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18.12.2022

Quando a Alma está Atribulada – Parte 3

  • Pr. Leandro B. Peixoto
  • Série: Habacuque - A Arte de Ter Fé
  • Livro: Habacuque

[Habacuque 1.2-11] [A queixa de Habacuque] 2Até quando, SENHOR, terei de pedir socorro? Tu, porém, não ouves. Clamo: “Há violência por toda parte!”, mas tu não vens salvar. 3Terei de ver estas maldades para sempre? Por que preciso assistir a tanta opressão? Para qualquer lugar que olho, vejo destruição e violência. Estou cercado de pessoas que discutem e brigam o tempo todo. 4A lei está amortecida, e não se faz justiça nos tribunais. Os perversos são mais numerosos que os justos e, com isso, a justiça é corrompida. [A resposta do SENHOR] 5“Observem as nações ao redor; olhem e admirem-se! Pois faço algo em seus dias, algo em que vocês não acreditariam mesmo que alguém lhes contasse. 6Estou levantando os babilônios, um povo cruel e violento. Eles marcharão por todo o mundo e conquistarão outras terras. 7São conhecidos por sua crueldade e decidem por si mesmos o que é certo. 8Seus cavalos são mais velozes que leopardos e mais ferozes que lobos ao anoitecer. Seus cavaleiros atacam, vindos de longe; como águias, lançam-se sobre a presa para devorá-la. 9“Todos eles vêm prontos para agir com violência; seus exércitos avançam como o vento do deserto, ajuntando prisioneiros como se fossem areia. 10Zombam de reis e príncipes e desprezam todas as suas fortalezas. Constroem rampas de terra contra seus muros e as conquistam. 11Passam com rapidez, como o vento, e desaparecem. Sua culpa, porém, é grande, pois têm como deus sua própria força.”

O DIÁRIO DE UM HOMEM ATRIBULADO

O livro de Habacuque é o diário de um homem em crise. Lemos até aqui no registo de suas queixas que duas coisas estavam atribulando a alma de Habacuque: a inação de Deus (1.2-4) e, depois, a iniciativa de Deus (1.5-11). Mas tem algo mais: o instrumento de Deus para a disciplina de seu povo: versículo 6 — “Estou levantando os Babilônios…”

3. O instrumento de Deus!

Sim, Deus às vezes usa instrumentos estranhos para corrigir o seu povo e cumprir os seus propósitos. Os babilônios ou caldeus eram sim um povo ímpio, bárbaro e mau, mas era o que Deus tinha para o seu povo – talvez até para revelar ao seu povo que eles não eram tão diferentes assim dos ímpios e pagãos babilônios.

Ao nos apresentar a resposta que ouviu de Deus, o profeta Habacuque descreverá dez características dos babilônios, que seriam despejadas pelo próprio Deus sobre seu povo amado como vara de disciplina: violência (v. 6), ambição ou expansionismo (v. 6b, 9), crueldade (v. 7), absolutistas ou tiranos (v. 7b), poderosos (v. 8), escravocratas (v. 9b), zombadores (v. 10), tecnológicos (v. 10b-11), destrutivos (v. 11) e ególatras (v. 11b).

Habacuque 1.6-11 6Estou levantando os babilônios, um povo cruel e violento. Eles marcharão por todo o mundo e conquistarão outras terras. 7São conhecidos por sua crueldade e decidem por si mesmos o que é certo. 8Seus cavalos são mais velozes que leopardos e mais ferozes que lobos ao anoitecer. Seus cavaleiros atacam, vindos de longe; como águias, lançam-se sobre a presa para devorá-la. 9“Todos eles vêm prontos para agir com violência; seus exércitos avançam como o vento do deserto, ajuntando prisioneiros como se fossem areia. 10Zombam de reis e príncipes e desprezam todas as suas fortalezas. Constroem rampas de terra contra seus muros e as conquistam. 11Passam com rapidez, como o vento, e desaparecem. Sua culpa, porém, é grande, pois têm como deus sua própria força.”

