24.12.2023
[Lucas 2.8-14] — Os pastores e os anjos — 8Naquela noite, havia alguns pastores nos campos próximos, vigiando rebanhos de ovelhas. 9De repente, um anjo do Senhor apareceu entre eles, e o brilho da glória do Senhor os cercou. Ficaram aterrorizados, 10mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo! Trago boas notícias, que darão grande alegria a todo o povo. 11Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor! 12Vocês o reconhecerão por este sinal: encontrarão o bebê enrolado em faixas de pano, deitado numa manjedoura”. 13De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: 14“Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”. […]
Nesta manhã de véspera de Natal, o meu desejo é exultar – é experimentar e exprimir grande alegria – com vocês nas maravilhas destes textos, que sem sombra de dúvida são os mais queridos desta época do ano (Lucas 2): 11Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor! e 14“Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”. Lucas 2.11 escreve a história do Natal e Lucas 2.14 exprime a alegria do Natal.
Primeiro, concentre-se comigo na história do Natal. Lucas 2.11: “Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor!”
“Hoje… nasceu…” (v. 11). Veja: aconteceu em um dia específico. Um dia na história. Não se trata de um “Era uma vez…”; não é uma história mitológica e imaginária, mas que realmente aconteceu, quando César Augusto era o imperador de Roma e Quirino era governador da Síria (Lc 2.1-2). De fato, o nascimento de Jesus foi um dia planejado desde a eternidade, antes da criação do mundo. Na verdade, todo o universo… com incontáveis anos-luz de espaço e milhares de milhões de galáxias preenchendo os céus… o universo inteirinho foi criado e tornado glorioso para este dia e para o que este dia significa para a história humana: “Hoje… nasceu…” Jesus (Lc 2.11).
Paulo escreveu assim:
Colossenses 1.16 Pois, por meio dele, todas as coisas foram criadas, tanto nos céus como na terra, todas as coisas que podemos ver e as que não podemos, como os tronos, reinos, governantes e as autoridades do mundo invisível. Tudo foi criado por meio dele [agora, preste atenção:] E PARA ELE.
Todas as coisas foram criadas “para ele”, para Cristo (Cl 1.16). Foram criadas para a sua vinda, o seu nascimento, vida, morte e ressurreição. Todas as coisas foram criadas para que houvesse o Natal (a Vida e a Páscoa de Jesus). Gálatas 4.4: “Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher e sob a lei.” PORTANTO, o nascimento de Jesus aconteceu em um dia na história. O dia perfeito. Na plenitude dos tempos, no dia exato. O tempo perfeito, designado pelo próprio Deus – antes da fundação do mundo. “Hoje… nasceu…” Jesus (Lc 2.11).
“Hoje em Belém, a cidade de Davi…” (v. 11). Aconteceu em um dia específico e em uma cidade real. Não foi em Nárnia. Não foi na Terra Média. Não foi numa longínqua galáxia. Não foi em Hogwarts. Aconteceu em Belém, uma cidade localizada a 10.462 km de Goiânia (voando praticamente em linha reta). A cidade ainda existe. Turistas do mundo inteiro, milhares deles, a visitam todos os anos. É uma cidade real: Belém da Judeia. Fica a 107 km de Jerusalém. Sobre esta cidade, profetizou-se:
Miquéias 5.2 Mas você, ó Belém [no distrito de] Efrata, é apenas uma pequena vila entre todo o povo de Judá. E, no entanto, um governante de Israel, cujas origens são do passado distante, sairá de você em meu favor.
Sim, Jesus nasceu em um dia real, em uma cidade de verdade, como Goiânia.
“Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador…” (Lc 2.11). O Salvador!Se você já pecou contra Deus, você precisa de um Salvador. O anjo disse a José: “você lhe dará o nome de Jesus, pois ele salvará seu povo dos seus pecados” (Mt 1.21). Ora, somente Deus pode perdoar pecados contra Deus. Pense no seguinte: você leva um soco no rosto. Quem poderá perdoar a pessoa que lhe agrediu? Sua mãe ou seu pai? Quem poderá perdoar? Somente você pode perdoar o seu agressor. Portanto, uma vez que pecamos contra Deus, somente Deus pode perdoar os nossos pecados. Foi exatamente por isso que Deus enviou o Filho eterno de Deus ao mundo, porque Cristo é Deus. Cristo e o Pai são um só (Jo 10.30; 17.21). Foi por isso que Jesus afirmou: “o Filho do Homem tem autoridade na terra para perdoar pecados”. Portanto, “nasceu o Salvador” (Lc 2.11), para remover toda a nossa culpa.
“…nasceu o Salvador, que é Cristo…” (Lc 2.11). Cristo é a palavra portuguesa para o grego Christos, que significa “ungido” ou “Messias” (Jo 1.41; 4.25). Ele é aquele sobre quem há muito haviam os profetas anunciado; aquele que há muito foi esperado; aquele que é mais ungido do que qualquer outro (Sl 45.7). O rei ungido definitivo. O profeta ungido definitivo. O sacerdote ungido definitivo. Nele, “todas as promessas de Deus se cumpriram […] com um alto e claro “Sim!”.” (2Co 1.20). Ele veio para cumprir todas as esperanças e sonhos do piedoso Israel. E mais, muito mais. Porque ele também é…
“…nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Lucas 2.11: “Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor!” Quem é esse Senhor? O governante, o soberano, o Deus Poderoso, o Pai Eterno, o Príncipe da Paz. O Senhor do universo, para derrotar todos os nossos inimigos e nos tornar seguros e satisfeitos para sempre, sob o seu governo.
Isaías 9.6-7 6Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. O governo estará sobre seus ombros, e ele será chamado de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz. 7Seu governo e sua paz jamais terão fim. Reinará com imparcialidade e justiça no trono de Davi, para todo o sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará que isso aconteça!
VEJA: O Senhor da governança e da soberana universal e sem fim; o Senhor de todos os senhores; o Senhor todo-poderoso, sem início e sem fim; o Senhor Maravilhoso, Conselheiro, Imparcial e Justo… em um dia na história real, em uma cidade de verdade, nasceu como Salvador, para assim tirar toda a nossa culpa; nasceu como o Cristo, para assim cumprir todas as nossas esperanças; nasceu como o Senhor, para assim derrotar todos os nossos inimigos e nos tornar seguros e satisfeitos para sempre. Portanto…
eu exulto com vocês neste Natal porque nós temos um grande Salvador, cujo nome é Jesus, o Cristo, o Senhor, nascido em um dia real, em uma cidade de verdade, para nos salvar dos pecados – dos nossos muitos pecados. E se estabelecer sobre nós como Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz, sob cujo governo a paz e a justiça jamais terão fim!
REVISADA E EXPLICADA A HISTÓRIA DO NATAL, passemos aos seus propósitos, que são motivos de grande alegria. Para qual fim Deus estabeleceu o Natal? Por que Deus veio a nós? Vejamos a alegria do Natal. Lucas 2.14.
Quando o anjo anunciou aos pastores essas boas notícias de grande alegria (Lc 2.10-11), e descreveu para eles o sinal que identificaria o bebê – Lucas 2.12: “Vocês o reconhecerão por este sinal: encontrarão o bebê enrolado em faixas de pano, deitado numa manjedoura”. – eis o que aconteceu, Lucas 2.13: “De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão do exército celestial, louvando a Deus”.
Ora, é evidente que bastava um anjo para trazer as boas notícias. Só que a resposta adequada, a reação apropriada à tão alegre e boa notícia iria requerer mais do que apenas um anjo. Sim, um anjo apenas poderia trazer a notícia (e a trouxe; Lc 2.8-12), mas um anjo somente não seria o bastante para se reagir à notícia que estava sendo trazida. Era necessário “uma grande multidão do exército celestial”. Veja:
Lucas 2.13-14 13De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: 14“Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”.
