20.03.2022
[Atos 13.1-3] 1Entre os profetas e mestres da igreja de Antioquia da Síria estavam Barnabé e Simeão, chamado Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que tinha sido criado com o rei Herodes Antipas, e Saulo. 2Certo dia, enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, o Espírito Santo disse: “Separem Barnabé e Saulo para realizarem o trabalho para o qual os chamei”. 3Então, depois de mais jejuns e orações, impuseram as mãos sobre eles e os enviaram em sua missão.
Pense no livro de Atos dos Apóstolos como sendo a segunda temporada de um reality show – um programa real, verdadeiro em seu retrato da realidade, diga-se de passagem. Não é um reality show de mentira, manipulado. É de verdade, narra a verdadeira missão de Deus no mundo! Pois bem, a primeira temporada desse reality show foi o Evangelho de Lucas, o qual se ocupou de – nas palavras do próprio autor (em Atos 1.1-2): relatar “tudo que Jesus começou a fazer e a ensinar [para buscar e salvar os perdidos, cf. Lc 19.10] até o dia em que foi levado para o céu, depois de dar a seus apóstolos escolhidos mais instruções por meio do Espírito Santo.” Atos dos Apóstolos, portanto, é a segunda temporada, é a continuação do que Jesus fez e ensinou – só que agora através dos apóstolos e de seus discípulos, atuando na força e no poder do Espírito Santo para cumprir a missão de Deus no mundo: buscar e salvar os perdidos.
A segunda temporada ou os Atos dos Apóstolos relata para nós o caminho pelo qual o Cristo ressuscitado foi conquistando a Europa com seu evangelho glorioso. Trocando em miúdos: tendo ascendido ao céu, Jesus derramou seu Espírito Santo e capacitou, comissionou e enviou seus embaixadores do reino do céu para levar o evangelho de Jerusalém para Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Portanto, se tivéssemos de renomear as duas temporadas, ou os dois livros de Lucas, poderíamos chamá-los assim: PRIMEIRO, O EVANGELHO: Atos de Jesus Cristo e, SEGUNDO, ATOS: Atos do Espírito Santo. — Para você ter uma ideia, os nomes Espírito, Espírito do Senhor e Espírito Santo aparecem, somados, cerca de 65 vezes em Atos – ou seja, uma média de mais ou menos duas vezes e meia em cada um dos 28 capítulos; apenas em Atos 13 (o capítulo em tela nesta manhã), a referência ao Espírito Santo é feita quatro vezes. Portanto, os Atos dos Apóstolos são, de fato, os Atos do Espírito Santo – nos e através dos Apóstolos.
Quem lê ou estuda o livro de Atos, ou quem assiste a este reality show, de fato, lê, estuda ou assiste o ministério contínuo de Jesus Cristo – o modo operante de Deus no mundo para o cumprimento de sua missão. Os eventos registrados neste livro são os “Atos” do Jesus vitorioso que ascendeu ao céu, mas que pelo seu Espírito Santo partiu de Jerusalém e marchou para além das fronteiras das nações dos impérios dos homens até chegar aos confins da terra de então (At 1.8). Essencialmente, esta é uma história de plantação de igrejas, de mobilizações e empreendimentos missionários, de evangelismo pessoal e comunitário, de discipulado pessoal e público – tudo isso e muito mais – , cuja a ênfase recai sobre indivíduos como Pedro (At 1–12), Paulo e Barnabé (At 13–28), homens que foram dotados de grande poder espiritual pelo próprio Cristo.
Nada foi capaz de parar a missão de Deus no mundo – paganismo, perseguição política, distorção doutrinária, conflitos na comunhão de igrejas, briga ou divisão entre irmão (e até entre líderes: Paulo e Barnabé, por exemplo)… nada impediu que o evangelho da glória e da graça de Jesus Cristo avançasse, cumprindo assim a missão de Deus no mundo. Uma coisa que vamos aprender é que a igreja que prevalece é a que jamais entra em modo de manutenção, mas que se mantem em modo operacional para cumprir a missão de Deus no mundo. E isso nos traz à igreja de Antioquia da Síria em Atos 13.
