04.04.2018
TRAGÉDIA: A AGRIDOCE PROVIDÊNCIA DE DEUS
Salmo 71.20-21
20Permitiste que eu passasse por muito sofrimento, mas ainda restaurarás minha vida e me farás subir das profundezas da terra. 21Tu me darás ainda mais honra e voltarás a me confortar.
A tragédia da BR-060
01 de abril de 2018. Era domingo de Páscoa, tarde chuvosa na BR-060 em Guapó (km 193, no sentido de Goiânia para Rio Verde), quando uma van que transportava 17 jovens da Primeira Igreja Batista de Montividiu (mais o motorista) saiu da pista e capotou no canteiro central da via. O condutor informou às autoridades policiais que, após travamento de uma das rodas traseiras, perdeu o controle do veículo, causando o acidente. A Polícia Rodoviária Federal suspeita que o micro-ônibus tenha aquaplanado, já que a pista estava bastante molhada.
O grupo, composto por jovens com idades entre 16 e 30 anos, retornava de um retiro espiritual organizado pela Juventude Batista do Estado de Goiás (JUBEG) no Acampamento Batista de Goiás (ACAMBAGO) em Senador Canedo, Região Metropolitana de Goiânia.
A tragédia, porém, interrompeu o retorno jubiloso, deixando três vítimas fatais mortas no local, três garotas sem chance de serem socorridas. Os 14 sobreviventes, mais o condutor do veículo, foram levados para hospitais em Goiânia e Trindade e, pela graça de Deus, já receberam alta médica e passam bem, sem risco de morte.
Os sobreviventes já estão em casa, desfrutando do aconchego de seus lares, para a alegria indescritível de seus pais e familiares. As três jovens (Rhanyhéllen Karoline — 16 anos, Layane — 17 anos e Josileide — 24 anos), porém, infelizmente não retornaram com vida para os braços de seus amados. Não sabiam que os beijos e abraços de despedida, antes de partirem para o acampamento, na verdade, seriam os últimos nesta vida, uma espécie de até breve.
Remoendo esta história, fico pensando: nós, realmente, não sabemos como será o amanhã; a vida é mesmo “como neblina que aparece por instante e logo se dissipa”(Tg 4.14)! Tiago, na verdade, diz o seguinte à respeito dos planos humanos:
Tiago 4.14-16 (NVT) |14Como sabem o que será de sua vida amanhã? A vida é como a névoa ao amanhecer: aparece por um pouco e logo se dissipa. 15O que devem dizer é: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isso ou aquilo”. 16Caso contrário, estarão se orgulhando de seus planos pretensiosos, e toda presunção como essa é maligna.
Resta-nos orar para que os enlutados de Montividiu encontrem em Jesus Cristo rocha e refúgio para seus corações despedaçados pela tristeza. Afinal, só o Senhor é rocha e refúgio na hora da tribulação (Sl 9.9 e 18.2); só ele providencia socorro e auxílio na medida exata do sofrimento (Sl 40.17). E nós, cristãos, como podemos ajudar e socorrer?
Socorro e auxílio na hora do sofrimento
Cristãos, quando testemunham sofrimento, solidarizam-se como se eles mesmos estivessem passando pela tragédia — i.e., sentem na pele a dor do outro (Hb 13.3). Afinal, sabem que o amor requer de nós que choremos com os que choram (Rm 12.15). Em seguida, fazem o bem; agem para ajudar; juntam-se e buscam oportunidades para socorrer e aliviar as vítimas de tragédias, “especialmente aos da família da fé” (Gl 6.10).
Foi o que nossa igreja, por exemplo, fez: alugamos hotel para quatro das vítimas que pernoitaram em Goiânia; irmãos daqui da igreja acompanharam pessoas nos hospitais; emprestaram carro para levá-los na manhã seguinte de volta para Montividiu; seguiram com eles para o velório… não apenas a Segunda Igreja Batista em Goiânia, mas todos os batistas goianos se mobilizaram para socorrer e auxiliar. É assim que vede ser.
