns pelos outros, enquanto presbíteros, eles deveriam também cuidar do rebanho e vigiar o rebanho.
A LIÇÃO É MUITO CLARA: presbíteros (pastores) são homens não apenas com um tipo ortodoxo de doutrina, mas também com um tipo santo de vida. A Timóteo, que mais tarde estaria pastoreando em Éfeso, Paulo escreveu nas duas cartas estas palavras, amarrando doutrina sã e vida santa na mesma pessoa do presbítero ou pastor. Leia com atenção e perceba a importância destes imperativos – “vigiem!”, “cuidem!”:
1Timóteo 4.11-16 (NVT)
11Ensine estas coisas e insista nelas. 12Não deixe que ninguém o menospreze porque você é jovem. Seja exemplo para todos os fiéis nas palavras, na conduta, no amor, na fé e na pureza. 13Até minha chegada, dedique-se à leitura pública das Escrituras, ao encorajamento e ao ensino.
14Não descuide do dom que recebeu por meio de profecia quando os presbíteros impuseram as mãos sobre você. 15Dedique total atenção a essas questões. Entregue-se inteiramente a suas tarefas, para que todos vejam seu progresso. 16Fique atento a seu modo de viver e a seus ensinamentos. Permaneça fiel ao que é certo, e assim salvará a si mesmo e àqueles que o ouvem.
2Timóteo 3.10-12 (NVT)
10Mas você sabe muito bem o que eu ensino, como vivo e qual é meu propósito de vida. Conhece minha fé, minha paciência, meu amor e minha perseverança. 11Sabe quanta perseguição e quanto sofrimento suportei e o que me aconteceu em Antioquia, Icônio e Listra; o Senhor, porém, me livrou de tudo isso. 12Sim, e todos que desejam ter uma vida de devoção em Cristo Jesus sofrerão perseguições.
A questão para Paulo era esta: importa muito o tipo de pessoa que o presbítero é, e não apenas o tipo de doutrina que ele crê; importa sim o que ele prega, e importa muito também como ele vive. Robert Murray McCheyne tinha captado essa mensagem, quando escreveu: “O que meu povo mais precisa de mim é minha santidade pessoal.” Paulo concordaria. Foi por isso que ele disse, primeiramente: “cuidem se si mesmos, vigiam a si mesmos, presbíteros”, para só então dizer: “e do rebanho também” (At 20.28, 31). E Paulo também disse que “o bispo [o presbítero] deve ter uma vida irrepreensível” e complementou, destacando a importância da vida pessoal do presbítero:
1Timóteo 3.4-5 (NVT)
4Deve liderar bem a própria família e ter filhos que o respeitem e lhe obedeçam. 5Pois, se um homem não é capaz de liderar a própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?
Tendo declarado a prioridade dos presbíteros – que é a de cuidar de si mesmos, vigiar a si mesmos para manterem tanto a doutrina sã quanto a vida santa, Paulo tratará de dizer, resumidamente, como deve ser o pastoreio de presbítero. Leia de novo, Atos 20.28a: “Portanto, cuidem de si mesmos E DO REBANHO”. Note aqui três coisas que são muito importantes para a nossa vida como igreja, e para a sua vida individualmente.
Primeiro, a igreja é como um rebanho de ovelhas que necessita de pastores.
Segundo, os presbíteros são os pastores desse rebanho (o bispo que vela pelas almas das ovelhas do rebanho).
Terceiro, é dever dos pastores cuidar das ovelhas.
Essas três verdades estão solidamente estabelecidas, ainda que de forma compacta, em Atos 20.28 – “Portanto, cuidem de si mesmos [esses “si mesmos são os presbíteros; cf. vs. 17-18] e do rebanho [i.e., a igreja é um rebanho de ovelhas; e os crentes são ovelhas que vivem em rebanho, em uma igreja local] sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, a fim de pastorearem sua igreja [i.e., o rebanho/a igreja é supervisionada ou presidida ou velada e pastoreada por presbíteros; presbíteros são responsáveis por cuidar, alimentar, proteger o rebanho e velar por ele; presbíteros são bispos e pastores para o rebanho, a igreja que foi…], comprada com seu próprio sangue.”
