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27.11.2016

Beatitude – O Cântico de Isabel

  • Pr. Leandro B. Peixoto
  • Série: Os Cânticos do Natal
  • Livro: Lucas

“BEATITUDE” – O CÂNTICO DE ISABEL

Lucas 1.39-45

39 Naqueles dias, Maria preparou-se e foi depressa para uma cidade da região montanhosa da Judéia, 40 onde entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Em alta voz exclamou: “Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz! 43 Mas por que sou tão agraciada, ao ponto de me visitar a mãe do meu Senhor? 44 Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria. 45 Feliz é aquela que creu que se cumprirá aquilo que o Senhor lhe disse!”

O Natal de Jesus é a festa do cântico e da música
O Natal de Jesus é a festa do cântico e da música.
Já notou que nesta época do ano cânticos e músicas natalinas estão por toda parte? Aonde formos, ouviremos aquelas melodias alegres e gostosas. Certo ou errado, fato é que em dezembro todos começam a cantar. Excepcionalmente este ano, por causa da crise ou da Black Friday, as músicas estão mais baixinhas, mas já se pode ouví-las.
Desde o primeiro Natal, a alegria pela chegada do Salvador foi traduzida em cânticos e em músicas. Por quê?
Após mais de quatrocentos anos de silêncio (período interbíblico: tempo entre o fim do Antigo e o início do Novo Testamento), Deus voltou a falar com o seu povo. A última voz profética havia sido a de Malaquias, anunciando a chegada de alguém (i.e.: João Batista) que prepararia o caminho para o Messias prometido de Israel (Ml 4.5-6). E agora, com o cumprimento da mensagem de João Batista (Mt 3.1-3), o povo de Deus voltava a celebrar a visitação do Senhor.
A chegada de Jesus fez o povo cantar. Todos, no mundo todo e em todos os tempos, reconhecem tal fato. Até mesmo autoridades renomadas, como Plínio, comentou:

O cristianismo é a religião do cântico e da música.

A importância dessa declaração de Plínio está em que as suas 247 cartas escritas a amigos (entre os anos de 97 e 102 d.C.) contêm as melhores descrições da vida quotidiana da Roma Imperial, incluindo as duas correspondências que abordam o tema do cristianismo – um dos primeiros documentos não neotestamentários sobre a Igreja Primitiva.
Jesus Cristo fez do cristianismo “a religião do cântico e da música”. É por isso que nós cantamos no Natal (e também na Páscoa e no ano inteiro!).
Os Cânticos do Natal
Se o Natal é a festa do cântico e da música, por que, o que e como nós devemos cantar? Graças a Deus que nós não estamos sem direção.
Lucas, o historiador inspirado por Deus (Lc 1.1-4), deixou registrado para a Igreja de Cristo os cinco primeiros cânticos do Natal. Eles, além de nos ensinarem como cantar, informam-nos sobre o conteúdo da fé dos cantores e a alegria de seus corações, encantados pelo nascimento de Jesus.
À partir de hoje, preparando-nos para a chegada do Natal, o meu desejo é caminhar com vocês pelos “Cânticos do Natal”, visando enxergar a beleza e apreender as lições destas canções inspiradas pelo Espírito Santo.
Os cinco cânticos do Natal no Evangelho de Lucas são os seguintes:

  1. “Beatitude” | O Cântico de Isabel (Lc 1.42)
  2. “Magnificat” | O Cântico de Maria (Lc 1.46-55)
  3. “Benedictus” | O Cântico de Zacarias (Lc 1.68-79)
  4. “Gloria in excelsis Deo” | O Cântico dos Anjos (Lc 2.14)
  5. “Nunc Dimits” |: O Cântico de Simeão (Lc 2.29-32)

Por que os títulos em latim?
Os nomes dos cânticos foram retirados da primeira palavra ou das primeiras palavras do cântico correspondente na tradução da Vulgata Latina.

  1. Isabel diz: “Beatitude”: Bem-aventurada, bendita, feliz.
  2. Maria diz: “Magnificat”: Magnifica, engrandece, exalta.
  3. Zacarias diz: “Benedictus”: Bendito, louvado.
  4. Anjos dizem: “Gloria in excelsis Deo”: Glória a Deus nas alturas.
  5. Simeão diz: “Nunc Dimits”: Agora despeça [em paz o teu servo].

