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29.06.2025

Rebelião

  • Pr. Leandro B. Peixoto
  • Série: Números - Perseverança na Fé
  • Livro: Números

A Bíblia é um livro profundamente contracultural. Ela não massageia o ego humano — ela o fere. Ela confronta nossas pressuposições, desmonta nossa prepotência e, no fundo, expõe aquilo que mais desejamos esconder: o nosso pecado. A Bíblia nos contesta.

— “Opa! Pera lá… O problema sou eu?” — alguém certamente irá contrargumentar.

Sim, meu amigo. Sim, minha amiga. O problema fundamental é você. E sou eu.

O que há de errado com o mundo começa dentro de nós. A sociedade está corrompida por causa do coração humano — o seu e o meu. O pecado é o verdadeiro caos. Em outras palavras: não somos tão bons quanto costumamos imaginar. Especialmente quando apontamos o dedo para os outros.

— “Mas quem diz isso?”

A própria Escritura. A Palavra de Deus nos revela a verdade sobre Deus — e sobre nós. Por exemplo…

Estamos em uma jornada pelos livros de Moisés. Já passamos por Gênesis, Êxodo, Levítico, e agora estamos em Números. E, no coração do livro de Números — na verdade, como tema que percorre todo o Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio — está uma pergunta central: como pode um povo impuro e pecador aproximar-se de um Deus santo e puro, e andar com ele? Ou, em outra perspectiva, como pode um Deus absolutamente santo habitar no meio de um povo pecador sem consumi-lo com sua justiça?

Essa é uma das questões centrais dos livros de Moisés — os cinco primeiros livros da Bíblia. Em Gênesis, lemos sobre a aliança que Deus, o Criador dos céus e da terra, fez com Abraão e seus descendentes. Em Êxodo, contemplamos a redenção poderosa, quando Deus resgata esse povo do Egito com braço forte. No centro dessa coleção está o livro de Levítico, com instruções sobre sacrifícios, leis cerimoniais e deveres sacerdotais. E, no âmago de Levítico, estão as ordenanças para o Dia da Expiação — ocasião em que, uma vez por ano, o sumo sacerdote adentra o Santo dos Santos, por detrás do véu, para fazer expiação pelos pecados da nação. Levítico é, portanto, sobre a santidade de Deus — e sobre o chamado para que seu povo seja santo, como ele, o SENHOR Deus, é santo.

O pecado e o sacerdócio em Israel

Não é por acaso, então, que o tabernáculo — e, especialmente, o sacerdócio — voltem a ocupar o centro das atenções no livro de Números, que temos estudado juntos.

O texto desta noite abrange Números, capítulos 16 a 19.

Os relatos históricos e as prescrições legais que leremos revelam algo essencial: a centralidade do sacerdócio. Em outras palavras, deixam claro a necessidade inegociável de um mediador — e de um sacrifício — entre um Deus absolutamente santo e um povo profundamente pecador.

Rejeitar essa verdade não é apenas erro teológico. É rebelião espiritual. E esse é o veneno que contamina os capítulos diante de nós.

Eis um resumo da narrativa:

  • 16.1-15: A rebelião de Corá, Datã e Abirão, com outros 250 líderes de Israel.
  • 16.16-40: A intercessão de Moisés e Arão poupa Israel da destruição total.
  • 16.41-50: O povo todo se rebela, e o juízo do Senhor consome uma multidão.
  • 17.1-13: Deus vindica Arão como o único sacerdote legítimo.
  • 18.1-7: As responsabilidades dos sacerdotes e levitas são definidas.
  • 18.8-32: A provisão divina para o sustento dos sacerdotes e levitas.
  • Cap. 19: A prescrição de Deus para purificação e expiação dos pecados.

Diante de tudo isso, podemos afirmar: temos aqui uma teologia completa do sacerdócio. Sua origem é divina. Seu caráter é sagrado. Sua função é espiritual. E, acima de tudo, sua missão é expiatória. Porque onde há pecado, precisa haver sacrifício. E onde há sacrifício, é necessário haver sacerdote.

Rebelar-se contra isso é buscar justiça própria diante de Deus.

Em última instância, portanto, a rebelião de Israel — liderada por Corá — não foi apenas contra Moisés e Arão. O problema era mais profundo. A revolta de Corá não foi um ato isolado, mas a expressão de pecados entrelaçados: orgulho, inveja, ambição, ingratidão, desobediência. Sobretudo, rebelião contra Deus. Insubmissão à palavra de Deus.

