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03.08.2025

Precisamos uns dos outros

  • Pr. Leandro B. Peixoto
  • Série: Hebreus - A Superioridade de Cristo
  • Livro: Hebreus

Hebreus 3.12-14 (NVT)

12Portanto, irmãos, cuidem para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo que os desvie do Deus vivo. 13Advirtam uns aos outros todos os dias, enquanto ainda é “hoje”, para que nenhum de vocês seja enganado pelo pecado e fique endurecido. 14Porque nos tornaremos [ou melhor: temos nos tornado] participantes de Cristo, se de fato mantivermos firme até o fim a confiança que nele depositamos no início.

Não se desvie do Deus vivo!

Na penúltima mensagem desta série de exposições em Hebreus, pregada no dia 6 de julho, voltamo-nos para uma questão levantada a partir da solene advertência registrada em Hebreus 3.12: “Portanto, irmãos, cuidem para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que o desvie do Deus vivo.” O tema foi: Advirtam uns aos outros.

E a pergunta que inevitavelmente se impõe é esta: Como alguém poderia se desviar, se nunca foi, de fato, participante de Cristo? Se nunca foi um crente verdadeiro?

Essa indagação nasce de uma premissa fundamental e preciosa: os crentes verdadeiros jamais perdem a salvação. Por isso, na última mensagem, no dia 13 de julho, dedicamo-nos a demonstrar, à luz das Escrituras, a gloriosa doutrina da segurança eterna dos filhos de Deus, ou: a doutrina da perseverança dos santos. O tema: A segurança eterna dos crentes.

Contudo, se é certo que os crentes não podem perder a salvação, surge outra pergunta inevitável: De que desvio ou afastamento está tratando o autor da carta aos Hebreus?

A resposta é clara: há muitas maneiras de alguém aproximar-se das coisas de Deus — por exemplo: estar junto do povo de Deus, ouvir a pregação da Palavra, participar de cultos e reuniões da igreja — sem, contudo, confiar, amar ou se alegrar somente, única e verdadeiramente em Cristo. Há muitas formas de se afastar de Cristo… sem jamais ter sido participante do próprio Cristo, sem jamais ter sido salvo. E isso é profundamente perigoso.

Diante dessa realidade, resta-nos, então, uma segunda questão que precisamos abordar com seriedade pastoral: Sendo verdade que os crentes genuínos não perdem a salvação… então, o que eles devem fazer diante da exortação de Hebreus 3.12? — Como devemos cuidar para que nenhum de nós tenha coração perverso e incrédulo, que nos desvie do Deus vivo?

E, indo ainda mais fundo: Como podemos reconhecer a nossa salvação eterna? Como ter certeza dela? Como desfrutá-la com segurança e alegria?

As respostas para essas perguntas estão contidas em Hebreus 3.12-14. E é para esse trecho sagrado que voltaremos nosso olhar, buscando, pela graça de Deus, entendimento, consolo e firmeza de fé.

A fé requer perseverança

O que temos visto, ao longo destas mensagens em Hebreus, é que a graça da perseverança — sim, a perseverança é obra da graça, e — é necessária para a salvação final, conforme disse Jesus: “aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mc 13.13, ARA).

Já dissemos que a perseverança está garantida a todos os que são nascidos de Deus, pois está escrito: “aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fl 1.6, ARA).

Ordem da salvação

Que fique claro: a boa obra que foi iniciada e que será completada no crente é, propriamente, a obra da salvação. A tradição reformada, da qual nós somos herdeiros, emprega a expressão ordo salutis (latim para “ordem da salvação”) para descrever, em termos teológicos, as etapas da aplicação da salvação na vida do crente, conforme reveladas nas Escrituras. Trata-se de uma ordem lógica — e não necessariamente cronológica — que expõe como Deus, soberana e graciosamente, conduz o pecador desde a eleição na eternidade passada até a glorificação na eternidade futura.

Louis Berkhof, eminente teólogo sistemático, descreve essa ordem nesta sequência: eleição eterna, chamado eficaz ou regeneração, conversão (a qual envolve arrependimento e fé), justificação, adoção, santificação, perseverança e glorificação.