Que a função dos presbíteros é pastorear e presidir/supervisionar, você pode constatar em 1Timóteo 5.17: “Os presbíteros que fazem bem seu trabalho [que governam bem, ou presidem bem] devem receber honra redobrada [honorários em dobro], especialmente os que se dedicam arduamente à pregação e ao ensino.”
Se tivéssemos tempo, poderíamos acessar outras passagens bíblica para demonstrar que não era apenas em Éfeso que a igreja estava assim organizada – isto é, pastoreada e liderada por presbíteros (no plural). De fato, essa era a forma como praticamente todas as igrejas do Novo Testamento se organizavam. Depois você leia, por exemplo, 1Pedro 5.1-3; Tito 1.5, 7; 1Timóteo 3.1; 5.17; Filipenses 1.1 e Tiago 5.14 e Atos 15.22. Permitam-me, porém, ler apenas esta passagem de Atos dos Apostos, que descreve a prática de Paulo em igrejas recém organizadas e ainda bem pequeninas:
Atos 14.21-23 (NVT)
21Depois de terem anunciado as boas-novas em Derbe e feito muitos discípulos, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia, 22onde fortaleceram os discípulos. Eles os encorajaram a permanecer na fé, lembrando-os de que é necessário passar por muitos sofrimentos até entrar no reino de Deus. 23Paulo e Barnabé também escolheram presbíteros em cada igreja e, com orações e jejuns, os entregaram aos cuidados do Senhor, em quem haviam crido.
Em face de tanta evidência bíblica, eu deixo ao seu encargo a conclusão de se ou não a igreja deverá ser pastoreada, cuidada e supervisionada/presidida/velada por presbíteros, os quais, a própria igreja separa comissiona (principalmente dentre os seus próprios) para serem seus pastores ou líderes espirituais (bispos). — Tito 1.5: “Deixei-o na ilha de Creta para que você completasse o trabalho e nomeasse presbíteros em cada cidade, conforme o instruí.” — Por que não é mais assim, especialmente entre batistas? Essa é uma longa história, e que eu estou buscando responder em minha tese de doutorado junto ao Andrew Jumper, em parceria com o Reformed Theological Seminary.
Agora, se você perguntar: Onde O TÍTULO “PASTOR” se encaixa nisso tudo, a resposta é que a palavra “pastor” é derivada de uma palavra do latim (que leva o rebanho ao pasto), que significa exatamente isto: “pastor”. O nome “pastor” tem origem na prática mesma da função do presbítero: que é pastorear a igreja de Deus, cuidando dela, ensinando-a, velando por ela, além de presidi-la ou de supervisioná-la (cf. At 20.28).
O NOVO TESTAMENTO NÃO FAZ DISTINÇÃO entre presbíteros, pastores e bispos – eles são todos usados para a mesma pessoa, ocupando o mesmo ofício, concomitantemente (basta você reler Atos 20.28 para chegar a essa conclusão). Agora, o termo “presbítero” destaca a maturidade de quem deverá ocupar o ofício e, portanto, o respeito devido a ele, por parte da igreja. O termo “pastor” destaca a responsabilidade para com a igreja (levá-la aos pastos verdejantes da Palavra); ela é rebanho de ovelhas do Bom Pastor, que é Cristo. E o termo “bispo” torna esse mesmo papel pastoral ainda mais claro – o de supervisionar o rebanho, velar pelo rebanho, presidir sobre o rebanho – sem, contudo, usar a imagem de ovelhas e pastores. EM RESUMO: “presbítero”, “pastor” e “bispo” (às vezes traduzido como “supervisor”) referem-se todos à mesma pessoa na igreja do Novo Testamento. Eles não são títulos separados para pessoas diferentes.
E no Novo Testamento, como espero já ter deixado claro através dos textos bíblicos já anteriormente mencionados, as igrejas sempre tiveram mais de um presbítero, pastor ou bispo. Uma igreja com um só pastor era algo desconhecido no Novo Testamento. De fato, a pluralidade de presbíteros, pastores ou bispos era uma realidade no Novo Testamento, independentemente da idade ou do tamanho da igreja.
Veja: mesmo que se interprete o anjo de cada igreja, citado em cada uma das sete cartas endereçadas às igrejas da Ásia Menor, como sendo esse anjo a figura de pastor da igreja, em Apocalipse 1 e 2, isso não eliminaria a realidade da pluralidade de presbíteros ou pastores ou bispos nessas igrejas, apenas diria que um entre os pares era encarregado de presidi-los também, um tipo de “pastor titular”; este era o caso, por exemplo, de Timóteo na igreja em Éfeso (onde, estamos vendo, havia pluralidade de presbíteros). Certo?
