12.09.2021
Ageu 1.1-15 1Em 29 de agosto do segundo ano do reinado de Dario, o SENHOR transmitiu esta mensagem por meio do profeta Ageu ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, e ao sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque. 2“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Este povo diz: ‘Ainda não chegou a hora de reconstruir a casa do SENHOR’”. 3Então o SENHOR enviou esta mensagem por meio do profeta Ageu: 4“Por que vocês vivem em casas luxuosas enquanto minha casa continua em ruínas? 5Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Vejam o que tem acontecido com vocês! 6Plantam muito, mas colhem pouco. Comem, mas não se saciam. Bebem, mas ainda têm sede. Vestem-se, mas não se aquecem. Seus salários desaparecem como se vocês os colocassem em bolsos furados. 7“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Vejam o que tem acontecido com vocês! 8Agora, subam as colinas, tragam madeira e reconstruam minha casa. Então me alegrarei nela e serei honrado, diz o SENHOR. 9Vocês esperavam colheitas fartas, mas elas foram escassas. E, quando trouxeram esse pouco para casa, eu o fiz desaparecer com um sopro. Por quê? Porque minha casa continua em ruínas, diz o SENHOR dos Exércitos, enquanto vocês estão ocupados construindo suas casas. 10É por causa de vocês que os céus retêm o orvalho e a terra não produz colheitas. 11Enviei uma seca sobre seus campos e sobre as colinas, uma seca que fará murchar o trigo, as uvas, as azeitonas e todas as suas plantações, que fará vocês e seus animais passarem fome e destruirá tudo que vocês trabalharam para conseguir”. 12Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e o sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e todo o remanescente do povo obedeceram à mensagem do SENHOR, seu Deus. Quando o povo ouviu as palavras do profeta Ageu, que o SENHOR, seu Deus, tinha enviado, temeu o SENHOR. 13Então Ageu, o mensageiro do SENHOR, transmitiu ao povo esta mensagem do SENHOR: “Estou com vocês, diz o SENHOR!”. 14E o SENHOR deu ânimo ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, ao sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e a todo o remanescente do povo. Começaram a trabalhar na casa de seu Deus, o SENHOR dos Exércitos, 15em 21 de setembro do segundo ano do reinado de Dario.
Ageu é o profeta que pregou para desmascarar os profetas da sedução. Foi a voz de Deus em um dos períodos mais efervescentes da história das religiões e do florescimento cultural, como vimos hoje pela manhã. A mentira contra a qual ele pregou ainda é uma praga entre nós, neste tempo da história. Você percebeu? Ele pregou contra a ideia de que se você trabalhar muito você será feliz (a realização no trabalho), se você comer, beber, vestir e morar bem você terá achado a felicidade. Tudo mentira!
Em nossos dias, Ageu seria tratado como Jeremias foi tratado entre os seus contemporâneos, antes do cativeiro babilônio. Jeremias foi desprezado e judiado por falar a verdade de Deus. Hoje, guardadas as proporções, Ageu sofreria os mesmos ataques. Mas para apontar o segredo do contentamento, Ageu precisou, primeiro, apedrejar os ídolos da sua geração. Quer ver? Retome comigo a estrada que tomamos hoje pela manhã através deste livro fascinante.
O povo de Ageu
O povo que voltou para Jerusalém enfrentou muitas dificuldades para cumprir seu projeto de reconstrução do templo.
O POVO SOFREU COM ESCASSEZ E APATIA. A cidade de Jerusalém, a capital do país, estava entupida de entulhos e o povo vazio de recursos, pois já tinham ofertado tudo o que possuíam (Ed 2.64-69) – e muitos poucos recursos lhes restaram para que mais recursos fossem produzidos. Com efeito, aquele era um tempo de paralisia, pobreza e preocupação. Reconstruir o templo em um país reduzido a escombros e sem dinheiro já era difícil, quanto mais difícil era continuar construindo flertando com a lembrança de que na Babilônia eles tinham vivido sem o templo por mais de 50 anos. Então, para quê? Para quê o templo, meu Deus? Para quê essa urgência? Sobretudo sabendo que a maioria do povo optou por continuar por lá, desfrutando a Babilônia! Ah! E eles já tinham dado tudo o que tinham para aquela obra gigantesca.
