26.01.2020
Zacarias 8.18-23
18Esta é outra mensagem que recebi do SENHOR dos Exércitos. 19“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Os jejuns habituais que vocês têm observado no quarto mês, bem como no quinto, no sétimo e no décimo mês, chegaram ao fim. Eles se tornarão festas de alegria e celebração para o povo de Judá. Portanto, amem a verdade e a paz. 20“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Pessoas de nações e cidades de todo lugar virão a Jerusalém. 21Os habitantes de uma cidade dirão aos habitantes de outra: ‘Venham conosco a Jerusalém para pedir ao SENHOR que nos abençoe. Vamos adorar o SENHOR dos Exércitos. Estou decidido a ir’. 22Muitos povos e nações poderosas virão a Jerusalém para buscar o SENHOR dos Exércitos e pedir que ele os abençoe. 23“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, dez homens de nações e línguas diferentes agarrarão a barra das vestes de um judeu e dirão: ‘Deixe que o acompanhemos, pois ouvimos dizer que Deus está com vocês’”.
A NECESSIDADE DE AVIVAMENTO
Tendo, na primeira parte deste tema, abordado o ataque comumente dirigido à fé protestante histórica, e apresentado o que cremos ser uma resposta bíblica adequada (lá em 05/01), agora nós estamos prontos para falar de avivamento ou reavivamento.
Por que precisamos de reavivamento? Deixemos que o salmista responda (Sl 85.6):
Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?
Os filhos de Corá expressam que Israel tinha experimentando perdão e salvação (Sl 85.2), mas começaram a sentir necessidade de outra visita de misericórdia, posto que o povo havia se encantado mais com o pecado que com Deus (Sl 85.3-5). Robert Murray M’Cheyne (1813-1843), pregando sobre o texto que lemos (Sl 85.6) declarou que esta
É a oração daqueles que receberam alguma vida, mas sentem necessidade de mais. Eles receberam vida pelo Espírito Santo. Eles sentiram o prazer e a excelência desta nova vida, desta vida divina. E eles suspiram por mais. O argumento é: “para que em ti se regozije o seu povo”. Eles rogam a Deus que faça isto pelo bem do povo, para que a alegria deles seja completa no Senhor.
“Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” (Sl 85.6).
Quando esta oração é necessária? O jovem M’Cheyne (morto aos 29 anos, vítima de febre tifóide) respondeu:
Em Tempos de Apatia. Há tempos quando, como em Éfeso, muitos dos filhos de Deus abandonam seu primeiro amor. O pecado abunda e o amor esfria em muitos. Crentes abandonam sua íntima comunhão com Deus. Apartam-se da santidade e oram à distância com um véu entre eles e Deus. Perdem seu fervor, prazer e satisfação na oração secreta. Eles não derramam o coração para Deus.
Eles perderam o conhecimento límpido de Cristo. Eles o vêem, mas obscuramente [acrescentaria: distorcidamente]. Perderam a visão da beleza de Cristo, o cheiro do seu bom perfume, o meditar na sua Palavra. Eles o procuram, mas não o acham. Eles não conseguem mover o coração para se agarrar em Cristo.
O Espírito habita de forma escassa em sua alma. A água da vida parece quase esgotar-se dentro deles. A alma é sem vida e infrutífera. As corrupções são fortes; a graça é muito fraca.
O amor aos irmãos desvanece. A reunião de oração é desprezada. A igreja não parece mais bonita. A compaixão pelos descrentes é pequena e fria. O pecado não é reprovado, apesar de cometido embaixo dos seus olhos. Cristo não é confessado diante dos homens. A alma caiu em pecado e teme retornar; permanece longe de Deus, e habita no deserto. Ó! Este é o caso de muitos, eu temo. É um período temerariamente perigoso. Nada, senão a visita do Espírito Santo à alma, pode persuadi-los a voltar. Não é o tempo de orar como o salmista? “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?”
A alma do crente necessita da graça a cada momento. “Pela graça de Deus eu sou o que sou” (1Co 15.10). Mas há momentos quando a alma precisa mais da graça. Assim como o corpo precisa de comida continuamente, mas em tempos de grande esforço físico, quando toda a força está para ser empregada, ele precisa do alimento ainda mais [tempos de perseguição e de tentação]. Não é o tempo de orar como o salmista? “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?”
Todos precisam desse avivamento.
