• Home
  • Home
  • A Igreja
  • Para Você
  • Sermões
  • Podcasts
  • Artigos
  • Contribuição
  • Fale Conosco
  • Assistir Vídeo
  • Baixar Esboço em PDF
  • Baixar Áudio MP3

13.08.2017

A Última Palavra Sobre Deus

  • Pr. Leandro B. Peixoto
  • Série: Evangelho de João
  • Livro: João

A ÚLTIMA PALAVRA SOBRE DEUS

João 1.1-5

1No princípio, aquele que é a Palavra já existia. A Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. 2Ele existia no princípio com Deus. 3Por meio dele Deus criou todas as coisas, e sem ele nada foi criado. 4Aquele que é a Palavra possuía a vida, e sua vida trouxe luz a todos. 5A luz brilha na escuridão, e a escuridão nunca conseguiu apagá-la [ou e a escuridão não a entendeu].

Que tipo de pessoa é Deus?
Que tipo de pessoa é Deus? Como ele se parece? É possível conhecê-lo de fato?
Tanta gente afirma tanta coisa, tantas religiões apregoam tantos dogmas e tantas filosofias apresentam tantos conceitos que não é de admirar que, sem uma resolução definitiva, as pessoas se encontrem nesse estado de confusão generalizado quando o assunto é Deus.
A situação é ainda pior nos tempos em que vivemos. Nossa é a época quando as pessoas rebatem com ódio qualquer opinião irrevogável sobre qualquer assunto, especialmente em matéria de fé. Estranho, pois o ser humano busca respostas, mas não aceita que suas pressuposições sejam postas em dúvida ou confrontadas com argumentos dissonantes.
Quando o assunto é Deus, não importam as opiniões pessoais, as filosofias humanas nem as interpretações dogmáticas das religiões. A última palavra sobre Deus tem que ser dada pelo próprio Deus. Mas, onde encontrá-la? Na Bíblia, a revelação especial de Deus. Afinal, ninguém o conhece melhor do que ele mesmo se conhece e se dá a conhecer.
Segundo, João, o autor do quarto evangelho, “ninguém jamais viu a Deus, mas o Filho único, que mantém comunhão íntima com o Pai, o revelou” (Jo 1.18). Portanto, para sabermos que tipo de pessoa é Deus, com que se parece ou como se pode conhecê-lo, precisamos olhar para a revelação que o próprio Deus fez de si mesmo, precisamos ouvir a última palavra sobre Deus. O Evangelho de João é perfeito para nos auxiliar nessa busca pelo conhecimento de Deus ou da revelação que Deus faz de si mesmo na pessoa de Jesus Cristo.
O teste da verdade

“Ou! Ou! Ou! Espere um pouco, alto lá!” — alguns poderiam argumentar — “Você está partindo do pressuposto de que a Bíblia, o livro do cristianismo, é a verdade! Mas, como saber se o cristianismo é de fato verdadeiro ou se a Bíblia é a verdade?”

Timothy Keller (leia seu livro A fé na era do ceticismo: como a razão explica Deus, publicado pela ed. Vida Nova) argumenta que há dois testes válidos para qualquer cosmovisão, filosofia ou religião: 1precisa ser intelectualmente crível ou confiável e 2existencialmente satisfatória ou benéfica; ou seja: 1quando investigada, torna-se coerente para a mente ou razão e 2quando colocada em prática, funciona para atender as necessidades das pessoas e o bem comum. Esse é o teste da coerência aliada à experiência.
Ainda segundo Keller, a principal evidência da verdade do cristianismo é o próprio Jesus Cristo como dado e como fato. Se olharmos para os Evangelhos, especialmente o de João, considerando a magnitude das reivindicações de Jesus e as evidências de sua vida e ministério, seremos levados à conclusão (pela coerência e pela experiência) de que Jesus é quem ele diz que é: Deus, e assim descobriremos que tipo de pessoa é Deus e como devemos viver diante dele.
A nossa proposta, portanto, é investigar o Evangelho de João, na esperança de que, quando confrontados com os dados e os fatos sobra a vida e o ministério de Jesus, e iluminados pelo Espírito Santo, possamos verdadeiramente conhecer Deus, crer em Cristo, receber vida pelo seu poderoso nome e viver para a sua glória.
Afinal, como vimos na semana passada, esse é o propósito de João (Jo 20.30-31). Então, desarme-se e permita-se ser exposto ao conteúdo desse livro.  Prove e veja. Creio de todo coração que assim, ao longo dessa jornada, você poderá dizer que conheceu Deus em Jesus Cristo de uma maneira salvadora, transformadora e cheia de vida.
Evangelho sem suspense
Não existe suspense no Evangelho de João. O que levou três anos para ele e os apóstolos compreenderem plenamente, ele deixou claro já nos três primeiros versículos do livro. O cabeçalho  (ou prólogo — Jo 1.1-18) diz tudo, especialmente o iniciozinho. Veja:

