03.12.2023
[Efésios 2.1-4] 1Vocês estavam mortos por causa de sua desobediência e de seus muitos pecados, 2nos quais costumavam viver, como o resto do mundo, obedecendo ao comandante dos poderes do mundo invisível. Ele é o espírito que opera no coração dos que se recusam a obedecer. 3Todos nós vivíamos desse modo, seguindo os desejos ardentes e as inclinações de nossa natureza humana. Éramos, por natureza, merecedores da ira, como os demais. 4Mas Deus é tão rico em misericórdia e nos amou tanto 5 que, embora estivéssemos mortos por causa de nossos pecados, ele nos deu vida juntamente com Cristo. É pela graça que vocês são salvos!
Estamos há vinte e dois dias do Natal. Black Friday já passou, Halloween, Reforma Protestante e Dia de Ação de Graças também, agora só em 2024. A festa do momento é outra, e você – certamente – já percebeu. De fato, a cidade inteira: ruas, lojas, shoppings, prédios, casas… está tudo decorado para o Natal.
O que se celebra no Natal?
Eu sei que você já sabe, mas não custa lembrar: no Natal nós celebramos o nascimento do Salvador. É a festa do amor, do amor de Deus pelo seu povo, enviando-nos o Salvador – Lucas 2.11 “Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor!” Ok!, mas será que as pessoas sabem mesmo por que nós precisávamos de um Salvador? Você sabe?
É sobre isto que desejo falar: a nossa necessidade de um Salvador.
Neste culto, no de hoje à noite e nos cultos de domingo, dia 17, eu pretendo aguçar seu sentimento de necessidade de um Salvador: Cristo, o Senhor. Domingo que vem eu estarei em Campinas-SP, pregando no aniversário de 66 anos da IB Central de Campinas; igreja que pastoreei por treze anos: de 2003 a 2015. Quando eu voltar, Deus permitindo, darei sequência ao que estamos iniciando nesta manhã. Domingo, dia 24, véspera de Natal, – ATENÇÃO! — não realizaremos o culto da noite; mas celebraremos, de manhã, o nascimento do Salvador em grande culto de Natal, com cantata apresentada pelo nosso coral e tudo o mais; será no dia 24 de dezembro, domingo, às 10h00.
Durante este Advento de Natal (i.e., os dias que antecedem o Natal deste ano; os dias de preparação para a chegado do Natal), há DUAS RAZÕES pelas quais eu desejo lembrar você da necessidade inesgotável que todos nós temos de um Salvador. PRIMEIRA: a preciosidade da vinda do Salvador. SEGUNDA: a prescrição da palavra de Deus.
A primeira razão para a lembrança é que quanto mais ansiosamente sentirmos a necessidade de um Salvador, tanto mais preciosa será a sua chegada e a sua vida para nós.
Imagine que você, em uma viagem de cruzeiro, passa pelo pesadelo de naufragar. Após colidir com um iceberg, o casco quebra em duas partes e o navio transatlântico começa a afundar. Não há botes salva-vidas suficientes para todo mundo. As pessoas tentam sobreviver como podem, agarrando-se a pranchas de madeira ou qualquer coisa flutuante. O desespero é total, exceto para aqueles que, embriagados, se divertem com o que estão chamando de ‘aventura’. As horas passam, o frio é desesperador e as forças estão sendo drenadas pelo esforço necessário para se manter o corpo agarrado ao objeto flutuante e aquecido nas águas congelantes. De repente, avistam-se embarcações da marinha. As luzes vermelhas piscantes à distância são muito preciosas e, quanto mais perto chegam, mais preciosas se tornam; afinal, elas estão anunciando a chegada do salva-vidas. Mas se você é um dos embriagados que estão se divertindo enquanto morrem, as luzes vermelhas piscantes são apenas mais um motivo de riso.
O que isso tem a ver com a mensagem? Entendo que a coisa mais amorosa que eu posso fazer por você neste Advento é ajudá-lo(a) a se lembrar e a sentir a necessidade de um Salvador, para que, à medida que ele se aproxima, seu coração pule de alegria.
A prescrição da Palavra de Deus
Esta, portanto é a primeira razão: a preciosidade da vinda do Salvador; a preciosidade da chegada do salva-vidas. A segunda razão para nos lembrarmos de nossa necessidade inesgotável de um Salvador é que a palavra de Deus prescreve que o façamos.
PRESTE ATENÇÃO: Efésios 2.1-10 descreve como Deus nos salvou – pela graça, por meio da fé –, quando ainda éramos náufragos no oceano do pecado, prontos para a qualquer momento afogar e morrer na condenação eterna. Ouça o final desse parágrafo:
Efésios 2.8-10 8Vocês são salvos pela graça, por meio da fé. Isso não vem de vocês; é uma dádiva de Deus. 9Não é uma recompensa pela prática de boas obras, para que ninguém venha a se orgulhar. 10Pois somos obra-prima de Deus, criados em Cristo Jesus a fim de realizar as boas obras que ele de antemão planejou para nós.