É um exemplo trágico — e profundamente instrutivo — de como a insatisfação com o lugar que Deus nos deu, e com o caminho que ele estabeleceu para andarmos com ele, pode nos conduzir à destruição. A menos que seja tratada com temor, com quebrantamento… e com fé na provisão do SENHOR.

Ah, meu povo… o que temos diante de nós nestes capítulos de Números não é, em primeiro lugar, um tratado sobre liderança bem-sucedida ou sobre como lidar com pessoas difíceis.

O que está diante de nós é muito mais sério. É sobre o problema do pecado. E sobre a provisão do SENHOR — justa, santa e misericordiosa — para o perdão e a purificação de um povo pecador diante Dele.

Não estamos tratando aqui de técnicas ou estratégias. Estamos lidando com realidades eternas. É questão de vida… ou morte. E não apenas vida e morte físicas, mas vida e morte eternas.

A rebelião de Corá, em sua essência, é uma rebelião contra Deus. Contra a autoridade que Deus estabeleceu. Contra o caminho que Deus designou. É a tentativa de seguir sua própria vontade. De viver segundo o seu próprio coração. De trilhar seus próprios caminhos. E isso, meu irmão, minha irmã… é sempre um caminho de morte.

Mais adiante, neste mesmo livro, Moisés deixa claro contra quem, de fato, o povo estava se rebelando. Não era apenas contra ele. Nem apenas contra Arão.

Era contra o próprio SENHOR.

Leia o que está escrito em Números 26.9 (NVT):

Datã e Abirão foram os mesmos líderes da comunidade que conspiraram contra Moisés e Arão e, com os seguidores de Corá, se rebelaram contra o SENHOR.

A Escritura interpreta a Escritura.

O que, à primeira vista, parecia apenas um conflito de liderança… era, na verdade, uma afronta direta à santidade e à soberania de Deus.

E é por isso que, no progresso da revelação, quando chegamos ao Novo Testamento, encontramos uma advertência solene sobre esse tipo de rebelião.

Na carta de Judas, o apóstolo escreve sobre os apóstatas — aqueles que, infiltrados na congregação do povo de Deus, rejeitam a autoridade de Deus, causam divisões e seguem seus próprios desejos. E entre os exemplos que ele cita, está exatamente a rebelião de Corá.

Leia, Judas 8-11 (NVT):

8Da mesma forma, essas pessoas, afirmando ter autoridade com base em sonhos, vivem de modo imoral, desprezam a autoridade e zombam […] 10Tais indivíduos, porém, zombam de coisas que não entendem. Como criaturas irracionais, agem segundo seus instintos e, desse modo, provocam a própria destruição. 11Que aflição os espera! Pois eles seguem os passos de Caim [que não deu ouvidos à repreensão do SENHOR; cf. Gn 4.6-12], enganam outros por dinheiro, como Balaão, e perecem em sua rebelião, como Corá.

Judas prossegue, oferecendo uma descrição vívida — e perturbadora — do modo de agir desses falsos mestres. Eles não demonstram qualquer escrúpulo. Agem sem temor. E, de forma descarada, buscam apenas o próprio proveito… no meio do povo de Deus.

Judas 12-13 (NVT):
12Quando esses indivíduos, sem o menor constrangimento, participam de suas refeições de celebração ao amor do Senhor, são como perigosos recifes que podem fazê-los naufragar. Sim, são como pastores que só se preocupam consigo mesmos, como nuvens que passam sobre a terra sem dar chuva, como árvores no outono, duplamente mortas porque não dão frutos e foram arrancadas pelas raízes. 13São como ondas violentas no mar, espalhando a espuma de seus atos vergonhosos, como estrelas sem rumo, condenadas para sempre à mais profunda escuridão.

Esse tipo de gente é um perigo real. Um veneno silencioso. Um juízo anunciado.

E, sim… um risco presente dentro da própria igreja.

Mas… vejamos se esse povo é tudo isso mesmo.