Palavras bíblicas para os que estão sofrendo
Cedo ou tarde, porém, as pessoas precisarão de muito mais que solidariedade, bondade, abraços e assistência. Depois que o amor cristão tiver chorado e agido, ele precisará ter algo a dizer sobre Deus. Claro que não precisará nem conseguirá ter todas as respostas. Apenas Deus sabe de todas as coisas. Nós, porém, temos a Bíblia, e a Bíblia não se mantém em silêncio com relação às questões do sofrimento.
Tragédias como, por exemplo, a perda irreparável de filhos, em última instância, passam pela permissão de Deus. Vejam a história de Jó, por exemplo (capítulos 1 e 2). O Senhor mesmo foi quem colocou Jó na fornalha do sofrimento (Jó 1.6-12). Foi Deus quem puxou conversa com Satanás e o apontou para o seu servo Jó! Você não fica intrigado com esta atitude de Deus? Eu fico! É como se o dono de uma joalheria, ao fechar a sua loja, deparasse-se com um ladrão, entrando pelas portas do fundo. O dono, ao invés de bani-lo, pergunta: “O que você está fazendo aqui?”. O ladrão responde: “Ah, só dando uma olhadinha pela sua loja”. Ao que o dono replica: “Ah bom! Por acaso você viu o meu diamante mais precioso no balcão ali da frente? Então, ele é legítimo e custa 1 milhão de reais!”.
Por que Deus agiu dessa maneira com respeito a Jó?
Deus poderia muito bem ter dito o seguinte: “Saia daqui Satanás! Eu não preciso provar coisa alguma para quem quer que seja, muito menos para você. Eu conheço o coração de meu servo Jó e para mim isso é mais do que suficiente. Fora daqui!”. Deus, alias, poderia até ter impedido a entrada de Satanás à sua santíssima presença; ele poderia ou ter rejeitado a presença de Satanás naquele lugar ou refutado o seu argumento de imediato. Digo mais, creio que Deus aja assim a todo instante (Satanás é o nosso acusador diante do trono do Pai e Jesus é o nosso advogado). Mas nesse caso, no caso de Jó, como em tantos outros casos, Deus não agiu para impedir o sofrimento! Aliás, fica-nos a clara impressão de que ele mesmo provocou aquilo tudo na vida de Jó. Leia depois o texto com total atenção e tire suas próprias conclusões, especialmente Jó 1.6-12 e 2.1-6.
No caso de Jó, Deus escolheu derrotar Satanás fazendo brilhar a sua glória na vida de seu servo enfrentando o sofrimento. Esse teste de fé revelaria que no coração de Jó Deus é mais valioso e estimado do que qualquer pessoa ou coisa deste mundo (inclusive tudo o que ele estava perdendo — filhos e bens). Por isso que Deus incita a Satanás e, finalmente, lhe diz (Jó 1.12):
“‘Pois bem, você pode prová-lo […] Faça o que quiser com tudo que ele possui, mas não lhe cause nenhum dano físico.’ Então Satanás saiu da presença do SENHOR”.
Mais adiante no livro, numa segunda investida de Satanás, nós ainda lemos o seguinte (Jó 2.6-8):
“Pois bem”, disse o SENHOR. “Faça o que quiser com ele, mas poupe-lhe a vida.” Então Satanás saiu da presença do SENHOR e causou em Jó feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça. Jó, sentado em meio a cinzas, raspava a pele com um caco de cerâmica.”
Você percebeu? A Bíblia é clara e contundente: Satanás, nada nem ninguém possuem liberdade para fazerem o que bem entenderem com a vida das pessoas. Ou seja: o Senhor mesmo dá a vida e o Senhor mesmo a toma de volta (Jó 1.21).
Veja outro exemplo extraído das próprias Escrituras: quando quis “peneirar” a vida de Pedro, visando destruir a fé do apóstolo, Satanás foi “pedir” permissão a Deus que, por sua vez, o negou (Lc 22.31-32).