Semana passada nós vimos que A MOBILIZAÇÃO MISSIONÁRIA da igreja primitiva é um movimento planejado por Deus. Hoje, veremos que a mobilização missionária é um movimento [1.] produzido pela igreja local, [2.] possibilitado pelo Espírito Santo e [3.] projetado para transformar o mundo. Vamos lá…
No centro do plano de Deus para missões (ou para o avanço da missão de Deus no mundo: buscar e salvar os perdidos) está o povo que ele formou para si mesmo e enviou para testemunhar às nações – no Antigo Testamento, Israel e no Novo Testamento, a Igreja. Veja o texto em tela – Atos 13.1 –, preste atenção à descrição do hábil escritor inspirado por Deus: Lucas fala “da igreja de Antioquia da Síria”. Embora o palavreado seja simples, Lucas usa de uma enorme riqueza de detalhes em seu retrato da situação.
PRIMEIRO, ele menciona ANTIOQUIA, a capital romana da Síria (hoje é Turquia) e a porta de entrada para o leste: a Europa. Localizada a 24 km do mar Mediterrâneo, ficava às margens do rio Orontes; portanto, estratégica, situada em um importante ponto de conexão para as rotas comerciais entre Egito, Ásia Menor, Grécia, Itália, Mesopotâmia e, posteriormente, Armênia e Índia. A cidade era chave, rica, grande e multicultural. Nos arredores estava o templo da deusa Dafne, primeiro amor de Apolo na mitologia grega. Portanto, nem é preciso dizer que o local abrigava um centro deplorável de prostituição e de culto pagãos. A cidade também promovia corridas de carruagens e esportes competitivos diversos que atraíam apostadores de todas as partes para o local. Em que pesasse o clima de “curtindo a vida adoidado” da cidade, lembre-se de que “foi em Antioquia [da Síria] que os discípulos foram chamados de cristãos pela primeira vez” (At 11.26).
SEGUNDO, em nítido contraste com a cidade, outra imagem emerge na tela de Lucas: a IGREJA, a “igreja de Antioquia da Síria” (At 13.1). Ou seja: sob as luzes ofuscantes da cidade grande e pervertida, Cristo estava mantendo a chama viva da fé e da moralidade cristã. Esse é o modo de o SENHOR fazer as coisas acontecerem: onde a necessidade é maior, Cristo trabalhará, edificando sua IGREJA como praça de armas contra as forças de Satanás. — NOTE: Deus estabelece IGREJAS LOCAIS como ponto de concentração de tropas munidas do evangelho da cruz de Cristo para o lançamento de um contra-ataque da graça sobre os exércitos inimigos do diabo. PRESTE ATENÇÃO: a forma como Lucas escreveu deixa bem claro que ele estava falando de UMA IGREJA LOCAL em Antioquia da Síria – grego: tēn ousan ekklēsian en Antioqueia, traduzindo: a igreja estando em Antioquia. — Portanto, a mobilização missionária, o cumprimento da Grande Comissão do Senhor seria (e ainda deve ser) levado adiante pelo ministério de uma igreja local: “da igreja de Antioquia da Síria” (At 13.1). REFORÇANDO: A MISSÃO DE DEUS NO MUNDO – buscar e salvar os perdidos – se deu, dá e dará através do ministério de igrejas locais saudáveis.
COMO ERA A IGREJA DE ANTIOQUIA DA SÍRIA? Veja: o ministério, a liderança, o governo, a membresia, a missão e os missionários da igreja de Antioquia da Síria.
1.1 – O MINISTÉRIO
O ministério da igreja de Antioquia era centrado no ensino e na aplicação das Escrituras. NOTE: “Entre os profetas e mestres da igreja de Antioquia da Síria” (At 13.1). O ministério da igreja era conduzido pelos profetas e pelos mestres da igreja. O que isto significa?
