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09.07.2018

A Vida Sob Pressão

  • Pr. Leandro B. Peixoto
  • Série: Evangelho de João
  • Livro: João

A VIDA SOB PRESSÃO

João 5.16-30

16Então os líderes judeus começaram a perseguir Jesus por não respeitar as regras do sábado. 17Jesus, porém, disse: “Meu Pai sempre trabalha, e eu também”. 18Assim, os líderes judeus se empenharam ainda mais em encontrar um modo de matá-lo, pois ele não apenas violava o sábado, mas afirmava que Deus era seu Pai e, portanto, se igualava a Deus. 19Jesus respondeu: “Eu lhes digo a verdade: o Filho não pode fazer coisa alguma por sua própria conta. Ele faz apenas o que vê o Pai fazer. Aquilo que o Pai faz, o Filho também faz. 20Pois o Pai ama o Filho e lhe mostra tudo que faz. Na verdade, o Pai lhe mostrará obras ainda maiores que estas, para que vocês fiquem admirados. 21Pois assim como o Pai dá vida àqueles que ele ressuscita dos mortos, também o Filho dá vida a quem ele quer. 22Além disso, o Pai não julga ninguém, mas deu ao Filho autoridade absoluta para julgar, 23para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho certamente não honra o Pai, que o enviou. 24“Eu lhes digo a verdade: quem ouve minha mensagem e crê naquele que me enviou tem a vida eterna. Jamais será condenado, mas já passou da morte para a vida. 25“E eu lhes asseguro que está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os mortos ouvirão minha voz, a voz do Filho de Deus. E aqueles que a ouvirem viverão. 26O Pai tem a vida em si mesmo, e concedeu a seu Filho igual poder de dar vida, 27e lhe deu autoridade para julgar a todos, porque ele é o Filho do Homem. 28Não fiquem tão surpresos! Na verdade, vem o tempo em que todos os mortos ouvirão, em seus túmulos, a voz do Filho de Deus 29e ressuscitarão. Aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para terem vida eterna, e aqueles que continuaram a fazer o mal ressuscitarão para serem julgados. 30Não posso fazer coisa alguma por minha própria conta. Julgo conforme aquilo que Deus me diz. Logo, meu julgamento é justo, pois não faço minha própria vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou.”

É pressão de todos os lados!
Quem nunca se sentiu pressionado ou foi perseguido na vida? Pressionado na escola, no trabalho, pela família, nalgum relacionamento, pelas demandas da vida e até mesmo pela própria consciência. Muitas e diferentes formas existem de pressão e perseguição. Sempre foi assim, mas hoje em dia, por causa da rapidez da informação e do acesso imediato através de mensagens instantâneas e de mídias sociais, a pressão é muito maior sobre o ser humano. Os adolescentes que nos digam! Veja, por exemplo, como tem aumentado o número de suicídios entre eles por causa de pressão do grupo, potencializada pelas tecnologias da informação, jogos virtuais, etc. É assustador!
Os olhos de todos nós estão sobre todo mundo (Afinal, quem não carrega uma câmera no celular? Assim, então, qualquer flagrante, qualquer passo em falso de alguém a nossa frente é filmado ou fotografado e, no mesmo instante, as imagens já são espalhadas para todo mundo!); e isso aumenta a pressão.
Veja o exemplo do sistema de monitoramento das partidas pela arbitragem, batizado de “árbitro de vídeo” ou VAR, na Copa da Rússia. A pressão sobre os jogadores e, principalmente, sobre o árbitro em campo, aumentou ao máximo. Por quê? As imagens das 33 câmeras em cada um dos 12 estádios da Copa de 2018 se tornaram, de certa forma, um pesadelo, especialmente para jogadores que gostam de catimba ou jogo sujo e, principalmente, para os árbitros de futebol que têm de dar conta do recado com a precisão de uma imagem flagrante em alta definição. É pressão de todos os lados!
A vida sob pressão
Tudo, cada avanço, cada conquista da humanidade tem contribuído para nos colocar ainda mais sob pressão. Como viver sob pressão? Que valor há na pressão? No texto de hoje nós encontramos Jesus sob pressão, sob a pressão dos líderes judeus (Jo 5.16-18):

16Então os líderes judeus começaram a perseguir Jesuspor não respeitar as regras do sábado. 17Jesus, porém, disse: “Meu Pai sempre trabalha, e eu também”. 18Assim, os líderes judeus se empenharam ainda mais em encontrar um modo de matá-lo, pois ele não apenas violava o sábado, mas afirmava que Deus era seu Pai e, portanto, se igualava a Deus.