Berkhof resume com clareza o conceito reformado ao afirmar:

Os reformados iniciam a ordo salutis com a regeneração ou com a vocação — isto é, o chamado eficaz —, destacando, assim, que a aplicação da obra redentora de Cristo é, em sua origem, uma obra de Deus. A essa etapa segue-se a exposição da conversão, momento em que a obra da regeneração alcança a vida consciente do pecador, levando-o a voltar-se do ego, do mundo e de Satanás para Deus. A conversão compreende o arrependimento e a fé.
A consideração da fé conduz, naturalmente, à doutrina da justificação, uma vez que esta se dá mediante a fé. E, como a justificação estabelece o ser humano em nova relação com Deus — concedendo-lhe o Espírito de adoção, impondo-lhe uma nova obediência e capacitando-o a cumprir, de coração, a vontade divina —, a obra da santificação é tratada em seguida. Por fim, a ordem da salvação se encerra com a doutrina da perseverança dos santos e sua glorificação final.

Portanto, é propriamente essa boa obra que o Senhor começou em seus filhos e que há de completá-la até o Dia de Cristo Jesus.

Um meio de graça

Sabemos, ainda, que essa perseverança na salvação se realiza por meio de instrumentos ordinários — os chamados meios de graça — e um dos mais importantes é a comunhão cristã. A passagem mais precisa das Escrituras para demonstrar este ponto — que a comunhão cristã é um meio de perseverança na fé — encontra-se em Hebreus 3.12-14.

Salvem uns aos outros

Esse texto é assim tão fundamental porque demonstra que, na comunhão cristã, Deus nos chama a ser instrumentos de preservação e cuidado mútuo.

Somos chamados a exortar, encorajar e sustentar uns aos outros na fé, para que ninguém se desvie do Deus vivo — e pereça. Leia mais uma vez:

Hebreus 3.12-14 (NVT)
12Portanto, irmãos, cuidem para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo que os desvie do Deus vivo. 13Advirtam uns aos outros todos os dias, enquanto ainda é “hoje”, para que nenhum de vocês seja enganado pelo pecado e fique endurecido. 14Porque nos tornaremos [temos nos tornado] participantes de Cristo, se de fato mantivermos firme até o fim a confiança que nele depositamos no início.

Primeiramente, observe o versículo 14. Ele é a base ou a razão para as duas ordens expressas nos versículos 12 e 13. Isto é, “Tenham cuidado” ou “cuidem” (v. 12); e “Advirtam uns aos outros” (v. 13). E a razão é esta, como declara o versículo 14 — sendo os tempos verbais extremamente importantes: Tenham cuidado e advirtam uns aos outros (vs. 12-13), “Porque temos nos tornado participantes de Cristo, se de fato mantivermos firme até o fim a confiança que nele depositamos no início.” (v. 14)

Atenção!

Não está escrito: “Se mantivermos firme até o fim a confiança, então… nos tornaremos participantes de Cristo.” Mas sim: “Se mantivermos firme até o fim a confiança, é porque já nos tornamos participantes de Cristo.”

Isso significa que a perseverança na fé, até o fim, é uma confirmação necessária de que nascemos de novo. Chegar ao fim perseverando na fé demonstra que éramos genuínos, que, de fato, já havíamos nos tornado participantes de Cristo.

Portanto, o versículo 14 é a base para as duas ordens encontradas nos versículos 12 e 13: “Tenham cuidado” ou “cuidem” (v. 12). E “Advirtam uns aos outros” (v. 13).

Por quê?

Porque sabemos que, se nosso irmão — e é assim que ele o chama no versículo 12 — se nosso irmão não mantiver firme sua confiança até o fim, ele demonstrará que jamais participou de Cristo, jamais foi de verdade. E estará perdido — seja ou não chamado de irmão.

E, dessa relação lógica entre os versículos 13 e 14, podemos exortar corretamente uns aos outros, nesta igreja, com estas palavras:

— “Minha exortação, cheia de graça e de verdade — minha palavra temperada com o sal do evangelho — é um dos meios de graça que Deus utiliza para manter vocês, meus irmãos e minhas irmãs, firmes em Cristo e, assim, livrá-los da destruição. E o mesmo se dá em sentido inverso.”

Tenha cuidado de si mesmo

O que devemos fazer para perseverar na fé? Como podemos conhecer, desfrutar e ter certeza da nossa salvação eterna?

Primeiramente, TENHA CUIDADO!

