21.10.2018
O CERCO DA MORTE
Salmo 59
[Ao regente do coral: salmo de Davi, sobre a ocasião em que Saul enviou soldados para vigiar a casa de Davi a fim de matá-lo. Para ser cantado com a melodia “Não destruas!”.]1Livra-me de meus inimigos, ó Deus, protege-me dos que vieram me destruir. 2Livra-me dos criminosos, salva-me dos assassinos. 3Armaram uma emboscada para mim; inimigos ferozes estão à minha espera, SENHOR, embora eu não tenha pecado nem os tenha ofendido. 4Sou inocente, mas eles se apressam em me atacar. Desperta! Vê o que está acontecendo e ajuda-me! 5Ó SENHOR, Deus dos Exércitos, Deus de Israel, desperta e castiga as nações; não tenhas misericórdia dos traidores perversos. Interlúdio6Eles saem à noite, rosnando como cães ferozes enquanto rondam a cidade. 7Ouve as coisas imundas que lhes saem da boca; suas palavras cortam como espadas. “Afinal, quem nos ouvirá?”, dizem com desprezo. 8Mas tu, SENHOR, ris deles; zombas das nações. 9És minha força; em ti espero, pois tu, ó Deus, és minha fortaleza.10Em seu amor, meu Deus estará comigo; permitirá que eu triunfe sobre meus inimigos. 11Não os mates, para que meu povo não se esqueça depressa; dispersa-os com teu poder e derruba-os, ó Senhor, nosso escudo. 12Pelas coisas pecaminosas que dizem, pelo mal que há em seus lábios, que sejam apanhados em seu orgulho, em suas maldições e mentiras. 13Destrói-os em tua ira!Extermina-os por completo! Então o mundo todo saberá que Deus reina em Israel. Interlúdio14Eles saem à noite, rosnando como cães ferozes enquanto rondam a cidade. 15Andam à procura de alimento, mas vão dormir insatisfeitos. 16Eu, porém, cantarei sobre o teu poder; cada manhã, cantarei com alegria sobre o teu amor. Pois tu tens sido minha fortaleza, lugar seguro em minha aflição. 17Ó minha Força, a ti canto louvores, pois tu, ó Deus, és minha fortaleza, o Deus que mostra amor por mim.
Você consegue imaginar como seria ter sua casa cercada por uma multidão sanguinária? Dentro da casa, só você e sua família. Lá fora, cercando a casa, uma multidão enfurecida, com sede de maldade, sede sangue. O seu sangue! O sangue dos seus! Não há policiais disponíveis. Não existem telefones de emergência para se chamar, nem mesmo o 190 da Polícia Militar. Você não tem aonde correr e a quem pedir socorro. É só você e sua família, indefesos dentro da casa, impotentes face ao cerco dos assassinos. Lá fora está um bando de gente descontrolada, verdadeiros animais, todos tomados de ódio e movidos pela maldade (guardadas as proporções, igualzinho ao que aconteceu com Ló, familiares e os visitantes celestiais lá em Sodoma; cf.Gênesis 19.3-5). Consegue imaginar? Como você se sentiria? O que você faria? Reagiria? Entraria em pânico?
Davi passou por algo parecido. Você prestou atenção ao título do salmo? Diz assim:
Ao regente do coral: salmo de Davi, sobre a ocasião em que Saul enviou soldados para vigiar a casa de Davi a fim de matá-lo. Para ser cantado com a melodia “Não destruas!”.
Como seria se ver cercado, na calada da noite, por homens perversos que têm uma ordem do rei — cuja palavra é a lei — para matá-lo? A descrição do salmista pode nos ajudar a sentir como seria (vs. 6-7 e 14-15):
6Eles saem à noite, rosnando como cães ferozes enquanto rondam a cidade. 7[Deus,] Ouve as coisas imundas que lhes saem da boca; suas palavras cortam como espadas. “Afinal, quem nos ouvirá?”, dizem com desprezo. […] 14Eles saem à noite, rosnando como cães ferozes enquanto rondam a cidade. 15Andam à procura de alimento, mas vão dormir insatisfeitos.
