15.10.2023
[Atos 20.1-17] 1Passado o tumulto, Paulo mandou chamar os discípulos e os encorajou. Então se despediu e partiu para a Macedônia. 2Enquanto estava lá, encorajou os discípulos em todas as cidades por onde passou. Em seguida, desceu à Grécia, 3onde ficou por três meses. Quando se preparava para navegar de volta à Síria, descobriu que alguns judeus conspiravam contra sua vida e decidiu voltar pela Macedônia. 4Alguns homens viajavam com ele: Sópatro, filho de Pirro, de Bereia; Aristarco e Secundo, de Tessalônica; Gaio, de Derbe; Timóteo; e Tíquico e Trófimo, da província da Ásia. 5Eles foram adiante e esperaram por nós em Trôade. 6Terminada a Festa dos Pães sem Fermento, embarcamos num navio em Filipos e, cinco dias depois, nos reencontramos em Trôade, onde ficamos uma semana. 7No primeiro dia da semana, nos reunimos com os irmãos de lá para o partir do pão. Paulo começou a falar ao povo e, como pretendia embarcar no dia seguinte, continuou até a meia-noite. 8A sala no andar superior onde estávamos reunidos era iluminada por muitas lamparinas. 9O discurso de Paulo se estendeu por horas, e um jovem chamado Êutico, que estava sentado no parapeito da janela, ficou muito sonolento. Por fim, adormeceu profundamente, caiu de uma altura de três andares e morreu. 10Paulo desceu, inclinou-se sobre o jovem e o abraçou. “Não se desesperem”, disse ele. “O rapaz está vivo!” 11Então todos subiram novamente, partiram o pão e comeram juntos. Paulo continuou a lhes falar até o amanhecer e depois partiu. 12Enquanto isso, o jovem foi levado para casa vivo, e todos sentiram grande alívio. 13Paulo foi por terra até Assôs, onde havia definido que devíamos esperar por ele, enquanto nós fomos de navio. 14Encontrou-se conosco em Assôs e navegamos juntos até Mitilene. 15No dia seguinte, passamos em frente à ilha de Quios. No outro dia, atravessamos para a ilha de Samos e, um dia depois, chegamos a Mileto. 16Paulo havia decidido não aportar em Éfeso, pois não queria passar mais tempo na província da Ásia. Tinha pressa de chegar a Jerusalém, se possível, para a Festa de Pentecostes. 17Por isso, em Mileto, mandou chamar os presbíteros da igreja de Éfeso.
“Este mundo está perdido!” Essa frase é comum nos lábios das pessoas. Costumamos empregá-la para as situações mais extremadas: desde uma cena cômica, quando se brinca com alguém, dizendo “Este mundo está perdido!”… passando pelas crueldades cometidas em lares, nas ruas, periferias e favelas brasileiras… até às cenas estampadas em vídeos e fotos que circulam na internet e nas redes sociais, retratando as tão abjetas e malíssimas atrocidades cometidas pelo Hamas em Israel contra, inclusive, bebês e idosos… em face de tudo isso, nós dizemos: “O mundo está perdido!”
A pergunta que tem ressoado na minha cabeça nesses últimos dias é esta: será que nós acreditamos mesmo, de fato e de verdade, que este mundo está perdido? — Perdido não apenas no sentido de que parece não haver mais rumo, prumo e esperança para as coisas melhorarem, mas perdido, principalmente, no sentido de que este mundo, por causa do pecado, já está condenado pelo juízo justo de Deus. — Será que o mundo acredita mesmo que o mundo está perdido? Pior ainda: será que os cristão acreditam mesmo que o mundo está perdido?
Quando observo o teor de postagens no Instagram… quando vejo o jeito de pessoas nas ruas, shoppings e academia da cidade… quando testemunho a postura e as palavras de alguns indivíduos… concluo que, para a nossa mais profunda tristeza, a gente não acredita de fato que o mundo está perdido. É só chavão, virou clichê expressar-se, dizendo, “o mundo está perdido!” MAS – não se iluda – O MUNDO ESTÁ, SIM, PERDIDO.