Portanto, em último grau, não há fatalidade, falha humana ou mecânica, imprudência, más condições do tempo ou erro de condução. Tudo o que acontece passa pelos decretos soberanos de Deus, é tudo muito bem dosado pela sua sabedoria (Is 31.2), justiça (Dn 4.37), bondade e amor eternos (Sl 100.5). Deus mesmo é quem levanta os Babilônios contra o seu povo (Hc 1.6) e envia calamidades aos portões de Jerusalém (Mq 1.12). Por quê? Nas palavras de Paulo, o apóstolo (Rm 8.28):
Sabemos que Deus faz todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que o amam e que são chamados de acordo com seu propósito.
Deus, portanto, tem bons e sábios motivos para o que aconteceu naquela tarde chuvosa na BR-060 em Guapó (km 193, no sentido de Goiânia para Rio Verde); de fato, ele tem centenas e milhares de bons e sábios motivos que permanecerão incompreensíveis até que sejamos capazes de apreendê-los plenamente no final desta presente era.
Paulo, em admiração, expressou-se com inspirada sabedoria, ao escrever sobre os imponderáveis de Deus (Rm 11.33):
Como são grandes as riquezas, a sabedoria e o conhecimento de Deus! É impossível entendermos suas decisões e seus caminhos!.
Moisés, na mesma linha de pensamento, declarou (Dt 29.29 — ARA):
As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas [aquelas que conseguimos compreender] nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.
Mas, mesmo assim, apesar de nossas limitações, não obstante a impossibilidade de entendermos todas as decisões do Senhor — afinal, seus caminhos e pensamentos são muito mais altos ou elevados que os nossos (Is 55.8-9), há pelo menos três propósitos revelados nas Escrituras, como resultado da tragédia que ceifou, no último domingo, as vidas das três jovens na BR-060. Por eles nós devemos orar para que se concretizem.
1. Regozijo com o eterno peso de glória
Passado o agudo da dor da perda, familiares e amigos poderão se consolar e se regozijar com a verdade bíblica, escrita por Paulo, que diz: “partir e estar com Cristo é incomparavelmente melhor”(Fl 1.23); elas estão no “paraíso”(Lc 23.43 — na Septuaginta, usa-se a mesma palavra grega de Lucas para se referir ao “jardim do Éden”, cf. Gn 2: 8-9; a palavra de Jesus, portanto, parece sugerir que imediatamente após a morte já se inicia uma restauração da comunhão íntima e pessoal com Deus, igual a que existiu no Éden antes da queda).
Neste momento, portanto, consolemo-nos todos com a realidade de que Rhanyhéllen, Layane e Josileide, apesar de toda falta que nos farão, especialmente aos que as amam, estão desfrutando do “lucro” que é morrer em Cristo (Fl 1.21); elas, finalmente, descobriram que a graça de Deus é muito melhor que a vida (Sl 63.3).
Oremos, portanto, pedindo que familiares e amigos se regozijem com a verdade de que Rhanyhéllen, Layane e Josileide estão lucrando com a vida eterna em Cristo. Para elas, as palavras de Pedro, o apóstolo, já se cumpriram (1Pe 3.18):
Pois Cristo também sofreu por nossos pecados, de uma vez por todas. Embora nunca tenha pecado, morreu pelos pecadores a fim de conduzi-los a Deus.
Por causa da morte de Cristo no lugar de pecadores, Rhanyhéllen, Layane e Josileide foram conduzidas a Deus e já se regozijam com o eterno peso de glória (2Co 4.17).
2. Arrependimento e fé para a salvação
Além de nos fazer lembrar que as jovens garotas já provaram o lado doce da morte, a morte trágica das três garotas e o livramento milagroso de todos os demais farão dezenas de centenas de pessoas pararem e refletirem sobre seus caminhos, pois terão a oportunidade de, face à esta tragédia, arrependerem-se de seus pecados e crerem em Jesus Cristo para a salvação, livrando-se, assim, de perecerem (Jo 3.16).