Para anunciar Jesus nós precisamos desse avivamento. M’Cheyne:
É impossível falar com poder a partir de uma mero conhecimento intelectual ou mesmo de experiências passadas. Se formos falar com vigor, deve advir de um sentimento atual da verdade em Jesus. Não podemos falar do misterioso maná a não ser que tenhamos seu gosto em nossa boca. Não podemos falar da água viva a não ser que ela jorre em nós. Como João Batista, nós devemos ver Jesus e dizer: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Devemos falar com Cristo face a face, como Estevão fez: “Eis que vejo Jesus em pé à destra de Deus”. Devemos falar como fruto do sentimento de perdão e acesso a Deus existente em nós, ou nossas palavras serão frias e sem vida. Mas como podemos fazer isto se não formos vivificados do alto?
Para viver a vida cristã nós precisamos desse avivamento. M’Cheyne:
A vida divina é toda do alto. Homens e mulheres não têm vida até que venham a Cristo. “Eu lhes digo a verdade: se vocês não comerem a carne do Filho do Homem e não beberem o seu sangue, não terão a vida em si mesmos.” (Jo 6.53). E esta vida é mantida pela união com Cristo e pelo suprimento obtido, a cada momento, da sua plenitude. “Quem come minha carne e bebe meu sangue permanece em mim, e eu nele.” (Jo 6.56).
[…] O coração natural é todo tendente a definhar. Como um jardim no verão, ele seca, a menos que seja aguado. A alma resseca e fica sem estímulo para o amor e as boas obras. Graça não é natural ao coração. O velho coração está sempre secando e definhando. Assim sendo, o filho de Deus precisa, continuamente, vigiar, como o servo de Elias, olhando para a pequena nuvem sobre o mar. Você necessita estar continuamente perto da Fonte da água da vida, descansar na fonte da nossa salvação e beber dela. [Para viver a vida cristã nós precisamos desse avivamento.]
Para despertar do sono nós precisamos desse avivamento. M’Cheyne:
Uma gota caiu do céu sobre o seu coração. Você ficou abalado, chorou e orou. Mas as chuvas passaram e o coração endurecido parou de sentir. Os olhos novamente fecharam de sono; os lábios pararam de orar. Ah, quão comum e triste é este caso! […] O que pode salvar tal pessoa, a não ser outro chamado de Jesus? “Desperte, você que dorme, levante-se dentre os mortos, e Cristo o iluminará” (Ef 5.14).
Para frutificar nós precisamos desse avivamento. M’Cheyne:
Alguns de vocês foram plantados na vinha de Cristo. Experimentaram sol e chuva. Passaram por um longo tempo de despertamento sem sofrer nenhuma mudança. Mas você ainda está morto, infrutífero, inconvertido e estéril. Ah! Não há esperança para você a não ser nesta oração: “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?”
Tempos ordinários não lhe moverão. Seu coração está mais endurecido do que de outros homens [tendo sido exposto ao sol da justiça]. Quanta necessidade você tem de orar por uma profunda, pura e efetiva obra de Deus, e que você não seja desprezado! Muitos de vocês têm resistido a Deus e extinguido o Espírito. Ore por tempos que removam montanhas. Ninguém, a não ser o Todo-Poderoso Espírito, pode tocar seu coração de pedra. “Nada será obstáculo para Zorobabel, nem mesmo uma grande montanha; diante dele ela se tornará uma planície!” (Zc 4.7).
A CHEGADA DO AVIVAMENTO
Dentre outras coisas, precisamos de avivamento para experimentarmos mais de Cristo, para anunciarmos Cristo, para vivermos a vida cristã, para nos despertarmos do sono e frutificar. Então, como chega o avivamento? Robert Murray M’Cheyne respondeu:
É Deus quem deve nos reavivar de novo. Não é um trabalho humano. É todo divino. Se você espera que homens o façam, você receberá somente a maldição de Jeremias 17.5: “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal [líderes, pastores, ministérios, denominações] o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!”. […]
A plenitude do Espírito pertence ao Senhor. O Pai confiou todo o trabalho de redenção a Jesus, e por isso o Espírito é dado ao Cristo. “Pois assim como o Pai dá vida àqueles que ele ressuscita dos mortos, também o Filho dá vida a quem ele quer.” (Jo 5.21)
É Deus quem derrama o Espírito, em sua soberania, a quem ele deseja (Zc 12.10): “Então derramarei um espírito de graça e oração sobre a linhagem de Davi e os habitantes de Jerusalém.” Toda a obra, do início ao fim é do Senhor. Qualquer meio ou método será vão, até que o Senhor mesmo derrame o Espírito (Is 32.13,15):
Pois suas terras ficarão cobertas de espinhos e mato; […] até que, por fim, o Espírito seja derramado do céu sobre nós. Então o deserto se tornará campo fértil, e o campo fértil produzirá colheitas fartas.