O mundo está perdido porque o ser humano se rebelou contra o seu Criador e insiste em viver em rebelião contra o Messias Jesus; é por isso que o mundo está perdido, e condenado: “quem não crê nele já está condenado por não crer no Filho único de Deus.” (Jo 3.18). E só há uma esperança, apenas uma esperança de salvação, paz e restauração de todas as coisas: o evangelho de Jesus Cristo. Cristo – crucificado e ressurreto – é a única esperança de paz: paz com Deus, paz de consciência e paz com o próximo – desde a Faixa de Gaza (entre Israel e palestinos e muçulmanos), passando pela Rússia e a Ucrânia e as ruas e favelas do Brasil, até à sua casa e o seu coração. Cristo é a nossa única esperança de paz – paz com Deus, paz de Deus, paz com o próximo:
Romanos 5.1-2 1Portanto, uma vez que pela fé fomos declarados justos, temos paz com Deus por causa daquilo que Jesus Cristo, nosso Senhor, fez por nós. 2Foi por meio da fé que Cristo nos concedeu esta graça que agora desfrutamos com segurança e alegria, pois temos a esperança de participar da glória de Deus.
Filipenses 4.4-9 4Alegrem-se sempre no Senhor. Repito: alegrem-se! 5Que todos vejam que vocês são amáveis em tudo que fazem. Lembrem-se de que o Senhor virá em breve. 6Não vivam preocupados com coisa alguma; em vez disso, orem a Deus pedindo aquilo de que precisam e agradecendo-lhe por tudo que ele já fez. 7Então vocês experimentarão a paz de Deus, que excede todo entendimento e que guardará seu coração e sua mente em Cristo Jesus. 8Por fim, irmãos, quero lhes dizer só mais uma coisa. Concentrem-se em tudo que é verdadeiro, tudo que é nobre, tudo que é correto, tudo que é puro, tudo que é amável e tudo que é admirável. Pensem no que é excelente e digno de louvor. 9Continuem a praticar tudo que aprenderam e receberam de mim, tudo que ouviram de mim e me viram fazer. Então o Deus da paz estará com vocês.
Efésios 2.11-16 11Não esqueçam que vocês, gentios, eram chamados de “incircuncidados” pelos judeus que se orgulhavam da circuncisão, embora ela fosse apenas um ritual exterior e humano. 12Naquele tempo, vocês viviam afastados de Cristo. Não tinham os privilégios do povo de Israel e não conheciam as promessas da aliança. Viviam no mundo sem Deus e sem esperança. 13Agora, porém, estão em Cristo Jesus. Antigamente, estavam distantes de Deus, mas agora foram trazidos para perto dele por meio do sangue de Cristo. 14Porque Cristo é nossa paz. Ele uniu judeus e gentios em um só povo ao derrubar o muro de inimizade que nos separava. 15Ele acabou com o sistema da lei, com seus mandamentos e ordenanças, promovendo a paz ao criar para si, desses dois grupos, uma nova humanidade. 16Assim, ele os reconciliou com Deus em um só corpo por meio de sua morte na cruz, eliminando a inimizade que havia entre eles.
O mundo está perdido e Cristo é a nossa única esperança de paz – paz com Deus, paz de consciência diante de Deus e paz uns com os outros, todos nós criados à imagem e semelhança de Deus. Para se ter uma ideia do estado de guerra em que estamos vivendo, tome nota destes dados sobre o mundo e o Brasil:
[Fonte: Estadão, set. 2023] Só em 2022 foram registrados 55 conflitos em 38 países, sendo que 8 deles são considerados guerras, em que há mais de mil mortes relacionadas por ano, contra 5 em 2021. As 8 guerras de 2022 foram: Etiópia, Ucrânia, Somália, Iêmen, Burkina Faso, Mali, Mianmar e Nigéria. [E agora, Israel]
[Fonte: Exame, jul. 2023] No Brasil, em 2022, foram registradas mais de 47 mil mortes violentas, contra mais de 48 mil em 2021.