Jesus, quando precisou lidar com a morte trágica de algumas pessoas, de igual proporção ou maior à que todos enfrentamos no último dia 1/4/18, foi contundente sobre o papel pedagógico das tragédias para as vidas de sobreviventes:
Lucas 13.1-5 (NVT) |1Por essa época, Jesus foi informado de que Pilatos havia assassinado algumas pessoas da Galileia enquanto ofereciam sacrifícios. 2“Vocês pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros da Galileia?”, perguntou Jesus. “Foi por isso que sofreram? 3De maneira alguma! Mas, se não se arrependerem, vocês também morrerão. 4E quanto aos dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Eram mais pecadores que os demais de Jerusalém? 5Não! E eu volto a lhes dizer: a menos que se arrependam, todos vocês também morrerão [perecerão].”
Oremos, portanto, pedindo a Deus para que todos quantos tiveram contato, direta ou indiretamente, com esta tragédia (com o lado amargo da morte), seja lá no local, nos hospitais, no hotel, no IML, na igrejas, em Montividiu e no resto do mundo; todos quantos ainda não se arrependeram do pecado e creram para a salvação, possam, face ao ocorrido, livrar-se da perdição através de arrependimento e fé em Jesus Cristo.
O lado amargo da morte é para os que ficam. Por outro lado, o sabor amargo nos faz refletir sobre a eternidade de nossas almas. Tragédias têm esse propósito: levar-nos ao arrependimento e a fé em Jesus Cristo.
3. Autoexame da alma
Com a morte abrupta dessas meninas, todos nós estamos ouvindo em alto e bom som a declaração divina de que o Senhor Deus mesmo é quem nos dá e também é ele quem nos toma a vida (Jó 1.21). A vida que temos não passa de um empréstimo que a qualquer momento o Senhor, por direito, poderá requerer de volta (Lc 12.20). Deus cria a vida, dá a vida e a toma de volta de acordo com sua própria vontade e quando bem for de seu agrado; ele não nos deve nada nem qualquer satisfação; ele tem direito tanto à vida de nossos filhos (como no caso do filho de Davi que, ainda infante, Deus tomou para si: 2Sm 12.15-23) como à dos idosos (como no caso de Simeão, que morreu em paz, na velhice, após ter visto com seus próprios olhos e pegado em seus braços o Cristo: Lc 2.29).
Esta tragédia, portanto, a da BR-060, é uma grande oportunidade para todos nós pararmos e refletirmos sobre a forma como temos investido nossas vidas emprestadas pelo Criador; é hora de autoexaminar a alma, de verificar se temos dedicado nossas vidas ao seu verdadeiro dono — i.e., o Senhor da vida, em vez de defraudá-lo, desperdiçando a vida em nossos próprios prazeres e pecados (Tg 4.1-4); é hora de parar, pensar e praticar obras de justiça, antes que seja tarde demais.
Como estará sua alma no momento em que Deus pedi-la de volta? Como está sua alma hoje, agora? Não seja louco. Não viva para os prazeres desta vida. Não desperdice sua vida. Não tente salvar a sua vida empregando seu coração nesta vida. Assim você a perderá. Abra mão de sua vida nesta vida. Perca a sua vida. Assim você ganhará a vida eterna em Cristo Jesus. Afinal, conforme registrou o apóstolo Mateus (16.26):
Que vantagem há em ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida? E o que daria o homem em troca de sua vida?
Jim Elliot (29 anos), um dos cinco missionários que perderam a vida enquanto participavam da Operação Auca, uma tentativa de evangelizar os Huaoranis, um povo do Equador, anotou uma frase em seu diário que ficou famosa:
Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter [i.e., esta vida] para ganhar o que não pode perder [i.e., a vida eterna].
Jim estava comentando o que tinha lido no texto de Lucas (16.9):
Usem a riqueza deste mundo para fazer amigos. Assim, quando suas posses se extinguirem, eles os receberão num lar eterno.