PROFETAS geralmente faziam discursos espontâneos relacionados a algo que Deus trazia à mente ou “revelava” ao orador, mas que era falado em palavras meramente humanas, não palavras de Deus inerentes e infalíveis. Portanto, poderiam conter erros e, portanto, deveriam ser testadas ou provadas (1Co 12.29; 1Ts 5.19-21). PROFECIAS eram utilizadas para fortalecer, animar e confortar os membros da igreja reunidos (1Co 14.3-5); também eram usadas de modo evangelístico, para se revelar os pensamentos secretos do coração (1Co 14.24-25). Assim, porque a profecia edificava os crentes e servia de ferramenta evangelística, Paulo a encorajava na igreja primitiva (1Co 14.39). Mas sempre com discernimento. 1Tessalonicenses 5.19-21: “Não apaguem o Espírito. Não desprezem as profecias, mas ponham à prova tudo que é dito e fiquem com o que é bom.” Sempre com humildade e fundamento bíblico:
1Coríntios 14.36-38 36Ou vocês pensam que a palavra de Deus se originou entre vocês? Acaso são os únicos aos quais ela foi entregue? 37Se alguém afirma ser profeta ou se considera espiritual, será o primeiro a reconhecer que o que lhes digo é uma ordem do Senhor. 38Se alguém ignorar esse fato, ele mesmo será ignorado.
Além de profetas, a igreja de Antioquia na síria tinha mestres.
MESTRES compunham um grupo separado, e podem ser tidos como pastores (bispos ou presbíteros) responsáveis pelo ensino da palavra de Deus (1Tm 5.17). Desse modo, PROFETAS proviam alguma direção ou aplicação especial da parte do Senhor, conforme exigisse a situação; e MESTRES se dedicavam ao ensino contínuo dos textos sagrados para se viver a vida cristã. Assim, O MINISTÉRIO DA IGREJA DE ANTIOQUIA ERA CENTRADO NO ENSINO E NA APLICAÇÃO DAS ESCRITURAS.
1.2 – A LIDERANÇA
A liderança espiritual da igreja de Antioquia não era exercida por um homem só (no caso, o pastor titular apenas), mas por uma pluralidade de pastores/presbíteros – Atos 13.1: “Entre os profetas e mestres da igreja de Antioquia da Síria estavam Barnabé e Simeão, chamado Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que tinha sido criado com o rei Herodes Antipas, e Saulo.” Assim, a primeira igreja de um grande centro urbano fora de Jerusalém de que temos conhecimento continha uma equipe pastoral de pelo menos cinco pessoas (Barnabé, Simeão, Lúcio, Manaém e Saulo de Março). Parece que alguns profetas viajaram de Jerusalém para Antioquia (At 11.27).
Aquela não era uma igreja de um pastor só, como também não eram as outras igrejas do Novo Testamento. Logo, aprendemos que a igreja saudável não é igreja de um só pastor, mas de uma pluralidade de presbíteros ou pastores que ensinam e aplicam a palavra de Deus no púlpito, no aconselhamento, nas visitas e no discipulado.
1.3 – O GOVERNO
A igreja de Antioquia da Síria desenvolvia um ministério centrado na palavra de Deus e era liderada por pelo menos cinco pastores, mas ela era governada pela congregação que tomava suas decisões em culto solene – preste atenção nos verbos na forma plural:
Atos 13.2-3 2Certo dia, enquanto [toda a igreja reunida, v. 1] adoravam o Senhor e jejuavam, o Espírito Santo disse: “Separem Barnabé e Saulo para realizarem o trabalho para o qual os chamei”. 3Então, depois de mais jejuns e orações, impuseram as mãos sobre eles e os enviaram em sua missão.
John Stott argumenta que parece improvável que toda essa atividade estivesse restringida ao grupo de cinco líderes, uma vez que isso implicaria dizer que três deles (Simeão, Lúcio e Manaém) foram instruídos sobre os outros dois (Barnabé e Saulo). É mais provável, portanto, que os membros da igreja como um todo estejam em mente, já que [1.] tanto eles quanto os líderes são mencionados juntos em Atos 13.1, e [2.] em ocasião não muito diferente em que sete diáconos foram escolhidos, foi a igreja local como um todo que deliberou (At 6.2-6). Além disso, [3.] quando Paulo e Barnabé retornaram da primeira viagem missionária (que aqui em Atos 13.1-3 se deu início), foi à igreja que eles prestaram relatório (à igreja que os comissionara), não apenas ao conselho de líderes ou presbitério. Preste atenção:
Atos 14.26-28 26Por fim, voltaram de navio para Antioquia, onde sua viagem tinha começado e onde haviam sido entregues à graça de Deus para realizar o trabalho que agora completavam. 27Quando chegaram a Antioquia, reuniram a igreja e relataram tudo que Deus tinha feito por meio deles e como tinha aberto a porta da fé também para os gentios. 28E permaneceram ali com os discípulos por muito tempo.