A rebelião contra a autoridade de Deus

O capítulo 16 inicia com uma das mais dramáticas e perigosas rebeliões no deserto — uma insurreição liderada por Corá, levita da linhagem de Coate; além de Datã, Abirão e Om, rubenitas, da tribo de Rúben, o primogênito de Jacó; e por duzentos e cinquenta homens de renome — líderes influentes no meio da congregação de Israel. Leia:

Números 16.1-5 (NVT)
1Corá, filho de Isar, descendente de Coate, filho de Levi, armou uma conspiração com Datã e Abirão, filhos de Eliabe, e Om, filho de Pelete, da tribo de Rúben. 2Com outros 250 líderes israelitas, todos membros importantes da comunidade, os três instigaram uma rebelião contra Moisés. 3Juntaram-se contra Moisés e Arão e disseram: “Vocês foram longe demais! A comunidade foi consagrada pelo SENHOR, e ele está em nosso meio. Que direito vocês têm de agir como se fossem superiores à comunidade do SENHOR?”. [ARA: Basta! Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos exaltais sobre a congregação do SENHOR?]
4Quando Moisés ouviu o que disseram, curvou-se com o rosto em terra. 5Em seguida, disse a Corá e a seus seguidores: “Amanhã cedo o SENHOR nos mostrará quem pertence a ele e quem é consagrado. Só trará à sua presença aqueles que ele escolher. Você, Corá, e todos os seus seguidores, preparem incensários. 7Amanhã, acendam fogo neles e queimem incenso diante do SENHOR. Então veremos quem o SENHOR escolherá como consagrado a ele. Vocês, levitas, foram longe demais!”.

Essa aliança entre levitas e rubenitas revela que não se tratava de uma simples queixa isolada. Era um movimento orquestrado, com motivações profundas — tanto religiosas quanto políticas.

E era também uma história antiga… Havia uma enorme raiz de amargura…

Voltando ao livro de Gênesis, no capítulo 49, vemos Jacó reunindo seus doze filhos para anunciar “o que acontecerá a cada um de vocês nos dias que virão” (Gn 49.1). O texto afirma que o patriarca “deu a cada um deles a bênção que lhe era adequada” (Gn 49.28).

Há três aspectos especialmente dignos de nota nas primeiras bênçãos — elementos que, com o passar dos anos, rubenitas e levitas jamais aceitaram com humildade.

  • A Rúben, o primogênito, Jacó declara, em Gênesis 49.3-4 (NVT):

Rúben, você é meu filho mais velho, minha força, o filho da minha juventude vigorosa; é o primeiro em importância e o primeiro em poder. É, contudo, impetuoso como uma enchente, e não será mais o primeiro. Pois deitou-se em minha cama, desonrou meu leito conjugal.

Rúben havia profanado a cama de seu pai ao se deitar com Bila, concubina de Jacó e mãe de Dã e Naftali (cf. Gn 35.22). Perdeu, assim, sua honra e sua primazia.

  • A Levi, Jacó anuncia, em Gênesis 49.5-7 (NVT):

Simeão e Levi são iguais em tudo; suas armas são instrumentos de violência. […] em sua ira, mataram homens e, por diversão, aleijaram bois. Maldita seja sua ira, pois é feroz; maldita sua fúria, pois é cruel. Eu os espalharei entre os descendentes de Jacó, eu os dispersarei por todo o Israel.

Jacó amaldiçoa a ira de Simeão e Levi por causa do massacre que cometeram em vingança contra Siquém, após sua irmã Diná ter sido violentada. Sem consultar o SENHOR, tomaram a justiça em suas próprias mãos. Enganaram os homens da cidade, os mataram à espada e profanaram o pacto da aliança com violência cruel. (cf. Gn 34).

  • E a Judá, por fim, Jacó declara, em Gênesis 49.8-10 (NVT):

Judá, seus irmãos o louvarão; […] todos os seus parentes se curvarão à sua frente. Judá, meu filho, é um leão […] O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de autoridade de seus descendentes, até que venha aquele a quem pertence, aquele que todas as nações honrarão.

Isso aponta, primeiro, para Davi, e, em última instância, para o Messias, Jesus Cristo, o Leão da tribo de Judá (cf. Ap 5.5).

Pois bem, aqui vemos: Judá receberia o trono. Levi não receberia território próprio, seria espalhado espalhado entre as tribos como tribo sacerdotal, dedicada ao serviço do tabernáculo e, depois, do templo. Rúben, o primogênito!, perderia sua primazia.

Décadas depois, no deserto, esse pano de fundo ainda pesa.

A rebelião em Números 16 não nasce no vácuo. Ela brota de antigas feridas, antigas ambições… e velhos ressentimentos ainda vivos.

