05.02.2023
[Habacuque 3.1-2] [A oração e Habacuque] 1O profeta Habacuque entoou esta oração [O hebraico acrescenta conforme sigionote, provavelmente uma indicação do arranjo musical para a oração; uma forma de lamento.]: 2Ouvi a teu respeito, SENHOR; estou maravilhado com tuas obras. Neste momento de tanta necessidade, ajuda-nos outra vez, como fizeste no passado. E, em tua ira, lembra-te de tua misericórdia.
Mestre da filosofia satírica – isto é, da filosofia do discurso crítico ou polêmico –, Arthur Schopenhauer (1788—1860) escreveu uma obra que se julgam ser um dos clássicos da filosofia moderna: A arte de ter razão. Nesta obra, Schopenhauer não estava preocupado apenas com a capacidade retórica de defender de forma inteligente seus próprios argumentos, mas principalmente com a compreensão das estratégias adotadas pelos parceiros de debate – com o fim, sobretudo, de defesa da verdade contra os erísticos trapaceiros, e de denunciar, ironicamente, seu comportamento. Diz-se da dialética erística que é a arte de vencer um debate sem precisar estar do lado da verdade.
Pois bem, nossa busca é outra completamente diferente, e bem mais importante. Estamos empenhados em conhecer e cultivar a arte de ter fé – fé em Cristo Jesus, o Filho eterno de Deus. Afinal, sem fé em Cristo não há salvação da condenação eterna (Jo 3.16); sem fé em Cristo é impossível agradar a Deus (Hb 11.6); de fato, tudo o que não provém da fé em Cristo é pecado, mesmo que feito bem-intencionadamente (Rm 14.23); enfim, a salvação só é possível “pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2Ts 2.13, ARA) – sendo que Cristo é a verdade (Jo 14.6).
Para aprendermos a arte de ter fé, estamos recorrendo ao profeta Habacuque como mentor. Recapitulem comigo: no primeiro versículo do livro está a introdução do profeta à sua obra: Habacuque 1.1 — “Esta é a mensagem que o profeta Habacuque recebeu numa visão.” Na sequência nós lemos a primeira queixa do profeta que se encontrava no vale do abatimento: ele se debate em face do silêncio de Deus (1.2) e denuncia os pecados de Judá (1.3-4).
Neste ponto, o SENHOR Deus decidiu responder a oração do profeta, mas, a princípio, apresentou-se, aos olhos de Habacuque, como alguém insensível e até desumano: Judá seria punida pelos seus pecados, mas os agentes de Deus seriam os perversos babilônios (1.5-6); gente notória pela crueldade (1.7), ágeis como leopardos (1.8), ferozes como lobos (1.8) e devoradores como águias (1.8-9); povo que escarnecia de suas vítimas e que se orgulhavam de seu poder (1.10-11).
Se antes achava-se abatido, a resposta do SENHOR deixou Habacuque abalado. Foi quando o profeta se pôs a trilhar a longa campina em busca de discernir a vontade de Deus – inicia-se, então, a segunda queixa de Habacuque, que se aterroriza pela impiedade dos babilônios (1.12-17). Em face de tudo, restou a Habacuque esperar em Deus: Habacuque 2.1 — “Subirei até minha torre de vigia e ficarei de guarda. Ali esperarei para ver o que ele diz, que resposta dará à minha queixa.”
Misericordioso que é, o SENHOR, para aprumar a alma de Habacuque, revelou-lhe seus propósitos soberanos, os quais abrangiam tanto a restauração da nação de Judá quanto a devida punição da Babilônia – estamos falando da segunda e última resposta de Deus neste livro (2.2-20).
Em face de tanto, Habacuque se colocou de joelhos, orando. Só que agora o profeta está elevado; sua alma fora alimentada pela revelação de Deus. É verdade que no início ele estava no vale do desânimo, mas agora chegou ao vértice da divina providência; ele estava no chão do abatimento, mas atingiu o cume da alvorada; achava-se no abismo da desesperança, mas alcançou o topo da devoção. O mais impressionante de tudo: nada havia mudado nas circunstâncias do profeta – de fato, os babilônios ainda viriam sobre a pecadora, inconsequente e impenitente nação de Judá (aquela mesma que se chamava pelo nome do SENHOR!). Nada havia mudado, mas Habacuque não era mais a mesma pessoa. O profeta havia passado por uma transformação profunda; sua alma fora aprumada e alimentada; ele caminhava agora pela fé, não por vista; sua fé na revelação de Deus orientava sua razão; ele caminhava agora por promessas, não por prognósticos ou probabilidades; sua confiança em Deus descartava esclarecimentos. Ele conhecera e passara a cultivar a arte de ter fé.