Achamos em Antioquia da Síria o modo congregacional (batista!) de governo.
1.4 – A MEMBRESIA
Se é fato que a liderança reflete a membresia da igreja (e vice versa), note o caso de Antioquia da Síria, perceba a multiculturalidade da igreja local:
Atos 13.1 Entre os profetas e mestres da igreja de Antioquia da Síria estavam Barnabé [de Chipre] e Simeão, chamado Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que tinha sido criado com o rei Herodes Antipas, e Saulo [de Tarso].
É de impressionar a diversidade étnica deste grupo, composto, NOTE BEM, por [1.] Barnabé de Chipre; [2.] Simeão, o Negro, um africano; [3.] Lúcio de Cirene, norte-africano; [4.] Manaém, possivelmente escravo do pai de Herodes; e [5.] Saulo, um nativo de Tarso, em conexão terrestre direta com a Europa. Ou seja: cinco pessoas de três continentes distintos! De fato, temos aqui o clímax de Pentecostes. — Como assim?
Em Jerusalém os apóstolos pregaram e as muitas línguas foram compreendidas, posto que os ouvintes eram oriundos de múltiplas nações; agora em Antioquia da Síria eles falavam todos a mesma língua, dando corpo ao multiculturalismo na membresia da igreja. PORTANTO, [1.] igreja local não tem público alvo; o alvo são todas as pessoas de todos os povo, tribos, línguas e nações; [2.] na nova humanidade que é a igreja não existe (não pode existir!) racismo de qualquer natureza ou outro pecado qualquer contra a pessoa humana. Somos espelho para o mundo atolado nessas crises e dilemas.
1.5 – A MISSÃO
Essa igreja centrada na palavra de Deus tinha como “programa” ou “atividade” principal a adoração a Deus no culto público, além de ser zelosa na prática das disciplinas espirituais – Atos 13.2: “Certo dia, enquanto adoravam [grego: leitourgeo, liturgia] o Senhor e jejuavam, o Espírito Santo disse: ‘Separem Barnabé e Saulo para realizarem o trabalho para o qual [a ação / a missão para a qual] os chamei’.”
Esse contexto de adoração é crucial porque a dimensão última da missão da igreja é a adoração. Desse modo, missões são um meio (não um fim em si mesmas), um meio fundamental para a honra e a glória de Deus, pois na mobilização missionária o Senhor atrai as nações para si – para a adoração de seu nome. John Piper escreveu assim:
Portanto, a adoração é o alvo e o combustível das missões: As missões existem porque a adoração não existe. As missões são nossa maneira de dizer: A alegria de conhecer a Cristo não é um privilégio privado, tribal, nacional ou étnico. É para todos. E é por isso que nós vamos [e fazemos missões]. Porque provamos a alegria de adorar a Jesus e queremos que todas as famílias da terra sejam incluídas. Salmos 22.27: “Toda a terra reconhecerá o SENHOR e voltará para ele; diante dele se prostrarão todas as famílias das nações.
A missão da igreja saudável é a adoração que todos os povos e pessoas prestam ao Cordeiro, por isso que a igreja busca e salva os perdidos; por isso que ela evangeliza, discipula e faz missões urbanas e transculturais. A glória de Deus é a nossa missão.
1.6 – OS MISSIONÁRIOS
Ainda sobre a igreja que se mobiliza para a ação missionária, note a altíssima qualidade dos missionários enviados pela igreja de Antioquia da Síria – Atos 13.2-3 “[…] o Espírito Santo disse: “Separem Barnabé e Saulo para realizarem o trabalho para o qual os chamei”. Então, depois de mais jejuns e orações, impuseram as mãos sobre eles e os enviaram em sua missão.” — Percebeu? — Os melhores frutos da igreja foram enviados em missão aos gentios. Graças a Deus!