Os homens que cercaram a casa de Davi eram como um bando de cães selvagens e sanguinários que encurralam a presa ferida e indefesa, rasgando-a em pedaços quando estão morrendo de fome. O episódio em tela está narrado 1Samuel 19.11-12, onde se lê:
11Saul enviou soldados para vigiar a casa de Davi e matá-lo quando ele saísse na manhã seguinte. Mical, porém, esposa de Davi [e filha de Saul], o alertou: “Se você não fugir esta noite, pela manhã estará morto!” 12Então ela o ajudou a descer por uma janela, e ele correu e escapou.
É provável que o nosso salmo tenha sido escrito tempos mais tarde, quando em algum momento Israel esteve cercada por inimigos cruéis; afinal, lê-se aqui que Deus ri e zomba das nações(vs. 5 e 8). Em estado de sítio, talvez Davi estivesse com a mesma sensação de perigo pavoroso do dia em que sua casa foi cercada por assassinos mandados pelo rei. De toda forma, inspirado pela experiência do cerco da morte, montado por Saul, Davi escreveu um cântico para todos aqueles que, de um jeito ou de outro, veem-se cercados pelos poderes das trevas, a maldade dos homensou as forças do pecado.
Tanta gente tem vivido assim nos últimos tempos! Aliás, em todos os tempos. Gente oprimida pelo diabo; gente escravizada pelo pecado; gente cercada de problemas, uns maiores e outros menores; gente encurralada pela maldade, vítima de traição ou de perseguição; gente sitiada de perigos reais e imaginários; gente com pânico de bandidos; gente cercada de amigos da onça, pressionada pelas tentações e encurralada pelo pecado, batendo à porta, buscando dominá-las; gente oprimida por alguma enfermidade; enfim…
É o seu caso? Como você está? Como você reage quando a situação te espreme? Como você responde quando problemas, pecados e pesadelos te cercam? Convido você para mergulhar nesse salmo de Davi em busca de luz. O que o cerco da morte que atormentou Davi nos ensina? Davi aprendeu sobre Deus. Essa é a grande lição: Deus. Mas, o que, especificamente, Davi aprendeu sobre Deus? Davi aprendeu que Deus vê(vs. 1-5), ouve(vs. 6-9), reina(vs. 10-13) e socorre(vs. 14-17).
Deus vê, por isso Davi ora(vs. 1-5):
4[…] Desperta! Vêo que está acontecendo e ajuda-me!
Deus ouve, por isso Davi espera(vs. 6-9):
7Ouve as coisas imundas que lhes saem da boca; […] 9És minha força; em ti espero, pois tu, ó Deus, és minha fortaleza
Deus reina, por isso Davi confia(vs. 10-13):
13[…] Então o mundo todo saberá que Deus reinaem Israel.
Deus socorre, por isso Davi canta(vs. 14-17):
17Ó minha Força, a ti canto louvores, pois tu, ó Deus, és minha fortaleza, o Deus que mostra amor por mim.
Não importa qual seja o cerco da morte, não importa o quanto estejamos encurralados, Deus sempre vê, ouve,reinae socorre, e por isso nós podemos orar, esperar,confiare cantar. Vejamos uma dessas lições de cada vez.
1. Deus nos vê no cerco da morte, por isso podemos orar
Já vimos que logo no título do salmo Davi expressa que estava precisando de proteção e libertação: “salmo de Davi, sobre a ocasião em que Saul enviou soldados para vigiar a casa de Davi a fim de matá-lo”. Nessas horas de pânico e desespero, faz toda diferença saber e crer de coração que Deus a tudo vê. Davi tinha tanta certeza dessa verdade que noutros salmos ele escreveu assim:
Sl 33.18-19 (NAA) | 18Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, 19para livrar a alma deles da morte, e, no tempo da fome, conservar-lhes a vida.
