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16.03.2025

Dons do Espírito Santo

  • Pr. Leandro B. Peixoto
  • Série: Hebreus - A Superioridade de Cristo
  • Livro: Hebreus

Hebreus 2.1-4 (NVT)
1Portanto, precisamos prestar muita atenção às verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas. 2Pois a mensagem que foi transmitida por meio de anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu o castigo merecido. 3O que nos faz pensar que escaparemos se negligenciarmos essa grande salvação, anunciada primeiramente pelo Senhor e depois transmitida a nós por aqueles que o ouviram falar? 4E Deus confirmou a mensagem por meio de sinais, maravilhas e diversos milagres, e também por dons do Espírito Santo, conforme sua vontade.

O Foco é o Evangelho

É muito fácil nos perdermos na caminhada quando desviamos o olhar do essencial, inquietando-nos e preocupando-nos com muitas coisas, afastando-nos da única que realmente é necessária, não é verdade?

As distrações são uma marca registrada da nossa época. Instagram, YouTube, TikTok, Kwai e outras redes sociais, além de aplicativos e jogos… Tudo isso — e muito mais! — nos bombardeia incessantemente com incontáveis estímulos que nos afastam do que realmente importa. Nossa mente, já condicionada a essa enxurrada de informações, se dispersa com facilidade. E aqui reside um grande perigo! Digo isso porque, diante do tema desta manhã, não podemos, em hipótese alguma, perder o foco.

Afinal, qual é o verdadeiro foco deste tema: os dons do Espirito Santo?

Os “dons do Espírito Santo”, assim como os “sinais, maravilhas e diversos milagres” mencionados pelo autor de Hebreus, não existem isoladamente, nem estão desvinculados de um propósito maior. Preste atenção ao que diz nosso texto — este é o foco: “as verdades que temos ouvido” (Hb 2.1). Mas que verdades são essas? São as verdades sobre a vida e a obra de Jesus Cristo (cf. Hb 1). De fato, note que o capítulo 2 começa com a conjunção “portanto”, conectando-o diretamente ao capítulo anterior. Isso reforça que o verdadeiro foco são as verdades reveladas no capítulo 1.

Essas verdades foram transmitidas primeiramente por meio do Antigo Testamento, através de anjos e profetas, e agora, nestes últimos dias, chegaram até nós pela própria pessoa de Jesus Cristo (Hb 1.1–2.2). São exatamente essas verdades que compõem a mensagem da salvação, essa “tão grande salvação” que, se for negligenciada, não oferece escapatória — apenas condenação (Hb 2.3).

Essa mensagem, a mensagem do evangelho de Jesus Cristo, é tão preciosa e urgente que Deus, muitas vezes, a confirma de maneira sobrenatural. É o que está escrito em Hebreus 2.4: a mensagem do evangelho “foi confirmada por meio de sinais, maravilhas e diversos milagres, e também por dons do Espírito Santo, distribuídos conforme a sua vontade.”

Portanto, reforço a você nesta manhã: não perca o foco! O foco não são os sinais, não são os prodígios, nem mesmo os milagres. O foco também não são os dons do Espírito Santo.

O foco, acima de tudo, é a mensagem preciosa do evangelho de Jesus Cristo. Porque somente o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo pecador!

O foco é o evangelho.

Não Continuem Confusos!

Em nossa série de exposições bíblicas na carta aos Hebreus, pautados pelo capítulo 2, versículo 4, estudamos, ao longo de cinco mensagens, o tema dos “sinais, prodígios e milagres”. Agora, nesta mensagem, abordaremos o tema dos “dons do Espírito Santo”.

O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios: “Agora, irmãos, quanto à sua pergunta sobre os dons espirituais, não quero que continuem confusos” (1Co 12.1, NVT). Ou, conforme traduz a versão Almeida Revista e Atualizada (ARA): “A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.”

PRESUMO QUE ESSA ORIENTAÇÃO TAMBÉM SE APLIQUE A NÓS: não devemos ser ignorantes nem permanecer confusos quanto à natureza e ao propósito dos dons espirituais, assim como buscamos esclarecer as dúvidas para não ficarmos desinformados sobre os sinais, prodígios e milagres.

Portanto, dando sequência à nossa jornada pela carta aos Hebreus, abordaremos precisamente este assunto: os “dons do Espírito Santo”, concedidos conforme a vontade de Deus (Hb 2.4). No entanto, em vez de tratar superficialmente os capítulos 12, 13 e 14 de 1Coríntios — que formam a principal seção bíblica sobre os dons espirituais —, optamos por concentrar-nos em textos menores, permitindo-nos um exame mais detalhado e profundo de seus ensinamentos. Essa abordagem, com efeito, permitirá que entendamos 1Coríntios 12–14. Com isso, dissiparemos quaisquer dúvidas ou equívocos sobre a natureza e o propósito dos dons — inclusive os dons de profecia e de línguas. Futuramente, querendo o Senhor, poderemos estudar a Primeira Carta aos Coríntios de maneira mais extensa.

O Fortalecimento da Fé

Se você abrisse o Novo Testamento e começasse a ler desde Mateus, o primeiro lugar onde encontraria o termo “dom espiritual” seria em Romanos 1.11-12. Pois bem, vamos ler e analisar esse texto juntos.

Escrevendo à igreja em Roma, Paulo diz:

11Desejo muito visitá-los, a fim de compartilhar com vocês alguma dádiva [lit., dom, χαρισμα — charisma] espiritual que os ajude a se fortalecerem. 12Quando nos encontrarmos, quero encorajá-los na fé, e também quero ser encorajado por sua fé.