1No princípio, aquele que é a Palavra já existia. A Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. 2Ele existia no princípio com Deus. 3Por meio dele Deus criou todas as coisas, e sem ele nada foi criado… [Mas, quem é a Palavra?] 14Assim, a Palavra se tornou ser humano, carne e osso, e habitou entre nós. Ele [Jesus Cristo] era cheio de graça e verdade. E vimos sua glória, a glória do Filho único do Pai.

João sabe sobre quem e deseja que nós tenhamos certeza sobre quem ele irá escrever nos próximos 21 capítulos: Jesus é o seu foco. O seu assunto é a Palavra que sempre existiu, desde a eternidade, face a face com Deus, o criador de todas as coisas: que se tornou ser humano, habitou na terra e revelou graça, verdade e glória de Deus. Não há suspense.
João escolheu escrever assim para, desde o início, arrancar nossos suspiros de admiração, acelerar nossos corações com emoção, acender em nós a chama da adoração. Ele não quer que prossigamos com a leitura, perguntando: “Quem é esse homem?”. Nada disso. Não há suspense: Jesus é Deus, o criador, magnífico, glorioso, gracioso e verdadeiro Deus; ele é Deus que “se tornou ser humano, carne e osso, e habitou” na terra. O livro é sobre ele, do começo ao fim, e vemos isso já nas primeiras palavras. Não há suspense.
Jesus: a última palavra sobre Deus
Uma coisa que nos intriga logo no início é: Por que João escolheu chamar Jesus de “Palavra” ou “Verbo” — “No princípio era a Palavra”? Por que não chamá-lo pelo próprio nome? Por que não chamá-lo de “Vida” ou de “Verdade” ou de “Caminho” ou de “Messias”? Enfim, por que chamá-lo de “Palavra”?
Tanta coisa foi escrita sobre isso, tanta coisa nada a ver foi declarada a esse respeito, que me recuso a tomar o tempo de vocês com tantas discussões. Sigo com a sobriedade de D. A Carson que, em seu comentário sobre João (Shedd Publicações) diz que no Antigo Testamento (a fonte de consulta e do conhecimento de João) “a Palavra” (hebr. dâbâr) de Deus está ligada com a poderosa atividade de Deus na criação (Gn 1.3; Sl 33.6), revelação (Is 9.8; Jr 1.4; Ez 33.7; Am 3.1 e 8) e libertação (Sl 107.20; Is 55.11). Em outras palavras, aprende-se no Antigo Testamento que Deus cria, comunica-se e cura pela palavra.
Logo, não deveria ser estranho que quando João se propôs a escrever sobre aquele que veio para criar nova vida e uma nova comunidade (regenerar o pecador e criar para si mesmo um povo), revelar-nos Deus e libertar os pecadores do pecado ele tenha escolhido chamar Jesus de “a Palavra”. Ele aprendeu que Jesus é a auto-expressão de Deus, o ponto de contato de Deus com o homem, a personificação daquela “Palavra” criadora, reveladora e libertadora que vemos e provamos no Antigo Testamento.
Carson ainda informa que já no período interbíblico, nos escritos judaicos fundamentados no Antigo Testamento, falava-se dessa personificação da “Palavra” (p.ex.: Sabedoria 7.22; 18.14-15 e Eclesiástico 24.1ss.). Salomão, inspirado por Deus nas Escrituras do Antigo Testamento, destacou a “Sabedoria” de Deus de uma forma altamente personificada (Pv 8.22ss.) Podemos, então, resumir da seguinte maneira: da mesma forma que Deus se revelou no Antigo Testamento criando, falando e libertando pela Palavra, agora, nos últimos tempos, Deus falou pelo Filho (Hb 1.1). Jesus é a última palavra sobre Deus. Nas palavras do autor de Hebreus (1.3): “O Filho irradia a glória de Deus, expressa de forma exata o que Deus é e, com sua palavra poderosa, sustenta todas as coisas”.
John Piper foi genial, como sempre! Sobre João ter chamado Jesus de “Palavra”, ele disse:

O que Deus tinha para nos dizer não era apenas ou principalmente o que Jesus disse (suas palavras), mas quem Jesus era e o que ele fez. Suas palavras trouxeram esclarecimento sobre si mesmo [ele é Deus] e sobre a sua obra [ele veio para salvar]. Mas o seu eu e a sua obra eram a verdade principal que estava sendo revelada por Deus. “Eu sou a verdade”, disse Jesus (João 14.6). Ele veio testemunhar a verdade (João 18.37) e ele era a verdade (João 14.6). O seu testemunho [o que ele disse] e a sua pessoa [quem ele é e o que ele fez] eram a Palavra da verdade.

João começa o seu Evangelho declarando que Jesus é a Palavra de Deus (Ap 19.13-15) — a primeira, a última, a decisiva, a absoluta, a verdadeira e a confiável revelação de quem é Deus e o que Deus fez pela humanidade. Jesus é a última palavra sobre Deus.
Uma palavra sobre a Palavra
Agora, o que João quer nos dizer primeiro sobre Jesus Cristo, cujos atos e palavras preenchem as páginas deste Evangelho? Ele quer nos esclarecer cinco coisas sobre o Cristo: 1) preexistência, 2) personalidade, 3) prerrogativa, 4) primazia e 5) propósito.
1. A preexistência de Jesus Cristo
Verso 1: “No princípio, aquele que é a Palavra já existia.”
As palavras “No princípio” são idênticas em grego às duas primeiras palavras do Antigo Testamento grego (Septuaginta): “No princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gn 1.1). Isso não é um acidente, porque a primeira coisa que João nos contará sobre o que Jesus fez foi que ele criou o universo. Está lá no versículo 3. Então, as palavras “No princípio” significam: antes que houvesse qualquer coisa criada, havia a Palavra, o Filho de Deus, havia Cristo.
Marcos começou seu evangelho com a palavra “Princípio”, dizendo assim: “Este é o princípio das boas-novas [do evangelho] a respeito de Jesus Cristo, o Filho de Deus” (Mc 1.1). Ou seja, é bem provável que João estivesse fazendo alguma alusão à obra de seu colega, dizendo: “Marcos lhes narrou sobre o princípio do ministério público de Jesus; eu quero mostrar para vocês que o ponto de partida do evangelho pode ser traçado até bem antes disso, antes do princípio do universo inteiro”.
Sobre essa magnífica verdade, a eternidade de Jesus o Filho de Deus, Judas exultou em grande adoração, quando escreveu:

Jd 25 | Toda a glória seja àquele que é o único Deus, nosso Salvador por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Glória, majestade, poder e autoridade lhe pertencem desde antes de todos os tempos, agora e para sempre! Amém.

Paulo diz em 2Timóteo que Deus nos deu graça em Cristo Jesus “antes dos tempos eternos” (1.9). Portanto, antes de existir tempo, matéria ou energia, já havia a Palavra, Jesus Cristo, o Filho eterno de Deus. Ele é quem nós encontraremos neste Evangelho.
2. A personalidade de Jesus Cristo
Final do verso 1 diz assim: “… a Palavra era Deus”.
Uma das marcas deste Evangelho é que as doutrinas mais densas são, muitas vezes, expressas nas palavras mais simples. O que acabamos de ler, por exemplo, não poderia ser mais simples: “… a Palavra era Deus” — e não poderia ser mais denso. Pare e pense: a Palavra, que se fez carne e habitou entre nós, Jesus Cristo, era e é Deus.
João estava refutando, por exemplo, os fariseus que desejaram apedrejar Jesus e que, finalmente o pregaram na cruz:

Jo 10.33 | Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas por blasfêmia. Você, um simples homem, afirma que é Deus!