Então, ao final da descrição da maravilhosa obra da graça de Deus, que nos salvou do afogamento e da perdição eterna, o versículo 11 prescreve (leio na NAA): “Portanto, lembre-se”! — Lembre-se do quê?! — Observe:
Efésios 2.11-12 11Não esqueçam [NAA: Portanto, lembrem-se de] que vocês, gentios, eram chamados de “incircuncidados” pelos judeus que se orgulhavam da circuncisão, embora ela fosse apenas um ritual exterior e humano. 12Naquele tempo, vocês viviam afastados de Cristo. Não tinham os privilégios do povo de Israel e não conheciam as promessas da aliança. Viviam no mundo sem Deus e sem esperança.
Mas a palavra-chave, de forma prática, é “Lembrem-se!” ou “Não se esqueçam!”
Paulo realmente crê que mesmo depois de a Marinha ter lhe resgatado e salvado a sua vida, você não pode esquecer aquela terrível circunstância. Você não pode esquecer como teria sido se o salvamento não tivesse chegado a tempo de te capturar com vida. Em outras palavras: você deve se lembrar do que você era e do que teria lhe acontecido sem um Salvador. Com efeito, parte de nossa vida devocional contínua – parte de uma vida devocional viva e vibrante – deve ser a obediência a Efésios 2.11-12: Lembre-se! Lembre-se! Lembre-se! — De quê? — Lembre-se (não se esqueça!) de que… era uma vez… você vivia afastado de Cristo… você vivia, literalmente, sem Cristo, sem qualquer direito a cidadão do céu, nenhuma promessa de Deus se aplicava à sua vida, e estava no mundo sem esperança e sem Deus, destinados à condenação eterna no inferno – a condenação justa de Deus. É por causa do Natal, do Salvador que nós crentes, salvos pela graça, por meio da fé, – como Paulo escreveu aos tessalonicenses – esperamos “do céu a vinda de Jesus, o Filho de Deus, a quem ele ressuscitou dos mortos e que nos livrará da ira que está para vir.” (1Ts 1.10).
Somos, portanto, ordenados: “Lembre-se disso! Não se esqueça disso! Traga isso à memória, relembre seu coração repetidas vezes” (no versículo 11, o verbo “lembrar” está no tempo presente, ou seja: expressa uma ação contínua – lembre-se continuamente; trabalhe para não se esquecer). Ora, a repetição desta ação – lembrar-se, lembrar-se, lembrar-se e lembrar-se de novo e jamais se esquecer– certamente se deve ao fato de que, por causa do pecado, estamos programados para esquecer; mas há outra razão: lembrar-se constantemente do que éramos e do que agora somos e temos em Cristo terá um papel revigorante e vivificador em nos fazer amar Jesus Cristo, o Senhor, nosso Salvador. É um fato psicológico bem simples: a menos que sintamos uma E N O R M E necessidade de um Salvador, não sentiremos que ele é um grande Salvador.
Portanto, o meu plano para o Advento deste ano é ajudar você (e a mim também) a ver quão grande é a nossa necessidade de um Salvador e, depois, demonstrar a grandiosidade da salvação que temos disponível em Cristo, o Senhor – que nasceu no Natal.
Serão mais três mensagens, além desta: a de hoje à noite e duas no dia 17/12. O tema para esta série é este: PARA RECORDAR NO NATAL (a divisa: Efésios 2.1-4). A mensagem desta noite: “a nossa condição espiritual” (Ef 2.1). As mensagens do domingo dia 17: “o nosso estado natural” (Ef 2.2-3) e “o que celebramos no Natal” (Ef 2.4). Portanto, para recordar no Natal… [1.] a nossa condição espiritual… [2.] o nosso estado natural… e [3.] o que de fato nós celebramos no Natal. Vamos terminar lendo a divisa:
Efésios 2.1-4 1Vocês estavam mortos por causa de sua desobediência e de seus muitos pecados, 2nos quais costumavam viver, como o resto do mundo, obedecendo ao comandante dos poderes do mundo invisível. Ele é o espírito que opera no coração dos que se recusam a obedecer. 3Todos nós vivíamos desse modo, seguindo os desejos ardentes e as inclinações de nossa natureza humana. Éramos, por natureza, merecedores da ira, como os demais. 4Mas Deus é tão rico em misericórdia e nos amou tanto 5 que, embora estivéssemos mortos por causa de nossos pecados, ele nos deu vida juntamente com Cristo. É pela graça que vocês são salvos!
Glória a Deus pelo Natal!
S.D.G. L.B.Peixoto
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