29.10.2023
[Atos 20.1-17] 1Passado o tumulto, Paulo mandou chamar os discípulos e os encorajou. Então se despediu e partiu para a Macedônia. 2Enquanto estava lá, encorajou os discípulos em todas as cidades por onde passou. Em seguida, desceu à Grécia, 3onde ficou por três meses. Quando se preparava para navegar de volta à Síria, descobriu que alguns judeus conspiravam contra sua vida e decidiu voltar pela Macedônia. 4Alguns homens viajavam com ele: Sópatro, filho de Pirro, de Bereia; Aristarco e Secundo, de Tessalônica; Gaio, de Derbe; Timóteo; e Tíquico e Trófimo, da província da Ásia. 5Eles foram adiante e esperaram por nós em Trôade. 6Terminada a Festa dos Pães sem Fermento, embarcamos num navio em Filipos e, cinco dias depois, nos reencontramos em Trôade, onde ficamos uma semana. 7No primeiro dia da semana, nos reunimos com os irmãos de lá para o partir do pão. Paulo começou a falar ao povo e, como pretendia embarcar no dia seguinte, continuou até a meia-noite. 8A sala no andar superior onde estávamos reunidos era iluminada por muitas lamparinas. 9O discurso de Paulo se estendeu por horas, e um jovem chamado Êutico, que estava sentado no parapeito da janela, ficou muito sonolento. Por fim, adormeceu profundamente, caiu de uma altura de três andares e morreu. 10Paulo desceu, inclinou-se sobre o jovem e o abraçou. “Não se desesperem”, disse ele. “O rapaz está vivo!” 11Então todos subiram novamente, partiram o pão e comeram juntos. Paulo continuou a lhes falar até o amanhecer e depois partiu. 12Enquanto isso, o jovem foi levado para casa vivo, e todos sentiram grande alívio. 13Paulo foi por terra até Assôs, onde havia definido que devíamos esperar por ele, enquanto nós fomos de navio. 14Encontrou-se conosco em Assôs e navegamos juntos até Mitilene. 15No dia seguinte, passamos em frente à ilha de Quios. No outro dia, atravessamos para a ilha de Samos e, um dia depois, chegamos a Mileto. 16Paulo havia decidido não aportar em Éfeso, pois não queria passar mais tempo na província da Ásia. Tinha pressa de chegar a Jerusalém, se possível, para a Festa de Pentecostes. 17Por isso, em Mileto, mandou chamar os presbíteros da igreja de Éfeso.
O mundo dorme sobre os seus próprios pecados; e precisa acordar!
O mundo precisa despertar desse sono profundo, dessa ilusão de luxúrias e vaidades; precisa acordar desse pesadelo desgraçado que é o estado atual da humanidade. — MAS COMO? — Somente o evangelho de Cristo, tal como os apóstolos no-los entregaram, poderá acordar e salvar este mundo deste estado moribundo e de destruição. Paulo sabia disso, e foi para isto que ele viveu: cumprir a grande comissão de Jesus, isto é, pregar o evangelho, plantar igrejas (aliás, ele amava a igreja!) e fazer com que o evangelho se espalhasse através dessas novas igrejas até aos confins da terra. Vimos isso na última mensagem no livro de Atos. Hoje, voltamo-nos para Atos 20.1-17.
À primeira vista, nosso texto parece não ter algo a nos dizer. Primeiro porque nos mostra apenas alguns pedaços do período logo após a saída do apóstolo Paulo de Éfeso. De fato, se quisermos saber mais detalhes dessa época (narrada em Atos 20.1-17), teremos de ler trechos de três cartas que Paulo escreveu durante esse período, são estas as cartas: 1 e 2 Coríntios e Romanos. Quanto ao encontro de Paulo com a igreja em Trôade, esse episódio foi descrito com mais detalhes em Atos 20.7-12. Ainda assim, podemos inicialmente ler esses versículos – Atos 20.1-17 – e pensar: “É tudo muito interessante, mas parece não guardar relação com a minha vida. É bacana conhecer esse diário de viagens de Paulo, mas, de modo prático, o que tudo isso tem a ver comigo?”
Calma! Não se precipite.