— O que se faz quando se tem fé?— ora-se; busca-se a presença de Deus com fé, em oração. Você se lembra de como Paulo (cujo nome ainda era Saulo) nos foi apresentado, tão logo passara da morte para a vida no caminho para Damasco? O apóstolo, o novo homem em Cristo nos foi apresentado de joelhos, em oração – porque orar é o que se faz quando se tem fé em Cristo Jesus. Observe:
Atos 9.8-12 8Saulo levantou-se do chão, mas, ao abrir os olhos, estava cego. Então o conduziram pela mão até Damasco. 9Lá ele permaneceu, cego, por três dias, e não comeu nem bebeu coisa alguma. 10Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor o chamou numa visão: “Ananias!”. “Sim, Senhor!”, respondeu ele. 11O Senhor disse: “Vá à rua Direita, à casa de Judas. Ao chegar, pergunte por um homem de Tarso chamado Saulo. Ele está orando neste momento. 12Mostrei-lhe numa visão um homem chamado Ananias chegando e impondo as mãos sobre ele para que voltasse a enxergar”.
A vida de fé e de oração de Habacuque foi o que lhe garantiu crescimento e amadurecimento diante das duras crises que ele atravessou. Lá no início desta série de mensagens nós estudamos que o livro de Habacuque é pontuado, ou melhor, ele é dividido pelas orações do profeta – três orações ao todo. Primeiro, Habacuque ora clamando a Deus (1.2-4). Depois, Habacuque ora lutando com Deus (1.12–2:3). Por fim, como veremos, Habacuque ora confiando em Deus (3.1-19).
Somente deixam o vale e escalam o topo aqueles que aprendem a arte de ter fé – e a praticam em oração; são aqueles que oram, e oram sem cessar: clamando, lutando e confiando; às vezes, tudo ao mesmo tempo; às vezes, clamando; outras vezes, lutando; mas em tudo confiando, e sempre perseverando na prática da oração. Esta é a grande lição de Habacuque: viver pela fé; e quem vive pela fé, ora, ora sem cessar. — NOTE, compare o que Deus disse a Habacuque com o que Josafá, em face dos moabitas e dos amonitas, orou ao SENHOR:
Habacuque 2.4 (NVT) Olhe para os arrogantes, os perversos que em si mesmos confiam; o justo, porém, viverá por sua fidelidade a Deus.
2Crônicas 20.12 (ARA) Ah! Nosso Deus, acaso, não executarás tu o teu julgamento contra eles? Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti.
Incrédulos e ou perversos olham com orgulho para si mesmos, enquanto os fieis e ou piedosos olham com fé para o SENHOR. Nesse exercício, quando se aprende a arte de ter fé, entende-se os seguintes: muitas vezes… os problemas não desaparecerão de repente ou por completo… as circunstâncias poderão ficar ainda mais aterrorizantes do que inicialmente… o espinho na carne não será retirado… mas em todas as vezes, se se souber cultivar a arte de ter fé e se se praticar a oração, será possível crescer, descansar e se deleitar no SENHOR – o que é o mais importante!
Mas como orar? Como praticar a arte de ter fé, orando?
Veja o nosso texto: Habacuque 3.1-2. Neste texto, Habacuque nos ensina os segredos da oração eficaz; ou seja: [1.] a essência da oração eficaz; [2.] os elementos da oração eficaz; e [3.] os efeitos da oração eficaz. Vejamos um de cada vez.