[Fonte: O Popular, ago. 2023] O número de crimes violentos em Goiás é o seguinte: em 2021 foram mortas 1.863 pessoas, contra 1.780 em 2022. Goiânia registrou 138 homicídios dolosos [sem intenção de matar] em todo o ano de 2022, contra 170 em 2021.
[Fonte: Agência Cora Coralina de Notícias, jul. 2023] Atualmente, Goiás não tem cidade entre as 50 mais violentas do país; mas Goiânia ocupou o 21º lugar no ranking das cidades mais violentas do Brasil em 2013.
O MUNDO ESTÁ PERDIDO! E se você, que recebeu o Senhor Jesus Cristo como Salvador e Senhor, tem de desejar ser usado por Deus para a redenção deste mundo. Não há opção alternativa a esta para um cristão nascido de novo: batalhar para a redenção deste mundo perdido – em casa, na família, do outro lado da rua e do outro lado do mundo. A QUESTÃO, ENTÃO PASSA A SER: como? como agir para transformar o mundo? qual deve ser a estratégia? Ora, o como ou a estratégia para se transformar profundamente este mundo não mudou: está estampado nas páginas do livro de Atos dos Apóstolos.
O plano foi dado pelo próprio Jesus, na Grande Comissão: Mateus 28.19-20 — “vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. [agora note:] Ensinem esses novos discípulos a obedecerem a todas as ordens que eu lhes dei.” Mas, e a estratégia? Ora, a estratégia está em Atos dos Apóstolos. E Paulo é o principal personagem humano na execução dessa estratégia.
SEM EXAGERO DE PALAVRAS: o apóstolo Paulo (com o fruto de seu trabalho, inclusive suas epístolas canônicas) mudou o mundo como poucos homens conseguiram. E veja bem: Paulo viveu em uma época antes dos aviões a jato ou dos carros e das rodovias pavimentadas. Paulo tinha que ir a todos os lugares a pé, quando muito: montado em burros ou em barcos a remo e navios à vela, nenhum dos quais rápido o bastante para os padrões contemporâneos. Paulo não tinha smartphone para ligações, videochamadas ou mensagens de WhatsApp e desse modo se comunicar, conversar ou se corresponder mais rapidamente com os líderes das igrejas que organizou em várias partes do Império Romano. Paulo não conseguia se comunicar com alguém do outro lado da mesma cidade sem ter que se mover. Se quisesse falar com a pessoa, teria de atravessar a cidade e torcer para encontrá-la em casa, e não perder viagem. Paulo não tinha computador, e-mail, Facebook, Instagram, WhatsApp, Zoom, Google Meet ou qualquer outra ferramenta moderna que pudesse facilitar a comunicação com as pessoas ou a promoção do evangelho. Para “piorar”, Paulo passou muitos anos de seu ministério na prisão, incapaz de circular livremente. Paulo enfrentou forte oposição tanto de fora quanto de dentro da igreja. No entanto, após 25/30 anos de ministério, Paulo deixou um impacto duradouro no mundo, não apenas no seu tempo, mas também em todos os tempos – e até hoje e será assim até Jesus voltar.
Como Paulo foi capaz?
Qual foi a estratégia de Paulo para mudar o mundo?
Muito do que Paulo foi capaz de realizar se explica pela providência soberana de Deus na e através da vida dele. Paulo mesmo ensinou que Deus concedeu a cada um de nós vários dons e medidas de fé (cf. Rm 12.3-8; 1Co 12). Assim, – e aqui cabe uma palavra de conscientização: – mesmo que sejamos todos tão fiéis quanto Paulo foi ao SENHOR, experimentaremos resultados diferentes nas ações ministeriais individuais. Seria, portanto, errado nos condenarmos porque não vemos os mesmos resultados que Pedro, Paulo, Edwards, Spurgeon ou Hudson Taylor viram em seus dias. Entretanto, é possível sim buscar e até é recomendável que busquemos aprender com o apóstolo Paulo a respeito da estratégia e absorver os princípios bíblicos que nortearam o seu ministério, a sua missão de cumprir a Grande Comissão – e procurar aplicar esses princípios e estratégias à nossa própria vida e igreja, quaisquer que sejam os dons e a vocação que Deus nos tenha dado, individualmente.