A alegre e boa notícia de que em um dia real, na perfeita plenitude dos tempos, na exata cidade profetizada, nasceu o Salvador, que era Cristo, o Senhor — essa notícia não tem como ser celebrada no isolamento, é preciso que se reúna com uma multidão de outras pessoas (é preciso a congregação, a igreja dos santos); e essa notícia tem dois propósitos: [1.] a glória de Deus e [2.] a paz de seu povo.
A Glória de Deus e a Nossa Paz
A vinda desta criança ao mundo faria a maior revelação da glória de Deus até então, mesmo entre as alturas do céu; e a vinda desta criança traria a paz definitiva ao povo de Deus — paz esta que, um dia, encherá toda a terra com justiça e paz.
EM PRIMEIRO LUGAR, Deus é glorificado porque esta criança nasceu. E, EM SEGUNDO LUGAR, a paz deve ser espalhada para todos os lados e para todos os cantos onde esta criança é recebida. Estes são os grandes propósitos da vinda de Jesus: [1.] GLÓRIA sempre ascendente, do homem para Deus e [2.] PAZ sempre descendo, de Deus para o homem. Isto é: [1.] A GLÓRIA DE DEUS sendo sempre cantada entre os homens para a glória do seu nome, e [2.] A PAZ DE DEUS sendo vivida entre os homens por causa do seu nome.
NÃO HÁ MELHOR MANEIRA DE RESUMIR o que Deus tinha em mente quando [1.] criou o mundo, ou quando [2.] veio a nós para recuperar o mundo em Jesus Cristo DO QUE ESTA: a glória de Deus e a nossa paz; a grandeza de Deus e a nossa alegria; a beleza de Deus e o nosso prazer. O OBJETIVO DA CRIAÇÃO E DA REDENÇÃO é revelar que Deus é glorioso e que pretende ser conhecido e louvado pela sua glória — no meio de uma nova humanidade cheia de paz (a igreja); na sua vida, inclusive.
Agora, veja:
Para experimentar a paz que Cristo traz
Lucas 2.14 “Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”.
Algumas versões bíblicas mais antigas, por exemplo: ARC, ACF, BKJ, traduziram o versículo 14, a segunda parte dele, deste modo: “paz na terra, boa vontade para com os homens”. Praticamente todas as traduções modernas concordam que esta não foi uma tradução precisa. A NVI traz assim: “e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor.” A ARA e a NAA colocaram assim: “e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” A NTLH deixou assim: “E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem.” A AS21 optou por: “e paz na terra entre os homens a quem ele ama.” E a NVT diz: “e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”
O ponto é que, embora a oferta que Deus faz de paz se estenda a todos, apenas o seu povo escolhido – as pessoas que recebem a Cristo e confiam nele como Salvador, Messias e Senhor, de fato, experimentarão a paz que ele veio trazer ao mundo. Temos um vislumbre dessa verdade logo mais adiante no texto bíblico, aqui mesmo no Evangelho de Lucas, quando Jesus enviará os seus setenta discípulos:
Lucas 10.5-6 5“Quando entrarem numa casa, digam primeiro: ‘Que a paz de Deus esteja nesta casa’ [essa é a oferta de paz para todos]. 6Se os que vivem ali forem gente de paz [lit., se um filho de paz estiver lá], a bênção permanecerá; se não forem, a bênção voltará a vocês.
A paz de Deus em Cristo é oferecida ao mundo, mas só “gente de paz” ou “filho da paz” a recebem. AGORA: Como saber se você é um “filho da paz” ou “gente de paz”? Como saber se você faz parte da promessa dos anjos: “paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”? RESPOSTA: você dá boas-vindas ao Pacificador, você recebe Jesus.
Meu grande desejo para você neste Natal é que você desfrute desta paz – da paz que Cristo veio trazer ao mundo. Eu tenho ciência, NO ENTANTO, de que o alcance global desta paz está programado para o futuro, quando “assim como as águas enchem o mar, a terra se encherá do conhecimento da glória do SENHOR” (Hc 2.14); quando, como diz Isaías, “Seu governo e sua paz jamais terão fim. [E ele] Reinará com imparcialidade e justiça no trono de Davi, para todo o sempre…” (Is 9.7).