Aquilo que Jeremias havia instruído em carta – como sinal de submissão à disciplina inicial e amorosa de Deus – , havia se tornado o estilo de vida dos judeus expatriados para a Babilônia (e de algum modo também dos judeus que voltaram nas primeiras levas para Jerusalém). Você se lembra da carta? Refresque sua memória:
Jeremias 29.4-7 4Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os exilados que ele deportou de Jerusalém para a Babilônia: 5“Construam casas e estabeleçam-se nelas. Plantem pomares e comam os frutos que eles produzirem. 6Casem-se e tenham filhos. Encontrem esposas para seus filhos e maridos para suas filhas, a fim de que vocês tenham muitos netos. Multipliquem-se! Não diminuam! 7Trabalhem pela paz e pela prosperidade da cidade para a qual os deportei. Orem por ela ao SENHOR, pois a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela”.
Ora, à luz de todo o contexto, fica fácil concluir porque o povo de Ageu não progrediu para reconstruir o templo. Essa gente deu ouvidos demais aos falsos profetas e colocou os olhos do coração nesta terra, não na que há de vir:
Jeremias 29.8-10 8Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: “Não se deixem enganar pelos profetas e adivinhos que há no meio de vocês na terra da Babilônia. Não deem ouvidos aos sonhos deles, porque sonham o que vocês querem ouvir. 9Eles contam mentiras em meu nome. Eu não os enviei”, diz o SENHOR. 10Assim diz o SENHOR: “Vocês ficarão na Babilônia durante setenta anos. Depois disso, eu virei e cumprirei todas as boas promessas que lhes fiz e os trarei de volta para casa.
Além da escassez e da apatia, O POVO SOFREU COM HOSTILIDADE E PERSEGUIÇÃO. Ocorreu que tão logo os judeus chegaram a Jerusalém, os samaritanos propuseram se unir a eles na reconstrução do templo. Mas essa aliança era uma armadilha. Afinal, se o templo era tão importante para os samaritanos, por que eles não o tinham reconstruído antes? Sabendo dos perigos, os judeus se recusaram terminantemente a assinar aquele acordo de cooperação. Então, rejeitados e enfurecidos, os samaritanos se ergueram em grande oposição. De parceiros, tornaram-se perseguidores. Foram até Xerxes e depois a Artaxerxes para pleitearem um embargo. E conseguiram, pois com o decreto do rei da Pérsia, o templo foi deixado de lado por quase 15 anos (Ed 4.6-24).
Aquela gente, portanto, sofreu com escassez, apatia, hostilidade e perseguição. Mas tinha mais. O POVO SOFREU COM FALTA DE FÉ E DESCONTENTAMENTO.
Quando lemos as palavras introdutórias da profecia de Ageu, fica evidente que, na verdade, após o período inicial de encantamento pela libertação e desejos espirituais genuínos, o povo, ao encarar a dureza do trabalho de reconstrução (cf. Sl 126), achou por bem se escorar no decreto de Artaxerxes. Leia mais uma vez e preste atenção:
Ageu 1.1-2 1Em 29 de agosto do segundo ano do reinado de Dario, o SENHOR transmitiu esta mensagem por meio do profeta Ageu ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, e ao sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque. 2“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Este povo diz: ‘Ainda não chegou a hora de reconstruir a casa do SENHOR’”.
Ora, não é estranho que Deus não cite o decreto de Artaxerxes, constado em Esdras 4? Sim, houve um decreto por parte da Pérsia, mas aqui em Ageu o SENHOR não o cita como causa para a paralisação das obras do templo! Meu povo, é sim muito estranho que Deus não cite o decreto! Sabe por quê? Porque se aquele povo tivesse mantido a fé e buscado o contentamento em Deus, eles jamais teriam parado a obra do templo para se dedicar exclusivamente aos seus próprios negócios por quase 15 anos.
NOTE que Deus joga a culpa toda sobre eles e não sobre Artaxerxes, Ageu 1.2: “Assim diz o SENHOR dos Exércitos: ESTE POVO DIZ: ‘Ainda não chegou a hora de reconstruir a casa do SENHOR’”.