Blasfêmia coisa nenhuma! Jesus é sim Deus, e João deseja que, na medida em que progredimos na leitura de seu Evangelho, todos nós nos prostremos com Tomé e digamos: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20.28).
Você percebeu o que isso significa para nós essa série sobre o Evangelho de João? Significa que vamos passar semana após semana conhecendo Deus, à medida que formos sendo expostos e formos conhecendo Jesus Cristo, a última palavra sobre Deus.
Você quer conhecer Deus? Venha conosco e convide outros para que venham conhecer Deus enquanto nós nos encontrarmos com Jesus. Jesus é a última palavra sobre Deus.
3. A prerrogativa de Jesus Cristo
O verso 1 diz que Jesus sempre existiu (ele é preexistente) e é Deus (sua personalidade é divina), mas também nos informa de sua comunhão privilegiada com o Pai – prerrogativa: “A Palavra estava com Deus, […]”. Ou seja: Jesus é uma pessoa com Deus; ele sempre viveu na comunhão com ele; portanto, além de diferenciável de Deus, desfruta de um relacionamento pessoal com ele, conforme afirmou Carson.
Esse versículo é o coração da doutrina da Trindade: Deus é um em três pessoas — a saber: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Antes de tudo existir, Deus Pai já vivia em comunhão de amor com Deus Filho, mediados pela comunhão de Deus Espírito Santo. Orando pelos discípulos, Jesus nos dá uma vaga noção dessa existência eterna em amor, plena de alegria e repleta de glória na divina comunhão da Trindade:

Jo 17.5 e 21-23 | 5Agora, Pai, glorifica-me e leva-me para junto de ti, para a glória que tive a teu lado antes do princípio do mundo. […] 21Minha oração é que todos eles sejam um, como nós somos um, como tu estás em mim, Pai, e eu estou em ti. Que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. 22“Eu dei a eles a glória que tu me deste, para que sejam um, como nós somos um. 23Eu estou neles e tu estás em mim. Que eles experimentem unidade perfeita, para que todo o mundo saiba que tu me enviaste e que os amas tanto quanto me amas.

Jesus é Deus, Deus Filho; e sempre existiu em santa comunhão com Deus Pai.
4. A primazia de Jesus Cristo
Até aqui vimos três coisas sobre Jesus: a sua preexistência (Jesus é eterno), a sua personalidade (Jesus é Deus) e a sua prerrogativa (Jesus eternamente com Deus); tudo isso no verso 1: “No princípio, aquele que é a Palavra já existia. A Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus”. A seguir, o que nós temos é a primazia de Jesus Cristo (Jo 1.2-3):

Ele existia no princípio com Deus. Por meio dele Deus criou todas as coisas, e sem ele nada foi criado.

O que João está dizendo é que Jesus não só criou todas as coisas, mas que sem ele nada teria sido criado. Logo, ele, além de agente indispensável da criação é, também, o Criador.
Jesus não foi criado. Jesus criou todas as coisas. Sem ele nada existiria.
Qual é o valor dessa afirmação? Todas as coisas criadas por ele devem a ele honra, louvor e adoração. Lá em Apocalipse, João registrou o seguinte:

Ap 4.11 | Tu és digno, ó Senhor e nosso Deus, de receber glória, honra e poder. Pois criaste todas as coisas, e elas existem porque as criaste segundo a tua vontade.

Só que houve um problema, e por causa desse problema Cristo veio ao mundo. Isso nos leva ao nosso último ponto…
5. O propósito de Jesus Cristo
João agora revela o propósito de Jesus Cristo ter vindo ao mundo:

4Aquele que é a Palavra possuía a vida, e sua vida trouxe luz a todos. 5A luz brilha na escuridão, e a escuridão nunca conseguiu apagá-la [ou e a escuridão não a entendeu].

O mundo, morto pelo pecado, como veremos na sequência deste capítulo, não consegue ver nem adorar a glória de Deus (Rm 1.18ss.). Jesus, então, vem ao mundo para trazer vida e luz aos homens. Ele vem para regenerar e salvar o pecador. Falaremos mais sobre isto mais adiante nesta série de mensagens, mas note o que João disse sobre a vida de Deus em Cristo que traz luz aos homens. Veja o que isto significa na prática:

Jo 1.6-13 | 6Deus enviou um homem chamado João 7para falar a respeito da luz, a fim de que, por meio de seu testemunho, todos cressem. 8Ele não era a luz, mas veio para falar da luz. 9Aquele que é a verdadeira luz, que ilumina a todos, estava chegando ao mundo. 10Veio ao mundo que ele criou, mas o mundo não o reconheceu. 11Veio a seu próprio povo, e eles o rejeitaram. 12Mas, a todos que creram nele e o aceitaram, ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. 13Estes não nasceram segundo a ordem natural, nem como resultado da paixão ou da vontade humana [não nasceram do sangue, nem da vontade da carne], mas nasceram de Deus.

