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28.12.2025

Magos e presentes – A alegria do Natal

  • Pr. Leandro B. Peixoto
  • Série: O Natal - De Lá e Para Lá Outra Vez
  • Livro: Mateus

Mateus 2.1-11

1Jesus nasceu em Belém, na Judeia, durante o reinado de Herodes. Por esse tempo, alguns sábios [magos, astrólogos reais] das terras do Oriente chegaram a Jerusalém 2e perguntaram: “Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. 3Ao ouvir isso, o rei Herodes ficou perturbado, e com ele todo o povo de Jerusalém. 4Reuniu os principais sacerdotes e os mestres da lei e lhes perguntou: “Onde nascerá o Cristo?”. 5Eles responderam: “Em Belém da Judeia, pois assim escreveu o profeta: 6‘E você, Belém, na terra de Judá, não é a menor entre as principais cidades de Judá, pois de você virá um governante que será o pastor do meu povo, Israel’”. 7Então Herodes convocou os sábios em segredo e soube por eles o momento em que a estrela tinha aparecido. 8“Vão a Belém e procurem o menino com atenção”, disse ele. “Quando o encontrarem, voltem e digam-me, para que eu vá e também o adore.” 9Após a conversa com o rei, os sábios seguiram seu caminho, guiados pela estrela que tinham visto no Oriente. Ela ia adiante deles, até que parou acima do lugar onde o menino estava. 10Quando viram a estrela, ficaram muito alegres. 11Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e se prostraram e o adoraram. Então abriram seus tesouros e o presentearam com ouro, incenso e mirra.

A sobra do Natal

O que sobrou do Natal na sua casa? Pare um pouco agora e olhe ao seu redor. Talvez a sua geladeira ainda guarde as sobras da ceia, ou você ainda tenha viva na memória a imagem daquela pilha de louças amontoadas na pia. Pode ser que, ao passar a mão no sofá, você ainda sinta o rastro da presença dos netos, ou se recorde do chão coberto com os restos do arroz, da farofa e das uvas passas.

Lembre-se daquele canto da sala: o que sobrou foram papéis rasgados e as caixas vazias dos presentes que, até a véspera, ocupavam o espaço debaixo da árvore. O que restou, de fato? Apenas a bagunça da festa e o silêncio da casa que se esvaziou porque todos já partiram para viajar no ano novo?

Será que o que sobrou do Natal foram feridas abertas por comentários ácidos ou por olhares maldosos de algum parente? Ficou a memória amarga de um bate-boca ou de uma briga durante a ceia? Sobrou apenas o cansaço acumulado de tanta correria, de tantos preparativos e de sucessivas confraternizações de fim de ano?

Para muitos, não sobrou absolutamente nada do Natal. O pensamento já está longe, nas férias e no verão. Por isso, faço essa pergunta de forma muito sincera ao seu coração: o que, de verdade, restou do Natal aí dentro?

Pare e pense. Sinceramente: Qual foi a sobra que ficou?

Sabe o que realmente deveria sobrar do Natal na sua vida? Alegria. Sim, alegria. E eu falo dessa alegria porque, em Cristo, — o Cristo que se fez carne a habitou entre nós — Deus perdoou os seus pecados e reconduziu você à presença dele, pela graça, por meio da fé.

Mas tem algo a mais: é a alegria que nasce daquela confiança de saber que, a cada novo amanhecer, você recebe misericórdias para recomeçar a sua caminhada. É essa esperança que sustenta os seus passos até o grande dia, quando você finalmente verá o seu Deus face a face.

Desde o último domingo de novembro, estamos percorrendo um caminho juntos nesta série de mensagens sobre o Natal, guiados por palavras que marcam essa história. Começamos com a consciência, o prólogo do Natal. Depois, veio a expectativa, que é a surpresa do Natal. Seguimos para a encarnação, o sentido do Natal, e, no domingo passado, paramos na adoração, o efeito do Natal.

Nesta manhã, a nossa palavra é celebração — a alegria do Natal. E hoje à noite, se Deus permitir, falaremos sobre a transformação.

Por isso, convido você a olhar comigo para os magos e para os presentes que eles depositaram aos pés de Jesus. Minha oração é que o exemplo desses homens do Oriente encha o seu coração dessa alegria e ensine vocês a celebrar Jesus Cristo todos os dias do ano, e não apenas na noite de Natal.