Tenha cuidado de si mesmo — versículo 12:

“Portanto, irmãos, cuidem para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo que os desvie do Deus vivo.” (Hebreus 3.12)

“Tenha cuidado!” Ou poderíamos dizer: “Vigie!” Ou ainda: “Atente-se!”

Em outras palavras: não seja negligente, nem indiferente, nem desatento quanto à condição do seu coração. Olhe para dentro de si mesmo. Examine-se. “Fique atento a seu modo de viver” (1Tm 4.16).

Como Paulo diz em 2Coríntios 13.5 (NVT):

“Examinem a si mesmos. Verifiquem se estão praticando o que afirmam crer. Assim, poderão ser aprovados. Certamente sabem que Jesus Cristo está entre vocês; do contrário, já foram reprovados.”

Ou, como Pedro afirma em 2Pedro 1.10 (NVT):

“Por isso, irmãos, trabalhem ainda mais arduamente para mostrar que, de fato, estão entre os que foram chamados e escolhidos.” — Na NAA: “Por isso, irmãos, procurem, com empenho cada vez maior, confirmar a vocação e a eleição de vocês”.

Não vivam no piloto automático.

Não presumam, sem constante autoexame, que estão eternamente seguros. Todos os dias — e nós bem sabemos disso — há paixões concorrentes guerreando contra a nossa alma, tentando roubar a nossa fé, tentando substituir Cristo por outros tesouros.

Por isso, tenha cuidado. Vigie. Seja diligente. Guarde o seu coração.

Como diz Provérbios 4.23 (NVT): “Acima de todas as coisas, guarde seu coração, pois ele dirige o rumo de sua vida.”

Ah! mas você certamente poderá indagar:

— Mas, se eu sou, de fato, participante de Cristo, como creio ser… por que preciso vigiar tanto? Se estou eternamente seguro e não posso perder a minha posição em Cristo,  se não tem como eu perder minha salvação, por que tanto cuidado?

Pensar assim é um equívoco.

John Piper argumenta que essa indagação é fruto de uma suposição que o próprio Novo Testamento corrige. A suposição errada é pensar que o caminho de Deus para conduzir as ovelhas de Cristo ao céu é um caminho sem vigilância, sem exame próprio, sem uso diligente dos meios de graça.

Mas Jesus instruiu, em Lucas 13.24 (NVT): “Esforcem-se para entrar pela porta estreita, pois muitos tentarão entrar, mas não conseguirão.” Eles ficaram pelo caminho.

E Pedro afirmou, em 1Pedro 5.8 (NVT): “Estejam atentos! [Sejam sóbrios!] Tomem cuidado [sejam vigilantes] com seu grande inimigo, o diabo, que anda como um leão rugindo à sua volta, à procura de alguém para devorar.”

A verdade não é que os verdadeiros cristãos não precisem vigiar.

A verdade é que sabemos que somos verdadeiros cristãos justamente porque estamos vigilantes e cuidadosos com o nosso coração.

São os cristãos descuidados que deveriam estar preocupados com a sua condição espiritual. São aqueles que até já foram batizados. Que “caminharam até o altar”, atendendo ao apelo do pregador. Que fizeram uma oração, recebendo Jesus no coração. Que foram batizados e integrados à igreja. Que participaram da ceia do Senhor. Que frequentaram a igreja… MAS não amam a Jesus. Não o têm como seu maior tesouro. Não depositam nele a sua esperança. Não anseiam por vê-lo. Não podem dizer: “Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” São essas pessoas, autoconfiantes, que precisam temer.

Como diz Deuteronômio 29.19-20 (NVT), a respeito de Israel:

19“Aqueles que ouvirem as advertências desta maldição não devem se parabenizar e pensar: ‘Estou seguro, embora siga os desejos do meu coração obstinado’. Isso levaria à ruína total! 20O SENHOR não os perdoará. Ao contrário, sua ira e seu zelo arderão contra eles. Todas as maldições escritas neste livro cairão sobre eles, e o SENHOR apagará seus nomes de debaixo do céu.

John Piper pondera que há muitos “crentes” que tratam a salvação como se fosse uma vacina. Receberam essa “vacina” anos atrás e presumem que está tudo bem.