POR QUE UMA PLURALIDADE DELES? Por que não apenas um pastor ou um presbítero? Por que muitos, ou mais de um? Precisamente por que aos presbíteros está delegada a tarefa de – como bem destacou a tradução da ARA – pastorear e velar por “todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus” (At 20.28). NOTE: “ TODO o rebanho”. Não apenas as ovelhas saudáveis, mas também as doentes. Não apenas os fortes, mas também os fracos. Não apenas os entusiasmados, mas também os indiferentes. Não apenas os dóceis, mas também os rebeldes. Não apenas as ovelhas, mas também os bodes, como se costumam brincar a respeito dos mais duros do rebanho da igreja.
Portanto, QUANTOS PRESBÍTEROS DEVERIA TER UMA IGREJA? Ora, tantos quantos sejam possíveis para que “TODO o rebanho” seja pastoreado. E, todos sabemos, pastoreio não é só o púlpito. Não é menos do que o púlpito, mas não é só o púlpito. Requer presença. Visita. Acompanhamento individual. E como fazer isto em uma igreja com 512 pessoas arroladas no rol de membros, como é o caso da nossa? Ora, só será possível por meio da pluralidade de presbíteros para que “TODO o rebanho” seja pastoreado por igual.
ISSO IMPLICA EM QUE:
Primeiro, não pode ser apenas o pastor Leandro, o pastor Roberto ou o pastor Jailton; temos de ter mais homens para pastorear este rebanho; temos de ter presbíteros.
Segundo, o pastor Leandro não será o único pastor da igreja ou o único a pastorear a igreja; ou seja, os membros terão de se conscientizar de que estarão sendo pastoreados quando qualquer um dos pastores ou presbíteros forem ao seu encontro, ainda que não seja o pastor Leandro. A igreja estará sendo pastoreada sim também pelos presbíteros ou pastores ou bispos, não apenas pelo pastor Leandro.
Para se ter uma ideia de quão imprescindível é o cuidado do rebanho todo através do ministério de múltiplos pastores ou presbíteros, ouça o que Richard Baxter tem a dizer sobre o texto de Atos 20.28 – quando estava tratando do significado de “todo o rebanho” (extraído do clássico O Pastor Aprovado):
Todo o rebanho inclui cada membro ou indivíduo de nosso pastoreio e toda a congregação. Para isso, é necessário conhecer cada pessoa da congregação, pois como poderíamos cuidar delas sem conhecê-las? […] Não velaria, um pastor cuidadoso, sobre cada uma das ovelhas do rebanho? Não zelaria, um bom professor, por seus alunos individualmente? Não cuidaria, um bom médico, de cada paciente? E um bom comandante, de cada soldado? Por que não, os pastores, mestres, curas, guias das igrejas de Cristo não deveriam cuidar de todos e de cada membro de seu pastoreio? […] Paulo ensinou a seus ouvintes não apenas publicamente, mas também “em seus lares” (At 20.20); e, em outro lugar, disse: “proclamamos a Cristo, advertindo a todos e ensinando a cada um com toda a sabedoria, para apresentá-los maduros em Cristo” (Cl 1.28). Muitas outras passagens deixam claro que o cuidado de cada indivíduo do rebanho é um dever ministerial, e muitas passagens dos antigos concílios [teólogos ou pais da igreja] mostram que tal era a prática dos tempos primitivos. Cito apenas Inácio: “Que as congregações se reúnam com freqüência, e cada um seja chamado pelo próprio nome, sem desprezar os servos ou as domésticas”.
Ora, é claro que para conseguirmos tal prática em uma igreja do tamanho da nossa será necessário ter presbíteros ou pastores em número suficiente para que cada membro da igreja seja conhecido pelo nome e seja alimentado, ajudado e discipulado ou aconselhado de acordo com a sua necessidade particular. Foi por isso que Richard Baxter acrescentou, com razão, o seguinte:
Que felicidade seria para a igreja de Cristo, se tivéssemos pastores capazes e fiéis em proporção ao número de almas, tantos pastores quantas igrejas específicas de um tamanho que todos pudéssemos “pastorear o rebanho de Deus” (1Pe 5.2).