A expressão “compartilhar [ou: repartir] com vocês algum dom espiritual” pode ser mal compreendida, sugerindo que Paulo deseja ajudá-los a receber um dom. No entanto, John Piper observa que o sentido original do texto é que Paulo quer compartilhar com eles os benefícios provenientes dos seus próprios dons. Em outras palavras, ele está dizendo: “Anseio vê-los para que eu possa usar meus dons para fortalecê-los.”

A primeira e mais evidente lição que aprendemos com esse texto é que os dons espirituais existem para o fortalecimento mútuo. Naturalmente, isso não significa que quem possui um dom espiritual não receba alegria ou benefício ao utilizá-lo (como veremos mais adiante). Significa, antes, que os dons foram concedidos para serem compartilhados, não retidos para benefício próprio. Por isso, Paulo afirma em Romanos 1.11: “Desejo muito visitá-los, a fim de compartilhar com vocês alguma dádiva [lit., dom, χαρισμα — charisma] espiritual que os ajude a se fortalecerem.”

Mas o que significa “fortalecer”?

Paulo não se refere a força física, mas ao fortalecimento da fé. A mesma palavra aparece em 1Tessalonicenses 3.2, onde o apóstolo escreve: “E enviamos Timóteo para visitá-los. Ele é nosso irmão e colaborador de Deus na proclamação das boas-novas de Cristo. Nós o enviamos para fortalecê-los e animá-los [ou: exortá-los] na fé.”

Fortalecer alguém por meio de um dom espiritual significa ajudá-lo a permanecer firme na fé em Cristo diante das adversidades da vida. Os dons espirituais nos foram dados justamente para apoiar e encorajar os outros, ajudando-os a enfrentar as tempestades da vida com segurança espiritual — com poder, amor e moderação (2Tm 1.7, ARA).

Se há alguém próximo a você cuja fé está ameaçada de alguma forma, reflita: será que Deus lhe concedeu um dom espiritual especialmente adequado para fortalecê-lo?

A Prioridade é Fortalecer a Fé, não Rotular o Dom Espiritual

Outra lição que podemos extrair de Romanos 1.11-12 é a seguinte: além de nos revelar que os dons espirituais têm (1) o propósito de fortalecer a fé em Cristo — a nossa união com Cristo, esse texto também nos ensina que (2) não devemos nos preocupar excessivamente em rotular nosso dom antes de usá-lo.

Em outras palavras, não fique ansioso para identificar exatamente se o seu dom é profecia, línguas, ensino, sabedoria, conhecimento, cura, milagres, misericórdia, administração ou qualquer outro, dizendo a si mesmo ou aos outros: “Este é o meu dom.” (cf. Há no Novo Testamento quatro listas contendo uma amostragem de dons espirituais: Romanos 12.6-8; 1Coríntios 12.8-10, 28-30; Efésios 4.11; 1Pedro 4.10-11).

John Piper propõe uma abordagem mais simples e prática: os dons espirituais nos foram dados para fortalecer a fé dos outros. Ou seja: Se há alguém cuja fé está enfraquecida, pergunte-se: “Como posso ajudá-lo?” Então, pela palavra de Deus e na força do Espírito, faça ou diga aquilo que lhe parecer mais edificante ou útil. Se essa pessoa for fortalecida, talvez você tenha descoberto um de seus dons.

Por exemplo:

  • Se você advertiu alguém sobre os erros do caminho que estava seguindo e essa pessoa se arrependeu, talvez tenha o dom da exortação.
  • Se caminhou ao lado de alguém, demonstrou empatia e renovou sua esperança, talvez tenha o dom do consolo.
  • Se você falou a alguém, edificando, exortando e consolando pela palavra de Deus, talvez tenha o dom de profecia (cf. 1Co 14.1-3).
  • Se acolheu alguém em sua casa, talvez tenha o dom da hospitalidade.

E assim por diante.

Não se prenda à necessidade de nomear seus dons. O mais importante é perguntarmos a si mesmo: “Estou fazendo tudo o que posso para fortalecer a fé das pessoas ao meu redor?”

A maior dificuldade não está em desconhecer qual é o seu dom espiritual, mas sim em não desejar profundamente fortalecer a fé dos outros em Cristo. A natureza humana tende mais à crítica, à murmuração e à fofoca do que à edificação, à restauração e à integração. O caminho mais fácil é o da destruição; já o caminho estreito, embora repleto de desafios, conduz ao fortalecimento da fé em Cristo.

Por isso, o que realmente precisamos é nos tornar pessoas que acordam todas as manhãs, agradecem a Deus pela “tão grande salvação” recebida e dizem:

“Senhor, desejo fortalecer a fé de alguém em Cristo hoje! Que, ao final deste dia, alguém esteja mais confiante em tuas promessas reveladas nas Escrituras e mais alegre em tua graça revelada em Jesus por ter cruzado o meu caminho.”

Meu povo, tornar-se esse tipo de pessoa é mais importante do que descobrir qual é o seu dom espiritual, pois, quando você busca sinceramente fortalecer a fé dos outros, o Espírito Santo não permitirá que esse desejo fique sem resposta. Ele mesmo lhe mostrará formas de edificar os irmãos, e, assim, você descobrirá os seus dons.

Portanto, empenhe-se cada vez mais em ser alguém que deseja, de coração, fortalecer a fé uns dos outros!

Continha na Parte 2…

S.D.G. L.B.Peixoto

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