Pouco abaixo da superfície da descrição que Lucas faz das viagens de Paulo, após o apóstolo sair de Éfeso (onde esteve ministrando por quase três anos; Atos 19), acham-se aqui outro recorte do amor e do compromisso inabaláveis de Paulo com a igreja de Cristo. E como já vimos na mensagem anterior, foram esse amor e esse compromisso que estiveram no cerne de como Deus usou Paulo para mudar o mundo para Cristo. Com efeito, neste relato está a receita de Paulo para mudar o mundo. Sim, não importam quais sejam os seus dons ou chamados individuais, você precisará estar comprometidos com a igreja de Jesus Cristo – amar a igreja de forma real e concreta, viver igreja, envolver-se com a igreja e agir como igreja, se quiser ver Deus realmente te usar para mudar o mundo – de forma retentiva – para a glória de Cristo. Digo isso porque a igreja mobilizada é o meio de se cumprir a Grande Comissão e, assim, mudar o mundo.
Atos 20.1-17 revela quatro aspectos da estratégia de Paulo – quatro aspectos da receita de Paulo para mudar o mundo que está perdido e dormindo sobre o pecado:
Para visualizar essa estratégia, siga comigo o fluxo do texto – siga comigo o diário de viagens de Paulo.
Paulo encorajou os crentes de Éfeso e da Macedônia (20.1-2a):
1Passado o tumulto [em Éfeso], Paulo mandou chamar os discípulos e os encorajou. Então se despediu e partiu para a Macedônia [Filipos, Tessalônica, Bereia]. 2Enquanto estava lá, encorajou os discípulos em todas as cidades por onde passou. […]
Foi nessa época, lá da Macedônia, que Paulo deve ter ido “até o Ilírico” (Rm 15.19) – o Ilírico era uma região situada ao nordeste da Itália (abrangia Creta); hoje em dia (antiga região da Yugoslávia), abriga os seguintes países (nos Bálcãs): Sérvia, Montenegro, Kosovo, norte da Albânia, Bósnia e Herzegovina e Croácia.
Foi também da Macedônia (provavelmente de Filipos) que, após a chegada de Tito com notícias de Corinto, Paulo escreveu 2Coríntios (2Co 5.5-7).
Paulo encorajou os crentes de Éfeso e da Macedônia…
Paulo permaneceu em Corinto por três meses (20.2b–3a):
Em seguida, desceu à Grécia [Atenas, Corinto], 3onde ficou por três meses.
Esses três meses em Corinto foram por Paulo empregados, principalmente, na solução dos problemas teológicos, litúrgicos e morais que a igreja de Corinto vinha enfrentando – revelados nas suas cartas. Afinal, opositores do apóstolo vinham desviando esses irmãos da sã doutrina e conduta da piedosa, e jogando-os contra a autoridade de Paulo – como se percebe em 2Coríntios.
Foi também durante esses três meses em Corinto (At 20.3a) que Paulo escreveu seu maior tratado teológico, a epístola aos Romanos. Nessa carta, assim como em todas as cartas do apóstolo, fica claro que Paulo não ministrava para encorajar e fortalecer igrejas para que elas pudessem apenas ser calorosas, acolhedoras e aconchegantes para seus membros viverem isolados do mundo perdido lá fora. Longe disso. Paulo estava fortalecendo igrejas para que pudessem cumprir a Grande Comissão e preparar obreiros que pudessem ser enviados para levar o evangelho e plantar outras igrejas tanto em sua região, como aonde Cristo ainda não havia sido pregado. É tão verdade que Paulo, àquela altura de sua vida (contando entre 50 e 55 anos de idade), tinha o plano de visitar Roma e depois seguir para a Espanha.