Pois bem, até aqui o que analisamos foi “o pastoreio de presbíteros”, vimos até este momento que Paulo dá aos presbíteros uma ordem geral para estarem alertas, despertos e em guarda – para estarem vigilantes no que diz respeito à sua própria vida e ministério espiritual de cuidado do rebanho – TODO o rebanho.
Agora, Paulo irá concluir. O apóstolo apresentará o que podemos chamar de QUATRO INCENTIVOS, motivações ou encorajamentos aos presbíteros para fazerem o seu trabalho com grande diligência e seriedade. Afinal, o que presbíteros têm a fazer não é apenas realizar um trabalho, não é meramente ter uma profissão entre outras profissões, tal como a de advogado, médico, engenheiro ou qualquer que seja o encargo profissional.
O que presbíteros têm para fazer é uma santa vocação, uma tarefa nobre, excelente, destacada dentre todas as vocações no mundo. E Paulo realmente enfatiza o quão alto é o que está em jogo neste ministério, demonstrando tanto o privilégio de quem serve como presbítero quanto a necessidade do rebanho de se submeter a eles, como convém no Senhor.
Eis os quatro incentivos:
Algumas observações sobre a necessidade de vigilância:
O incentivo para a vigilância aqui é o perigo de que de dentro da própria igreja (ou denominação) pessoas aspirarão ao presbitério, mas tais não passarão de lobos em pele de cordeiro (Mt 7.15). Tais indivíduos, lentamente começarão a falar coisas distorcidas e erradas sobre as Escrituras. E a menos que os presbíteros estejam espiritualmente alertas e sejam completamente bíblicos na sua vigilância, os lobos poderão destruir o rebanho e o sentido da fé.
Deixe-me apenas mencionar uma característica a ser observada no reconhecimento de lobos. John Piper falou da observação que fez do desvio que ocorreu da fidelidade bíblica para o liberalismo teológico em pessoas e instituições que conheceu ao longo dos anos, e destacou esta característica: “um desencanto emocional com a fidelidade ao que é antigo e fixo, e uma preocupação emocional com o que é novo ou da moda ou relevante aos olhos do mundo”.
DITO DE OUTRA FORMA: quando essa atitude prevalece, você não percebe mais na pessoa que ela realmente deseja colocar sua mente, seu coração e sua vida em conformidade com a verdade bíblica fixa. Em vez disso, você vê nessas pessoas o desejo de retratar a verdade bíblica como algo não fixo, fluido, indefinível, distante, inacessível e, portanto, aberto às tendências do dia e, portanto, aberto a atualizações.
Portanto, o que marca um possível lobo em formação não é simplesmente o fato de ele rejeitar ou aceitar qualquer verdade bíblica específica, mas o fato de ele não estar profundamente orientado ou guiado pela Bíblia. Ele será orientado mais pela cultura, experiência e vontade própria; não estará mais capturado pela grande e antiga fé entregue de uma vez por todas aos santos; em vez disso, estará apaixonado pelo que é novo e inovador.
John Piper escreveu assim:
Um bom presbítero poderá e deverá ser criativo. Mas a marca indispensável quando se trata de adequação doutrinária é a fidelidade ao que está revelado nas Escrituras – isto é, submissão disciplinada e humilde às afirmações específicas da Bíblia – cuidadosamente e reverentemente estudadas, explicadas e valorizadas. Quando esse espírito começa a desaparecer, há um lobo em formação.
Portanto, o terceiro incentivo para os presbíteros é o perigo sempre presente de lobos em pele de cordeiro que distorcem a verdade e conduzem o povo para a destruição ou a desconfiguração completa da fé cristã genuína.
Atos 20.28-31 (NVT)
28“Portanto, cuidem de si mesmos e do rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, a fim de pastorearem sua igreja, comprada com seu próprio sangue. 29Sei que depois de minha partida surgirão em seu meio falsos mestres, lobos ferozes que não pouparão o rebanho. 30Até mesmo entre vocês se levantarão homens que distorcerão a verdade a fim de conquistar seguidores. 31Portanto, vigiem! Lembrem-se dos três anos que estive com vocês, de como dia e noite nunca deixei de aconselhar com lágrimas cada um de vocês.
S.D.G. L.B.Peixoto
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