Isto significa que nós podemos pregar, ir de casa em casa, evangelizar, discipular, ensinar crianças, adolescente e jovens, encorajar os idosos, mas tudo será vão; até que o Espírito seja derramado sobre nós do alto. Somente pelo Espírito é que espinhos e matos serão arrancados, produzindo colheitas fartas.
Avivamento é obra sobrenatural do Espírito Santo de Deus. Compete-nos clamar. Pregar. Ensinar. Discipular. Ouvir a Palavra. E clamar. Este é o padrão bíblico e histórico.
Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo? (Sl 85.6, ARA).
Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia. (Hc 3.2, ARA)
17Seja a tua mão sobre o povo da tua destra, sobre o filho do homem que fortaleceste para ti. 18E assim não nos apartaremos de ti; vivifica-nos, e invocaremos o teu nome. 19Restaura-nos, ó SENHOR, Deus dos Exércitos, faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos. (Sl 80.17-19, ARA)
Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos. (Is 57.15, ARA)
Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, (At 4.29, ARA).
14[Eu Paulo,] me ponho de joelhos diante do Pai, 15de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, 16para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; 17e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, 18a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade 19e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. (Ef 3.14-19, ARA)
AS MARCAS DO AVIVAMENTO
Quando chega o avivamento, quais marcas ele deixa?
De volta ao nosso texto (Zc 8.18-23), desejo apenas destacar os sinais de um avivamento bíblico. Espero motivá-los a orar e buscar essas marcas para a sua vida, a nossa igreja e as demais igrejas evangélicas ao nosso redor. Cinco marcas a se observar:
1 Interesse pelos cultos ou encontros de oração da igreja
Zacarias descreve assim (8.21, ARA):
e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do SENHOR e buscar ao SENHOR dos Exércitos; eu também irei.
Charles H. Spurgeon escreveu que de suas longas observações ele pôde concluir que o estado espiritual de uma igreja pode ser corretamente medido de acordo com as reuniões de oração:
A intensidade na vida de oração de uma igreja é uma evidência tão certa da presença de Deus como a elevação de um termômetro evidencia um aumento na temperatura. Se Deus está presente em uma igreja ela orará. Se ele não estiver lá, um dos sinais mais óbvios de sua ausência será a letargia na prática da oração.
Por que oração revela tanto?
Oração revela o quanto reconhecemos diante de Deus as nossas necessidades e as nossas carências (= somente Deus pode transformar, capacitar e mover as coisas).
Oração revela o quanto confiamos no Deus que ouve as nossas orações e as responde, conforme o seu querer (= quem não ora confessa não crer).
Oração revela o nosso desejo pelas coisas espirituais (= santificado seja o teu nome, venha o teu reino e seja feita a sua vontade, assim na terra como no céu).
Oração revela o nosso amor pelos que estão perdidos (= somente Deus pode salvar e santificar o pecador).
Oração revela o nosso amor pela igreja local (= queremos saúde, crescimento, voz e relevância no mundo).
PORTANTO: Uma das primeiras marcas do avivamento bíblico entre o povo de Deus é que o grupo desenvolve interesse sobrenatural pelos encontros de oração coletivos da igreja (no templo e nas casas).
2 Desejo de ser instruído na palavra de Deus
Zacarias descreve assim (8.22, ARA):
Virão muitos povos e poderosas nações buscar em Jerusalém ao SENHOR dos Exércitos e suplicar o favor do SENHOR.
Em outras palavras: “Vamos buscar em Jerusalém maior conhecimento do Senhor!” Quanto mais as pessoas experimentam a presença de Deus, mais elas buscam ao Senhor, mais elas querem conhecê-lo. Foi assim em todos os grandes momentos da história do povo de Deus. As multidões iam ouvir a pregação dos profetas, de João Batista, do Cristo, dos apóstolos, de João Wesley, George Whitfield, Jonathan Edwards, Charles Spurgeon, Lloyd-Jones, dentre outros. O profeta Amós já havia profetizado (8.11-12, ARA):
11Eis que vêm dias, diz o SENHOR Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR. 12Andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do SENHOR, e não a acharão.