Habacuque começou sua oração fazendo uma declaração – que para nós é – bastante reveladora: Habacuque 3.1-2 (ARA) — “1Oração do profeta Habacuque sob a forma de canto. 2Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações”. A NVI coloca assim: versículo 2 — “SENHOR, ouvi falar da tua fama”. A NVT traz o seguinte: versículo 2 — “Ouvi a teu respeito, SENHOR”. Ou seja: a oração, a vida de oração de Habacuque se sustentava nas declarações que ele ouvia de Deus; era mantida por aquilo que ele ouvia a respeito de Deus: a fama de Deus.
PRESTE BASTANTE ATENÇÃO: a essência da oração eficaz é a revelação que o próprio Deus faz de si mesmo a nós – em sua palavra santa. No caso de Habacuque, ele orava e se mantinha orando firmado nas declarações do próprio Deus, na revelação do ser de Deus e dos atos de Deus na história. Dito de outro modo: a verdadeira oração começa quando nós ouvimos a voz de Deus. Voz essa que nos convoca para uma tomada de atitude; então oramos pedindo que Deus opere em nós tanto o desejo como a condição de mudar. Voz de Deus que nos inunda de fé; então perseveramos com esperança e amor, praticando a oração. Voz de Deus essa que nos aponta o caminho e a direção; então oramos pedindo que Deus nos conduza pelas veredas da justiça.
Ouvir a voz de Deus (desse modo, a Bíblia Sagrada, a leitura da Bíblia iluminada pelo Espírito Santo) é essencial para a nossa vida de oração. Não tem como orar sem fé. Entretanto, a fé, a fé necessária para a salvação e a vida de oração… “a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo” (Rm 10.17, NVI). Nesse sentido, a declaração de D. L. Moody é incrivelmente relevante, quando ele diz assim: “Eu pensava que deveria fechar a minha Bíblia e orar pedindo fé, mas eu aprendi que era estudando a Palavra que eu obteria fé para continuar orando.”
— Você quer ter uma vida de oração eficaz? — Leia, memorize, medite e estude a palavra de Deus para se obter e nutrir a sua fé. Ouça pregações edificantes, leia bons livros, converse com pessoas que te edificam na palavra de Deus. A Palavra de Deus tonifica a nossa fé e nos motiva a perseverar em oração. Este é o testemunho do salmista: Salmo 119.50 (NVI) — “Este é o meu consolo no meu sofrimento: A tua promessa dá-me vida.” E ainda:
Salmos 119.92-93 (NVI) 92Se a tua lei não fosse o meu prazer, o sofrimento já me teria destruído. 93Jamais me esquecerei dos teus preceitos, pois é por meio deles que preservas a minha vida.
A essência da oração eficaz é a palavra de Deus que da vida e alimenta a fé.
Após ouvir a voz de Deus, ou em ouvindo a voz de Deus, Habacuque pôs-se a orar!
Habacuque 3.1-2 [A oração e Habacuque] 1O profeta Habacuque entoou esta oração: 2Ouvi a teu respeito, SENHOR; estou maravilhado com tuas obras [estou alarmado; atemorizado; admirado!]. Neste momento de tanta necessidade, ajuda-nos outra vez [aviva-nos!], como fizeste no passado. E, em tua ira, lembra-te de tua misericórdia.
Não deixe de notar nestes dois versículos TRÊS ELEMENTOS da oração eficaz: submissão, adoração e petição.
PRIMEIRO, HÁ SUBMISSÃO. Não se acha nesta petição qualquer fio de contestação; não se verifica aqui coisa do tipo: não aceito, não quero, não recebo, não pode ser… nada dessas coisas. O que se tem é um homem submisso e humilde, um homem cheio de fé. Versículo 1: “O profeta Habacuque entoou esta oração:”.