Se isso não é pressão, o que seria?
O que se aprende aqui sobre a vida sob pressão?
1. A vida piedosa é vivida sob pressão
Toda essa pressão em cima de Jesus começou porque ele curou um homem no sábado (v. 16). Pior ainda: quem o entregou aos líderes judeus foi o próprio homem que ele havia curado (vv. 8-15). Por que tanta maldade, meu Deus? O paralítico curado não quereria problemas com os fariseus; ele temia pela própria vida; ele amou mais a sua vida e a glória dos homens do que a possiblidade de uma nova vida em Cristo vivida para a glória de Deus. Adiante, nesse mesmo capítulo, nós ouvimos o diagnóstico dos lábios de Jesus sobre o estado deste homem e dos fariseus que o pressionavam (v. 45):

Não é de admirar que não possam crer, pois vocês honram uns aos outros [aceitam glória uns dos outros], mas não se importam com a honra [a glória] que vem do único Deus!

A vida cristã ou a vida piedosa é vivida sob pressão, e muitas vezes a pressão ou a perseguição virá da parte daqueles para quem nós mais fizemos o bem; a pressão ou a perseguição virá em reação ao nosso amor cristão. Não se espante, portanto, quando você, por tanto amar e fazer o bem, receber em troca um beijo de Judas(Lc 22.48) ou um coice de Aitofel(amigo íntimo de Davi que se juntou à perseguição de Absalão; 2Sm 15-17) ou o abandono de Fígelo e Hermógenes(irmãos da Ásia que haviam sido tão bem cuidados por Paulo; 2Tm 1.15; 4.16) ou, ainda, a maldade e o prejuízo de Alexandre, o latoeiro(2Tm 4.14).
Paulo sabia, por experiência própria, que a vida cristã ou piedosa é vivida sob pressão (2Tm 3.10-12):

10Mas você sabe muito bem o que eu ensino, como vivo e qual é meu propósito de vida. Conhece minha fé, minha paciência, meu amor e minha perseverança. 11Sabe quanta perseguição e quanto sofrimento suportei e o que me aconteceu em Antioquia, Icônio e Listra; o Senhor, porém, me livrou de tudo isso. 12Sim, e todos que desejam ter uma vida de devoção em Cristo Jesus sofrerão perseguições.

Na mesma esteira, Pedro afirmou que é melhor viver sob pressão pelo bem do que o contrário; e a forma de se retrucar aqueles que nos pressionam é com amor (1Pe 3.13-17):

13Quem é que desejará lhes fazer mal se vocês se dedicarem a fazer o bem? 14Mas, ainda que sofram por fazer o que é certo, vocês serão abençoados. Portanto, não se preocupem e não tenham medo de ameaças. 15Em vez disso, consagrem a Cristo como o Senhor de sua vida. E, se alguém lhes perguntar a respeito de sua esperança, estejam sempre preparados para explicá-la. 16Façam-no, porém, de modo amável e respeitoso. Mantenham sempre a consciência limpa. Então, se as pessoas falarem mal de vocês, ficarão envergonhadas ao ver como vocês vivem corretamente em Cristo. 17Lembrem-se de que é melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal.

A vida cristã piedosa é vivida sob pressão para que o poder de Cristo em nós se evidencie a todos (2Co 4.8-13):

8De todos os lados somos pressionados por aflições, mas não esmagados. Ficamos perplexos, mas não desesperados. 9Somos perseguidos, mas não abandonados. Somos derrubados, mas não destruídos. 10Pelo sofrimento, nosso corpo continua a participar da morte de Jesus, para que a vida de Jesus também se manifeste em nosso corpo. 11Sim, vivemos sob constante perigo de morte, porque servimos a Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo mortal. 12Assim, enfrentamos a morte, mas isso resulta em vida para vocês. 13Continuamos a pregar porque temos o mesmo tipo de fé mencionada nas Escrituras: “Cri em Deus, por isso falei”.

É na pressão sofrida pelo viver piedoso que o crente desenvolve sua comunhão com Cristo Jesus e persevera anunciando e vivendo o evangelho (Fl 3.10-11):

10Quero conhecer a Cristo e experimentar o grande poder que o ressuscitou. Quero sofrer com ele, participando de sua morte, 11para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dos mortos!