A verdade que sustenta a celebração

O cristianismo é, essencialmente, uma fé de celebração. E veja que coisa maravilhosa: muito antes de Jesus ser deitado naquela manjedoura, o céu já soprava canções de esperança sobre a terra. O profeta Isaías foi quem compôs os primeiros acordes dessa promessa ao falar da virgem que daria à luz ao Emanuel, do Menino que seria chamado Maravilhoso Conselheiro e do Renovo que brotaria do tronco de Jessé (Is 7.14; 9.6; 11.1).

E quando o tempo se cumpriu, o Evangelho de Lucas se transformou em um verdadeiro hinário de Natal. Primeiro, ouvimos a Beatitude de Isabel, que bendiz Maria e o fruto de seu ventre com uma alegria contagiante (Lc 1.42-45). Logo depois, somos tocados pelo Magnificat de Maria, onde ela exalta a fidelidade de Deus, que olha para os humildes e cumpre suas promessas de geração em geração (Lc 1.46-55).

Assim que João Batista nasce, o silêncio de seu pai é rompido pelo Benedictus de Zacarias — um cântico de libertação que louva a redenção do povo e a Aurora lá do alto, que nos visitou nas profundezas da terra (Lc 1.67-79).

Na noite em que Jesus nasceu, os anjos cantaram em grande coro o Gloria In Excelsis Deo (Lc 2.14). E para fechar esse coro de testemunhas, temos Nunc Dimits, o cântico de Simeão. Tente imaginar aquele homem idoso no Templo, segurando o Menino Jesus nos braços e cantando com o coração finalmente em paz, porque seus olhos viram a salvação que Deus preparou diante de todos os povos (Lc 2.29-32).

Todas essas vozes, que antecederam ou cercaram o nascimento de Cristo, nos ensinam uma lição vital: a vinda de Jesus não é um evento estático ou silencioso. Ela é um convite para que o seu coração encontre uma nova música. Se todos eles cantaram antes mesmo de verem a obra completa, como eu e você podemos deixar de celebrar agora que a história inteira já nos alcançou?

Ah, povo de Deus! Que privilégio é para nós, que talvez nunca tenhamos cantado em um coral, sermos dominicalmente este coro congregacional, louvando a Deus em uma só voz.

Mas, se olharmos para a história, poucos celebraram o nascimento do Senhor Jesus como aqueles magos que vieram do Oriente. Eles buscavam o Rei que havia nascido e trouxeram presentes que pesariam no bolso de qualquer um de nós: ouro, incenso e mirra.

A narrativa do Evangelho deixa claro que, ao encontrarem Cristo, eles entenderam que estavam diante de uma maravilha enviada por Deus ao mundo. Eles nos ensinam como celebrar Jesus de verdade. Veja bem: a boa música é um auxílio para o nosso espírito, mas nós precisamos da Verdade maior se quisermos uma alegria real. Sem essa base, momentos como este, quando estamos aqui na igreja adorando, podem se tornar apenas experiências passageiras. Elas nos elevam por um instante, mas logo nos deixam cair.

Às vezes, temos a sensação de que começamos a enxergar o coração da revelação de Deus, ou que algo finalmente tocou o nosso coração de um jeito diferente. Mas aí saímos para a a vida lá fora, para o ritmo dos dias, das festas comuns e do mundo em que vivemos, e tudo parece desaparecer.

Para não deixar isso acontecer, quero que você observe comigo três lições sobre esses magos do Oriente:

  • A esperança deles de encontrar Jesus
  • O estado deles diante de Jesus
  • A entrega deles a Jesus

1. A esperança de encontrar Jesus

Apesar de todas as lendas e tradições que cercam esses magos do Oriente, se olharmos apenas para as Escrituras, sabemos muito pouco sobre quem eles eram individualmente. Mas o texto sagrado nos deixou pistas.

A primeira pista é que eles eram, obviamente, muito ricos — basta olhar para o valor dos presentes que trouxeram: ouro, intenso e mirra (Mt 2.11).

A segunda pista é que eram estudiosos. Até pouco tempo atrás, quem investigava a natureza e buscava a verdade sobre a vida era chamado de filósofo. Nas universidades britânicas, por exemplo, onde estão algumas das mais antigas do mundo, não existia um “departamento de física”, mas sim um “departamento de filosofia natural”. Eram esses os magos: pesquisadores. Investigadores. Eles olhavam para as estrelas e mergulhavam na literatura antiga tentando entender o sentido da existência.