SEGUNDO, HÁ ADORAÇÃO. Orgulho é autoexaltação. Portanto, o oposto do orgulho é a adoração. Versículo 2a: “Ouvi a teu respeito, SENHOR; estou maravilhado com tuas obras [estou alarmado; atemorizado; admirado!].” O modo de Deus agir causou temor, maravilhamento, adoração no coração de Habacuque. Neemias também entendeu o quanto o temor incita a adoração: Neemias 1.11 (ARA) — “Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo e à dos teus servos que se agradam de temer o teu nome; concede que seja bem sucedido hoje o teu servo e dá-lhe mercê perante este homem. Nesse tempo eu era copeiro do rei.” — Pois bem, na presença de Deus, submetemo-nos a ele com fé, e com reverência o adoramos. Mas tem mais…
TERCEIRO, HÁ PETIÇÃO. Há submissão, adoração, e há também petição. Versículo 2b: “Neste momento de tanta necessidade, ajuda-nos outra vez [aviva-nos!], como fizeste no passado. E, em tua ira, lembra-te de tua misericórdia.” — Pelo que mesmo está pedindo o profeta? —Habacuque está pedindo que a fama de Deus seja mais uma vez colocada em relevo (aviva-nos como no passado). O profeta está pedindo também que a justiça divina, o juízo de Deus seja temperado com misericórdia.
Como é importante saber orar!
Tiago 4.1-6 1De onde vêm as discussões e brigas em seu meio? Acaso não procedem dos prazeres que guerreiam dentro de vocês? 2Querem o que não têm, e até matam para consegui-lo. Invejam o que outros possuem, lutam e fazem guerra para tomar deles. E, no entanto, não têm o que desejam porque não pedem. 3E, quando pedem, não recebem, pois seus motivos são errados; pedem apenas o que lhes dará prazer. 4Adúlteros! Não percebem que a amizade com o mundo os torna inimigos de Deus? Repito: se desejam ser amigos do mundo, tornam-se inimigos de Deus. 5O que vocês acham que as Escrituras querem dizer quando afirmam que o espírito colocado por Deus em nós tem ciúmes? 6Contudo, ele generosamente nos concede graça. Como dizem as Escrituras:“Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”.
O modo certo de pedir (e o fim que se almeja ao se pedir):
Filipenses 4.6-7 6Não vivam preocupados com coisa alguma; em vez disso, orem a Deus pedindo aquilo de que precisam e agradecendo-lhe por tudo que ele já fez. 7 Então vocês experimentarão a paz de Deus, que excede todo entendimento e que guardará seu coração e sua mente em Cristo Jesus.
8Por fim, irmãos, quero lhes dizer só mais uma coisa. Concentrem-se em tudo que é verdadeiro, tudo que é nobre, tudo que é correto, tudo que é puro, tudo que é amável e tudo que é admirável. Pensem no que é excelente e digno de louvor. 9Continuem a praticar tudo que aprenderam e receberam de mim, tudo que ouviram de mim e me viram fazer. Então o Deus da paz estará com vocês.
A oração eficaz é a que, com fé, se faz em espírito submisso; ela é recheada de adoração e com a motivação correta diante de Deus.
Não basta orar muito, precisamos saber orar, orar com eficácia. Mas como saber se estamos orando com eficácia? A vida de Habacuque nos aponta a resposta. Penso que se o profeta estivesse aqui para nos dizer sobre os efeitos da oração eficaz ele diria os seguintes: a oração eficaz [1.] produz mudança em quem ora, [2.] edifica outras pessoas e [3.] levanta os olhos de quem ora para os campos brancos para a colheita.
Primeiro, note como o tom de Habacuque foi mudando ao longo do livro:
Habacuque 1.2 Até quando, SENHOR, terei de pedir socorro? Tu, porém, não ouves. Clamo: “Há violência por toda parte!”, mas tu não vens salvar.
Habacuque 1.12 Ó SENHOR, meu Deus, meu Santo, tu que és eterno certamente não planejas nos exterminar! Ó SENHOR, nossa Rocha, enviaste os babilônios para nos disciplinar, como castigo por nossos pecados.
Habacuque 3.1-2 1O profeta Habacuque entoou esta oração: 2Ouvi a teu respeito, SENHOR; estou maravilhado com tuas obras [estou alarmado; atemorizado; admirado!]. Neste momento de tanta necessidade, ajuda-nos outra vez [aviva-nos!], como fizeste no passado. E, em tua ira, lembra-te de tua misericórdia.
Por fim, ele disse o seguinte:
Habacuque 3.17-19 17Ainda que a figueira não floresça e não haja frutos nas videiras, ainda que a colheita de azeitonas não dê em nada e os campos fiquem vazios e improdutivos, ainda que os rebanhos morram nos campos e os currais fiquem vazios, 18mesmo assim me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus de minha salvação! 19O SENHOR Soberano é minha força! Ele torna meus pés firmes como os da corça, para que eu possa andar em lugares altos.
