08.04.2020
A Trama Contra Jesus seguia a todo vapor…
Jesus continuou a ensinar diariamente no complexo do templo
Lucas 21.37-38
37Todos os dias, Jesus ia ao templo ensinar e, à tarde, voltava para passar a noite no monte das Oliveiras. 38Pela manhã, o povo se reunia bem cedo no templo para ouvi-lo falar.
O Sinédrio tramava a morte de Jesus
Mateus 26.1-5
1Quando Jesus terminou de falar todas essas coisas, disse a seus discípulos: 2“Como vocês sabem, a Páscoa começa daqui a dois dias, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado”. 3Naquela mesma hora, os principais sacerdotes e líderes do povo estavam reunidos na residência de Caifás, o sumo sacerdote, 4tramando uma forma de prender Jesus em segredo e matá-lo. 5“Mas não durante a festa da Páscoa, para não haver tumulto entre o povo”, concordaram entre eles.
Marcos 14.1-2
1Faltavam dois dias para a Páscoa e para a Festa dos Pães sem Fermento. Os principais sacerdotes e mestres da lei ainda procuravam uma oportunidade de prender Jesus em segredo e matá-lo. 2“Mas não durante a festa da Páscoa, para não haver tumulto entre o povo”, concordaram entre eles.
Lucas 22.1-2
1A Festa dos Pães sem Fermento, também chamada de Páscoa, se aproximava. 2Os principais sacerdotes e mestres da lei tramavam uma forma de matar Jesus, mas tinham medo da reação do povo.
Comentário sobre a quarta-feira de Jesus
A quarta-feira passou em silêncio – principalmente quando comparada aos eventos anteriores que chacoalharam Jerusalém no domingo (com a entrada triunfal), na segunda-feira (com a purificação do templo) e na terça-feira (com os debates controversos lá no templo). Jesus não mudou sua rotina: Ele continuou com a prática diária de viajar bem cedo de Betânia a Jerusalém para ensinar as pessoas no complexo do templo; e no final do dia ele retornava para passar a noite no Monte das Oliveiras (Lucas 21.37). Parece não ter havido qualquer controvérsia pública, mas Lucas registra o fluxo contínuo de pessoas que se ajuntavam todas as manhãs para ouvir Jesus ensinar (Lucas 21.38). Impressionante! A autoridade com a qual ensinava, o poder que dele emanava e o conteúdo do ensino que ele espalhava tornaram Jesus uma celebridade aos olhos das pessoas! Mas, atenção, nem todo mundo era amigável! Jesus mantinha um contingente de inimigos poderosos e determinados a mata-lo, mas que se mantinham “na moita”. O silêncio da quarta-feira, portanto, era infernal.
Mateus, Marcos e Lucas descrevem, cada um de seu jeito, a conspiração assassina dos principais sacerdotes, escribas e anciãos do povo a apenas “dois dias para a Páscoa e para a Festa dos Pães sem Fermento” (Marcos 14.1). Mateus nos conta que a reunião dos infernos ocorreu no “palácio” ou “residência” de Caifás, o sumo sacerdote (Mateus 26.3).
Aquele grupo de elite era o que compunha a liderança representativa dos judeus no Sinédrio (embora o texto não indique que todo o Sinédrio se encontrasse reunido naquele momento). Eles se reuniram para traçar uma maneira de matar Jesus na calada, evitando um grande alvoroço entre as multidões encantadas com a sua pessoa.
O consenso geral era de que eles deveriam esperar até depois da Festa dos Pães sem Fermento (um festival de uma semana que terminava em 21 de Nissan; isto é, na quinta-feira, 9 de abril), quando as multidões dispersariam e voltariam para os locais de origem, bem longe da Jerusalém santa. Quando a cidade esvaziasse, eles estariam livres para prender e matar Jesus sem medo de incitar uma revolta popular. Covardes! Estavam dispostos a esperar o tempo que fosse necessário porque sabiam – ou pensavam que sabiam – que estavam em posições de poder e de autoridade e que, se esperassem pelo momento certo para descartar Jesus, venceriam no final.
Estavam de cabeça feita e a sentença de morte já havia sido decretada.
Como Você Vence a Ansiedade?
O que podemos aprender? Qual aplicação nós podemos extrair destes incidentes da quarta-feira da última semana de Jesus?
UMA SUGESTÃO: Como vimos, pouco se sabe sobre o paradeiro de Jesus no meio da sua última semana. As narrativas dos Evangelhos mencionam apenas que ele seguiu com a rotina de ensinos, enquanto, paralelamente, a trama perversa das autoridades judaicas contra ele estava sendo costurada sob o silêncio público dos covardes maquiavélicos. A calmaria aparente, o sossego panorâmico de Jesus, o poder ir e vir no templo e falar abertamente às multidões sem qualquer impedimento, naquela quarta-feira da Paixão, não passava de silêncio e calmaria antes da tempestade que estava se formando no horizonte e que em breve chegaria na forma de um furacão que ceifaria a sua vida. Jesus sabia de tudo, mas permaneceu ensinando e desfrutando da comunhão fortalecedora e do aconchego de seus amigos de alma. Marcos é artístico quando nos conta que, enquanto tramavam contra a vida dele, depois de ter passado o dia ensinando no templo em Jerusalém, “Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso”, desfrutando da amizade especial e do carinho de Lázaro e suas irmãs Marta e Maria (Marcos 14.1-3; João 12.1-8). Como você vence a ansiedade? Não que Jesus estivesse ansioso. Ele não estava ansioso. Mas como ele não estava se sabia de tudo o que viria do dia seguinte, na quinta-feira em diante? Aprende-se com o Senhor que é plenamente possível viver sem perturbação ou desespero entre o já e o ainda não, entre o “eu sei o que vai acontecer”, mas “ainda não chegou a hora para acontecer”. – Sabe aqueles dias de sensação ruim, pressentimento ruim, pressão velada, energia escapando e você não sabe de onde nem para onde, coração apertado, fôlego curto pelo medo do amanhã? Sabe como é esses dias e momentos na vida da gente? Já provou? Pois bem, Jesus nos dá a dica. Para não ser vencido pela ansiedade: Siga com a rotina de estudos e oração, mantenha-se na palavra de Deus e procure pelos amigos de alma que deverão estar com você – celebrando, orando e esperando a hora de Deus chegar. Foi isto o que Jesus fez na quarta-feira da sua última semana. E você? Como você vence a ansiedade? Faça como Jesus: Rotina. Palavra de Deus. Amigos de fé.
Deus abençoe você na sua peregrinação. Paz.
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Pr. Leandro B. Peixoto