RECAPITULANDO, semana passada nós vimos que a mobilização missionária é um movimento planejado por Deus; e acabamos de aprender que a mobilização missionária é um movimento produzido pela igreja local – IGREJA CUJO MINISTÉRIO É centrado na palavra de Deus, liderada por múltiplos pastores ou presbíteros, governada pela congregação, com uma membresia multicultural, tendo a missão de adorar a Deus no culto público (reunir um povo redimido diante do trono do Cordeiro de Deus), e que separa seus melhores e os envia em obediência à Grande Comissão de Jesus Cristo.
Estratégias são importantes para uma igreja, mas ainda mais importante – de fato, o que é essencial – é a atuação do Espírito Santo na igreja de Cristo. O que estamos dizendo é que a mobilização missionária é um movimento possibilitado pelo Espírito Santo:
Atos 13.2-3 2Certo dia, enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, o Espírito Santo disse: “Separem Barnabé e Saulo para realizarem o trabalho para o qual os chamei”. 3Então, depois de mais jejuns e orações, impuseram as mãos sobre eles e os enviaram em sua missão.
NOTE O ESTADO DA IGREJA: [1.] lutando para se manter viva, em face de tantas perseguições e até de baixas significativas na igreja em Jerusalém (Tiago havia sido martirizado e se Pedro não tivesse miraculosamente escapado da prisão também teria sido morto, veja Atos 12); e [2.] tendo diante de si o mundo todo para alcançar, até que chegassem aos confins da terra em cumprimento à Grande Comissão de Jesus.
Ora, qual deveria ser o próximo passo da igreja em Antioquia da Síria? Quem eles deveriam enviar? Aonde enviar? Deveriam enviar? De onde viriam os recursos financeiros? Eles não sabiam! O que fizeram? Buscaram a Deus em oração – jejum e oração coletivos – para discernir qual seria o próximo passo na direção da vontade do Senhor.
O Espírito Santo apontou os que deveriam ser separados e enviados na missão “confins da terra”. O Espírito Santo também foi quem os capacitou e os consolou em meio a tantas tormentas nesta missão (conforme ficará claro adiante nesta jornada pelo livro de Atos dos Apóstolos).
SEM O ESPÍRITO SANTO a igreja entra em modo de manutenção, quando deveria viver em mobilização missionária. Sem o Espírito Santo a igreja não consegue discernir, tampouco dar seus próximos passos no cumprimento da missão. Sem o Espírito Santo não há poder ou consolação para os obreiros enviados pela igreja do Senhor. — Logo, a mobilização missionária é um movimento possibilitado pelo Espírito Santo.
A última observação neste texto é que a mobilização missionária é um movimento projetado para a glória de Deus na transformação do mundo. Mas como?
O evangelho da glória e da graça de Deus se espalha pela terra, salvando o pecador e transformando as pessoas, que por sua vez serão enviadas para transformar o mundo com o evangelho de Cristo. Veja, por exemplo, A MULTICULTURALIDADE DA IGREJA em Antioquia da Síria: brancos e negros, escravos e livres, cultos e não tão estudados… todos juntos adorando a Deus e convivendo no mesmo corpo, na mesma igreja local. Não havia racismo estrutural, preferência pessoal, egoísmo ou intolerância que destruísse o amor e a harmonia entre as pessoas naquela igreja, no meio daquela cidade tão pervertida pelas consequências do pecado.
Somente a igreja de Cristo será capaz de curar e transformar o mundo. Somente o evangelho de Jesus Cristo é poderoso o bastante para salvar e transformar pecadores – e inseri-los em uma sociedade modelo para o mundo: a igreja do Deus vivo.
À partir deste ponto em Atos – nos próximos episódios desta temporada – , nós assistiremos a igreja avançando em sua mobilização missionária para alcançar os confins da terra com o evangelho de Cristo. Nada será capaz de detê-la: divisão interna, enfermidade ou risco de morte, perseguição dos ímpios, corrupção dos poderes políticos… a igreja chegará aos confins da terra com o evangelho e as portas do inferno não prevalecerão contra ela, não a resistirão, tampouco a calarão. Foi assim em Atos dos Apóstolos e será assim até que o evangelho seja pregado por todo o mundo, então virá o fim.
A mobilização missionária é um movimento …
S.D.G. L.B.Peixoto
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