ENTRETANTO, Jesus veio para inaugurar essa paz entre o povo de Deus – e há três relacionamentos nos quais o Deus trino deseja que você busque essa paz e desfrute dessa paz: [1.] paz com Deus; [2.] paz com sua própria alma ou consciência; e [3.] paz com outras pessoas, tanto quanto depender de você.
AGORA, VEJA: por paz quero dizer não apenas a ausência de conflito e animosidade, mas também a presença de uma tranquilidade alegre, além de tanta riqueza de comunicação interpessoal quanto depender de você.
ENTÃO, EXAMINE COMIGO, BREVEMENTE, cada uma dessas três relações de paz. Queremos ter certeza de que você está desfrutando o máximo que pode dessa paz. A chave para cada uma delas – cada uma das relações de paz – é não separar o que os anjos mantiveram juntos: a glória de Deus e a paz que você almeja. “Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!” (Lc 2.14).
O ponto central da paz
O propósito de Deus é dar-lhe paz – deste modo: – sendo ele, Deus, a Pessoa mais gloriosa da sua vida. Por exemplo: cinco vezes no Novo Testamento Deus é chamado de “o Deus da paz” ou tem seu nome vinculado à paz (Rm 15.13; 16.20; Fl 4.9; 1Ts 5.23; Hb 13.20); e o próprio Cristo declarou: “Eu lhes deixo um presente, a minha plena paz” (Jo 14.27); e Paulo pontuou que “Cristo é nossa paz” (Ef 2.14). Isto significa que a paz de Deus, ou a paz de Cristo, jamais pode ser separada da própria pessoa de Deus ou da própria pessoa de Cristo. Se você quiser que a paz governe a sua vida, Deus deverá governar a sua vida; Cristo deverá governar em sua vida. O propósito de Deus não é dar-lhe paz separada dele, mas dar-lhe paz sendo a Pessoa mais gloriosa da sua vida.
Portanto, a chave para a paz é manter unido o que os anjos mantiveram unido: glória a Deus e paz ao homem. Um coração decidido a viver para a glória de Deus gozará da paz de Deus. E o que mantém os dois unidos – Deus recebendo glória e nós obtendo paz – é crer ou confiar nas promessas de Deus obtidas por Jesus. Romanos 15.13 é um daqueles textos fundamentais que apontam para o papel crucial da fé:
Que Deus, a fonte de esperança, os encha inteiramente de alegria e paz, em vista da fé que vocês depositam nele, de modo que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.
Em outras palavras: a forma como as promessas de Deus se tornam reais para você e produzem paz em você e através de você é “pela fé que você deposita nele”; quando você crê nele. Isso é verdade quer você esteja falando sobre paz com Deus, paz consigo mesmo ou paz com os outros: Deus nos enche de alegria e de paz pela fé que depositamos em Cristo Jesus – Deus que veio a nós.
Paz com Deus
A NECESSIDADE MAIS FUNDAMENTAL que temos é a paz com Deus. Isto é fundamental para todas as nossas buscas pela paz – seja conosco mesmo, seja com os outros. Se não chegarmos aqui primeiro – à paz com Deus –, todas as outras experiências de paz serão superficiais e temporárias.
A passagem bíblica chave aqui é Romanos 5.1: “Portanto, uma vez que PELA FÉ [pelo ato fundamental de crer] FOMOS DECLARADOS JUSTOS, temos paz com Deus por causa daquilo que Jesus Cristo, nosso Senhor, fez por nós.”
Justificado ou declarado justo significa que Deus sentenciou que você é justo aos olhos dele; foi imputando a você a justiça de Jesus – somente pela graça, por meio da fé somente: “uma vez que pela fé fomos declarados justos.” Não foi por obras. Não foi por tradição. Não foi pelo batismo. Não foi por membresia de igreja. Não foi por piedade ou espiritualidade. Não foi por ascendência familiar. Não foi por força de vontade ou justiça própria. Não foi por qualquer ato de bondade. Foi somente pela fé. Quando você creu em Jesus como único Salvador e Senhor absoluto e Tesouro mais valioso de sua vida, você foi unido a Jesus, e a justiça de Jesus passou a ser contada por Deus como sua justiça. Somos justificamos somente pela fé.
