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23.09.2018

A Soberana Graça de Deus

  • Pr. Leandro B. Peixoto
  • Série: Evangelho de João
  • Livro: João

A SOBERANA GRAÇA DE DEUS

João 6.41-51

41Então os judeus começaram a criticá-lo, pois ele havia afirmado: “Eu sou o pão que desceu do céu”. 42Diziam: “Este não é Jesus, filho de José? Conhecemos seu pai e sua mãe. Como ele pode dizer: ‘Desci do céu?’”. 43Jesus, porém, respondeu: “Parem de me criticar. 44Pois ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer a mim; e no último dia eu o ressuscitarei. 45Como dizem as Escrituras: ‘Todos eles serão ensinados por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e aprende dele vem a mim. 46Não que alguém tenha visto o Pai; somente eu, que fui enviado por Deus, o vi. 47“Eu lhes digo a verdade: quem crê tem a vida eterna. 48Sim, eu sou o pão da vida! 49Seus antepassados comeram maná no deserto, mas morreram; 50quem comer o pão do céu, no entanto, jamais morrerá. 51Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre; e este pão, que eu oferecerei para que o mundo viva, é a minha carne”.

Só pela graça!
Quando o assunto é alguma situação impossível ou pessoa complicada, geralmente nos expressamos dizendo: “Só pela graça!”. É verdade. Só pela graça! Tudo é pela graça. Tudo é fruto do favor imerecido de Deus transbordado sobre nossas vidas. Ar, saúde e bem-estar, é tudo pela graça. Esperança, conquistas e perseverança, são obra da graça. Transformação, mudança, salvação ou conversão, é só pela graça. É graça do início ao fim.
Tiago (o irmão do Senhor) tanto entendia assim que, falando da graça de Deus, revelou-a triunfante sobre a dureza do nosso coração; mostrou-nos ser a soberana graça de Deus a única esperança para todos nós; de fato, para qualquer pecador (Tg 1.14-18):

14A tentação vem de nossos próprios desejos, que nos seduzem e nos arrastam. 15Esses desejos dão à luz o pecado, e quando o pecado se desenvolve plenamente, gera a morte. 16Não se deixem enganar, meus amados irmãos. 17Toda dádiva que é boa e perfeita vem do alto [vem da graça de Deus], do Pai que criou as luzes no céu [graça que a nós chega como luz nas trevas do coração; Cristo é a luz da vida, Jo 8.12]. Nele não há variação nem sombra de mudança. 18Por sua própria vontade, ele nos gerou por meio de sua palavra verdadeira [graça soberana; o cristão nasce de novo pela vontade de Deus, cf. Jo 1.12-13]. E nós, dentre toda a criação, nos tornamos seus primeiros frutos.

Só pela graça! E graça, a soberana graça de Deus, é o tema do texto de hoje.
A soberana graça de Deus
Jesus, cheio de graça e de verdade, estava ensinando na sinagoga de Cafarnaum (Jo 6.59). A resistência aos seus ensinamentos e ministério estava aumentando.
Acontece que a multidão que seguia Jesus não tinha entendido os sinais ou milagres que o Senhor realizava (Jo 6. 2 e 26). Todos queriam Jesus apenas pelo pão que tinha enchido a barriga de milhares. O Senhor, porém, insistia, graciosamente, em explicar que a multiplicação milagrosa de pães e peixes servira para algo muito superior: abrir os olhos deles para a incrível realidade de que todos estavam diante do pão da vida (Jo 6.35), daquele que mata a fome e a sede da alma.
O propósito de João ao nos narrar esses episódios era ensinar que, como Cordeiro de Deusque tira o pecado do mundo (Jo 1.29), Jesus Cristo veio para salvaro pecador que crê na sua vida e obra; e que, como o pão da vida(Jo 6.35 e 48), o pão que desceu do céu(Jo 6.41 e 51), ele veio para saciarou satisfazero coração dos pecadores salvos pela graça, através de relacionamento íntimo, pessoal de fé com o Senhor. O problema, como já dissemos, é que a multidão não entendeu nada disso e a pressão sobre Jesus aumentou, e daquele ponto em diante de seu ministério a coisa só pioraria.
Na primeira vez que a multidão retrucou Jesus, as pessoas insistiram que o Senhor provasse ser superior a Moisés, dando-lhes pão todos os dias, assim como tinha sido diário o maná no deserto (Jo 6.30 e 34). Jesus, com graça e verdade, esclareceu que não se tratava de Moisés, mas de Deus; não se tratava de pão que perece, mas de pão que faz reviver e satisfaz a alma; e que crer nele era obra do triunfante amor de Deus (vv. 32-40).
Agora, pela segunda vez, a multidão retruca, só que o tom começa a se exaltar:

41Então os judeus começaram a criticá-lo [começaram a murmurar contra ele], pois ele havia afirmado: “Eu sou o pão que desceu do céu”.