A tragédia da BR-060 tem como um de seus propósitos nos levar a um autoexame da alma: como temos investido a vida que nos foi emprestada pelo Criador? Estamos usando o que temos “para fazer amigos”, i.e, ganhar pessoas para o reino dos amigos de Deus ou estamos vivendo para nós mesmos e nossas posses? Não sejamos loucos. A qualquer momento o Senhor pedirá de nós a vida que ele nos emprestou.
Resumindo…
A Bíblia, portanto, nos aponta pelo menos três propósitos para a morte trágica de nossas irmãs em Cristo: regozijo com o eterno peso de glória(partir e estar com Cristo é incomparavelmente melhor); arrependimento e fé (oportunidade para se converter a Cristo antes que seja tarde demais); e autoexame(para quem e para o que nós temos vivido a vida que Deus nos emprestou?).
Esses e um número infinito de outros propósitos tem o Senhor com a morte trágica de Rhanyhéllen, Layane e Josileide na tarde de 1/4/18: ensinarque a graça e melhor que a vida; lembrarque morrer em Cristo é melhor que viver; exortarque ainda há tempo de se arrepender e crer para a salvação; afirmarque a nossa vida é um empréstimo de Deus e que deve ser vivida para a glória de Deus; reforçarque a qualquer momento a vida nos será tirada e teremos que prestar contas de como e para quem nós vivemos. Viver sem Cristo, portanto, é loucura.
Tragédia: a agridoce providência de Deus
Ó quão frágil é esta vida! Passa tão rápido como a neblina! O mundo e todos os seus planos, por mais que pareçam certos e seguros, na verdade não são, e em face à tragédias como a da BR-060 nós somos todos lembrados de que não há garantias nem sustentação nesta vida passageira. Uma coisa só é certa e sólida: o reino inabalável que, graciosamente, por meio da fé em Cristo, nós recebemos de Deus Pai; “sejamos”, pois, “gratos e agrademos a Deus adorando-o com reverência e santo temor”(Hb 12.28).
Eis, pois a mensagem para os pais, familiares e amigos das vítimas da Primeira Igreja Batista de Montividiu — GO: tragédias são a agridoce providência de Deus; é o portal da morte para a vida; é o megafone de Deus chamando pecadores ao arrependimento; é a oportunidade de autoexame espiritual.
Quanto ao mais, Cristo morreu pelos nossos pecados; ele ressuscitou da morte; ele salva todos quantos se arrependem dos pecados e creem no seu precioso nome. Sim, nós morremos — tantas vezes morremos de forma tão abrupta e trágica; nós morremos e perdemos para a morte pessoas que tanto amamos, pelas quais seríamos capazes de entregar a própria vida (como no caso de filhos); nós morremos, mas por causa da morte e da ressurreição de Cristo, nós na verdade não morremos. Disse assim o nosso Senhor (Jo 11.25-26): “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim viverá, mesmo depois de morrer. Quem vive e crê em mim jamais morrerá.”
As vítimas sobreviventes do acidente na BR-060 estão em suas casas agora. Todas, porém, um dia morrerão; aliás, todo nós um dia morreremos; uns mais cedo, outros mais tarde; algumas mortes serão mais trágicas e outras nem tanto; mas, todos morreremos. Jesus, porém, está vivo, e assim como recebeu de braços abertos os espíritos de Rhanyhéllen, Layane e Josileide, um dia ele também, pela graça, por meio da fé, nos receberá; foi assim que ele recebeu Estêvão e as meninas, de braços abertos, e será assim que ele nos receberá (cf. At 7.56-59). As palavras do salmista são o nosso consolo, hoje e para sempre (Sl 71.20-21):
20Permitiste que eu passasse por muito sofrimento, mas ainda restaurarás minha vida e me farás subir das profundezas da terra. 21Tu me darás ainda mais honra e voltarás a me confortar.
Tragédias têm sim sabor. O sabor das tragédias e agridoce. Dói e dói muito quando nós perdemos, mas quando passa o agudo da dor, permanecem a fé, a esperança e o amor de Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador. Consolemo-nos, pois, com estas palavras.
S.D.G. L.B.Peixoto
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