Jesus veio ao mundo trazer vida; fazer-nos reviver; fazer-nos ver e crer na sua obra de salvação. Não fosse pelo que Jesus fez e conquistou, continuaríamos sem enxergar ou crer, seguiríamos mortos na escuridão.
A última palavra sobre Deus
Falaremos mais sobre isso na semana que vem, Deus permitindo. Por ora, fiquemos com quatro implicações de tudo o que ouvimos sobre Jesus, a última palavra sobre Deus.

  • Cristo ser eternamente Deus e perfeitamente humano é de fundamental importância para a nossa salvação. Não dá para separar as duas naturezas de Jesus Cristo, sob pena de ficarmos sem salvação. Por quê? Preste atenção:
    • Era indispensável que Cristo fosse verdadeiramente Deus para que pudesse sustentar a natureza humana face às tentações, e a guardasse de ser pervertida pelo pecado durante a sua vida e sucumbida pela ira de Deus lá na cruz. Sendo Deus, o Filho manteve-se puro no mundo e suportou o peso do pecado e da ira do Pai no Calvário.
    • Era indispensável que Cristo fosse perfeitamente homem para que pudesse representar a raça humana e pagasse a pena do nosso pecado, tomando o nosso lugar, cumprindo em obediência a lei e compadecendo-se das nossas fraquezas.
    • Cristo tinha que ser Deus e homem em uma única pessoa. Se Cristo fosse só homem, por causa do pecado, ele não estaria qualificado para a obra de salvar outro pecador. Agora, mesmo que ele fosse perfeito e sem pecado, não suportaria sobre si a tentação, o peso do pecado do mundo e da ira de Deus sobre si, nem teria valor o bastante para redimir tantos pecadores. Se Cristo fosse só Deus, ele não seria um representante legal da raça humana. Estaríamos todos perdidos. Cristo tinha que ser Deus e homem. Por isso a importância do que João escreveu, revelando-nos que Jesus é Deus desde a eternidade; que Deus Filho sempre esteve em comunhão com Deus Pai e é o criador todas as coisas.
  • Só há uma maneira de nós conhecermos uma pessoa: ouvindo-a falar, olhando para o coração dela através das palavras que ela comunica. Não é verdade? Você não pode dizer que conhece alguém só de ver essa pessoa. Para conhecer alguém, você terá que conviver, e terá que ouvir as suas palavras. Jesus é a Palavra definitiva sobre Deus. Deus escolheu falar através de Jesus Cristo. Portanto, para conhecer Deus, você terá que olhar para Jesus e ouvir as suas palavras; ele é a última palavra sobre Deus. Olhe para Jesus. Leia o Evangelho de João. Leia a Bíblia. Conviva com Cristo na Palavra.
  • Cristo possuía a vida desde antes de tudo existir (Jo 1.4) — “Nele estava a vida”, é o que nos diz João. Ou seja, ante de surgir qualquer coisa, quando tudo era só Deus, já existia e sempre existiu a vida. Ponha o seu coração de molho na imensidão dessa afirmação: antes de existir tempo, matéria e energia, já existia vida. Sinta o peso: não foi matéria e energia que deu origem à vida, mas a vida que estava em Cristo foi que deu origem à matéria, à energia e à todas as coisas, do micro ao macro, neste universo gigantesco e por nós imensurável. A vida não é resultado de matéria e energia impessoais. A vida foi o que trouxe tudo à existência. A vida que estava em Cristo foi o que a tudo criou. As implicações disso para a nossa existência são gigantescas:
    • Esperança: a vida não segue um acaso evolutivo, mas um decreto soberano; cabe-nos buscar viver essa história divina escrita para cada indivíduo. Essa visão de mundo nos enche de esperança para a vida, está longe de ser determinista ou fatalista, pois não estamos à mercê da impessoalidade do DNA, mas do amor e da bondade do Deus que conduz a história — inclusive nossos DNAs.
    • Ética: o significado para a vida e para a existência deve ser buscado no Criador, não nos impulsos humanos que vão se evoluindo nem nas transformações sociais; cabe-nos buscar conhecer e viver a verdade de Deus, conforme a revelação desse Deus nas Escrituras.
    • Estética: existe um padrão de beleza, tato para o que fazemos (criação) como para a forma que vivemos (encarnação); cabe-nos ser transformados por Deus e reproduzir esse padrão de beleza e estética na existência para a glória de Deus.
  • O que está errado com o mundo é que o pecado tornou tudo em trevas; e a luz da vida (Cristo), brilhando na escuridão do pecado deste mundo, não foi compreendida; i.e., Jesus não foi recebido pelos homens. Eles amaram mais as trevas que a luz (Jo 1.4 e 10-13). Por isso é que precisamos da luz de Jesus brilhando nos corações das pessoas, fazendo-as reviver, enxergar e viver para a glória de Deus. As pessoas precisam do milagre da conversão, da regeneração, do novo nascimento que João tratará adiante.