Não se pode deixar de notar que no centro da estratégia de Paulo estava o seu amor inabalável pela igreja, por igrejas locais; não se pode deixar de notar e de adotar o compromisso inabalável de Paulo de organizar, estabelecer e fortalecer igrejas locais. Sim, por mais que se digam o contrário, Paulo mudou o mundo através do seu amor pela igreja e seu compromisso de organizar, estabelecer e fortalecer igrejas locais.
Paulo tinha conhecimento de que o próprio Cristo prometeu edificar a sua igreja – e isso sobre a rocha da fé apostólica confessada pelos cristãos – e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.16-18). Paulo sabia disso. Como ele sabia! Paulo conhecia a Grande Comissão (Mt 28.19-20). Paulo então viajou pregando o evangelho e organizando os novos convertidos em reuniões, assembleias ou congregações de igrejas locais – inicialmente, em casas (que não eram “células” ou “pequenos grupos” como nós os concebemos, mas igrejas reunidas em casas). Essas igrejas, por sua vez, evangelizariam as próprias áreas onde estavam inseridas, bem como treinariam e enviariam novos missionários ou obreiros para evangelizar e plantar novas igrejas em outras áreas, para que o processo fosse multiplicado ininterruptamente, até Jesus voltar.
Paulo fez isso em Éfeso (o seu centro de operações durante a sua terceira viagem missionária) – foi o que nós estudamos nas últimas mensagens em Atos 19 –, Paulo fez isso em Éfeso para que, depois de quase três anos naquela base estratégica, toda a Ásia Menor (oeste da Turquia) ouvisse a palavra do Senhor (e ouviu: 19.10!). Aliás, foi durante os três anos em que permaneceu em Éfeso, com a colaboração de auxiliares que naquele tempo, em Éfeso mesmo, o próprio Paulo treinou: Epafras, Tíquico, Trófimo, Filemom e Arquipo, foi com esses auxiliares que o apóstolo organizou igrejas nas cidades de Colossos, Laodiceia e Hierápolis (cf. At 20.4-5; Cl 1.7-8; 4.12-13; Ef 6.21; Fm 1-2), e várias ou até todas as sete igrejas da Ásia Menor que são mencionadas no Livro de Apocalipse (caps. 2–3: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia).
Paulo amava a igreja, e por isso ele era obstinado em seu compromisso com igrejas locais, com pessoas reais, mesmos dessas igrejas. Sim, o mesmo Paulo, que um dia perseguiu a igreja com todo o ódio de seu coração, perseguindo-a até com violência e ânsia mesmo de matar os cristãos (At 9.1-2; 1Tm 1.13), constrangido pelo amor de Cristo por ele e pela igreja (2Co 5.14), por quem, de tanto amor, Cristo entregou a própria vida (Ef 5.25), esse mesmo Paulo achou uma razão para continuar vivendo: demonstrar e derramar amor à igreja do Senhor – a única esperança para a paz com Deus e entre as nações. E, como dissemos, esse amor de Paulo pela igreja não era assim de modo genérico, institucional – muitas vezes, na verdade, fingido – (como nós costumamos dizer: ah! eu amo a igreja; mas conhece ninguém, relaciona-se com ninguém, importa-se com ninguém, sequer é assíduo nos cultos, tampouco membro de igreja local – só frequenta e “consome”!). Não era assim para Paulo. Para o apóstolo Paulo, a igreja tinha rostos. Por exemplo, veja no caso da igreja de Filipos:
Filipenses 1.3-8 3Todas as vezes que penso em vocês, dou graças a meu Deus. 4Sempre que oro, peço por todos vocês com alegria, 5pois são meus cooperadores na propagação das boas-novas, desde o primeiro dia até agora. 6Tenho certeza de que aquele que começou a boa obra em vocês irá completá-la até o dia em que Cristo Jesus voltar. 7É apropriado que eu me sinta assim a respeito de vocês, pois os tenho em meu coração. Vocês têm participado comigo da graça, tanto em minha prisão como na defesa e confirmação das boas-novas. 8Deus sabe do meu amor por vocês e da saudade que tenho de todos, com a mesma compaixão de Cristo Jesus.