Olhando para esse texto, descrevendo que não tinha como se escapar dos babilônios, Isaltino G. C. Filho escreveu:

Sobre o leopardo, se diz que, dos predadores, é o mais sedento por sangue. Tem uma grande agilidade para a caça e alcança uma velocidade incrível quando dispara em linha reta. O seu porte físico, aliado à velocidade, permite-lhe dar um bote que muitas vezes quebra a coluna vertebral do animal caçado. É muito difícil escapar dele. O lobo da noite se refere ao lobo da planície que sai para caçar quando o sol se põe. Fica, então, com as trevas a seu favor e possui, ainda, visão noturna, o que é a garantia de boa caça. Sobre a águia que se joga sobre o animal que ela está caçando, realça a rapidez de seu ataque. Em suma: Judá está irremediavelmente perdida. Não tem como escapar de tão hábil caçador.

E esse era o instrumento de Deus para disciplinar o seu povo!

Que se aprende dessa dura realidade?

Temos que encarar com fé este fato amargo: as forças que hoje se opõem à nós – o povo de Deus – certamente estão sendo usadas por Deus com o propósito de nos disciplinar e de cumprir em nós os seus planos. Violência, ambição e crueldade dos homens; ideologias ou tiranias absolutistas; poderes e injustiças sociais; zombaria; tecnologia; narcisismo… se foi esse o instrumento usado para disciplinar a nação de Judá, porque não poderia ser, com outras roupas, também usados contra a igreja?! Afinal, escreveu o apóstolo:

1Pedro 4.14-19 14Se vocês forem insultados por causa do nome de Cristo, abençoados serão, pois o glorioso Espírito de Deus repousa sobre vocês. 15Se sofrerem, porém, que não seja por matar, roubar, causar confusão ou intrometer-se em assuntos alheios. 16Mas, se sofrerem por ser cristãos, não se envergonhem; louvem a Deus por serem chamados por esse nome! 17Pois chegou a hora do julgamento, que deve começar pela casa de Deus. E, se o julgamento começa conosco, que destino terrível aguarda aqueles que nunca obedeceram às boas-novas de Deus! 18E, “Se o justo é salvo por um triz, o que será do pecador perverso?”. 19Portanto, se vocês sofrem porque cumprem a vontade de Deus, continuem a fazer o que é certo e confiem sua vida àquele que os criou, pois ele é fiel.

Não era por pouca coisa que a alma de Habacuque estava atribulada: a inação, a iniciativa e o instrumento de Deus… tudo somado o atribulou profundamente.

Cristo, o SENHOR, padeceu sob circunstâncias parecidas às de Habacuque e às nossas — sob a violência, ambição e crueldade dos homens; sob as ideologias ou tiranias absolutistas de seu tempo; sob poderes e injustiças sociais; sob zombaria; sob a tecnologia da crueldade: a crucificação; sob o narcisismo das autoridades romanas…; contudo, padeceu sem pecado, para que pudesse perdoar os nossos pecados. O Credo Apostólico resume a vida e obra de Cristo de maneira eficaz, revelando o quanto ele, o Salvador, se atribulou com angústias para a salvação de todo aquele que nele crer:

Creio em Deus Pai, todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor; o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem, Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao inferno (hades)*; ao terceiro dia ressurgiu dos mortos; subiu a céu; e está sentado à mão direita de Deus Pai todo-pode-roso; donde há de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém.

“desceu ao inferno (hades)”: Catecismo Maior de Westminster (resposta 50) — “A humilhação de Cristo depois da sua morte consistiu em ser ele sepultado, em continuar no estado dos mortos e sob o poder da morte até ao terceiro dia; o que, aliás, tem sido exprimido nestas palavras: Ele desceu ao inferno (Hades).”

Veja a sabedoria de Deus no SOFRIMENTO DE CRISTO para o nosso bem eterno: para a nossa salvação, para a nossa consolação, para a nossa edificação e para a nossa santificação e para a nossa imitação.

1. O sofrimento de Cristo como instrumento de Deus para a nossa salvação:

Hebreus 2.14-18 14Visto, portanto, que os filhos são seres humanos, feitos de carne e sangue, o Filho também se tornou carne e sangue, pois somente assim ele poderia morrer e, somente ao morrer, destruiria o diabo, que tinha o poder da morte. 15Só dessa maneira ele libertaria aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte. 16Também sabemos que o Filho não veio para ajudar os anjos, mas sim os descendentes de Abraão. 17Portanto, era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, de modo que pudesse ser nosso misericordioso e fiel Sumo Sacerdote diante de Deus e realizar o sacrifício que remove os pecados do povo. 18Uma vez que ele próprio passou por sofrimento e tentação*, é capaz de ajudar aqueles que são tentados.