A vida cristã piedosa é vivida sob pressão.
2. A vida sob pressão revela quem verdadeiramente somos
Aprendemos também em João 5 que Jesus, sob pressão, não negou ser quem ele é; de fato, a pressão revelou quem Jesus é; a pressão expôs o melhor de Jesus; a pressão revelou que Jesus é igual a Deus. Observe.
Jesus é igual a Deus em obras (vv. 16-19)

16Então os líderes judeus começaram a perseguir Jesus por não respeitar as regras do sábado. 17Jesus, porém, disse: “Meu Pai sempre trabalha, e eu também”. 18Assim, os líderes judeus se empenharam ainda mais em encontrar um modo de matá-lo, pois ele não apenas violava o sábado, mas afirmava que Deus era seu Pai e, portanto, se igualava a Deus. 19Jesus respondeu: “Eu lhes digo a verdade: o Filho não pode fazer coisa alguma por sua própria conta. Ele faz apenas o que vê o Pai fazer. Aquilo que o Pai faz, o Filho também faz.

O Pai e o Filho trabalharam juntos na criação; Pai e Filho trabalham juntos agora na recriação ou regeneração ou salvação ou redenção. Jesus e Deus são iguais em obras.
Jesus é igual a Deus em essência (vv. 18-19)

18[…] os líderes judeus se empenharam ainda mais em encontrar um modo de matá-lo, pois ele não apenas violava o sábado, mas afirmava que Deus era seu Pai e, portanto, se igualava a Deus.

Assim como a sombra, que não é idêntica anem independente doobjeto que ela projeta, o Filho e o Pai são distintos em pessoa, mas ainda assim iguais em essência, dependentes um do outro. A pressão caiu sobre ele, mas ele não negou: “Eu e o Pai somos sim iguais”.

19Jesus respondeu: “Eu lhes digo a verdade: o Filho não pode fazer coisa alguma por sua própria conta. Ele faz apenas o que vê o Pai fazer. Aquilo que o Pai faz, o Filho também faz.

Jesus é igual a Deus em poder e autoridade (vv. 20-27)

20Pois o Pai ama o Filho e lhe mostra tudo que faz. Na verdade, o Pai lhe mostrará obras ainda maiores que estas, para que vocês fiquem admirados. 21Pois assim como o Pai dá vida àqueles que ele ressuscita dos mortos, também o Filho dá vida a quem ele quer. 22Além disso, o Pai não julga ninguém, mas deu ao Filho autoridade absoluta para julgar, 23para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho certamente não honra o Pai, que o enviou. 24“Eu lhes digo a verdade: quem ouve minha mensagem e crê naquele que me enviou tem a vida eterna. Jamais será condenado, mas já passou da morte para a vida. 25“E eu lhes asseguro que está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os mortos ouvirão minha voz, a voz do Filho de Deus. E aqueles que a ouvirem viverão. 26O Pai tem a vida em si mesmo, e concedeu a seu Filho igual poder de dar vida, 27e lhe deu autoridade para julgar a todos, porque ele é o Filho do Homem.

Jesus está dizendo que a obra de salvação planejada por Deus não somente foi executada pelo Filho como também é determinada pelo Filho,i.e.: o Pai e o Filho têm o mesmo desejo (v. 20); o Pai e o Filho são soberanos na salvação, dão vida a quem eles quiserem (v. 21); o Pai ressuscita os mortos pelo poder da palavra ou da voz do Filho (v. 21 e 25); o Pai condena aqueles que rejeitam o Filho (v. 22 e 24); o Pai é honrado ou glorificado quando o Filho é honrado ou glorificado (v. 23); o Pai e o Filho têm o mesmo poder para salvar e a mesma autoridade para dar vida ou condenar (vv. 26-27).
Esses versículos que acabamos de ler introduzem, como bem escreveu J. C. Ryle, “um dos trechos mais solenes e significativos dos quatro evangelhos”. A pressão sofrida por Jesus revelou quem ele verdadeiramente é; sob pressão, o Senhor Jesus Cristo não negou, mas revelou ser igual a Deus; igual a Deus em essência, em obras, e em podere autoridade. O significado dessas palavras para a salvação é de valor incalculável.
Deus nos salva pelo que Cristo sofreu e padeceu no lugar do pecador; a condenação do pecador será baseada na sua atitude em relação a Jesus Cristo; a salvação alcança o pecador, trazendo-o à vida, através da mensagem do evangelho de Jesus Cristo. Portanto, se alguém quiser saber se seu relacionamento com o Criador é verdadeiro e salvífico, tal pessoa precisará encarar a pergunta de Jesus: “Quem as pessoas dizem que o Filho do Homem é? E vocês? Quem vocês dizem que eu sou?”(Mt 16.13 e 15). A resposta certa é a que saiu dos lábios de Pedro: “O senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivo!”(Mt 16.16).
Cristo é o Deus eterno que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; viveu uma vida perfeita, sem pecado; morreu na cruz no lugar do pecador; foi sepultado, mas ressuscitou ao terceiro dia. Foi por isso que Jesus declarou (Jo 5.24):