Sl 34.15 |Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, […]
Confiado na certeza de que Deus vê, Davi ora. Deus vê o tamanho dos nossos problemas, vê o que está em nossocoraçãoe vê também nossas atitudes. Podemos orar confiantes, a exemplo de Davi (Sl 59.1-5):
1Livra-me de meus inimigos, ó Deus, protege-me dos que vieram me destruir. 2Livra-me dos criminosos, salva-me dos assassinos. 3Armaram uma emboscada para mim; inimigos ferozes estão à minha espera, SENHOR, embora eu não tenha pecado nem os tenha ofendido. 4Sou inocente, mas eles se apressam em me atacar. Desperta! Vê o que está acontecendo e ajuda-me! 5Ó SENHOR, Deus dos Exércitos, Deus de Israel, desperta e castiga as nações; não tenhas misericórdia dos traidores perversos. Interlúdio
Davi nunca tinha feito mal a Saul e jamais faria. Muito pelo contrário, ele permaneceu leal ao seu rei, do início ao fim. Leia sua história e descubra por si memo. Está lá em 1Samuel. Saul, no entanto, tomado de ciúme, inveja e sede de poder, pagou todo o bem que Davi sempre fez a ele e à Israel com fúria, ira e perseguição até final de sua vida (1Sm 18.28-29):
28Quando Saul percebeu que o SENHOR estava com Davi, e viu como sua filha Mical o amava, 29temeu Davi ainda mais e continuou a ser inimigo dele pelo resto de sua vida.
Em tudo, Davi aprendeu que Deus vê e ajuda os seus, e por isso ele orava sabendo que o Senhor nos conhececomo somos, livrado perverso, protegee salva da destruição, alertapara o perigo e julgacom justiça (vs. 1-5). Deus vê, por isso podemos orar.
2. Deus nos ouve no cerco da morte, por isso podemos esperar
Deus vê, por isso podemos orar. Deus também ouve, por isso podemos esperar.
6Eles saem à noite, rosnando como cães ferozes enquanto rondam a cidade. 7Ouve as coisas imundas que lhes saem da boca; suas palavras cortam como espadas. “Afinal, quem nos ouvirá?”, dizem com desprezo. 8Mas tu, SENHOR, ris deles; zombas das nações. 9És minha força; em ti espero, pois tu, ó Deus, és minha fortaleza.
Quem aprende a esperar no Senhor consegue muita coisa. Isaías disse (40.28-31):
28Você não ouviu? Não entendeu? O SENHOR é o Deus eterno, o Criador de toda a terra. Ele nunca perde as forças nem se cansa, e ninguém pode medir a profundidade de sua sabedoria. 29Dá forças aos cansados e vigor aos fracos. 30Até os jovens perdem as forças e se cansam, e os rapazes tropeçam de tão exaustos. 31Mas os que confiam no SENHOR renovam suas forças; voam alto, como águias. Correm e não se cansam, caminham e não desfalecem.
O inimigo de nossas almas é persistente, pernicioso, poderoso e profano. Ouça, mais uma vez (Sl 59.6-7):
6Eles saem à noite, rosnando como cães ferozes enquanto rondam a cidade. 7Ouve as coisas imundas que lhes saem da boca; suas palavras cortam como espadas. “Afinal, quem nos ouvirá?”, dizem com desprezo.
O Senhor, no entanto, além de Soberano, fortalece o fraco e abriga o perseguido (vs. 8-9):
8Mas tu, SENHOR, ris deles; zombas das nações. 9És minha força; em ti espero, pois tu, ó Deus, és minha fortaleza.
Deus nos ouve no cerco da morte, por isso podemos esperar, devemos esperar, pois os que “esperam no SENHOR renovam suas forças; voam alto, como águias. Correm e não se cansam, caminham e não desfalecem”(Is 40.31). Deus nos ouve, por isso podemos/devemos esperar.