LEMBRE-SE: uma lei persa jamais poderia ser revogada. Portanto, o que Ciro tinha decretado, Xerxes, Artaxerxes e sucessor nenhum deles poderia desfazer nem invalidar. E mesmo que pudessem, uma leitura cuidadosa do decreto de Artaxerxes revelará que EM MOMENTO ALGUM SE PROIBIU A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO, mas dos muros e das fortificações da cidade – por razões óbvias no próprio texto. Preste atenção:
Esdras 4.11-13, 17-22 11Esta é uma cópia da carta: “Ao rei Artaxerxes, de seus súditos leais na província a oeste do rio Eufrates. 12“Informamos ao rei que os judeus que saíram da Babilônia para Jerusalém estão reconstruindo esta cidade rebelde e má. Já restauraram os alicerces e, em breve, terminarão os muros. 13É bom o rei saber que, se esta cidade for reconstruída e seus muros forem concluídos, haverá grande prejuízo para o tesouro real, pois os judeus se recusarão a lhe pagar tributos, impostos e taxas. […] 17O rei Artaxerxes enviou a seguinte resposta: “Ao comandante Reum, ao secretário da corte Sinsai, e a seus companheiros em Samaria e em toda a província a oeste do rio Eufrates. Saudações. 18“A carta que vocês enviaram foi traduzida e lida para mim. 19Ordenei que se fizesse uma busca nos registros e descobri que, de fato, Jerusalém tem sido, ao longo dos anos, foco de insurreição contra vários reis. Aliás, rebeliões e revoltas são normais ali. 20Reis poderosos governaram sobre Jerusalém e sobre toda a província a oeste do rio Eufrates e receberam tributos, impostos e taxas. 21Portanto, deem ordens para que esses homens parem seu trabalho. A cidade não deve ser reconstruída enquanto eu não mandar. 22Sejam diligentes e não descuidem desse assunto, pois não devemos permitir que a situação prejudique os interesses do rei”.
Percebeu? O que se proibia? O QUE SE PROIBIA, de fato, era que se reconstruísse os muros, para que desse modo Israel não oferecesse resistência aos persas. Ademais, a religião era permitida, desde que se submetesse ao interesse político, desde que o povo não deixasse de pagar e prestar lealdade ao império. O QUE SE PODE CONCLUIR, portanto, é que o povo de Ageu sofria de falta de fé e de contentamento em Deus e, por isso, amaram as desculpas que conseguiram acumular – “estamos seguindo o decreto! ainda não chegou a hora de reconstruir a casa do SENHOR!” Até que veio o profeta Ageu, em nome do SENHOR dos Exércitos, e os desafiou a redefinir suas prioridades.
A prioridade de Ageu
Como nos dias de Ageu, nós e os nossos contemporâneos sempre arrumamos concorrentes para a glória de Deus. Leiam, Ageu 1.8: “Agora, subam as colinas, tragam madeira e reconstruam minha casa. Então me alegrarei nela e serei honrado [glorificado], diz o SENHOR.” Veja que o problema todo estava no fato de que aquele povo não conseguia manter o prazer deles na glória de Deus. Começaram bem, mas não conseguiram sustentar sua alegria em Deus. Por isso, partiram em busca de outros prazeres e prioridades.
Quais eram as prioridades daquela gente?
Ageu 1.3-4 3Então o SENHOR enviou esta mensagem por meio do profeta Ageu: 4“Por que vocês vivem em casas luxuosas enquanto minha casa continua em ruínas?
Os prazeres e as prioridades daquela gente eram os produtos e as práticas que muitas propagandas nos sugerem e nosso coração abraça como substitutos de Deus. No caso deles, “casas luxuosas [NVI: casas de fino acabamento]”.
Ora, já acostumados a viver sem o templo, priorizando a prosperidade da cidade e de sua própria vida; depois açoitados pela perseguição dos samaritanos e advertidos pelo decreto todo conveniente do rei Artaxerxes; os judeus acharam a combinação perfeita para curtirem suas “casas de fino acabamento” – e trabalharem nas lavouras, colher, comer, beber e vestir bem – , abandonando a prioridade do reino de Deus e sua justiça. Só foi possível de duas maneiras: distorcendo a Bíblia e revertendo prioridades.