Deus se revela na sua Palavra! É na Palavra de Deus que nós o conhecemos e também através dela que nós mantemos comunhão com Deus. 1Samuel 3.21:
Continuou o SENHOR a aparecer em Siló, enquanto por sua palavra o SENHOR se manifestava ali a Samuel.
Portanto: outro sinal importante de avivamento entre o povo é que o povo se reúne para ser instruído na palavra de Deus — eles querem Deus!
3 Interesse por evangelização discipuladora
Zacarias descreve assim (8.21 e 23, ARA):
21e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do SENHOR e buscar ao SENHOR dos Exércitos; eu também irei. […] 23Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.
Essa profecia se cumpriu do dia de Pentecostes (em Atos 2), perdura até hoje e será cada vez mais intensa até que se cumpra a plenitude da salvação dos gentio e dos judeus (Rm 11.25-26).
A ardente expectativa de que muitos estão presentes a desfrutar da maravilhosa presença de Deus é algo marcante na vida de uma igreja que experimenta a presença de Deus em avivamento: há evangelismo pessoal, convites pessoais, relacionamentos discipuladores, missões, engajamento evangelístico intencional; há o interesse de outros por conta do que Deus faz entre seu povo.
4 Interesse pelas disciplinas espirituais com o fim de se alegrar no Senhor
Zacarias descreve assim (8.18-19, ARA):
18A palavra do SENHOR dos Exércitos veio a mim, dizendo: 19Assim diz o SENHOR dos Exércitos: O jejum do quarto mês, e o do quinto, e o do sétimo, e o do décimo serão para a casa de Judá regozijo, alegria e festividades solenes; amai, pois, a verdade e a paz.
Cada um desses jejuns (do quarto, quinto, sétimo e décimo mês) relembrava vários aspectos da destruição de Jerusalém. Por exemplo: O jejum do quarto mês relembrava a destruição e a queda das muralhas de Jerusalém — o começo do fim da cidade. O jejum do quinto mês relembrava a queima do templo e de outras construções importantes. O jejum do sétimo mês relembrava o assassinato do governador Gedalias. O jejum do décimo mês relembrava Nabucodonosor iniciando o cerco de Jerusalém no décimo mês.
As memórias tristes do passado (consequências do pecado) eram trocadas por motivos alegres de celebração. Salmo 126.1-3, ARA:
1Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. 2Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles. 3Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres.
E mesmo entristecidos, eles seguiam alegres (Sl 126.4-6):
4Restaura, SENHOR, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe. 5Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. 6Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.
Precisamos de um avivamento, avivamento da paixão pelo Cristo glorioso das Escrituras. Avivamento da paixão pela supremacia de Cristo sobre todas as coisas para a alegria de todos os povos. Só o Espírito Santo poderá produzir isto em nós, entre nós e a partir de nós. Portanto, oramos: “Porventura não tornarás a vivificar-nos, [Espírito do SENHOR,] para que em ti se regozije o teu povo?” (Sl 85.6).
Meu desejo e oração é que provemos da plenitude do Espírito e esbocemos as marcas do avivamento: igreja que ora e busca por mais da glória de Cristo; igreja que tem fome da palavra de Deus centrada em Cristo; igreja que evangeliza, discipula e faz missões para a glória de Cristo entre famílias e nações; igreja que pratica as disciplinas estipulais com o fim de obter mais alegria em Deus.
Seja este o seu alvo: as marcas do avivamento cristocêntrico.
Como buscaremos o avivamento? Nas palavras de Martyn Lloyd-Jones (tratando de “conversões psicológicas e espirituais” em Discernindo os Tempos, pág. 101, ed. PES):
Finalmente, temos que encarar uma questão radical: deveríamos estar primária e quase exclusivamente preocupados com campanhas evangelísticas e com a tentativa de torná-las mais eficientes com novos métodos e técnicas? Ou, como a Igreja tem feito através dos séculos, deveríamos concentrar-nos mais na oração por avivamento e em lançar as bases da instrução cristã para um avivamento como descrito na Bíblia? Acaso não deveríamos orar mais fervorosamente por uma visitação do Espírito Santo de Deus, tanto à Igreja como a nós como indivíduos? A norma bíblica não foi [recentemente], e ainda é: “Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4.6).
S.D.G. L.B.Peixoto
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