Romanos 15.17-28 17Tenho motivo, portanto, para me entusiasmar com o que Cristo Jesus tem feito por meio de meu serviço a Deus. 18E, no entanto, não ouso me vangloriar de nada, exceto do que Cristo fez por meu intermédio a fim de conduzir os gentios a Deus, por minha mensagem e pelo meu trabalho, 19convencendo-os pelo poder de sinais e maravilhas e pelo poder do Espírito de Deus. Assim, apresentei plenamente as boas-novas de Cristo desde Jerusalém até o Ilírico. 20Sempre me propus a anunciar as boas-novas onde o nome de Cristo nunca foi ouvido, para não construir sobre alicerce alheio. […] 22É por isso, aliás, que há tanto tempo tenho adiado minha visita a vocês, porque estava pregando nesses lugares. 23Mas, agora que terminei meu trabalho nessas regiões [Antioquia, Síria, Chipre, Icônio, Listra, Antioquia da Macedônia, Acaia/Grécia, Ásia Menor], e depois de tantos anos de espera, estou ansioso para visitá-los. 24Planejo ir à Espanha e, quando for, espero passar por Roma. E, depois de ter desfrutado um pouco de sua companhia, vocês poderão me ajudar com a viagem.
A igreja que se volta para si mesma e perde o foco da Grande Comissão é uma igreja moribunda. A estratégia de Paulo, ao contrário, era (e continua sendo para nós) mudar o mundo com a estratégia de plantar novas igrejas e fortalecer igrejas locais já plantadas.
Paulo encorajou os crentes de Éfeso e da Macedônia… Paulo permaneceu em Corinto por três meses… E O DIABO NÃO FICOU CONTENTE…
Uma tentativa judaica de assassinar Paulo fez que ele decidisse iniciar a viagem para Jerusalém por terra, e não por mar (20.3b):
Quando se preparava para navegar de volta à Síria, descobriu que alguns judeus conspiravam contra sua vida e decidiu voltar pela Macedônia.
Nada pararia esse homem de Deus, senão a própria morte. Perseverança e prudência eram seu lema no cumprimento da Grande Comissão. Paulo prosseguiu…
Os companheiros de Paulo na viagem eram representantes de diversas igrejas da Macedônia, Galácia, Acaia e Ásia [encarregados de levar o dinheiro das ofertas para os pobres da Judeia] (20.4-5):
4Alguns homens viajavam com ele [representantes das igrejas nas regiões onde Paulo havia organizado igrejas: Macedônia, Galácia e Ásia]: Sópatro, filho de Pirro, de Bereia; Aristarco e Secundo, de Tessalônica; Gaio, de Derbe; Timóteo [Listra]; e Tíquico e Trófimo [Éfeso], da província da Ásia. 5Eles foram adiante e esperaram por nós em Trôade.
Neste ponto da narrativa (observe a expressão “esperaram por nós” em 20.5), Lucas retornou à comitiva de Paulo. Lucas havia ficado em Filipos (At 17.1ss), para concluir o trabalho de organização daquela igreja macedônia.
Sobre a oferta que eles levariam para Jerusalém, pode-se achar aqui:
Romanos 15.25-28 [escrevendo de Corinto: Grécia] 25Antes de visitá-los, porém, devo ir a Jerusalém, para servir ao povo santo de lá. 26Pois os irmãos da Macedônia e da Acaia juntaram, de boa vontade, uma oferta para os pobres dentre o povo santo em Jerusalém. 27Ficaram contentes em fazê-lo, pois se sentem devedores deles. Porque os gentios receberam as bênçãos espirituais das boas-novas dos irmãos em Jerusalém, consideram que no mínimo podem retribuir ajudando-os financeiramente. 28Assim que eu tiver entregado o dinheiro e completado essa boa ação dos gentios, irei à Espanha, visitando vocês de passagem.
2Coríntios 8.16-19 [escrevendo de Filipos: Macedônia] 16Agradeço a Deus porque ele concedeu a Tito a mesma dedicação que eu tenho por vocês. 17Tito recebeu com prazer nosso pedido para que os visitasse outra vez. Na verdade, ele mesmo estava ansioso para ir vê-los. 18Com ele estamos enviando outro irmão, que é elogiado por todas as igrejas como pregador das boas-novas. 19Ele foi nomeado pelas igrejas para nos acompanhar quando levarmos a oferta, um serviço que visa glorificar o Senhor e mostrar nossa disposição de ajudar.
Paulo estava trabalhando, mobilizando igrejas locais para a prática do amor cristão – o amor das igrejas dos gentios para com as igrejas dos judeus. Então chegou a Trôade.