    • (Notas da Bíblia de Estudo NAA) Jesus é um sumo sacerdote compassivo e misericordioso que conhece as enfermidades espirituais humanas, uma vez que que ele mesmo experimentou toda a gama [e a força] de tentações e fez expiação pelas transgressões.

2. O sofrimento de Cristo como instrumento de Deus para a nossa consolação:

Hebreus 5.7-10 7Enquanto Jesus esteve na terra, ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que podia salvá-lo da morte, e suas orações foram ouvidas por causa de sua profunda devoção. 8Embora fosse Filho, aprendeu a obediência [cresceu em sabedoria, Lc 2.52] por meio de seu sofrimento. 9Com isso, foi capacitado [consumado, aperfeiçoado] para ser o Sumo Sacerdote perfeito e tornou-se a fonte de salvação eterna para todos que lhe obedecem. 10E Deus o designou Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque [da parte de Deus e para sempre: Hebreus 7:3 Não há registro de seu pai nem de sua mãe [de Melquisedeque], nem de nenhum de seus antepassados, nem do começo nem do fim de sua vida. Semelhantemente ao Filho de Deus, ele permanece sacerdote para sempre.].

3. O sofrimento de Cristo como instrumento de Deus para a nossa edificação:

Hebreus 13.10-14 10Temos um altar do qual os sacerdotes no tabernáculo não têm direito de comer. 11O sumo sacerdote traz o sangue dos animais para o lugar santo como sacrifício pelo pecado, enquanto o corpo dos animais é queimado fora do acampamento. 12Da mesma forma, Jesus sofreu fora das portas da cidade, para santificar seu povo mediante seu próprio sangue. 13Portanto, vamos até ele, para fora do acampamento, e soframos a mesma desonra que ele sofreu*. 14Pois não temos neste mundo uma cidade permanente; aguardamos a cidade por vir.

    • (Notas da Bíblia de Estudo NAA) Ir até Cristo fora do acampamento fala metaforicamente de deixar para trás o amor a este mundo e o desejo de ser aprovado pelo mundo, e abraçar a desonra de Cristo, igualando a nossa resposta à de Jesus aos seus sofrimentos vergonhosos (ver 12.2-3). Além disso, tal perseverança cristã é fundamentada na percepção de que este mundo é uma mera morada temporária (não temos neste mundo morada permanente) a caminho de uma morada eterna (cf. 11.14-16; 12.22-24).

4. O sofrimento de Cristo como instrumento de Deus para a nossa santificação:

Hebreus 4.14-16 14Visto, portanto, que temos um grande Sumo Sacerdote que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos firmemente àquilo em que cremos. 15Nosso Sumo Sacerdote entende nossas fraquezas, pois enfrentou as mesmas tentações que nós, mas nunca pecou. 16Assim, aproximemo-nos com toda confiança do trono da graça, onde receberemos misericórdia e encontraremos graça para nos ajudar quando for preciso.

5. O sofrimento de Cristo como instrumento de Deus para a nossa imitação:

1Pedro 2.21-25 21Porque Deus os chamou para fazerem o bem, mesmo que isso resulte em sofrimento, pois Cristo sofreu por vocês. Ele é seu exemplo; sigam seus passos. 22Ele nunca pecou, nem enganou ninguém. 23Não revidou quando foi insultado, nem ameaçou se vingar quando sofreu, mas deixou seu caso nas mãos de Deus, que sempre julga com justiça. 24Ele mesmo carregou nossos pecados em seu corpo na cruz, a fim de que morrêssemos para o pecado e vivêssemos para a justiça; por suas feridas somos curados. 25Vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora voltaram para o Pastor, o Guardião de sua alma.

1Pedro 4.1-2 1Portanto, uma vez que Cristo sofreu fisicamente, armem-se com a mesma atitude que ele teve e estejam prontos para também sofrer. Porque, se vocês sofreram fisicamente por Cristo, deixaram o pecado para trás. 2Não passarão o resto da vida buscando os próprios desejos, mas fazendo a vontade de Deus.

Pela graça, por meio da fé, é sim possível fazer do sofrimento — o sofrimento de Cristo e o nosso em Cristo— o instrumento de Deus para a nossa salvação, para a nossa consolação, para a nossa edificação e para a nossa santificação e para a nossa imitação.

Continua na parte 4…

S.D.G. L.B.Peixoto

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