Eu lhes digo a verdade: quem ouve minha mensagem e crê naquele que me enviou tema vida eterna. Jamais será condenado, mas jápassou da morte para a vida.

A vida sob pressão revela quem verdadeiramente somos. No caso de Jesus, revelou que ele é o único caminho para a nossa salvação da justa condenação de Deus. E quanto você?No seu caso, o que revelam as pressões da vida?Em quem ou no que você confia? O que escorre do seu coração quando a pressão te espreme? Raiva? Ódio? Medo? Desespero? Mentira? Imoralidade? Ansiedade? Crime? O que a vida sob pressão revela sobre você? Temor de homens? Justiça própria? A vida sob pressão revela quem somos.
Bom seria se você parasse agora, diante de Deus, e fosse honesto consigo mesmo.
Pare. Pergunte a si mesmo e responda: “O que a vida sob pressão revela sobre mim?”Para te ajudar, pense nas coisas que você busca como alívio ou na forma como você age para aliviar a pressão. Reações revelarão quem de fato nós somos; em quem verdadeiramente  confiamos; o que realmente nós amamos.
Jesus sob pressão recorreu à sua identidade divina; revelou ser Deus, um com Deus Pai, com os mesmos desejos e propósitos de Deus Pai, com o mesmo poder e a mesma autoridade de Deus Pai. E você? A pressão te remete a Cristo? Leva você aos pés de Cristo? Quando está sob pressão é em Cristo que você busca graça para prosseguir exalando o bom perfume de Cristo? Que aroma você exala quando está sob pressão? O cheiro das obras da carne (Gl 5.19-21)?

19[…] imoralidade sexual, impureza, sensualidade, 20idolatria, feitiçaria, hostilidade, discórdias, ciúmes, acessos de raiva, ambições egoístas, dissensões, divisões, 21inveja, bebedeiras, festanças desregradas e outros pecados semelhantes.

Esse tipo de odor carnal só revela que você “não herdará o reino de Deus”(Gl 5.21). Ou será que você, sob pressão, exala o bom perfume do fruto do Espírito (Gl 5.22-23)?

22[…] amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, 23mansidão e domínio próprio.

A vida sob pressão revela quem verdadeiramente somos: “Aqueles que pertencem a Cristo Jesus crucificaram as paixões e os desejos de sua natureza humana”(Gl 5.24). Sob pressão, eles buscam “a direção do Espírito em todas as áreas de nossa vida” (Gl 5.25). O que a pressão tem revelado sobre você? Não seria este um bom momento para você reconhecer seu pecado diante de Deus, confessá-lo e buscar em Cristo perdão, salvação e poder para viver sendo guiado pelo Espírito? A vida sob pressão revela quem verdadeiramente somos.
3. A vida sob pressão nos remete ao que realmente importa na vida
Impressiona-me que, sob pressão, Jesus insistiu em falar sobre ressurreição dos mortos pelo poder, que Deus Pai lhe concedeu, “de dar vida eterna”(Jo 5.26). Com certeza essa palavra deixou os fariseus ainda mais furiosos e por isso Jesus declarou (vv. 28-30):

28Não fiquem tão surpresos! Na verdade, vem o tempo em que todos os mortos ouvirão, em seus túmulos, a voz do Filho de Deus 29e ressuscitarão. Aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para terem vida eterna, e aqueles que continuaram a fazer o mal ressuscitarão para serem julgados. 30Não posso fazer coisa alguma por minha própria conta. Julgo conforme aquilo que Deus me diz. Logo, meu julgamento é justo, pois não faço minha própria vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou.”