3. Deus reina no cerco da morte, por isso podemos confiar
Além de vere de ouvir, Deus reinasoberano sobre tudo e sobre todos, inclusive sobre os nossos piores problemas. Ouça as palavras de Davi (vs. 10-13):
10Em seu amor, meu Deus estará comigo; permitirá que eu triunfe sobre meus inimigos. 11Não os mates, para que meu povo não se esqueça depressa; dispersa-os com teu poder e derruba-os, ó Senhor, nosso escudo. 12Pelas coisas pecaminosas que dizem, pelo mal que há em seus lábios, que sejam apanhados em seu orgulho, em suas maldições e mentiras. 13Destrói-os em tua ira! Extermina-os por completo! Então o mundo todo saberá que Deus reina em Israel.Interlúdio
Davi ora confiante na soberania de Deus. E quanta coisa ele nos ensina através das palavras de sua oração! Destacaremos três.
Primeiro, nada nos separará do amor de Deus em Cristo Jesus, nem mesmo “aflições ou calamidades, perseguições ou fome, miséria, perigo ou ameaças de morte”(Rm 8.35). Certo disso, o salmista pôde declarar (v. 10): “Em seu amor, meu Deus estará comigo; permitirá que eu triunfe sobre meus inimigos”. Na mesma página de Davi, o apóstolo Paulo pôde escrever que “somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou”(Rm 8.37). Nada nos separa do amor de Deus em Cristo Jesus.
Segundo, a maldade dos homens é revertida em lição para o povo de Deus (v. 11): “Não os mates, para que meu povo não se esqueça depressa; dispersa-os com teu poder e derruba-os, ó Senhor, nosso escudo”. O salmista sabe que se o Senhor destruir de uma só vez os ímpios e a maldade (como de fato todos nós merecemos que seja!), a lição sobre a ira de Deus contra o mal e o pecado não será gravada na mente das pessoas. Por isso que Deus dosa cada um dos sofrimentos que enfrentamos com o fim de nos santificar e nos aperfeiçoar em amor; afinal, “o Senhor disciplina quem ele ama e castiga todo aquele que aceita como filho”(Hb 12.6). Deus trata o seu povo como filhos amados; e parte desse tratamento é a disciplina a nós dispensada como prova de amor (Hb 12.5-13).
Terceiro, ao seu tempo, Deus cuidará de aplicar justiça na devida dose aos ímpios que nunca se quebrantaram (vs. 12-13): “12Pelas coisas pecaminosas que dizem, pelo mal que há em seus lábios, que sejam apanhados em seu orgulho, em suas maldições e mentiras. 13Destrói-os em tua ira! Extermina-os por completo! Então o mundo todo saberá que Deus reina em Israel”.
Deus reina no cerco da morte, por isso podemos confiar: nada nos separará de seu amor por nós revelado em Jesus Cristo; todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo os seus propósitos; Deus cuidará de aplicar justiça e estabelecer para sempre o seu reino.
Charles Spurgeon, “Príncipe dos Pregadores” e pastor batista em Londres, de meados para o final do século XIX, na Inglaterra, tinha consciência da soberania de Deus, do reinado de Deus sobre os nossos cercos de morte. O tônico que alimentava sua alma nas longas horas, nos longos dias, semanas e anos de depressão profunda era a fé na soberania de Deus sobre, inclusive, seus sofrimentos físicos e emocionais. Ele, aliás, encarava sua depressão como um projeto de Deus para o bem de sua vida e de sua vocação, e também da glória de Cristo. Num de seus sermões, ele falou:
Seria uma experiência muito forte e tentadora pensar que eu tenho uma aflição que Deus nunca me enviou, que o cálice amargo nunca foi preenchido por suas mãos, que as minhas tribulações nunca foram medidas por ele, nem enviadas a mim no peso e na quantidade que manda a sua disposição
Nossas aflições, dizia Spurgeon, são a prescrição de saúde de um Médico infinitamente sábio. Ele ensinou aos seus alunos o seguinte:
Ouso dizer que a maior bênção terrena que Deus pode dar a qualquer um de nós é a saúde, com exceção de doença… Se alguns homens que eu conheço pudessem ser favorecidos com um mês de reumatismo, isto iria, pela graça de Deus, amadurecê-los maravilhosamente.