PRIMEIRO, DISTORCENDO AS ESCRITURAS. Ageu 1.2: “Este povo diz: ‘Ainda não chegou a hora de reconstruir a casa do SENHOR’”. Os profetas Jeremias e Daniel, de fato, profetizaram que Jerusalém ficaria assolada por 70 anos (Jr 25.11; Dn 9.1-2). E uma vez que ainda não havia sido completado os 70 anos (faltavam pelo menos 20 anos ainda), Judá decidiu abandonar a reconstrução do templo para se dedicar às suas “casas de fino acabamento [casas luxuosas]”. Sim, a libertação completa levaria mais uns vinte anos para ocorrer. Porém, nada os impedia de já trabalhar para reconstruir o templo de Jerusalém. Distorceram a profecia bíblica em favor de seus desejos perversos. Sem falar de que se a lógica de se orar e de se batalhar pela prosperidade valeu lá na Babilônia (Jr 29.4-7), por que não valeria agora na terra santa, em Jerusalém? Para que os desejos pecaminosos do coração fossem atendidos, aquela gente teve que distorcer a Bíblia.
Primeiro, distorceram a Bíblia. SEGUNDO, REVERTERAM AS PRIORIDADES. Ouça qual foi a primeira acusação do SENHOR pelos lábios de Ageu:
Ageu 1.5-6 5Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Vejam o que tem acontecido com vocês! 6Plantam muito, mas colhem pouco. Comem, mas não se saciam. Bebem, mas ainda têm sede. Vestem-se, mas não se aquecem. Seus salários desaparecem como se vocês os colocassem em bolsos furados.
Percebeu?
Amaram o dinheiro, mas se viram sem ele – era todo colocado em “bolsos furados”; não sabiam para onde ia todo o salário ganhado. Trabalharam muito, mas produziram tão pouco. Comeram e beberam, mas não se saciaram nem mataram a sede. Compraram e se vestiram, mas sem qualquer utilidade, posto que ainda ficavam com frio.
Soa familiar? Não é mera coincidência, meu povo!
Nada do que pensaram e fizeram foi suficiente para contentar ou saciar o coração. As prioridades estavam distorcidas ou revertidas. As prioridades não eram o reino de Deus e a sua justiça, não era a glória de Deus, mas o que comer, beber, vestir e onde morar – e que Deus nos ajude. Ageu, então, enviado por Deus, pregou do modo correto as Escrituras com o fim de corrigir as prioridades do coração. Agora, PRESTE ATENÇÃO! Há algumas dicas da mensagem de Ageu que precisamos observar para podermos (re)definir nossas prioridades.
1. A reunião coletiva corrige nosso foco
Ageu 1.1-2 1Em 29 de agosto do segundo ano do reinado de Dario, o SENHOR transmitiu esta mensagem por meio do profeta Ageu ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, e ao sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque. 2“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Este povo diz: ‘Ainda não chegou a hora de reconstruir a casa do SENHOR’”.
Note que era o sexto mês (mês de Elul – 29 de agosto). Era o primeiro dia do mês, com a Lua Nova. Era, portanto, um dia dedicado à adoração (Sl 81.3; Is 1.13-14), quando o povo suspendia o trabalho e as atividades com ele relacionadas – como se fosse o sábado no qual se parava o trabalho para o culto (Am 8.5) – e uma oferta especial era queimada ao Senhor (Nm 28.11-15). Evidentemente, era também uma oportunidade de se ouvir os profetas falarem em nome do SENHOR (2Rs 4.22-23).
Os cultos públicos – as assembleias da igreja reunida para adoração – são fundamentais à nossa devoção pessoal. Por isso o Novo Testamento nos adverte a não abandonar a comunhão, a congregação da igreja local (Hb 10.25). Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho escreveu em seu comentário de Ageu o que se segue:
É bem verdade que Deus pode falar em qualquer dia e a qualquer hora e, ainda, em qualquer lugar. Mas em Ageu podemos observar que ele falou num dia em que o povo se dedicou à adoração coletiva.
Paulo, o apóstolo, concordaria com esta teologia, pois recomendou a Timóteo (1Tm 4.13): “Até minha chegada, dedique-se à leitura pública das Escrituras, ao encorajamento e ao ensino.” A adoração coletiva corrige nosso foco. O culto público foi o modo todo especial que Deus escolheu para exortar, encorajar e ensinar o seu povo. — Crente, faça-se, pois, presente aos cultos públicos da igreja. Junte-se, regularmente, à assembleia solene dominical do povo de Deus. Igreja não é só seus cultos, mas não é menos do que seus cultos, assembleias ou reuniões públicas.