Esse amor por eles (e pela igreja toda, por aquelas igrejas às quais o apóstolo Paulo ministrava) era a razão para ele ainda continuar vivendo:
Filipenses 1.23-25 23Estou dividido entre os dois desejos: quero partir e estar com Cristo, o que me seria muitíssimo melhor. 24Contudo, por causa de vocês, é mais importante que eu continue a viver. 25Ciente disso, estou certo de que continuarei vivo para ajudar todos vocês a crescer na fé e experimentar a alegria que ela traz.
Portanto, quando Paulo dizia, “para mim, o viver é Cristo” (Fl 1.21), ele queria dizer: para mim, o viver é glorificar a Cristo, servindo o evangelho da cruz de cristo aos eleitos de Deus, salvando-os, inserindo-os na igreja e batalhando para vê-los edificados, alegres e satisfeitos em Cristo Jesus. Se você tem dúvida disso, preste atenção nestes versículos:
Atos 20.24 Mas minha vida não vale coisa alguma para mim, a menos que eu a use para completar minha carreira e a missão que me foi confiada pelo Senhor Jesus: dar testemunho das boas-novas da graça de Deus.
Tito 1.1 Eu, Paulo, escravo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, escrevo esta carta. Fui enviado para fortalecer a fé daqueles que Deus escolheu e para ensinar-lhes a verdade que mostra como viver uma vida de devoção.
Ah! Paulo amava a igreja!
2Coríntios 3.2 Vocês mesmos são nossa carta, escrita em nosso coração, para ser conhecida e lida por todos!
2Coríntios 7.2-4 2Peço-lhes que abram o coração para nós. Não prejudicamos ninguém, nem desencaminhamos ninguém, nem nos aproveitamos de ninguém. 3Não digo isso para condená-los. Já lhes disse que vocês estão em nosso coração. Estamos juntos, seja para morrer, seja para viver. 4Tenho muita confiança em vocês, e de vocês tenho muito orgulho. Vocês têm me encorajado grandemente e me proporcionado alegria, apesar de todas as nossas aflições.
Paulo amava a igreja como uma mãe ama e nutre o próprio filho (1Ts 2.7-8). Sabemos que esse amor não era da boca para fora por causa de tudo o que ele sofreu por causa da igreja. Paulo padeceu, inclusive, fisicamente: foi apedrejamento, surrado, quase morreu naufragado, foi perseguido por falsos irmãos, passou frio, fome e carestia… e muito mais (cf. 2Co 11.23-27); MAS O QUE MAIS LHE FAZIA SOFRER era a condição espiritual dos irmãos que ele tanto amava:
2Coríntios 11.28-29 28Além disso tudo, sobre mim pesa diariamente a preocupação com todas as igrejas. 29Quem está fraco, que eu também não sinta fraqueza? Quem se deixa levar pelo caminho errado, que a indignação não me consuma?
Como Paulo sofria quando alguém abandonava o barco! Sofreu quando João Marcos desistiu e voltou para Jerusalém, abandonando a Grande Comissão (At 13.13); sofreu quando rompeu com Barnabé por causa de uma segunda chance a João Marcos (At 15.36-41); sofreu quando Demas o abandonou, pois esse amava mais as coisas desta vida (2Tm 4.10); sofreu quando teve de deixar Trófimo doente em Mileto e seguir viagem para Jerusalém (2Tm 4.10); sofreu por causa da língua venenosa de Alexandre, o latoeiro, o artífice que trabalhava com cobre (2Tm 4.14)… Paulo sofreu muito, por amor à igreja: Colossenses 1.24 — “Alegro-me quando sofro por vocês em meu corpo, pois participo dos sofrimentos de Cristo, que continuam em favor de seu corpo, a igreja.” Mais impressionante, todo sofrimento que as pessoas causavam a ele e até no corpo dele, ele não colocava na conta deles (2Tm 4.16), mas como marcas de Jesus (Gl 6.17).