Quanto mais o Senhor se revelava, quanto mais ele falava com graça e verdade, mais os judeus se irritavam com ele, odiavam-no e planejavam pará-lo, acabando com a vida dele. Esse desdobramento ficará cada vez mais claro na medida em que prosseguirmos no estudo do Evangelho de João. Mas, hoje, o que este episódio em tela tem a nos ensinar? Que lições há aqui para nós? A lição é sobre a graça, a soberana graça de Deus; e escorrendo deste tema ou desta lição principal, há quatroverdades que devemos descrever: 1 – a dureza do coração sem a graça; 2 – a divina intervenção pela graça; 3 – a dieta do salvo pela graça; e 4 – a definição do povo da graça.
1. A dureza do coração sem a graça (vv. 41-42)
Observe a dureza do coração do ser humano sem a graça de Deus agindo, decisivamente, para a salvação:

41Então os judeus começaram a criticá-lo, pois ele havia afirmado: “Eu sou o pão que desceu do céu”. 42Diziam: “Este não é Jesus, filho de José? Conhecemos seu pai e sua mãe. Como ele pode dizer: ‘Desci do céu?’”.

Os judeus começaram a criticá-lo porque o Senhor lhes revelou a verdade mais maravilhosa, verdadeiramente libertadora e totalmente saciadora que qualquer ser humano poderá jamais ouvir do lado de cá da morte (v. 41): “Eu sou o pão que desceu do céu”. Impressionante! Criticaram porque ouviram Jesus dizer ser ele “o pão que desceu do céu”!
A crítica veio da pior maneira, na forma de murmuração. Murmuração(ARA) ou crítica(NVT) vem da palavra grega goggúzō. É uma palavra onomatopeica (p.ex.: cri cri, atchim, tibum, etc.); ou seja, derivada do som produzido quando se murmura em voz baixa e incompreensível, queixando-se.
A queixa é o pior tipo de crítica, pois sai de um coração envenenado que resmunga e que espalha veneno através do resmungo aonde quer que se chegue e encontre espaço. Igualzinho ao que fez o povo de Israel no deserto, contra Moisés e Deus (Êx 16.8):

E Moisés acrescentou: “O SENHOR lhes dará carne para comer à tarde e os saciará com pão pela manhã, pois ouviu suas queixas contra ele. O que fizemos? Sim, suas queixas são contra o SENHOR, e não contra nós”.

A coisa chegou a tal ponto que o Senhor, em forma de desabafou, decretou sua justa sentença sobre os resmungadores ou murmuradores que destilaram veneno por toda a comunidade, contaminando cada palmo de coração por onde passaram (Nm 14.27-30):

27“Até quando precisarei tolerar esta comunidade perversa e suas queixas contra mim? Sim, ouvi as queixas dos israelitas contra mim. 28Agora, digam-lhes o seguinte: ‘Tão certo quanto eu vivo, declara o SENHOR, farei com vocês exatamente aquilo que os ouvi dizerem. 29Todos vocês cairão mortos neste deserto! Uma vez que se queixaram contra mim, todos com mais de 20 anos que foram contados no censo morrerão. 30Não entrarão nem tomarão posse da terra que eu jurei lhes dar, para que nela morassem. As únicas exceções serão Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.

Esse episódio, no entanto, serve de alerta para os duros de coração que, ainda hoje, diante de tanta revelação que Deus faz de si mesmo na face de Jesus Cristo — através de uma leitura bíblica, da letra de uma música, de um sermão que se ouve ou de um testemunho que se escuta — insistem ainda assim em permanecerem murmurando e resmungando contra Deus (mesmo que, de fato, a murmuração esteja sendo contra quem traz a pura palavra de Deus no evangelho de Jesus, seja o mensageiro quem for).

Sl 95.8-9 |8Pois ele diz: “Não endureçam o coração, como fizeram seus antepassados em Meribá, como fizeram em Massá, no deserto. 9Ali eles me tentaram e me puseram à prova, apesar de terem visto tudo que fiz.