Sobre a leitura pública das Escrituras, Paulo, na segunda carta, falou a Timóteo do valor da Bíblia lida e pregada em público, no culto público:
2Timóteo 3.16–4.2 16Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo. 17Deus a usa para preparar e capacitar seu povo para toda boa obra. 4.1Eu lhe digo solenemente, na presença de Deus e de Cristo Jesus, […]: 2pregue a palavra. Esteja preparado, quer a ocasião seja favorável, quer não. Corrija, repreenda e encoraje com paciência e bom ensino.
Sobre o valor do culto público, Paulo ainda escreveu aos coríntios:
1Coríntios 14.22-25 22Portanto, falar em línguas é um sinal não para os que creem, mas para os descrentes. A profecia, contudo, é para os que creem, e não para os descrentes. 23Ainda assim, se descrentes ou pessoas que não entendem essas coisas entrarem na reunião de sua igreja e ouvirem todos falarem em línguas, pensarão que vocês são loucos. 24Mas, se todos vocês estiverem profetizando e descrentes ou pessoas que não entendem essas coisas entrarem na reunião, serão convencidos do pecado e julgados por aquilo que vocês disserem. 25Ao ouvirem, os pensamentos secretos deles serão revelados, e eles cairão de joelhos e adorarão a Deus, declarando: “De fato, Deus está aqui no meio de vocês”.
A reunião coletiva corrige nosso foco. Crente precisa de igreja, congregar com outros crentes, atender regularmente às reuniões dominicais da igreja.
2. A reflexão bíblica cura nosso coração
Leia comigo, mais uma vez, e preste atenção no que se deveria dizer ao povo naquele culto público. NOTE como o coração seria curado pela palavra de Deus na reunião coletiva – quando os ÍDOLOS DO CORAÇÃO fossem desmascarados e confessados:
Ageu 1.3-11 3Então o SENHOR enviou esta mensagem por meio do profeta Ageu: 4“Por que vocês vivem em casas luxuosas enquanto minha casa continua em ruínas? 5Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Vejam o que tem acontecido com vocês! 6Plantam muito, mas colhem pouco. Comem, mas não se saciam. Bebem, mas ainda têm sede. Vestem-se, mas não se aquecem. Seus salários desaparecem como se vocês os colocassem em bolsos furados. 7“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Vejam o que tem acontecido com vocês! 8Agora, subam as colinas, tragam madeira e reconstruam minha casa. Então me alegrarei nela e serei honrado, diz o SENHOR. 9Vocês esperavam colheitas fartas, mas elas foram escassas. E, quando trouxeram esse pouco para casa, eu o fiz desaparecer com um sopro. Por quê? Porque minha casa continua em ruínas, diz o SENHOR dos Exércitos, enquanto vocês estão ocupados construindo suas casas. 10É por causa de vocês que os céus retêm o orvalho e a terra não produz colheitas. 11Enviei uma seca sobre seus campos e sobre as colinas, uma seca que fará murchar o trigo, as uvas, as azeitonas e todas as suas plantações, que fará vocês e seus animais passarem fome e destruirá tudo que vocês trabalharam para conseguir”.
Quando abandonamos a busca do prazer na glória de Deus nós procrastinamos o reino de Deus e a sua justiça. Esforçamos-nos para encontrar prazer noutras coisas – noutros ídolos. E o resultado é que nós nos frustramos e não nos satisfazemos plenamente. Ficamos com bolsos furados e alma vazia.
A prioridade de nossa vida é Deus. Nosso prazer é a glória de Deus. O que passar disso será enfado, canseira e descontentamento.
Mateus 6.31-34 31“Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘O que vamos comer? O que vamos beber? O que vamos vestir?’. 32Essas coisas ocupam o pensamento dos pagãos, mas seu Pai celestial já sabe do que vocês precisam. 33Busquem, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão dadas. 34“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará suas próprias inquietações. Bastam para hoje os problemas deste dia.”
A reunião coletiva corrige nosso foco. A reflexão bíblica cura nosso coração. E…
3. A resposta obediente constrói nossa vida
Na pregação de Ageu há quatro imperativos fundamentais: vejam (vs. 5 e 7), subam (v. 8), tragam (v. 8) e reconstruam (v. 8). — VEJAM a que fim trágico vocês chegaram (vs. 5, 7), tendo abandonado o SENHOR e o trocado por outros ídolos, priorizando seus próprios desejos! “Agora,” versículo 8, “SUBAM as colinas, TRAGAM madeira e RECONSTRUAM minha casa. Então me alegrarei nela e serei honrado [glorificado], diz o SENHOR.”