Eram sábios, eram ricos e, — a terceira pista — muito provavelmente, vinham da região da Babilônia, o atual Iraque.

Isso é fascinante porque foi para a Babilônia que Daniel foi levado (Dn 1.1-6). Foi lá que muitos judeus permaneceram, estabelecendo suas vidas durante o exílio (Jr 29.4-7). Foi lá que o rei Nabucodonosor teve aquele sonho sobre uma estátua atingida por uma pedra que rolava montanha abaixo, destruindo os reinos do mundo para dar lugar a um novo Reino e um novo Rei (Dn 2.31-45). E foi lá, também, que o próprio Daniel teve a visão que dizia — em Daniel 7.13-14:

Que vinha com as nuvens do céu alguém como um filho do homem. Ele se dirigiu ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado o domínio, a glória e o reino, para que as pessoas de todos os povos, nações e línguas o servissem. O seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. (NAA)

Com toda a probabilidade, esses magos vieram do Oriente para Jerusalém, e depois para Belém (Mt 2.1-2, 9), porque uniram dois pontos fundamentais: (i) as tradições proféticas que ouviram — que remontavam ao tempo em que Daniel foi estabelecido como chefe dos sábios e magos na Babilônia (Dn 2.48; 5.11) — e (ii) os sinais que observaram no cosmos.

Deus, em sua providência, utilizou tanto a revelação das Escrituras quanto o testemunho da criação (Sl 19.1; Rm 1.20) para mover o coração daqueles homens. Eles entenderam que a estrela que surgiu no céu era o cumprimento da antiga promessa de que uma estrela procederia de Jacó (Nm 24.17), conduzindo-os para fora de suas terras em busca do verdadeiro Rei.

MAS PENSE COMIGO: quantas outras pessoas na Babilônia conheciam essas mesmas tradições? Quantos outros estudiosos viram aquele mesmo sinal no céu e não fizeram absolutamente nada? No mistério da obra de Deus, ele tocou soberanamente o desejo mais profundo daqueles magos e colocou no céu um sinal que os incomodou. Isso os fez levantar, preparar a viagem, conversar com a família e fazer sacrifícios. Eles deixaram o conforto de suas casas e seguiram em uma jornada prolongada para que, enfim, a esperança de seus corações fosse cumprida: eles queriam encontrar o Rei prometido.

TEM SIDO ASSIM DESDE ENTÃO. A maioria de nós conhece bem o que está escrito na Bíblia Sagrada; nós sabemos que cada página dela aponta para Jesus (Lc 24.27; Jo 5.39). E eu sei que, na vida de muitos que me ouvem agora, Deus tem colocado sinais claros da sua presença e do seu chamado. Às vezes, ele fala com você através de uma alegria que transborda; outras vezes, ele usa o peso de uma dor profunda ou o impacto de uma tragédia para despertar o seu coração (Sl 119.71; Hb 12.6).

No entanto, quando o dia termina, o que vemos é que apenas alguns — como aqueles magos (Mt 2.1-2) — realmente se levantam para ir ao encontro de Jesus.

Não lhe parece estranho?

Nós temos acesso à mesma Bíblia. Todos nós sentimos essa mão de Deus pesando sobre nossas vidas, esse convite persistente que não nos deixa em paz. O Salmo 139 descreve com precisão esse cerco de Deus, de onde não temos para onde fugir — versículos 7-12:

7Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? 8Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; 9se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, 10ainda ali a tua mão me guiará, e a tua mão direita me susterá. 11Se eu digo: “As trevas, com certeza, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite”, 12até as próprias trevas não te serão escuras, e a noite é tão clara como o dia. Para ti, as trevas e a luz são a mesma coisa. (NAA)

Se Deus está em todo lugar, se ele nos cerca por todos os lados e se a sua mão nos sustém mesmo quando tentamos nos esconder, eu pergunto a você: como pode alguém, diante de tamanha evidência, ainda não buscar Jesus?