O ministério de Paulo em Trôade revela seu poder apostólico e seu compromisso com a edificação dos irmãos (20.6-13)
6Terminada a Festa dos Pães sem Fermento, embarcamos num navio em Filipos e, cinco dias depois, nos reencontramos em Trôade, onde ficamos uma semana.
Foi em Trôade (você deve se recordar) que Paulo teve a visão do macedônio que, da parte de Deus, o direcionou para a região da Macedônia (At 16.6-10). Agora, NOTE: o compromisso de Paulo com o culto:
7No primeiro dia da semana, nos reunimos com os irmãos de lá para o partir do pão. Paulo começou a falar ao povo e, como pretendia embarcar no dia seguinte, continuou até a meia-noite. 8A sala no andar superior onde estávamos reunidos era iluminada por muitas lamparinas. 9O discurso de Paulo se estendeu por horas, e um jovem chamado Êutico, que estava sentado no parapeito da janela, ficou muito sonolento. Por fim, adormeceu profundamente, caiu de uma altura de três andares e morreu. 10Paulo desceu, inclinou-se sobre o jovem e o abraçou [à exemplo do que fizeram Elias, Eliseu e Pedro: 1Rs 17.17-24, 2Rs 4.33-36, At.36-42]. “Não se desesperem”, disse ele. “O rapaz está vivo!” 11Então todos subiram novamente, partiram o pão e comeram juntos. Paulo continuou a lhes falar até o amanhecer e depois partiu. 12Enquanto isso, o jovem foi levado para casa vivo, e todos sentiram grande alívio. 13Paulo foi por terra até Assôs, onde havia definido que devíamos esperar por ele, enquanto nós fomos de navio. 14Encontrou-se conosco em Assôs e navegamos juntos até Mitilene. 15No dia seguinte, passamos em frente à ilha de Quios. No outro dia, atravessamos para a ilha de Samos e, um dia depois, chegamos a Mileto. 16Paulo havia decidido não aportar em Éfeso, pois não queria passar mais tempo na província da Ásia. Tinha pressa de chegar a Jerusalém, se possível, para a Festa de Pentecostes. 17Por isso, em Mileto, mandou chamar os presbíteros da igreja de Éfeso.
Sobre este culto (o primeiro de que se tem maior registro, desde a ascensão de Cristo e o Pentecostes), note os seguintes:
Sobre a importância do domingo, Tony Merida escreveu que “não congregar semanalmente é arriscado. A reunião comunitária é um dos meios que Deus utiliza para sustentar e abençoar seu povo pela obediência a longo prazo.”
Para nos ajudar a compreender melhor o que historicamente os batistas creem sobre o domingo e o culto cristão, permitam-me ler três parágrafos da Confissão de Fé Batista de Londres de 1689:
CAPÍTULO 22: DA ADORAÇÃO RELIGIOSA E DO DIA DE DESCANSO
5. AS PARTES DA ADORAÇÃO religiosa a Deus incluem ler as Escrituras [1Tm 4.13]; pregar e ouvir a Palavra de Deus [2Tm 4.2; Lc 8.18]; ensinar e admoestar uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em nossos corações [Cl 3.16; Ef 5.19]; assim como a administração do Batismo [Mt 28.19-20] e da Ceia do Senhor [1Co 11.26].
A adoração deve ser realizada em obediência a Deus, com entendimento, fé, reverência e santo temor. Além disso, a humilhação solene, com jejuns [Et 4.16; Jl 2.12] e ações de graças, em ocasiões especiais, deve ser usada de uma maneira santa e reverente [Êx 15.1-19; Sl 107].
Mark Devem em Refletindo a Glória de Deus
As páginas do Novo Testamento estão cheias de exemplos de maneiras como os cristãos primitivos organizavam suas igrejas. Nessas páginas, descobrimos que houve momentos de comunhão juntos (At 20.7; Hb 10.25), momentos para eleições (At 1.23-26; 6.5-6), havia oficiais (por exemplo, Fp 1.1; At 20.17, 28), praticava-se a disciplina eclesiástica (1Co 5), recolhia-se contribuições financeiras (Rm 15.26; 1Co 16.1-2), lia-se cartas de recomendação (At 18.27; 2 Co 3.1), havia a ministração das ordenanças: Batismo e Ceia (At 2.41; 1 Co 11.23-26) e qualificações para a membresia (Mt 28.19; At 2.47). É evidente que Deus nos outorgou, em sua Palavra, direção a respeito de vários aspectos da estrutura da vida de uma igreja.