O que realmente importa na vida não éescapar das pressões, tentando encontrar alívio através de qualquer atitude ou pecado e assim viver bem consigo mesmo, pois nada disso será solução; nem mesmo o suicídio será solução, pois, conforme já lemos, “vem o tempo em que todosos mortos ouvirão, em seus túmulos, a voz do Filho de Deus e ressuscitarão” (vv. 28-29). Ou seja: mesmo que alguém tente escapar da pressão, atentando contra a própria vida, no final terá que se apresentar diante do Senhor; e todos seremos julgados pela obras que praticamos (v. 29):

[…] Aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para terem vida eterna, e aqueles que continuaram a fazer o mal ressuscitarão para serem julgados.

Esse texto não implica que as boas obras das pessoas nesta vida são a base sobre a qual o julgamento é pronunciado (pois isso contradiria a forte ênfase de João na fé somente em Jesus Cristocomo o caminho para a vida eterna: Jo 3.16; 5.24-25; etc.). Em vez disso, as boas obras funcionam como evidência da verdadeira fé; se faltam boas obras, essa ausência apenas revela ausência de fé verdadeira ou salvadora; fé salvadora é sempre acompanhada de boas obras; boas obras são consequência de fé salvadora, não são, jamais, a sua causa.
Pois bem, neste texto, Jesus está dizendo que a coisa mais importante na vida é viver de olho no dia da ressurreição, quando todos prestaremos contas da vida que do Criador nós recebemos. Pressões, portanto, são excelentes oportunidades para refletirmos sobre como nós temos vivido, face ao que realmente importa: encarar Deus face a face.
Se encarar Deus face a face é o que realmente importa, como, então, nós devemos viver? Jesus nos revela como ele viveu. Ouça o verso 30, mais uma vez:

Não posso fazer coisa alguma por minha própria conta. Julgo conforme aquilo que Deus me diz. Logo, meu julgamento é justo, pois não faço minha própria vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou.

Se Cristo não foi autônomo, se ele não fez coisa alguma por sua própria conta, o que nos dá o direito de esbravejar e de achar que nós podemos viver como bem entendemos, sem ter que prestar contas de nossos atos a Deus? A vida que importa éa que é vivida face a face com Deus: a que busca ouvir a voz de Deus na Palavra(e não a voz do coração), a que busca praticar a justiça(e não o que diz o senso comum), a que não faz a própria vontade, mas a vontade de Deus Pai.
A vida sob pressão
Pois bem, olhe para a sua vida. Está sob pressão? Vive sob pressão? Lembre-se:

  • A vida piedosa é vivida sob pressão
  • A vida sob pressão revela quem verdadeiramente somos
  • A vida sob pressão nos remete ao que realmente importa na vida

Concluindo, permitam-me três aplicações:

  • Cristianismo não é uma válvula de escape para pressões;não é um meio de se encontrar bem-estar ou de se elevar a autoestima para se viver bem consigo mesmo sem problemas e no deleite dos prazeres egoísta desta vida. Cristianismo é a vida de quem era cego para Deus e buscava o prazer com olhos só para si mesmo, mas agora encontra alegria ao enxergar a beleza da glória de Deus em Jesus Cristo e na entrega de sua vida pela salvação do próximo; era amante de si mesmo, mas agora nega a si mesmo, toma a cruz de Cristo e diariamente segue Jesus amando e servindo o próximo, custe o que custar. Cristianismo é a vida piedosa vivida sob pressão.
  • O cristão não vive sob pressão apontando culpados nem se escondendo atrás de desculpas; ele usa a pressão para ver o que, pressionado, escorre do seu coração: obras da carne ou fruto do Espírito? Se a vida sob pressão revela quem verdadeiramente somos, o cristão se aproveita da pressão para testar o seu caráter à luz do evangelho da glória e da graça de Deus em Cristo.
  • O que realmente importa na vida é se estamos ou não unidos a Cristo pela fé somente em Cristo.Todos ressuscitaremos. Encararemos Deus face a face. Use, portanto, a pressão para ver os tipos de valores que você nutre no seu coração: vive você para a glória de Deus ou para a glória dos homens? Ouve a Deus no evangelho de Cristo ou o seu coração? Vive para satisfazer a sua vontade ou a vontade de Deus? Arrependa-se. Creia e Cristo. Não viva mais para si mesmo. Pratique a justiça do evangelho. Conheça e pratique a vontade de Deus.

A vida sob pressão tem muito valor se ela for vivida para a glória de Deus em Cristo. Cristo sofreu a pior pressão para que pudéssemos provar e ver o prazer da sua salvação.

S.D.G. L.B.Peixoto

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