Mas entenda: essa Palavra só se torna real, ela só transforma quem você é, quando você decide levar a sério o que o próprio Deus prometeu — Jeremias 29.13-14:

13Vocês me buscarão e me acharão quando me buscarem de todo o coração. 14Serei achado por vocês, diz o SENHOR, e farei com que mude a sorte de vocês. Eu os congregarei de todas as nações e de todos os lugares para onde os dispersei, diz o SENHOR, e trarei vocês de volta ao lugar de onde os mandei para o exílio.”

Aqueles magos do Oriente não estavam apenas em uma viagem de curiosidade. Eles caminhavam porque tinham a esperança real de que encontrariam Jesus — eles se aproximaram de Deus crendo que ele existe e que recomenda os que o buscam (Hb 11.6).

Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e se prostraram e o adoraram. Então abriram seus tesouros e o presentearam com ouro, incenso e mirra. (Mt 2.11)

2. O estado diante de Jesus

Quando finalmente chegaram à casa onde a criança e seus pais estavam, nós encontramos aqueles homens prostrando-se para adorar a Cristo (v. 11). Mas, antes de chegarem ali, eles tomaram o caminho errado. E é fácil entender o porquê: eles agiram pelo instinto humano. Se você busca um rei prometido, o natural é presumir que ele seja um príncipe e que tenha nascido em um palácio.

Por isso, foram a Jerusalém, direto ao palácio de Herodes (vs. 1-3). Não encontraram o Rei lá, mas encontraram algo profundamente perturbador: pessoas que sabiam exatamente onde o Messias deveria estar, mas não se importavam. Herodes convocou os estudiosos da Bíblia (vs. 4-5) e, sem precisarem consultar seus dicionários teológicos, suas Bíblias comentadas nem seus comentários bíblicos, eles deram a resposta na hora:

“Em Belém da Judeia, pois assim escreveu o profeta: 6‘E você, Belém, na terra de Judá, não é a menor entre as principais cidades de Judá, pois de você virá um governante que será o pastor do meu povo, Israel’”. (vs. 5b-6)

Esse é um fato que deveria nos fazer parar agora e pensar com muita seriedade. Como é possível alguém ter tanto acesso à Bíblia e, ao mesmo tempo, carregar tanta indiferença pelo que ela ensina?

Pare e veja a cena: enquanto aqueles três pagãos, vindos de tão longe, envergonhavam a todos com a sua busca incansável, os especialistas — aqueles que conheciam cada vírgula da Lei — permaneciam imóveis. Estavam frios. Estavam satisfeitos apenas com o seu conhecimento enciclopédico, guardado em prateleiras mentais que não alcançavam o coração.

Ficava claro ali, e precisa ficar claro para nós hoje, que existe uma diferença enorme entre meramente conhecer a história de Jesus e decidir, de fato, vir se prostrar diante do Salvador.

O ERRO DOS MAGOS FOI não pensar que o Rei Deus fosse ser encontrado em um lugar tão simples. Mas Jesus escolheu este caminho: nasceu em uma manjedoura emprestada e viveu em uma casa emprestada. Mais tarde, seria levantado em uma cruz que não era dele — era destinada a Barrabás — para, enfim, ser deitado em um túmulo também emprestado. O Senhor Jesus não deve ser buscado entre os poderosos; ele vem em humildade e só o encontram aqueles que o buscam da mesma forma. Requer que se ajoelhe.

Charles Lamb (1775–1834) foi um ensaísta, poeta e crítico literário inglês, figura central do período Romântico. Ele é amplamente reconhecido como um dos maiores mestres do “ensaio pessoal” na língua inglesa. Conta-se que em sala de aula, certa vez ele afirmou: “Se William Shakespeare entrasse nesta sala, todos nós ficaríamos de pé. Mas se o Senhor Jesus entrasse, todos nós, instintivamente, nos ajoelharíamos.”

E eu digo a você, nesta manhã: Cristo está neste lugar. Ele prometeu estar onde dois ou três estivessem reunidos em seu nome. Uma das marcas de que Deus está atraindo você é que, ao sentir a presença dele, o seu instinto mais profundo é o de se ajoelhar e o adorar. Foi exatamente isso que os magos fizeram.

3. A entrega do melhor a Jesus

Os magos buscaram na esperança de encontrar Jesus. Eles se prostraram em adoração a Jesus. E, em terceiro lugar, eles entregaram a Jesus o que tinham de melhor.

Você talvez conheça os significados que a tradição atribui a esses presentes: o ouro para coroar o Rei; o incenso para adorar a divindade; e a mirra, com seu perfume amargo, apontando para o sofrimento e o sepultamento daquele que viria para morrer por nós. Eram presentes dignos de um Rei, realmente.