Corá

Corá, sendo bisneto de Levi, neto de Coate e filho de Isar, já era levita. E, como tal, exercia funções sagradas junto ao tabernáculo, cuidando dos objetos mais santos (cf. Nm 3 e 4). Arão também era bisneto de Levi e neto de Coate, mas era filho de Anrão. E foi a Arão e seus descendentes que que o SENHOR confiou as funções sacerdotais (cf. Nm 3.10).

No entanto, Números 16.1-3 revela que Corá não se satisfez com a posição que Deus lhe havia dado. Alimentava uma ambição pelo que era dos primos (Arão e Moisés) — desejava o sacerdócio, que havia sido conferido exclusivamente aos descendentes de Arão. Moisés confrontará a ambição logo adiante, ainda neste capítulo, em Números 16.8-11.

O discurso de Corá, porém, era astuto. Ele apelava a uma ideia sedutora: “toda a congregação é santa” (Nm 16.3). Uma meia-verdade — e como tantas vezes acontece, uma meia-verdade pode se tornar uma mentira perigosa.

Sim, toda a nação de Israel era santa, separada para o SENHOR. Mas o sacerdócio de Arão e seus filhos havia sido instituído pelo próprio Deus. E somente eles poderiam realizar as funções sacerdotais (cf. Nm 3.10).

Corá, portanto, invocava um princípio teológico… para legitimar sua rebelião pessoal. Tentar assumir os direitos e deveres do sacerdócio era, na prática, uma afronta direta à vontade de Deus — já revelada nas Escrituras. E Moisés, plenamente consciente disso, responderá aos levitas com firmeza e temor, em Números 16.8-11 (NVT):

8Moisés falou novamente a Corá: “Agora ouçam, levitas! 9Acaso lhes parece de pouca importância que o Deus de Israel os tenha escolhido dentre toda a comunidade de Israel para estar perto dele a fim de trabalharem no tabernáculo do SENHOR e estarem perante a comunidade para servi-la? 10Ele já deu a você, Corá, e a seus companheiros levitas essa função, e agora exigem também o serviço sacerdotal? 11Na verdade, é contra o SENHOR que você e seus seguidores estão se rebelando! Afinal, quem é Arão para se queixarem dele?”.

Datã, Abirão e Om

Datã, Abirão e Om, por sua vez, vinham da tribo de Rúben — a tribo do primogênito de Jacó (cf. Gn 49.3). Historicamente, a primogenitura trazia consigo a expectativa de liderança, honra e autoridade. No entanto, no arranjo soberano de Deus, o sacerdócio foi confiado aos levitas (cf. Nm 3.5-10), e a liderança do povo, à casa de Moisés, da tribo de Levi, e posteriormente a Josué, da tribo de Efraim (cf. Nm 13.8, Dt 34.9).

Essa reconfiguração divina de funções e honras pode ter alimentado, nos rubenitas, um ressentimento político. Uma percepção de perda de prestígio tribal. E, ao se aliarem com Corá, esses homens canalizaram seu descontentamento em uma insurreição declarada contra Moisés e Arão — acusando-os de usurpar uma posição que, segundo afirmavam, pertencia a toda a congregação.

A acusação — “Basta! Toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e o SENHOR está no meio deles. Por que, então, vocês se exaltam sobre a congregação do SENHOR?” (Nm 16.3, NAA) — de fato soa como zelo espiritual. Mas era apenas uma fachada. Eles queriam, de fato, exercer supremacia política. Leia:

Números 16.12-15 (NVT)
12Então Moisés mandou chamar Datã e Abirão, filhos de Eliabe, mas eles responderam: “Não iremos! 13Não basta você nos ter tirado do Egito, uma terra que produz leite e mel com fartura, para nos matar aqui no deserto? Agora quer nos tratar como se fosse autoridade sobre nós? 14Além disso, você não nos levou a outra terra que produz leite e mel com fartura, e não nos deu uma nova propriedade com campos e vinhedos. Está tentando enganar estes homens? Não iremos!”.
15Moisés ficou furioso e disse ao SENHOR: “Não aceites as ofertas de cereais deles! Não tomei deles nem sequer um jumento, e jamais lhes fiz algum mal”.

A intercessão que salva o povo da ira de Deus

O texto prossegue. A rebelião é drasticamente interrompida pelo juízo sobrenatural do SENHOR, que recai sobre os líderes rebeldes (Nm 16.23-34) e os duzentos e cinquenta homens (Nm 16.35-40) que haviam sido designados por eles para exercer, indevidamente, a função sacerdotal. Antes, porém, a intercessão de Moisés e Arão evita que toda a nação seja destruída como consequência da rebelião (Nm 16.16-22).