Dizem: “Fui vacinado contra o inferno quando tinha seis anos… ou nove anos… ou dezesseis anos… ou quando vim para a igreja…” Então… Para essas pessoas, chegar ao céu não parece ser uma questão de vigilância sobre o coração, mas apenas de ter certeza de que a vacinação aconteceu.

Mas essas pessoas correm enorme perigo.

A salvação tem muito mais a ver com relacionamento e comunhão constante com Cristo do que com uma “vacinação” de dose única recebida anos atrás.

Portanto, em resposta à pergunta: Como podemos ter segurança da nossa salvação eterna?, dizemos: Vigie o seu coração.

Guarde-se contra a incredulidade.

Seja vigilante para manter a confiança e esperança em Cristo, resistindo a todos os tesouros concorrentes.

Tenha cuidado de si mesmo.

Fique atento a seu modo de viver.

Advirtam uns aos outros

Se a primeira atitude para a perseverança na fé, demonstrada em Hebreus 3.12, focou na responsabilidade individual — a autovigilância — a segunda resposta é mais coletiva. E está no versículo 13. Observem as duas juntas:

A autovigilância:

“Portanto, irmãos, cuidem para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo que os desvie do Deus vivo.” (Hebreus 3.12)

A vigilância comunitária:

“Advirtam uns aos outros todos os dias, enquanto ainda é ‘hoje’, para que nenhum de vocês seja enganado pelo pecado e fique endurecido.” (Hebreus 3.13)

Enquanto a primeira resposta afirma que a segurança eterna dos crentes envolve um compromisso individual com a vigilância do próprio coração, para que ele não se endureça, a segunda resposta declara que a segurança eterna dos crentes é um projeto comunitário — expressão cunhada por John Piper.

Então, pergunto a vocês:

— O que devemos fazer, aqui na Segunda Igreja Batista em Goiânia, para não termos corações perversos, incrédulos e endurecidos, conforme se lê em Hebreus 3.12-13?

— Como podemos lutar contra os pecados que nos tentam, todos os dias, a valorizá-los mais do que a Jesus Cristo?

A resposta de Hebreus 3.13 é clara:

— “Advirtam uns aos outros todos os dias, enquanto ainda é ‘hoje’”.

A dinâmica do afastamento de Deus

Agora observe como o autor de Hebreus explica a dinâmica do afastamento de Deus. Atente-se às palavras finais dos versículos 12 e 13.

Versículo 12: “…coração perverso e incrédulo que os desvie do Deus vivo.” Em seguida, note a descrição desse processo, no versículo 13: “…que nenhum de vocês seja enganado pelo pecado e fique endurecido.”

Temos aqui cinco grandes realidades prestes a provocar uma catástrofe espiritual: 1. pecado (v. 13), 2. endurecimento (v. 13), 3. engano (v. 13), 4. perversidade (v. 12) e 5. incredulidade (v. 12). E essas realidades atuam da seguinte maneira:

O pecado é, em essência, preferir qualquer coisa no lugar de Deus — uma mentira que nos seduz ao prometer mais prazer do que o próprio Deus. Quando essa mentira se instala, ela endurece o coração, tornando-o insensível à verdade, à beleza e ao valor de Cristo. Esse endurecimento conduz à incredulidade, que é mais do que dúvida intelectual: é a perda do desejo por Cristo. Por fim, esse coração, tomado pelo engano do pecado, torna-se perverso — pois se satisfaz em ídolos e rejeita o Deus vivo.

Essa é a essência do mal.

Precisamos uns dos outros

E a razão pela qual nos aprofundamos na realidade do que acontece no coração que está se afastando do Deus vivo é para entendermos qual é o nosso papel na comunhão cristã.

Nosso papel é ajudar uns aos outros a evitar que essa catástrofe aconteça.

Especificamente, como diz o versículo 13: “Advirtam uns aos outros todos os dias, enquanto ainda é ‘hoje’, para que nenhum de vocês seja enganado pelo pecado e fique endurecido.” Ou seja, você é o meio de graça designado por Deus para impedir que isso aconteça com o seu irmão!

Esta é uma das grandes vocações da sua vida como cristão — de todos vocês. Esta é a vocação da comunhão cristã — em todas as suas formas.