“Beatitude” – O Cântico de Isabel
O primeiro cântico de Natal da história não foi entoado por Maria nem pelos anjos, mas por Isabel, “parenta” de Maria (Lc 1.36). Muitos, porém, não consideram as palavras de Isabel (Lc 1.42) um cântico, nem dão a elas o seu devido valor, talvez por julgarem haver algumas dificuldades teológicas na poesia. Observe:
Lucas 1.41-45

41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Em alta voz exclamou: “Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz! 43 Mas por que sou tão agraciada, ao ponto de me visitar a mãe do meu Senhor? 44 Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria. 45 Feliz é aquela que creu que se cumprirá aquilo que o Senhor lhe disse!”

Mas, longe de conter qualquer problema teológico, apresentando alguma fundamentação dogmática ou doutrinária para a adoração de Maria, esse é sim o primeiro cântico do Natal, sendo possível encontrar nele valiosas lições para as nossas vidas. Há três em especial que eu desejo destacar hoje à noite. O Cântico de Isabel nos ensina sobre: o valor da comunhão; a virtude do coração; e a veemência da canção.
1. O valor da comunhão
O contexto em que esse cântico foi entoado nos revela, antes de tudo, o valor da comunhão. Duas ações em especial são produzidas pela comunhão entre Maria e Isabel: encorajamento e estímulo.
O encorajamento de Isabel
Ao ouvir que ficaria grávida, Maria, por um instante, hesitou. O anjo, então, lhe assegurou que a gravidez seria obra do Espírito Santo e que um dos sinais dessa verdade era que a sua parenta, Isabel, avançada em idade, também daria à luz um filho, estando aquela já no sexto mês de gestação (Lc 1.34-37).
Maria contaria entre 14 e 16 anos no máximo, aguardando o tempo de seu casamento com José. Estranho para nós, mas esse era o costume da época. Isabel, por sua vez, estaria com idade suficiente para ser avó de Maria. Logo, dois milagres seriam necessários: Maria engravidar-se pelo poder do Espírito Santo (Lc 1.35-37) e Isabel, que era estéril, engravidar-se de Zacarias, estando ambos em idade tão avançada, impossibilitados de gerarem filhos (Lc 1.7).
Maria, no entanto, em vez de se entregar à incredulidade e de se deixar abater pelo medo, partiu em busca de encorajamento:

Lc 1.38-42 | 38 Respondeu Maria: “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra”. Então o anjo a deixou. 39 Naqueles dias, Maria preparou-se e foi depressa para uma cidade da região montanhosa da Judéia, 40 onde entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Em alta voz exclamou…

Ao entrar na casa de Zacarias, Maria vê Isabel já com a barriga crescida, e a saúda com grata constatação. Isabel, que ainda não tinha ouvido falar de gravidez da parte de Maria, por revelação do Espírito Santo, saúda-a de volta com um cântico e com uma profecia encorajadora:

Lc 1.42-43 | 42 Em alta voz exclamou: “Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz! 43 Mas por que sou tão agraciada, ao ponto de me visitar a mãe do meu Senhor?

Maria é encorajada pela comunhão.
O estímulo de Maria
Além de encorajar Maria, aquela comunhão fortalecedora serviu para estimular Isabel em tão avançada idade:

Lc 1.41-42 | 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Em alta voz cantou exclamou: (…)

A comunhão fortalecedora tem o poder de nos encher do Espírito, quando falamos entre nós com salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef 5.19). Devemos sim ter nosso tempo a sós com Deus, em casa e nos cultos coletivos, mas a comunhão fortalecedora jamais poderá ser omitida. Cristo no outro (Maria), a Palavra Santa na boca do irmão, é meio de graça, com o poder de derramar em nós (Isabel) o Espírito estimulante de Deus.
Que neste Natal o “Cântico de Isabel” nos ensine a dar valor à comunhão, pois ela, pelo Espírito, fortalece, encoraja e estimula os corações.
2. A virtude do coração
Além da comunhão fortalecedora e estimulante, o “Cântico de Isabel” nos revela a virtude do coração do adorador.
Só consegue adorar verdadeiramente quem, pelo agir do Espírito Santo, aprendeu a deixar de olhar para si mesmo, passando a olhar para Deus no céu e para a obra de Cristo na vida do outro aqui na terra.
Impressiona-me que, nesse cântico e também nesse encontro entre duas parentes, Isabel em momento algum falou dela mesma. Isabel só falou de Cristo e da alegria de ver a graça de Deus agindo na vida de Maria.