Primeiramente, realiza-se a prova de fogo: os duzentos e cinquenta homens, incensários nas mãos, comparecem diante do SENHOR, desfiando autoridade de Moisés e Arão. (vs. 16-18). Só que… Quando a congregação se reúne para assistir à cena, o SENHOR manifesta sua indignação e propõe destruir toda a comunidade. Mais uma vez, Moisés e Arão intercedem, suplicando que o povo não seja punido pelos pecados de alguns poucos:

Números 16.19-22 (NVT)
19Corá havia instigado toda a comunidade contra Moisés e Arão, e todos se reuniram à entrada da tenda do encontro. Então a presença gloriosa do SENHOR apareceu a toda a comunidade, 20e o SENHOR disse a Moisés e a Arão: 21“Afastem-se dessa comunidade, para que eu a destrua agora mesmo!”.
22Moisés e Arão, porém, se prostraram com o rosto em terra e suplicaram. “Ó Deus, tu és aquele que dá fôlego a todas as criaturas. É necessário que fiques irado com toda a comunidade quando somente um homem pecou?”.

Então, conforme a palavra de Moisés, ocorre um juízo extraordinário: a terra se abre e engole vivos Corá, Datã, Abirão e todos os que estavam com eles — demonstrando, de forma inequívoca, que suas pretensões eram falsas e que sua oposição era, na verdade, uma rebelião contra o próprio SENHOR (vs. 23-34).

Em seguida, o SENHOR envia fogo do céu e consome os duzentos e cinquenta homens que haviam oferecido incenso de forma ilegítima (v. 35).

Leia. É impressionante!

Números 16.31-35 (NVT)
31Mal ele havia acabado de dizer essas palavras, e o chão debaixo deles rachou. 32A terra abriu a boca e engoliu os homens, todas as suas famílias, todos os seus seguidores e tudo que possuíam. 33Desceram vivos à sepultura, junto com todos os seus pertences. A terra se fechou sobre eles, e desapareceram do meio da comunidade. 34Todo o povo que estava ao redor fugiu quando ouviu os gritos deles. “A terra nos engolirá também!”, exclamaram. 35Em seguida, um fogo ardente saiu do SENHOR e queimou os 250 homens que ofereciam incenso.

Esse julgamento não apenas confirma, de maneira pública e solene, a legitimidade do sacerdócio de Arão, mas também transmite à congregação uma lição clara — e visual — sobre a gravidade de dois pecados: rebelar-se contra a autoridade estabelecida por Deus… e desprezar os meios que Deus instituiu para que o homem se aproxime dele (vs. 36-40).

Quando o povo não aprende a lição de Deus

O mais triste de tudo é que o povo não aprende a lição!

A rebelião, inicialmente liderada por Corá e seus companheiros, acaba contaminando todo o povo, que se volta contra Moisés e Arão no dia seguinte. Como resultado, a punição divina se abate sobre a congregação e uma multidão é consumida pela praga, até que a intercessão corajosa de Arão, colocando-se entre os vivos e os mortos, interrompe seus efeitos mortais.

Números 16.41-50 (NVT)
41Logo na manhã seguinte, porém, toda a comunidade de Israel começou a se queixar de Moisés e Arão outra vez. “Vocês mataram o povo do SENHOR!”, diziam eles. 42Mas, enquanto se reuniam para protestar contra Moisés e Arão, voltaram-se para a tenda do encontro e viram a nuvem cobri-la, e a presença gloriosa do SENHOR apareceu.
43Moisés e Arão foram para a frente da tenda do encontro, 44e o SENHOR disse a Moisés: 45“Afaste-se desta comunidade, para que eu a destrua agora mesmo!”, e Moisés e Arão se prostraram com o rosto em terra.
46Então Moisés disse a Arão: “Rápido! Pegue um incensário e coloque nele brasas do altar. Acrescente incenso e leve-o para o meio da comunidade, a fim de fazer expiação por ela, pois a ira do SENHOR está acesa, e a praga já começou!”.
47Arão seguiu a ordem de Moisés e correu para o meio da comunidade. A praga já havia começado a matá-los, mas Arão queimou o incenso e fez expiação por eles. 48Colocou-se entre os mortos e os vivos, e a praga cessou. 49Ainda assim, 14.700 pessoas morreram da praga, além daqueles que tinham morrido por causa da rebelião de Corá. 50Uma vez que a praga cessou, Arão voltou a Moisés, que estava à entrada da tenda do encontro.