Ele quis dizer isso, principalmente, para si mesmo. Embora ele temesse o sofrimento e de bom grado escolheria evitá-lo, ele afirmou:
Temo que toda a graça que eu recebi, dos momentos fáceis e confortáveis, e também das horas alegres que passei, caberia sobre uma moeda de um centavo. Mas o bem que eu tenho recebido de minhas tristezas, dores e dissabores é totalmente incalculável… A aflição é a melhor mobília de minha casa. É o melhor livro da biblioteca …
Spurgeon via pelo menos três propósitos específicos de Deus em sua luta contra a depressão: para mantê-lo humilde (espinho na carne para não nos ensoberbecermos), como fonte de poder (quando estamos fracos e que somos fortes) e prenúncio de grandes vitórias pela frente. Sobre esse último, Spurgeon afirmou:
Essa depressão se apodera de mim sempre que o Senhor está preparando uma grande bênção para o meu ministério. A nuvem é negra antes de quebrar e chover, e ofusca antes de despejar o seu dilúvio de misericórdia. A depressão agora se tornou para mim como um profeta em roupas ásperas, um João Batista, anunciando que está próxima a vinda de bênçãos ainda mais ricas do meu Senhor.
Deus reina no cerco da morte, por isso podemos confiar. E, por fim…
4. Deus nos socorre no cerco da morte, por isso podemos cantar
Davi termina o salmo com o firme propósito de nunca parar de louvar, independentemente das circunstâncias. Ouça (vs. 14-17):
14Eles saem à noite, rosnando como cães ferozes enquanto rondam a cidade. 15Andam à procura de alimento, mas vão dormir insatisfeitos. 16Eu, porém, cantarei sobre o teu poder; cada manhã, cantarei com alegria sobre o teu amor. Pois tu tens sido minha fortaleza, lugar seguro em minha aflição. 17Ó minha Força, a ti canto louvores, pois tu, ó Deus, és minha fortaleza, o Deus que mostra amor por mim.
Spurgeon, falando sobre o fruto do sofrimento na vida do justo, afirmou que “a música do santuário de Deus tem um enorme débito com o sofrimento dos santos”. É a mais pura verdade. Os mais belos hinos da tradição cristã nasceram de grandes momentos de dor e de sofrimento. Pena não termos tempo hábil para aqui apresentar alguns testemunhos, seguidos dos mais belos hinos que nasceram da aflição dos santos compositores.
Olhe para o cântico de Davi. O que ele canta? Canta sobre o poderde Deus, o amorde Deus, a proteçãode Deus, a segurançae a forçaque vêm de Deus (vs. 14-17). Agora pense: nada disso ele teria provado de Deus se não tivesse enfrentado o cerco da morte.
Olhe, agora, para a sua vida. Qual tem sido o seu sofrimento? Pare e pense, mas não se detenha na dor. Não fique se lambendo em autopiedade. Use seu sofrimento como lentes, janelas através das quais você enxerga mais de Deus, mais do amor, do poder, do abrigo, da proteção, da bondade e da graça de Deus derramados sobre você através da pessoa e da obra de Jesus Cristo. Faça do seu sofrimento um cântico; transforme seus problemas em poema; reverta sua humilhação em hino; ofereça sua vida a Deus em louvor e adoração. E esteja convencido de que (Rm 8.38-39):
nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o que existe hoje nem o que virá no futuro, nem poderes, nem altura nem profundidade, nada, em toda a criação, jamais poderá nos separar do amor de Deus revelado em Cristo Jesus, nosso Senhor.
O cerco da morte é graça de Deus para nos ensinar a orar,esperar, confiare cantar. Pela graça de Deus, por meio da fé, faça da dor de seu sofrimento um hino. Cante no cerco da morte, afinal, como diz Paulo (1Co 15.54-55), em Cristo, “A morte foi engolida na vitória. Ó morte, onde está sua vitória? Ó morte, onde está seu aguilhão?”.
S.D.G. L.B.Peixoto
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