7. Visto que é a lei da natureza que, em geral, pela designação de Deus, uma porção do tempo seja separada para a adoração que a ele se presta, o próprio Deus particularmente estabeleceu, pela sua Palavra, em UM MANDAMENTO POSITIVO, MORAL E PERPÉTUO, o qual se impõe a todos os homens, em todas as épocas, um dia dentre sete como dia de descanso, santificado para ele mesmo [Êx 20.8]. Do princípio do mundo até a ressurreição de Cristo, esse dia de descanso era o último dia da semana. A partir da ressurreição de Cristo, porém, foi mudado para o primeiro dia da semana, que é chamado de Dia do Senhor [1Co 16.1-2; At 20.7; Ap 1.10], e, como Descanso Cristão, deve ter continuidade até o fim do mundo. A observância do último dia da semana foi abolida.
8. O DIA DE DESCANSO é, então, santificado para o Senhor quando os homens, depois de prepararem devidamente os seus corações e de colocarem em ordem, com antecipação, os seus afazeres comuns, não somente observam, ao longo de todo o dia, um descanso santo de suas obras, palavras e pensamentos, no que diz respeito a seu emprego e recreações seculares [Is 58.13; Ne 13.15-22]; mas, além disso, quando ocupam todo o tempo com o exercício público e privado de sua adoração, com os seus deveres necessários e com atos de misericórdia [Mt 12.1-13].
AGORA, DEIXE-ME FALAR SOBRE O SONO DE ÊUTICO. Ora, se houve quem dormisse em um sermão do apóstolo Paulo, imaginem no meu, quem não dormirá?!
FIQUEI PENSANDO: o que faria alguém dormir no culto? “Sermão muito longo, pastor!”, alguém poderá dizer. É verdade. De fato!, sermão longo, inda mais em uma época como a nosso, pode sim fazer as pessoas dormirem na igreja. Aliás, existem algumas análises divulgadas através de pesquisas ao redor do mundo sobre a capacidade de atenção das pessoas; essas pesquisas afirmam que o máximo de tempo que um ser humano consegue se concentrar é de 7 a 10 minutos. — E se for verdade? — Ora, é papel do pregador e da igreja reunida esticar essa nossa capacidade. Sendo assim, permitam-me apontar o que pode, realmente, causar sono em alguém durante o sermão:
1. FATORES ESTRUTURAIS E FÍSICOS. [1.] O ambiente quente e mal ventilado do local de culto pode provocar o sono. Aliás, há quem diga que a grande quantidade de lamparinas com a fumaça (oxigênio ficando rarefeito) e o calor tenham causado sono no Êutico. [2.] Outras coisas que causa sono: estado de saúde, medicação, privação de sono, falta de descanso etc. EU SEI: o sermão longo realmente poderá colocar algumas pessoas para dormir, mas se alguns desses fatores estruturais e físicos forem regulados, certamente que aumentará a capacidade de atenção e de retenção da mensagem.
2. FATORES ESPIRITUAIS. [1.] Algumas pessoas dormem no culto simplesmente porque elas nunca foram acordadas espiritualmente, nunca foram salvas (não nasceram de novo; não têm apetite espiritual). Essas pessoas participam do culto mas não se envolvem nele com o coração. [2.] Outras pessoas dormem no culto exatamente como Sansão dormiu no colo de Dalila: porque estão (como estava Sansão) lambuzadas de pecado. A cena é muito triste, veja:
Juízes 16.19-20 19Dalila fez Sansão dormir com a cabeça em seu colo e então chamou um homem para cortar as sete tranças do cabelo dele. Desse modo, começou a enfraquecê-lo, e suas forças o deixaram. 20Então ela gritou: “Sansão! Os filisteus vieram atacá-lo!”. Ao acordar, ele pensou: “Farei como das outras vezes e me livrarei deles”. Não sabia, porém, que o SENHOR o havia deixado.