Ironicamente — e de forma profundamente reveladora — à medida que a narrativa se conclui, é justamente a intercessão de Arão, e do sacerdócio que ele representa, que salva a vida do povo durante a praga que se seguiu à rebelião.

Aquele que havia sido alvo da rejeição… torna-se o instrumento da salvação.

Arão “colocou-se entre os mortos e os vivos, e a praga cessou” (v. 48). E, antes disso, “fez expiação pelo povo” (v. 47).

A graça de Deus se manifesta… por meio do sacerdote rejeitado.

Deus confirma o seu escolhido

A autoridade de Arão como verdadeiro sacerdote do SENHOR é definitivamente confirmada por meio de um sinal miraculoso, apresentado no contexto de uma competição entre as doze tribos de Israel (Números 17.1-13). Para pôr fim à controvérsia gerada pela recente rebelião, o SENHOR propõe um teste: cada líder tribal deveria apresentar uma vara com o nome de sua tribo, e a vara do homem escolhido por Deus floresceria — um sinal do poder divino de gerar vida onde há morte (vs. 1-7).

O milagre acontece: a vara de Arão, representante da tribo de Levi, floresce, produz flores, brotos e até amêndoas maduras, revelando, de maneira incontestável, que ele havia sido escolhido pelo SENHOR. Sua vara é então guardada diante da arca como um memorial, um símbolo permanente do perigo de se rebelar contra a autoridade divina (vs. 8-11).

Diante dessa manifestação incontestável do juízo e da santidade do SENHOR, os israelitas finalmente são tomados de temor reverente, reconhecendo sua fragilidade diante de Deus e abandonando, ao menos momentaneamente, sua atitude contenciosa:

Números 17.12-13 (NVT)
12Então os israelitas disseram a Moisés: “Estamos condenados! Vamos morrer, vamos todos morrer! 13Quem se aproximar do tabernáculo do SENHOR morrerá. Será que estamos todos condenados a morrer?”.

Deus confirma e sustenta seus servos

À luz dos acontecimentos dramáticos relacionados à rebelião de Corá e seus companheiros, uma nova legislação é apresentada nos capítulos 18 e 19 de Números. Essa regulamentação tem por objetivo reforçar a distinção e o papel das diferentes classes dentro da estrutura religiosa de Israel, especialmente no que diz respeito às responsabilidades e privilégios dos sacerdotes e levitas (Nm 18.1-32).

Primeiramente, o SENHOR reafirma que a responsabilidade pelo santuário e por todos os seus serviços cabe a Arão e seus filhos, os quais devem contar com o auxílio dos levitas. Esses, por sua vez, são encarregados das tarefas auxiliares e da proteção do tabernáculo, mas não podem se aproximar dos objetos sagrados sob pena de morte (vs. 1-7).

Em seguida, o SENHOR estabelece que Arão e sua família, por não receberem herança territorial em Israel, seriam sustentados pelos suprimentos oriundos do sistema sacrificial e, eventualmente, pelas ofertas provenientes de conquistas militares (vs. 8-20).

Do mesmo modo, os levitas, que também não receberiam porção de terra, seriam mantidos pelos dízimos trazidos por toda a nação. Estes, por sua vez, deveriam entregar uma parte dos dízimos recebidos aos sacerdotes, reconhecendo assim sua própria dependência da provisão divina (vs. 21-32).

Essa legislação não apenas estabelece a ordem e o sustento da casa de Deus, mas também serve como resposta prática à rebelião anterior, deixando claro que autoridade espiritual não é assunto de disputa, mas de designação divina.

Grande parte do conteúdo apresentado no capítulo 18 — que trata das funções e provisões destinadas aos sacerdotes e levitas — já havia sido mencionado anteriormente, nos capítulos 2 e 3 de Números e também em Levítico 6.

O que há de singular aqui é o contexto e a forma como esse material é retomado.

Desta vez, Moisés não é mencionado nas instruções que o SENHOR dirige aos sacerdotes. Enquanto antes o SENHOR falava tanto a Moisés quanto a Arão sobre os deveres sacerdotais, agora ele fala diretamente — e exclusivamente — a Arão e aos seus filhos. Moisés só volta a ser citado em Números 18.25.

O que se pode concluir dessa exclusão?

A resposta talvez esteja na intenção do autor de destacar algo mais profundo sobre o papel de Moisés. Seu ofício não se limitava à função sacerdotal — função que, cada vez mais, era atribuída a Arão e seus descendentes.