Três apelos

  1. Conheça a Deus conhecendo Jesus na revelação da palavra escrita de Deus. A espiritualidade cristã é relacional (eu e Cristo) e também proposicional (eu e Cristo segundo a revelação da Palavra de Deus sobre Cristo). Como você desenvolve a sua espiritualidade? Conheça a Deus em Jesus Cristo. Busque na Palavra.
  2. Louve a Deus pela forma tão maravilhosa como ele planejou a nossa salvação. Se Deus não assumisse a forma humana, tornando-se homem em Jesus, jamais existiria a possiblidade de sermos salvos. A salvação se dá pela fé na obra do Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo. Como você pensa encontrar salvação? Louve a Deus por causa de Jesus Cristo.
  3. Peça a Deus que te dê vida, que te faça ver. Precisamos de vida e de luz para crer. Sem a graça de Deus, fazendo-nos renascer, convencendo-nos do pecado e conduzindo-nos da escuridão do pecado para a luz de Cristo, a fim de obtermos perdão e salvação, permaneceremos nas trevas, sem ver Jesus como o Filho eterno de Deus.

Como você vê Jesus?
Peça a Deus que te dê vida e faça-o vê-lo como a Palavra eterna, o Criador de todas as coisas, a Vida que traz luz aos homens, Senhor e Deus.
Peça a Deus fé para você crer em Jesus, a última palavra sobre Deus.

Mais episódios da série
Evangelho de João

Mais episódios da série Evangelho de João

  • Que Livro é Esse?
  • A Última Palavra Sobre Deus
  • A Luz Triunfante
  • A Testemunha da Luz
  • O Direito de Ser Filho de Deus
  • Deus em Carne e Osso
  • Razões Para Crer Em Jesus Cristo
  • A Autoimagem do Cristão
  • Força Para Viver – Primeira Parte
  • Força Para Viver – Segunda Parte
  • A Origem do Cristianismo
  • Qualidade de Vida
  • Jesus Cristo Como Você Nunca Viu
  • Jesus Conhece Você
  • Você é Mesmo Um Cristão?
  • O Extraordinário Amor de Deus
  • A Regeneração da Autoestima
  • A Superioridade de Jesus Cristo
  • Água Viva Para a Alma Sedenta
  • Graça e Verdade Na Prática
  • A Verdadeira Adoração
  • O Salvador do Mundo
  • Esperança Para a Dor
  • Cura e Consagração
  • O Teatro da Glória de Deus
  • A Vida Sob Pressão
  • Por Que Eu Não Consigo Crer?
  • Deus do Não Impossível
  • Eu Sou Na Tormenta
  • A Escassez Que Me Abre Os Olhos
  • O Triunfante Amor de Deus
  • A Soberana Graça de Deus
  • A Vivificante Palavra de Deus
  • Cortando o Mal Pela Raiz
  • Rios de Água Viva
  • Mate Sua Sede
  • O Discurso do Rei
  • O Preço do Pecado
  • A Luz do Mundo
  • Da Escuridão Para a Luz
  • A Verdade Dói, Mas Liberta!
  • Discípulos de Verdade
  • O Poder da Palavra
  • A Verdade Vos Libertará
  • Você Não Verá a Morte
  • Por Que Nascem Pessoas Deficientes?
  • O Propósito de Deus Para a Sua Deficiência
  • O Sentido de Sofrer
  • A Cura De Deus e o Canto Cristão
  • Dores Que Nos Fazem Crescer
  • A Vida Plena
  • O Alicerce da Nossa Esperança
  • O Pano de Fundo da Fé
  • Amor Glorioso
  • Manifestação Gloriosa de Amor
  • O Incessável Amor de Deus
  • O Perfume do Coração
  • O Rei Jesus
  • A Grande Busca
  • A Contralógica Cristã
  • Propósito
  • A Chamada Final
  • O Servo de Jesus Cristo
  • Jornada Noite Adentro
  • O Sinal da Cruz no Cristão
  • Acalme Seu Coração
  • Faça Ainda Mais do que Eu Fiz!
  • Obedeça a Meus Mandamentos
  • Levante-se e Vá
  • Os Frutos do Evangelho
  • A Videira Verdadeira
  • A Obra do Viticultor
  • A Vida na Videira
  • Ramos Frutíferos
  • A Linguagem do Amor de Deus
  • A Linguagem do Amor de Deus – Parte 2
  • O Grande Amigo
  • Uma Teologia da Amizade – Parte 1
  • Uma Teologia da Amizade – Parte 2
  • Você Será Perseguido – Parte 1
  • Você Será Perseguido – Parte 2
  • Os Testemunhos do Espírito
  • Testemunho Poderoso
  • As Promessas de Jesus
  • A Oração de Jesus
  • A Prisão de Jesus
  • A Crucificação de Jesus
  • A Ressurreição de Jesus
  • O Pastoreio de Jesus