Ô, meu povo, há quatro imperativos a serem obedecidos com fé e esperança, se quisermos viver alegres e satisfeitos na glória de Deus: “ver”, “subir”, “trazer” e “reconstruir” – uma imagem clara da salvação que Cristo nos oferece, um tipo perfeito da vida cristã genuína:
Os judeus do período de Ageu obedeceram e receberam a bênção do Senhor:
Ageu 1.12-15 12Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e o sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e todo o remanescente do povo obedeceram à mensagem do SENHOR, seu Deus. Quando o povo ouviu as palavras do profeta Ageu, que o SENHOR, seu Deus, tinha enviado, temeu o SENHOR. 13Então Ageu, o mensageiro do SENHOR, transmitiu ao povo esta mensagem do SENHOR: “Estou com vocês, diz o SENHOR!”. 14E o SENHOR deu ânimo ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, ao sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e a todo o remanescente do povo. Começaram a trabalhar na casa de seu Deus, o SENHOR dos Exércitos, 15em 21 de setembro do segundo ano do reinado de Dario.
O contentamento é uma arte a ser aprendida (Fl 4.11). E Cristo é a única fonte que verdadeiramente satisfaz – Cristo e só Cristo; Cristo e nada mais; Cristo como fim e não meio para outras coisas (ainda que legítimas); Cristo pelo que ele é. AGORA: para este fim, para aprender que viver é Cristo e morrer é lucro, você terá que refazer suas prioridades. E hoje nós vimos que:
Desse modo, três perguntas precisam ser respondidas com honestidade:
Para aprender o contentamento você terá que
Ânimo e força para recomeçar, assim como obteve o povo de Ageu, virão da reunião coletiva do povo de Deus para corrigir o foco, da reflexão bíblica que cura o coração e da resposta obediente que (re)constrói a vida.
Como nós precisamos de ânimo e de força para não desanimar e esmorecer! Empolgação e entusiasmo iniciais não bancam nossa vida. Olhe para Ageu 1. Precisamos da rotina diária e dominical – a sós com Deus, diariamente e na congregação com Deus e o povo de Deus, dominicalmente.
Como nós somos facilmente levados a distorcer as Escrituras! Desse modo, negligenciamos o essencial, que a glória de Deus, justificamos (“biblicamente”) nossos pecados idólatras: preciso comer, beber e vestir; preciso trabalhar; preciso descansar e me divertir um pouco; etc.
Como a aversão à religiosidade, templos e o formalismo religioso têm servido para tanta gente negligenciar a casa de Deus, a comunhão com o povo de Deus e a desprezar o corpo de Cristo! Não pode ser assim, meu povo! Ouça Ageu.
Sim, é verdade que o Templo é Cristo, e nós somos seu corpo, e o corpo de Cristo é edificado pelo discipulado. Mas quando o povo se reúne como igreja (e ele deve reunir dominicalmente, pelo menos!), esse corpo com o seu Cabeça presente, torna-se Templo santo do SENHOR. E para este propósito nós temos esta propriedade (estes prédios) – e tudo que a envolve: ministérios, ministros, etc. – que precisam ser sim sustentados e mantidos pelos dízimos e ofertas de seus membros.
O segredo do contentamento se aprende quando se começa a definir bem as prioridades. Pare de olhar para os profetas da sedução. Olhe para a palavra de Deus – diariamente, em seu tempo a sós com Deus e dominicalmente, reunido nos cultos com Deus na comunhão do povo de Deus.
QUAIS SÃO AS SUAS PRIORIDADES?
Que elas sejam os meios de graça de Deus para te levar de novo e de novo a Cristo – quais sejam: Bíblia, oração, congregação, discipulado e pequenos grupos intencionais, disciplinas espirituais, liberalidade para dizimar e ofertar.
S.D.G. L.B.Peixoto
Mais Sermões
27 de março, 2022
26 de novembro, 2017
14 de maio, 2017
20 de maio, 2018
Mais Séries
Defina suas Prioridades
Pr. Leandro B. Peixoto