O papel de Moisés se tornava distinto, ampliado.

Moisés não era apenas sacerdote. Ele atuava como mediador da aliança, como profeta da Palavra e como guia do povo — um tipo de liderança que antecipava categorias mais abrangentes.

E esses temas — profeta e rei — serão aprofundados mais adiante, em Deuteronômio 18.15 e 33.5.

Assim, à medida que a figura de Moisés se desenvolve dentro do Pentateuco, ela começa a apontar, de forma cada vez mais clara, para o futuro governante messiânico: aquele que seria profeta, sacerdote e rei — em plenitude: Jesus Cristo.

Purificação pela graça de Deus

Chegamos ao último capítulo para hoje: Números 19.

À primeira vista, pode parecer que há pouca conexão entre o capítulo 18 e o capítulo 19 de Números — exceto pelo fato de ambos tratarem dos deveres e ritos sacerdotais.

Contudo, há um elo temático mais profundo.

O capítulo 18 termina com uma advertência solene: o pecado e a impureza levam à morte (Nm 18.32). E é justamente esse tema — pecado, impureza e morte — que se torna o foco central do capítulo 19, com o ritual da novilha vermelha.

Essa conexão não é acidental. Ela revela a unidade teológica da seção.

No capítulo 19, o SENHOR dá instruções detalhadas para a preparação da chamada “a água da purificação” (Nm 19.1-10). Em seguida, o texto descreve dois contextos específicos para seu uso: a purificação de quem tivesse tocado um cadáver (vs. 11-13) e de quem estivesse em uma tenda onde houvesse um morto (vs. 14-22). Mais adiante, em Números 31.19-23, essa água será usada também por aqueles que participaram de batalhas — e, portanto, entraram em contato com a morte.

Em todos esses casos, trata-se de purificar o povo da contaminação causada pela morte.

A preparação desse ritual exigia uma novilha vermelha, sem defeito e que nunca tivesse levado jugo. Ela era levada para fora do arraial e ali sacrificada. Parte de seu sangue era aspergida “diante da tenda do encontro” (v. 4). Curiosamente, quem realizava esse sacrifício não era o sumo sacerdote, mas seu filho, Eleazar (v. 3). E o sacrifício não acontecia no altar, como nas ofertas regulares pelo pecado, mas fora do acampamento.

O capítulo 19 — e o Pentateuco como um todo — oferecem pistas teológicas ricas sobre o significado desse ritual.

A descrição inicial do rito (vs. 1-10) é expandida e aplicada nas situações práticas dos versículos 11 a 22. Dois elementos se destacam: as cinzas (lit., “pó”) da novilha (vs. 9-10) e a “água da purificação” (v. 9), sobre a qual essas cinzas eram aspergidas.

Mas, quando o ritual é aplicado, o texto faz duas mudanças significativas: as cinzas passam a ser chamadas de “pó” (v. 17), e a água é chamada de “água viva” — literalmente, água corrente (Nm 19.17).

O pó da morte… aspergido sobre a água da vida.

Esse contraste não é mero detalhe. Ele eleva o ritual a um plano temático mais profundo — ligando-o diretamente à narrativa da Queda em Gênesis 3, onde os termos “pó” e “vida” aparecem com força teológica (cf. Gn 3.19, 24).

As cinzas da novilha, então, simbolizam o “retorno ao pó” — a condição humana marcada pela Queda. E a “água viva” aponta para a renovação, a esperança, a vida que Deus oferece.

Desde o princípio, a morte é tratada nas Escrituras como um intruso. Um inimigo. Uma impureza que ameaça o propósito de Deus.

Assim como a morte era estranha à criação originalmente boa de Deus, ela também é estranha à sua aliança. E por isso, o povo da aliança não podia demorar-se junto aos mortos. Nem mesmo permanecer sob o mesmo teto.

O foco da aliança não é a maldição da morte… mas a dádiva da vida.

Somente por meio do sacerdócio de Cristo

A rebelião de Corá ensina uma verdade fundamental: só é possível aproximar-se de Deus por meio do Mediador que ele mesmo escolheu.

Tentar aproximar-se de Deus por outro caminho é fatal. É rebelião.

Corá, Datã e Abirão tentaram usurpar o sacerdócio instituído pelo próprio Deus — e foram julgados com santa ira. O sacerdócio de Arão prefigurava o sacerdócio de Cristo. Paulo escreve a Timóteo: “Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade: o homem Cristo Jesus. Ele deu sua vida para comprar a liberdade de todos.” (1Tm 2.5-9).