  • Pastores ou presbíteros existem para isso: para dizerem e modelarem verdades bíblicas que mantenham uns aos outros crendo.
  • Diáconos existem para isso: para agirem de forma bíblica, servindo de modo a fortalecer a fé dos irmãos.
  • Pequenos grupos existem para isso: para serem um ambiente propício onde se compartilhem verdades bíblicas que sustentem a fé.
  • Aconselhamento e discipulado bíblicos existem para isso: para comunicar verdades bíblicas que sustentem a fé mútua.
  • Amizades cristãs existem para isso: para dizerem e modelarem verdades bíblicas que mantenham uns aos outros crendo.
  • Casamentos cristãos existem para isso: para que marido e esposa se digam verdades bíblicas que os mantenham crendo.
  • Pais e mães existem para isso: para dizerem verdades bíblicas que mantenham uns aos outros crendo.

Em síntese, a comunhão cristã existe para isso: ela é um meio de graça para a perseverança na fé!

Jesus é melhor

Funciona assim…

Se a essência do engano que conduz ao pecado, ao endurecimento, à incredulidade, ao afastamento e à destruição eterna — se a essência desse engano consiste em fazer qualquer coisa parecer preferível a Deus, mais desejável do que Deus, mais valiosa do que tudo o que Deus é para nós em Jesus — então, qual será a essência das nossas exortações?

Nós advertiremos uns aos outros proclamando que Jesus é melhor — melhor do que o pecado, melhor do que os tesouros desta vida, melhor do que qualquer prazer passageiro. Demonstraremos, com a Escritura e com a vida, que a beleza, o valor e a recompensa de Cristo superam tudo. Ao mesmo tempo, desmascararemos o engano do pecado, revelando que seus prazeres são transitórios e sua promessa, mentirosa.

Portanto, proclame: Jesus é melhor — e exorte a que não se retroceda.

Proclame o exemplo de Moisés, que “considerou melhor sofrer por causa do Cristo do que possuir os tesouros do Egito, pois tinha em vista sua grande recompensa.” (Hb 11.26). E reforce esta exortação, jamais se esqueça disto:

“‘Meu justo viverá pela fé; se ele se afastar, porém, não me agradarei dele.’ Mas não somos como aqueles que se afastam para sua própria destruição. Somos pessoas de fé cuja alma é preservada.” (Hb 10.38-39)

Você diz ao seu irmão: “Se você retroceder, se o seu coração for enganado, endurecido e tornar-se incrédulo e perverso, você será destruído — pois dará provas de jamais ter sido salvo.”

A eternidade está em jogo

Algumas de nossas interações acontecerão em momentos de crise aguda, quando um irmão ou uma irmã for “surpreendido em alguma falta” (Gl 6.1). Mas, em noventa por cento das interações entre cristãos, não há uma crise — ao menos não de forma aparente — em curso. Ainda assim, cada uma de nossas interações conta para a eternidade.

Portanto, estamos sempre fazendo algo: ou enfraquecendo o afeto das pessoas por Deus, ou fortalecendo-o; ou edificando em direção ao céu, ou destruindo em direção ao inferno. Recorde-se do que Paulo escreveu, em Efésios 4.29 (NAA):

“Não saia da boca de vocês nenhuma palavra suja, mas unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.”

Que graça? A graça da perseverança.

Cada sermão, cada conversa, cada aconselhamento, cada discipulado, cada encontro de peque grupo, cada diálogo, cada culto… é um meio de salvação final. Não existem momentos sem significado. A vida é profundamente significativa em cada instante. A vida, na verdade, é tecida por cada um de nossos instantes. E, portanto, todos eles importam.

Então, façam isso uns pelos outros — nós precisamos uns dos outros:

“Advirtam uns aos outros TODOS OS DIAS, enquanto ainda é “hoje”, para que nenhum de vocês seja enganado pelo pecado e fique endurecido.” (Hb 3.13, NVT)

Sendo igreja uns para os outros

Precisamos ser igreja uns para os outros. Deus ordenou que a segurança eterna fosse um projeto comunitário. Está bem claro em Hebreus 3.12-14: há algo além da pregação envolvido aqui. Sim, eu procuro fazer isso, toda semana, nas minhas pregações — advertindo-os para que nenhum de vocês seja enganado pelo pecado e fique endurecido.

Mas o texto diz duas coisas muito importantes além disso. Primeira: essa exortação deve acontecer todos os dias. Não apenas uma vez por semana. Segunda: deve ser feita uns aos outros. Não apenas recebida do pregador.