Ah! O efeito da oração eficaz (alimentada pela Bíblia, a Bíblia iluminada pelo Espírito; e cheia de fé): mudança de vida.
Segundo, a vida de oração de Habacuque serviu para abençoar outros:
Habacuque 2.2-3 2Então o SENHOR me disse: “Escreva minha resposta em tábuas, para que se possa ler depressa e com clareza. 3Esta é uma visão do futuro; descreve o fim, e tudo se cumprirá. Se parecer que demora a vir, espere com paciência, pois certamente acontecerá; não se atrasará.
Habacuque 3.1, 19 1O profeta Habacuque entoou esta oração: […] 19[…] (Ao regente do coral: Essa oração deve ser acompanhada por instrumentos de corda.)
A oração eficaz transforma a vida de quem ora e faz da vida de quem ora uma benção para outras pessoas. Por fim, a oração eficaz levanta os olhos de quem ora para os campos brancos para a colheita:
Habacuque 3.1-2 1O profeta Habacuque entoou esta oração: 2Ouvi a teu respeito, SENHOR; estou maravilhado com tuas obras [estou alarmado; atemorizado; admirado!]. Neste momento de tanta necessidade, ajuda-nos outra vez [aviva-nos!], como fizeste no passado. E, em tua ira, lembra-te de tua misericórdia.
Israel estava destinada a ser luz para as nações. Reavivá-la seria reavivar a chama da graça e da misericórdia de Deus que busca salvar os pedidos. Desse modo, a oração eficaz levanta os olhos de quem ora para os campos brancos para a colheita: “Aviva-nos, SENHOR, revele em nós e através de nós a tua misericórdia às nações.”
A alma de Habacuque havia sido alimentada. E desse modo ele nos ensinou os segredos da oração eficaz. Isto é: ora quem tem e mantém a fé. E a fé para se orar deve, essencialmente, brotar da palavra de Deus.
Outra coisa: ao orar, deve-se se submeter a Deus para o adorar e pedir-lhe como convém. Orações eficazes deverão necessariamente: [1.] produzir em nós mudança de vida (tornar-nos à imagem daquele em nome de quem nós oramos: Cristo); [2.] contribuir para a edificação de outras pessoas; e [3.] fazer com que aquele que ora se preocupe com o avanço do reino de Deus (o senhorio de Deus nas pessoas e no mundo).
Cabe bem aqui uma citação extraída do livro de Martyn Lloyd-Jones:
Aqui temos a oração que serve de modelo para uma época como a nossa. A mensagem deste livro [Habacuque] é que enquanto não nos humilharmos verdadeiramente, esquecendo-nos das outras pessoas e daqueles que são piores do que nós; enquanto não nos virmos como somos aos olhos de Deus, confessarmos nossos pecados e nos entregarmos nas suas onipotentes mãos, não temos direito algum de procurar paz e felicidade. Enquanto o mundo não aprender essas poderosas lições da palavra de Deus, não há esperança para ele. Haverá guerras e mais guerras. Conceda-nos Deus a graça de aceitar esta mensagem da Bíblia e aprender a ver as coisas não politicamente, mas espiritualmente.
Algumas perguntas fundamentais. Seja honesto. Seja honesta.
Você tem orado?
É a Bíblia que nutre a sua vida de oração?
Sua vida de oração tem produzido mudanças em sua vida?
Sua vida de oração tem te ajudado a viver para edificar os outros?
Você já aprendeu a orar segundo a vontade de Deus?
Você já orou entregando a vida a Jesus como seu Salvador e Senhor pessoal?
Comece pedindo a Deus para perdoar os seus pecados em Jesus.
Cultive uma vida de oração aos pés do Senhor.
Vida que irá te transformar radical e profundamente.
Comprometa-se a viver orando pelos seus e o mundo que te cerca.
Como diz a letra do hino (CC 155): “Oh, que paz perdemos sempre; Oh, que dor no coração; Só porque nós não levamos tudo a Deus em oração!” A alma alimentada ora; e encontra paz, paz em Cristo.
S.D.G. L.B.Peixoto
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