O RESULTADO É PAZ COM DEUS. A ira de Deus contra nós, por causa do nosso pecado, é removida – Romanos 5.1b: “por causa daquilo que Jesus Cristo, nosso Senhor, fez por nós.” Nossa rebelião contra Deus é superada – “por causa daquilo que Jesus Cristo, nosso Senhor, fez por nós.” Deus nos adota em sua família – “por causa daquilo que Jesus Cristo, nosso Senhor, fez por nós.” E, de desse ponto em diante – por causa da fé que depositamos em tudo aquilo “que Jesus Cristo, nosso Senhor, fez por nós” – todas as relações de Deus conosco serão para o nosso bem. Deus nunca estará contra nós – sua ira já foi derramada sobre o Filho, lá na cruz. Deus agora é nosso Pai e nosso Amigo. Temos paz com Deus. Não precisamos mais temer. Isso é fundamental para todas as outras relações de paz – seja com nós mesmos, seja com os outros. Veja:
Paz com nós mesmos
Porque temos paz com Deus – por termos sido justificados pela fé –, podemos começar a crescer no gozo da paz com nós mesmos; e se pode incluir aqui qualquer sentimento de culpa ou ansiedade que tende a nos paralisar ou a tornar temerosos. Por exemplo, Hebreus 10.22: “[por termos sido justificados pela fé em Cristo] entremos com coração sincero e plena confiança, pois nossa consciência culpada foi purificada, e nosso corpo, lavado com água pura.” Ou seja: temos paz com Deus – e podemos desfrutar de paz com nós mesmos, diante de Deus. Aqui, novamente, é fundamental crer nas promessas de Deus, com o objetivo de glorificar a Deus em nossas vidas.
Filipenses 4.6-7 é uma das passagens mais preciosas a esse respeito: “Não vivam preocupados com coisa alguma [o oposto da ansiedade e da preocupação é a paz]; em vez disso, orem a Deus pedindo aquilo de que precisam e agradecendo-lhe por tudo que ele já fez [em outras palavras: transfira suas ansiedades para Deus e glorifique a Deus pelo que Cristo já fez na cruz]. [Resultado:] Então vocês experimentarão a paz de Deus, que excede todo entendimento e que guardará seu coração e sua mente em Cristo Jesus.” — Percebeu? — A imagem aqui é que nossos corações e nossas mentes estão sob ataque. Culpa, vergonha, preocupações, ameaças, confusões, incertezas, medos e temores – todas essas coisas ameaçam a nossa paz. Então, Paulo diz que Deus quer “guardar” seu coração e sua mente; Deus quer proteger você com paz.
Deus nos guarda, ele nos protege de uma forma que vai infinitamente além do que a compreensão humana é capaz de absorver. Portanto, jamais limite a paz de Deus pelo que o seu próprio entendimento é capaz de apreender. Deus nos dá uma paz inexplicável, uma paz supra-racional – e Deus faz isso quando nós o entregamos todas as nossas ansiedades, pois ele cuida de nós (1Pe 5.7).
Quando exercitamos a nossa fé, quando vamos até Deus – lembrando de que já temos paz com ele! — e confiamos nele como nosso Pai celestial todo-amoroso e todo-poderoso para nos ajudar, a paz de Deus chega até nós e nos firma, e nos protege dos efeitos incapacitantes do medo, da ansiedade e da culpa. É quando nós nos refazemos para seguir em frente – e dessa forma o nosso Deus recebe a glória pelo que fazemos, porque confiamos nele.
Faça isto neste Natal. Leve suas ansiedades a Deus, conte a ele a respeito das preocupações que você carrega no peito. Peça a ele para ajudar você, proteger você e restaurar sua paz. Então peça a Deus para usar você para fazer as pazes, para ser pacificador. Felizes são os que promovem a paz, pois serão chamados filhos de Deus (Mt 5.9).