KOINŌNIA

Essa convicção — de que esse ministério mútuo é absolutamente essencial para a perseverança de vocês na fé e para a sua salvação — é a razão pela qual estou decidido a fortalecer o ministério dos pequenos grupos aqui na Segunda Igreja Batista em Goiânia.

Numa igreja do tamanho da nossa, com exatos 465 membros, eu creio que não há maneira melhor de promover essa luta coletiva pela fé do que ampliar o espaço para os pequenos grupos e trabalhar para que cada um de vocês participe mais ativamente.

Por isso, nos próximos quatro domingos, pela manhã, se Deus permitir, continuarei pregando especificamente sobre o tema dos pequenos grupos. Quero encorajar você a participar. Quem sabe, até se tornar um líder ou simplesmente abrir a sua casa para receber um grupo de KOINŌNIA.

Formação continuada de líderes

Além disso, dois sábados por mês, das 16h às 18h — já a partir deste mês —, estarei reunido com todos os líderes de KOINŌNIA, bem como com aqueles que desejam liderar ou abrir suas casas, em encontros dedicados à instrução, ao fortalecimento e ao encorajamento mútuo.

Nenhum desses grupos poderá existir, em nome da Segunda Igreja Batista em Goiânia, sem que o seu líder participe desses encontros quinzenais comigo. É a partir deles que esperamos ver nossos pequenos grupos crescendo e prosperando.

Inclusive, já conto com irmãos trabalhando na produção de material para o treinamento, bem como na elaboração dos roteiros de estudo para os pequenos grupos.

Tudo isso para que não haja, entre nós, corações perversos, incrédulos e endurecidos, que nos desviem do Deus vivo (cf. Hb 3.12–13).

Meios de graça para a perseverança na fé

Estou entusiasmado com o potencial ministerial dessas duas iniciativas — dois meios de graça a serviço da nossa perseverança na fé; concomitantes, não excludentes:

  1. Os nossos cultos dominicais, com adoração, oração, exposição bíblica, a ministração das ordenanças de Jesus e a comunhão fortalecedora — em tudo visando a exultação em Jesus Cristo, para a nossa perseverança.
  2. O fortalecimento dos pequenos grupos, — nossas KOINŌNIA — na esperança de que se tornem instrumentos de exortação mútua no dia a dia.

Além disso, é claro, temos também: a nossa Escola Bíblica Dominical, a Escola da Palavra para os homens, o grupo de Mulheres da Palavra, as Mulheres Cristãs em Missão, o Refugiados, dos jovens, o Farol, dos adolescentes, o Culto de Oração da igreja, o Café com Deus dos homens, os Embaixadores do Rei, as Mensageiras do Rei… Tudo isso, meu irmão, minha irmã, com um único propósito: que nenhum de nós tenha um coração perverso, incrédulo ou endurecido, que nos afaste do Deus vivo.

Não se trata apenas de programações.

O que fazemos como igreja é uma luta pela sobrevivência da fé. Existimos para a glória de Cristo. E para advertirmos uns aos outros, para que ninguém se esfrie em sua paixão por Jesus.

E quero concluir, deixando com você algumas perguntas, meu irmão, minha irmã:

A sua vida está alinhada com esse padrão de vida cristã? Ou será que você está entre aqueles que não priorizam estar com o povo de Deus — para encorajar e ser encorajado? Entre os que deixam de congregar, como infelizmente é o costume de alguns? (cf. Hb 10.25)

Será que o hábito de reunir-se regularmente com um pequeno grupo de crentes — pessoas dispostas a lutar pela fé uns dos outros — não poderia conduzi-lo a uma certeza e segurança na fé maiores do que qualquer coisa que já tenha experimentado?

E será que isso não poderia também libertar você para viver um testemunho mais corajoso e um ministério mais frutífero no mundo?

Creio, do fundo do meu coração, que é exatamente para isso que Deus está nos chamando: para sermos, cada vez mais — e cada vez melhor — igreja uns para os outros.

Portanto, lembre-se: PRECISAMOS UNS DOS OUTROS, precisamos de KOINŌNIA.

Atentem-se para os chamados que virão já a partir desta semana.

S.D.G. L.B.Peixoto.

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