Não era assim que os judeus estavam murmurando? Ouça, mais uma vez (Jo 6):

41Então os judeus começaram a criticá-lo, pois ele havia afirmado: “Eu sou o pão que desceu do céu”. 42Diziam: “Este não é Jesus, filho de José? Conhecemos seu pai e sua mãe. Como ele pode dizer: ‘Desci do céu?’”.

Mais surpreendente do que a murmuração e os estragos que ela faz na vida de outros, é o fundamento sobre o qual ela se apoia. Você percebeu? Identificou? De novo:

42Diziam: “Este não é Jesus, filho de José? Conhecemos seu pai e sua mãe. Como ele pode dizer: ‘Desci do céu?’”.

Aqueles homens mediam as palavras de Jesus sobre si mesmo à partir das percepções humanas, dos raciocínios humanos sobre os fatos e verdades. Diziam mais ou menos assim: “Não pode ser! Você não pode ser do céu, porque nossos olhos e ouvidos e mentes nos dizem que você é da terra. Você é filho de José. Conhecemos seu pai e sua mãe. Sabemos da história da gravidez pelo Espírito Santo. Como você pode dizer que desceu do céu?”. E assim eles resistiram ao que Jesus estava revelando. Essa era a essência de suas reclamações. É a dureza do coração sem a graça de Deus.
Quando confrontado, murmura. Quando colocado face a face com a verdade, procura uma maneira de desautorizar ou desacreditar o portador da verdade. Duro é o nosso coração. Pobres de nós sem a soberana graça de Deus. Passaremos pela vida murmurando de Deus e denegrindo quem se levanta para de Deus falar com graça e com verdade. Não endureça o seu coração! Ouça a advertência de Paulo (1Co 10.10-11):

10E não se queixem como alguns deles se queixaram, e foram destruídos pelo anjo da morte. 11Essas coisas que aconteceram a eles nos servem como exemplo. Foram escritas como advertência para nós, que vivemos no fim dos tempos.

Ah, a dureza do coração sem a soberana graça de Deus!
2. A divina intervenção pela graça (vv. 43-46)
Para o leitor desatento, Jesus, na sequência da narrativa de João 6, parece estar se repetindo, quando, na verdade, o Senhor está simplesmente afirmando que se Deus não agir com graça soberana, se ele não triunfar em amor sobre a vontade corrompida e escrava do pecado, o ser humano não encontrará respostas nem fé para crer. Ouça (preste atenção na conjunção adversativa — “porém” — na NVT; não está no original grego, mas comunica bem o que de fato está acontecendo com a “repetição” das afirmações de Jesus):

43Jesus, porém, respondeu: “Parem de me criticar. 44Pois ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer a mim; e no último dia eu o ressuscitarei (cf. vv. 37-39). 45Como dizem as Escrituras [Is 54.13]: ‘Todos eles serão ensinados por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e aprende dele vem a mim. 46Não que alguém tenha visto o Pai; somente eu, que fui enviado por Deus, o vi.

O que Jesus está dizendo?
Primeiro, ele afirma: parem de me criticar, pois respostas a essas perguntas não virão do senso comum, de impressões humanas, de experiências empíricas cujas respostas são limitadas a argumentos que cabem na lógica dos experimentos e da razão humana, limitadas apenas ao que os olhos conseguem ver e a nossa cabeça acreditar por si mesma ou o corpo sentir como verdade. Não! Nada disso. A resposta vem do Deus que decisivamente inicia a salvação, regenerando o pecador, colocando nele fé para crer. Por isso é que o Senhor diz:

43Jesus, porém, respondeu: “Parem de me criticar. 44Pois ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer a mim; e no último dia eu o ressuscitarei.

Segundo, Jesus está afirmando que a forma de o Pai levar o pecador a Cristoé através da iluminação do coração que se expõem ao ensino das Escrituras:

45Como dizem as Escrituras: ‘Todos eles [os que forem levados a Cristo, v. 43] serão ensinadospor Deus’. Todo aquele que ouveo Pai e aprendedele vem a mim.

Terceiro, o Senhor deixa claro que o conteúdo central do ensino que o Pai usa para nos levar ao Filho estará centrado em Jesus Cristo(sua vida e obra):

46Não que alguém tenha visto o Pai; somente eu, que fui enviado por Deus, o vi.