Mais Sermões

  • As Boas Notícias da Páscoa

    1 de abril, 2018

  • Cristo nos purificou de nossos pecados

    15 de dezembro, 2024

  • Quando a Alma Precisa ser Aprumada – Parte 2

    15 de janeiro, 2023

  • Defina suas Prioridades

    12 de setembro, 2021

Mais Séries

  • 75 Anos da SIB em Goiânia
  • A Essência do Evangelho | João 3.16
  • A Fé da Mulher Cananeia
  • A Glória de Cristo: Veja e Desfrute
  • A Igreja de Cristo em Romanos 16
  • A Igreja Triunfante
  • A Mochila do Peregrino
  • A Saga de Jó
  • A Tradição Batista: Origens, Fé e Distintivos Batistas
  • A Treliça e a Videira
  • Ageu - O Segredo do Contentamento
  • Apocalipse: Eis que ele vem
  • As Ordenanças da Igreja
  • As Parábolas do Reino
  • As Raízes da Reforma da Tradição Batista
  • As Últimas Palavras de Jesus
  • Atos dos Apóstolos
  • Caráter Escultural: A Vida de Pedro
  • Cartas do Novo Mundo
  • Cenas Memoráveis de Famílias do AT
  • Chegou o Natal!
  • Cristianismo Vintage: A Carta de Tiago
  • Dia das Mães
  • Dia dos Pais
  • Espiritualidade Olímpica
  • Evangelho de João
  • Êxodo - A Redenção
  • Filemom - A Mensagem do Poder do Amor
  • Gênesis - O Livro das Origens
  • Gênesis: Aliança
  • Habacuque - A Arte de Ter Fé
  • Hebreus - A Superioridade de Cristo
  • Igreja Multiplicadora
  • Jonas: O Profeta Relutante
  • Judas: Em Defesa da Fé
  • Lamentações de Jeremias - Ouse ter Esperança
  • Levítico: Santidade ao Senhor
  • Meditações em Colossenses
  • Mensagens Avulsas
  • Números - Perseverança na Fé
  • O Diário da Última Semana de Jesus
  • O Evangelho no Trabalho
  • O Livro do Natal
  • O Pacto
  • O Profeta Joel
  • O Refrão dos Redimidos
  • Os Cânticos do Natal
  • Os Combates da Alma
  • Os Salmos
  • Os Solas da Reforma Protestante
  • Para Recordar no Natal
  • Páscoa
  • Print da Igreja - A Imagem de Uma Igreja Bíblica em Alta Resolução
  • Recortes da Vida de Paulo
  • Reforma Protestante e Trabalho
  • Salmo 84
  • Santidade
  • Uma Igreja Old School
  • Uma Teologia de Gênero

A Última Palavra Sobre Deus

Pr. Leandro B. Peixoto

SIB GOIÂNIA

LEANDRO B. PEIXOTO

  • A Igreja
  • Para Você
  • Sermões
  • Podcasts
  • Artigos
  • Contribuição
  • Fale Conosco

© 2025 Segunda Igreja Batista em Goiânia