O pecado nos dessensibiliza e logo nos faz adormecer para as coisas espirituais, mesmo estando na igreja. Embora externamente tudo possa parecer bem, o pecado nos torna indiferentes e entediados com as coisas espirituais.
3. FATORES TRADICIONAIS. [1.] Pregadores enfadonhos: sermões mal preparados, assuntos desconectados, timbre de voz monótono, tempo demais em detalhes desnecessários, falta de contato com a necessidade humana, falta de domínio do conteúdo bíblico… tudo isso coloca gente para dormir na igreja. [2.] Outra coisa: familiaridade demais com as coisas da igreja – isto é, tradicionalismo – faz gente dormir na igreja. [3.] E AINDA: a forma como alguns pais criam filhos na igreja, colocando o menino para dormir no banco ou no colo bem na hora do sermão; adivinha?, automaticamente fará a criança, à medida que eles vai crescendo, associar o sermão à hora de dormir.
Martinho Lutero – pai da Reforma Protestante que no próximo dia 31 de outubro completará 506 – tinha uma parábola ou sonho que lhe contaram sobre como, em certa ocasião, o diabo sentou-se em seu trono para ouvir seus demônios relatarem o progresso que haviam feito na oposição à verdade de Cristo e na destruição da alma dos homens. O PRIMEIRO DEMÔNIO se aproximou do diabo e contou que havia um grupo de cristãos atravessando o deserto; então, disse disse o demônio — “Soltei os leões sobre eles e logo as areias do deserto estavam repletas de cadáveres mutilados.” — “E daí?” — respondeu Satanás. — “Os leões destruíram os corpos, mas as almas foram salvas. É a alma deles que eu quero!”
O SEGUNDO DEMÔNIO relatou ao diabo — “Havia um grupo de peregrinos cristãos navegando pelo mar. Enviei um forte vento contra o navio, que o empurrou contra as rochas, e todos os cristãos a bordo do navio morreram afogados.” — “E daí?” — disse Satanás. — “Os corpos se afogaram, mas as almas foram salvas. É a alma deles que eu quero!”
O TERCEIRO DEMÔNIO aproximou-se para apresentar o seu relatório ao diabo, e disse: — “Durante dez anos venho tentando jogar um cristão em um sono profundo, e finalmente consegui!” — E COM ISSO OS CORREDORES DO INFERNO RESSOARAM COM GRITOS MALIGNOS DE ALEGRE TRIUNFO.
Se você está dormindo, ouça hoje, agora mesmo, o chamado de Deus!
Romanos 13.12 A noite está quase acabando, e logo vem o dia. Portanto, [acordem!] deixem de lado as obras das trevas como se fossem roupas sujas e vistam a armadura da luz.
1Coríntios 15.34 Pensem bem sobre o que é certo e parem de pecar. [Acordem! Despertem para a justiça e não peque!] Pois, para sua vergonha, eu lhes digo que alguns de vocês não têm o menor conhecimento de Deus.
Efésios 5.14 […] “Desperte, você que dorme, levante-se dentre os mortos, e Cristo o iluminará”.
O mundo está, realmente perdido, e só há uma esperança para Israel e Palestina, Rússia e Ucrânia, a violência urbana no Brasil e mundo afora… só há uma esperança para a sua consciência em conflito, sua casa em conflito e, principalmente, seu conflito com Deus (por causa do seu pecado): a solução é Jesus Cristo e a comunhão da igreja. Foi por isso que Paulo declarou com tanta paixão (Atos 20.24) “minha vida não vale coisa alguma para mim, a menos que eu a use para completar minha carreira e a missão que me foi confiada pelo Senhor Jesus: dar testemunho das boas-novas da graça de Deus.” E fruto das boas-novas da graça de Deus, fruto do evangelho pregado e encarnado pelo apóstolo Paulo, ele próprio
Essa é a receita para mudar o mundo perdido e adormecido, moribundo sobre o pecado.
S.D.G. L.B.Peixoto
Mais episódios da série
Atos dos Apóstolos
Mais episódios da série Atos dos Apóstolos
Mais Sermões
13 de fevereiro, 2022
7 de dezembro, 2016
29 de agosto, 2021
31 de dezembro, 2019
Mais Séries
Desperta, ó tu que dormes!
Pr. Leandro B. Peixoto