A paz com os outros
A terceira relação na qual Deus quer que desfrutemos da sua paz é nos nossos relacionamentos com outras pessoas. Sim, eu sei! É nessa relação de paz que nós temos o menor controle. Você sabe porquê. Paz com os outros não depende apenas de nós; depende igualmente dos outros, do outro ofendido ou ofensor. Portanto, precisamos tratar com todo cuidado dessa relação com os outros, tal como Paulo fez, em Romanos 12.18, quando ele escreveu com esta sabedoria divina: “No que depender de vocês, vivam em paz com todos.”
Para muitos de nós, quando no Natal nós nos reunirmos com a família, parentes ou conhecidos, – PRESTE ATENÇÃO! – iremos nos deparar com alguns relacionamentos estranhos e dolorosos. Parte da dor é coisa já bem antiga, e algumas das dores foram causadas mais recentemente. Em alguns relacionamentos, você sabe o que tem de fazer, não importa o quão difícil seja. Em outros relacionamentos, você fica perplexo e não sabe qual caminho da paz deverá ser tomado.
Não importa qual seja o caso. A chave é confiar de corpo e alma nas promessas de Deus, convicto de como Deus perdoou você através de Cristo. O texto bíblico que reúne essa realidade da forma mais perfeita e poderosa é este:
Efésios 4.31-32 31Livrem-se de toda amargura, raiva, ira, das palavras ásperas e da calúnia, e de todo tipo de maldade. 32Em vez disso, sejam bondosos e tenham compaixão uns dos outros, perdoando-se como Deus os perdoou em Cristo.
Paulo está dizendo que eu devo cultivar, continuamente cultivar, um sentimento de espanto porque, apesar de todos os meus pecados – todos eles: mentiras, fofocas, omissões, fingimentos, julgamentos, ataques… apensar de todos os meus pecados –, Deus me “perdoou em Cristo.” Eu devo me surpreender por ter paz com Deus. Você também. Ou você ainda não tem paz com Deus? Ou você ainda não provou da paz com Deus? Esta é a chance. Prove da paz como Deus em Cristo e se espante de que você, um pecador, tem paz com Deus – o mesmo Deus que, em te perdoando em Cristo, também em Cristo ele vai tornando o seu coração terno, gentil e misericordioso. Estenda isso aos outros. Quantas vezes? Setenta vezes sete.
Eu sei que essa necessidade de perdoar é jogada, toda hora, na sua cara. E dói! Dói muito. Foi jogada na cara de Jesus também, lá na cruz. Essa dor – digo, a necessidade de você encarar com amor e de perdoar – pode te deixar duro e amargo, se não tomar cuidado. Não deixe isso acontecer. — Como, pastor?! — Continue se surpreendendo mais por seus erros serem perdoados do que por você ter sido injustiçado. Surpreenda-se por ter paz com Deus. Desfrute da paz de Deus em seu coração. Sua culpa foi removida, lá na cruz. Então…
LÁ NO BAÚ DO TESOURO DO SEU CORAÇÃO, faça isto: CONTINUE confiando em Deus. Ele sabe o que está fazendo. VIVA para a glória dele, não para o seu sucesso ou o seu conforto e bem estar, ou para as suas vontades. E no que depender de você, BUSQUE a paz com todos. Você já fez as PAZES COM DEUS. Tem a PAZ DE DEUS. Portanto, viva em PAZ COM TODOS, começando pelo seu cônjuge ou seus próximos mais próximos. Então você cantará como os anjos. E glória a Deus nas alturas será a primeira nota. A paz com Deus, consigo mesmo e com os outros serão as notas subsequentes.
ENFEITE DE NATAL A SUA VIDA, com a guirlanda da glória de Deus e as bolas colorida da paz que vem de Deus e jorra do seu coração para o outro, os outros.
Lucas 2.11, 13-14 11Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor! […] 13De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: 14“Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”.
S.D.G. L.B.Peixoto
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