Lc 1.41-45 | 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Em alta voz exclamou: “Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz! 43 Mas por que sou tão agraciada, ao ponto de me visitar a mãe do meu Senhor? 44 Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria. 45 Feliz é aquela que creu que se cumprirá aquilo que o Senhor lhe disse!”

Note o seguinte:

  • Isabel era mais velha, mas a sua atenção estava na jovem Maria.
  • Isabel tinha sido estéril a vida toda, mas a sua alegria estava na gravidez de Maria, ainda tão jovem.
  • Isabel tinha um menino saltitante no ventre, mas a sua importância estava no fruto do ventre de Maria.

Que lição de humildade nos ensina o Cântico de Isabel!
Minha oração é que nós possamos nos esvaziar de nós mesmos, permitindo que o Senhor nos encha do Espírito, para conseguirmos olhar para Deus e para Cristo no outro sendo formado. O resultado é que seremos melhores adoradores (cantaremos em Espírito e em verdade); seremos melhores servos (atuantes na igreja e no Reino); seremos melhores evangelistas e discipuladores (RDs e PGMs); seremos melhores contribuintes (dízimos e ofertas); seremos melhores cristãos.
3. A veemência da canção:
Isabel canta com toda a força de seus pulmões. Ela solta aquele agudo estridente, aquele soprano invejável, e canta…

Lc 1.41-45 | 42 Em alta voz exclamou: “Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz! 43 Mas por que sou tão agraciada, ao ponto de me visitar a mãe do meu Senhor? 44 Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria. 45 Feliz é aquela que creu que se cumprirá aquilo que o Senhor lhe disse!”

De onde vinha tanta força para ela cantar? Qual era a fonte para tanta veemência? Jesus Cristo!
Primeiro, o reconhecimento de que Jesus era o salvador.
Segundo, o reconhecimento de que Maria havia entregado totalmente a sua vida àquela causa nobre (por isso ela era bendita entre as mulheres). Maria não era divina. Ela não havia gerado Deus. Ela era simplesmente a portadora de boas-novas de grande alegria. Ser portadora de Cristo fazia dela uma bênção.
Quando Cristo se torna o centro de nossas vidas nós cantamos com veemência – louvando a Deus pela salvação.
“Beatitude” – O Cântico de Isabel
Celebraremos agora a Ceia do Senhor com a mensagem do Cântico de Isabel no coração, cujos temas são:

  • O valor da comunhão – que encoraja e estimula.
  • A virtude do coração – que nos faz olhar para Deus e para o outro.
  • A veemência da canção – que é fruto de um coração cheio de Cristo.

Um apelo aos que ainda não receberam Jesus no coração.
Maria foi chamada de “bendita”, de “bem-aventurada”, de “feliz”, não porque fosse divina ou porque estivesse dando Deus à luz, mas por submeter-se ao plano de Deus para a vida dela, permitindo trazer em si o Salvador.
Hoje você pode provar do mesmo. Confesse o seu pecado e convide Jesus para morar no seu coração.
Um apelo aos que receberam Jesus no coração.

Reparta-o com quem não o tem.

Reflita-o em sua vida. Cristo vive em você.

Relacione-se visando encorajar e estimular o outro em Cristo Jesus.

Feliz Natal!

Mais episódios da série
Os Cânticos do Natal

Mais episódios da série Os Cânticos do Natal

  • Beatitude – O Cântico de Isabel
  • Magnificat – O Cântico de Maria
  • Benedictus – O Cântico de Zacarias
  • Gloria In Excelsis Deo – O Cântico dos Anjos
  • Nunc Dimits – O Cântico de Simeão

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