Resumindo:Deus intervém decisivamente com graça, iluminando o coração no momento que somos expostos ao ensino do evangelho, da palavra de Deus centrada em Cristo (vida e obra de Cristo). Paulo sabia disso tão bem que, aos coríntios, escreveu:

2Co 4.4-6 |4O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5Mas não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus. 6Pois Deus, que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.

Paulo sabia que a fé nasce ao se ouvir a palavra de Deus centrada em Jesus Cristo (Rm 10.17); e aos gálatas ele afirmou (Gl 3.5):

Volto a perguntar: acaso aquele que lhes deu o Espírito e realizou milagres entre vocês agiu assim porque vocês obedeceram à lei ou porque creram na mensagem que ouviram?

Quando somos expostos à palavra de Deus centrada em Cristo, o Espírito age em nós; faz-nos nascer de novo; produz em nós fé; atrai-nos para si de uma forma irresistível.
Permitam-me, portanto, duas aplicações:

  • Se você não consegue crer, se você é dos que ainda murmuram, mesmo que calado, consigo apenas, mas murmura e não consegue crer, você não precisa de mais argumentos lógicos, racionais ou coerentes (por mais importantes que sejam e são); você precisa é de uma nova vontade, de uma vontade que só Deus pode gerar em você. Ouça Jesus (Jo 7.16-17):

16Jesus lhes respondeu: “Minha mensagem não vem de mim mesmo; vem daquele que me enviou. 17Quem quiserfazer a vontade de Deus saberá se meu ensino vem dele ou se falo por mim mesmo.

  • Se você não consegue crer, humilhe-se diante de Deus, ore a ele, peça a ele fé, peça a ele um querernovo, um desejonovo de conhecê-lo e fazer a vontade dele. Assim é que nasce a fé; e dessa fé nascida de Deus é que vem o pleno entendimento para todas as coisas. Prove e veja. Ore e peça.

Você precisa se assentar sob o ensino sério da Bíblia, centrado em Cristo, na vida de Cristo, na obra de Cristo e não em lições de moralismo, autoajuda, autoimagem positiva ou coisas do tipo. Encontre uma igreja que pregue sistematicamente a Bíblia, ensine consistentemente o evangelho de Jesus Cristo e busque viver o evangelho em cada um de seus relacionamentos.
A dureza do coração humano sem a graça de Deus requer a divina e decisiva intervenção do Espírito Santo através da Palavra e da oração. Mas, tem mais… tem a dieta do povo salvo pela soberana graça de Deus.
3. A dieta do salvo pela graça (vv. 47-51)
Quem nos salva é também quem nos sustenta, sacia e satisfaz; em outras palavras, quem nos salva (e da mesma forma que ele nos salva — i.e., pela fé) é quem também nos santifica; a saber, Jesus Cristo — o Cordeiro de Deus e pão da vida. Ouça-o (Jo 6.47-51):

47“Eu lhes digo a verdade: quem crê tem a vida eterna. 48Sim, eu sou o pão da vida! 49Seus antepassados comeram maná no deserto, mas morreram; 50quem comer o pão do céu, no entanto, jamais morrerá. 51Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre; e este pão, que eu oferecerei para que o mundo viva, é a minha carne”.

A fé nos salva (v. 47). E a fé que nos salva é do tipo que nos satisfaz em quem Cristo é (pãopara a nossa vida, v. 48).
A fé salvadora não é do tipo que busca satisfação nas coisas que Deus dá, por melhores e mais nobres que sejam; as coisas que Deus dá na forma de bênçãos temporais perecem (saúde, filhos, riqueza, relacionamentos, etc.; tudo isso passa ou acaba; a morte chegará para todos; esse é o salário do pecado: a morte); e quem vive buscando satisfação nisso (apenas nas coisas que Deus dá) acaba morrendo, como morreram os hebreus no deserto por buscarem satisfação no maná, nas coisas que Deus dá, não em Deus (v. 49).
Quem vive só de comer do maná que Deus dá (das bênção que Deus graciosamente proporciona), acaba morrendo, perecendo, assim como perece o maná; mas quem vive de comer do pão do céu, de Cristo, jamais morrerá (v. 50-51). Aquilo de que nos alimentamos, aquilo com que alimentamos a alma determina o nosso destino eterno.
Portanto, a dieta do salvo pela graça é Cristo: o pão que desceu do céu para viver na carne humana a vida perfeita, sem pecado, que nós, nenhum de nós conseguiu ou jamais conseguirá por nós mesmos; mas Cristo a viveu sem pecado e morreu no lugar do pecador; foi crucificado, sepultado e no terceiro dia ressuscitou vitorioso sobre o pecado e sobre a morte. Receba-o pela fé. Arrependa-se e creia. Coma de Jesus. Sacie-se em Jesus.

51Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre; e este pão, que eu oferecerei para que o mundo viva, é a minha carne”.

Essa é a dieta do salvo pela graça.
4. A definição do povo da graça
A soberana graça de Deus produz um tipo de gente diferente, um povo diferenciado. Permitam-me, pois, após tudo o que já vimos até aqui em João 6, apresentar cinco efeitos da soberana e imerecida graça de Deus, salvando pecadores que jamais buscariam salvação se Deus mesmo não iniciasse decisivamente o processo, se Deus mesmo não os levasse a Cristo para a salvação.

  1. A soberana graça de Deus nos torna humildes —se o impulso decisivo para a salvação (a regeneração ou novo nascimento), se o impulso decisivo que nos levou a Cristo não vem de nós, mas de Deus (primeiro, desfribilador; depois, “respira!”); se Deus nos amou primeiro e no levou ao Filho; se eu fui a Cristo por causa do que Deus fez, iniciando em mim a salvação; e se não fosse pelo que ele mesmo iniciou em mim pelo Espírito Santo (quando eu ouvi o evangelho) eu estaria completamente perdido; que Deus tenha misericórdia de mim se eu não me humilhar por causa dessa verdade.
  2. A soberana graça de Deus nos enche de gratidão — tudo que eu tenho, inclusive a minha vinda em Jesus Cristo, é um presente, é graça, favor que eu não merecia. Oh, como sou grato pela soberana graça, que escolheu me amar mesmo quando eu ainda era pecador! Você não é grato? Regozije-se, crente. Regozije-se na soberana graça de Deus.
  3. A soberana graça de Deus nos dá segurança— pois se ele nos atraiu para si mesmo, livre e onipotentemente, ele também nos manterá assim, crentes até o fim. Este é o grande fundamento da nossa segurança. Paulo coloca assim (Rm 8.29-30): “Pois Deus conheceu(elegeu, escolheu) de antemão os seus e os predestinoupara se tornarem semelhantes à imagem de seu Filho, a fim de que ele fosse o primeiro entre muitos irmãos. Depois de predestiná-los ele os chamou, e depois de chamá-los, os declarou justos, e depois de declará-los justos, lhes deu sua glória.”Bendita segurança nos dá a soberana graça de Deus!
  4. A soberana graça de Deus nos dá esperança para a conversão das pessoas que amamos e que parecem totalmente além de qualquer esperança —afinal, se a conversão é decisivamente dependente do caráter humano e em décadas de hábitos humanos pecaminosos, vividos pelos desejos do coração, nós nos desesperamos com muitos pecadores que amamos e conhecemos. Afinal, sabemos que eles nunca irão se curvar. Mas nada é impossível para Deus. Quando Deus chama os mortos, eles os traz à vida. Quando Deus chama suas ovelhas, elas ouvem a sua voz e o seguem(Jo 10.27). Por isso eu posso ir ao mundo anunciar: Jesus é o pão da vida! Venha. Coma de Cristo. Creia.
  5. Finalmente, a graça soberana de Deus atribui toda a glória pela salvação do pecador a Deus, não a nós, não à nossa escolha de fé —Deus planejou e Deus mesmo executou sua obra de salvação em nós, enviando Jesus e colocando em nós fé para a salvação. Toda a glória pertence a ele (Sl 115.1): “Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome seja toda a glória, por teu amor e por tua fidelidade”.

Esse é o tipo de gente que a soberana graça de Deus produz: gente humilde diante do Pai, grata a Deus, segura de sua salvação, cheia de esperança na salvação do pecador e que vive para glorificar a Deus pela tão grande salvação que recebeu.
Gente assim não se melindra nem se amedronta. Gente assim ama, arrisca-se, entrega-se pelo outro, dá a vida pelo outro, vai em busca de salvar o pecador, vai confiante, regozijante e glorificando a Deus pela salvação que de graça recebeu e, agora, deseja repartir.
Tem sido assim a sua vida?
Arrependa-se e creia em Cristo. Como de Cristo. Sacie-se no pão da vida.

S.D.G. L.B.Peixoto

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