Em todo caso, deixe-me dizer uma coisa importante: o que acontece aqui não é uma “chantagem de Natal”.

Há um ensaio de C.S. Lewis que traz uma queixa muito lúcida. Está no seu livro Deus no banco dos réu. Eis o título: “O que o Natal significa para mim”. Nesse texto, Lewis fala sobre como transformamos o Natal em uma obrigação de troca: “Eu te dei um presente, agora você me deve um; o seu foi melhor que o meu, então ano que vem preciso compensar”. Então, conclui: às vezes, olhamos para a vinda de Cristo dessa mesma forma, como se Deus estivesse nos cobrando uma dívida.

Mas não é assim. Deus não entrega o próprio Filho para “torcer o nosso braço” ou nos forçar a dar algo em troca. Quando a maravilha da vinda de Cristo realmente toca a nossa alma, a única coisa que sentimos vontade de fazer é nos entregar a ele — transbordantes de alegria.

Há um poema de Christina Rossetti que na última estrofe faz uma pergunta que talvez você esteja se fazendo agora — espero que sim. Mas vale a pena a leitura do poema inteiro:

No Rigor do Inverno (1872)
[…]
Que posso eu lhe dar, pobre como sou? Se fosse pastor, um cordeiro eu dou; se eu fosse um mago, faria o meu papel; mas dou o que posso: meu coração fiel.

É isso o que Jesus quer de você. Ele quer você por inteiro. Cada detalhe da sua vida. E entenda uma coisa: Cristo não ficará satisfeito enquanto não tiver você todo, porque você nunca estará plenamente satisfeito enquanto não o tiver por inteiro.

Aqueles magos, com o entendimento que tinham e com o que aprenderam de José e Maria, abriram seus tesouros. Eles celebraram que o Salvador havia nascido. Eles encontraram o que procuravam: Jesus, o Senhor.

Dê a Jesus o seu coração

Eu queria que você pensasse na história que o pastor Sinclair Ferguson costuma contar. Ela aconteceu na Escócia, na igreja onde ele serviu. Um homem, em suas últimas semanas de vida, chamou a filha e abriu o coração:

“Minha querida, eu finalmente descobri o que procurei a vida inteira. Só encontrei agora, nestes últimos dias. Eu fui encontrado por Jesus Cristo. E eu sei que o encontrei”.

Que maneira extraordinária de morrer, não é?

Mas pense comigo: por que ele sentia que estava procurando algo a vida toda? Porque as Escrituras mostram que Deus colocou um peso em cada um de nós — o peso de termos sido feitos para ele. Enquanto você não for encontrado por ele, você continuará procurando em lugares vazios e perderá o que realmente importa.

Talvez você esteja se perguntando: “O que eu posso dar a Jesus hoje?”. Você pode se sentir pobre ou achar que não tem nada à altura de um Rei. Mas você tem exatamente o que ele pede: o seu coração. Faça dele o Rei e o Salvador da sua vida. É isso que torna o Natal, de fato, Natal. Se tudo isso soa novo ou estranho, olhe para os magos. Eles não ficaram apenas na teoria; eles caminharam, encontraram e celebraram. Eu convido você a seguir pelo mesmo caminho.

Agora, volte comigo àquelas perguntas que fiz no início: O que sobrou do Natal na sua casa? A geladeira cheia? O sofá marcado pelos netos? O chão sujo de arroz e farofa? As caixas vazias e os papéis rasgados debaixo da árvore?

Para muitos, o Natal termina quando a bagunça é limpa. Mas eu digo a você: para quem encontrou o Rei, o que sobra não é o resto de uma festa. O que sobra é TUDO. O que sobra é a única coisa que realmente importa: Jesus Cristo. Ele não é uma lembrança que guardamos na caixa de enfeites até o ano que vem; ele não é o personagem de um presépio de Natal; ele é a presença que fica quando todos os convidados vão embora.

Venha a ele agora, pela fé. Não fique apenas observando de longe. Ajoelhe-se. Adore-o. Entregue a ele o seu coração fiel. Porque quando Jesus é tudo o que nos sobra, descobrimos que, finalmente, temos tudo o que precisamos.

S.D.G. L.B.Peixoto.

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