Essa qualidade não faltava em Paulo: ele amava a igreja, e acreditava que a igreja é a única esperança de paz para o mundo (cf. Ef 2.11-16). Paulo, desse modo, encarnou a mensagem do salmista, que disse:
Salmo 16.2-3 (NAA) 2Digo ao SENHOR: “Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente.” 3Quanto aos santos que há na terra, eles são os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer.
A respeito dos filipenses (na Ásia Menor), Paulo escreveu: “Amo vocês e anseio vê-los, pois são minha alegria e minha coroa de recompensa.” (Fl 4.1). Aos colossenses (também na Ásia Menor), Paulo testemunhou:
Colossenses 2.1-3 1Quero que saibam quantas lutas tenho enfrentado por causa de vocês e dos que estão em Laodiceia, e por muitos que não me conhecem pessoalmente. 2Que eles sejam encorajados e unidos por fortes laços de amor e tenham plena certeza de que entendem o segredo de Deus, que é o próprio Cristo. 3Nele estão escondidos todos os tesouros de sabedoria e conhecimento.
Aos tessalonicenses (na Grécia), Paulo atestou:
1Tessalonicenses 2.19-20 19Afinal, o que nos dá esperança e alegria? E qual será nossa magnífica recompensa e coroa diante do Senhor Jesus quando ele voltar? Serão vocês! 20Sim, vocês são nosso orgulho e nossa alegria.
Palavras ainda mais comoventes à respeito dos tessalonicenses são estas:
1Tessalonicenses 3.6-10 6Agora, porém, Timóteo voltou trazendo boas notícias a respeito de sua fé e seu amor. Ele nos contou que vocês se lembram sempre com alegria de nossa visita e que desejam nos ver tanto quanto nós queremos vê-los. 7Por isso, irmãos, apesar de nossos sofrimentos e dificuldades, ficamos animados porque vocês permaneceram firmes na fé. 8Agora, revivemos por saber que estão firmes no Senhor. 9Sim, agradecemos a Deus por vocês! Por sua causa, temos grande alegria na presença de Deus. 10Noite e dia oramos por vocês com fervor, pedindo que possamos vê-los novamente a fim de ajudá-los a aperfeiçoar a fé.
Esse amor de Paulo pela igreja – esse compromisso de Paulo com igreja locais – nos traz a Atos 20.1-17 – que consideraremos na próxima mensagem. Veremos que esse texto revela quatro aspectos da estratégia de Paulo – quatro aspectos da receita de Paulo para mudar o mundo: [1.] Plantação de igrejas locais onde o evangelho não fora pregado; [2.] Treinamento e discipulado de homens piedosos para as igrejas locais; [3.] Culto público da igreja local para adoração e instrução na palavra de Deus; [4.] Fortalecimento de igrejas para a Grande Comissão; [5.] Mobilização de igrejas locais para a prática do amor cristão. Mas isso será na próxima mensagem.
Por ora, reflita – e tome uma decisão:
Você já se reconciliou com Deus, por meio de Cristo? (Salvação).
Você já se reconciliou com o povo de Deus, na igreja de Cristo? (Membresia).
1Coríntios 13.4-7 4O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso, 5nem grosseiro. Não exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso. 6Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade. 7O amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme.
Você já reconheceu que a única esperança, a receita para mudar o mundo é o evangelho pregado e encarnado na comunhão de igrejas locais? (Missões, Evangelismo, Discipulado e Comunhão). Essa é a receita para mudar o mundo.
S.D.G. L.B.Peixoto
Mais episódios da série
Atos dos Apóstolos
Mais episódios da série Atos dos Apóstolos
Mais Sermões
16 de fevereiro, 2020
25 de março, 2018
19 de dezembro, 2021
16 de julho, 2017
Mais Séries
A receita para mudar o mundo
Pr. Leandro B. Peixoto