A lição é clara: o ser humano não pode se apresentar diante de Deus por conta própria, pois seu pecado é profundo demais, e a santidade de Deus, gloriosa demais.

Apresentar-se sozinho diante de Deus é eternamente perigoso.

Criar qualquer outro caminho também é letal.

A morte incomum de Corá nos ensina a temer ao SENHOR. E, como Jesus advertiu: “Temam somente a Deus, que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo.” (Mt 10.28).

A praga que se seguiu à destruição de Corá, por sua vez, ensina a eficácia do verdadeiro Mediador. Mesmo após o juízo, muitos ainda acusaram Deus de injustiça — porque não compreendiam a profundidade da santidade divina, nem a gravidade do pecado humano. Novamente, a glória do SENHOR se manifestou… em juízo.

Mas, no clímax da cena, Moisés ordena a Arão que corra — com incensário na mão — e se coloque entre os vivos e os mortos.

E o texto diz: “Arão pôs-se entre os mortos e os vivos, e cessou a praga” (Nm 16.48).

Eis a lição do evangelho: a ira de Deus contra o pecado é justa. Mas, em sua graça, Deus enviou seu Filho — o verdadeiro Sumo Sacerdote — para fazer expiação. Cristo se colocou entre nós e a justiça divina. E onde ele está, a ira não pode mais nos alcançar.

Seu sacrifício foi eficaz. E essa é a nossa única esperança: ter Cristo entre nós e Deus.

Você está confiando arrogantemente em si mesmo? Ou está confiando, com humildade e dependência, no Mediador que Deus enviou? Você se submete ao sacerdócio de Cristo? Ele é seu Rei? É o Profeta que fala ao seu coração? Quem é Cristo para você?

O apóstolo João, ao falar de Jesus Cristo, destacou seus ofícios de Rei, Sacerdote e Profeta. E ele também deixou claro o risco eterno de rejeitá-lo:

João 3.31-36 (NVT)
31Aquele que veio do alto é superior a todos [é Rei]. Nós somos da terra e falamos de coisas terrenas, mas ele veio do céu e é superior a todos.32Ele dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas como são poucos os que creem no que ele diz! 33Todo aquele que aceita seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. 34Pois ele foi enviado por Deus e fala as palavras de Deus [ele é Profeta], porque Deus lhe dá, sem limites, o Espírito. 35O Pai ama o Filho e pôs tudo em suas mãos. 36E quem crê no Filho de Deus tem a vida eterna [ele é Sacerdote]. Quem não obedece ao Filho não tem a vida eterna, mas a ira de Deus permanece sobre ele.

O problema de Israel não eram suas circunstâncias — era o seu coração incrédulo. Comida melhor não os faria crer. Uma terra melhor não os faria crer. Serem repetidamente poupados da ira divina também não os faria crer. E, à parte de Cristo, o nosso coração é exatamente o mesmo.

Mas Deus, por meio de Cristo, nos deu um novo coração. E, por causa disso, atravessaremos o nosso próprio deserto. Não chegaremos lá porque Deus nos concedeu circunstâncias favoráveis, mas porque temos fé no Filho de Deus, que nos amou e se entregou por nós — como misericordioso e fiel Sumo Sacerdote.

A única maneira de sermos reconciliados com Deus é por meio de Jesus. O sacrifício de Jesus purifica a nossa consciência e nos dá um novo coração. Hebreus 9 afirma isso com clareza ao relembrar Números 19:

Hebreus 9.13-15 (NVT)
13Se, portanto, o sangue de bodes e bezerros e as cinzas de uma novilha purificavam o corpo de quem estava cerimonialmente impuro, 14imaginem como o sangue de Cristo purificará nossa consciência das obras mortas, para que adoremos o Deus vivo. Pois, pelo poder do Espírito eterno, Cristo ofereceu a si mesmo a Deus como sacrifício perfeito. 15Por isso ele é o mediador da nova aliança, para que todos que são chamados recebam a herança eterna que foi prometida. Porque Cristo morreu para libertá-los do castigo dos pecados que haviam cometido sob a primeira aliança.

A vida, morte e ressurreição de Cristo foram em seu favor. Se você crê em Jesus, esta mesa é para você. Seja bem-vindo.

S.D.G. L.B.Peixoto

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