10.08.2025
Deuteronômio 6.4-9 (NVT)
4“Ouça, ó Israel! O SENHOR, nosso Deus, o SENHOR é único! 5Ame o SENHOR, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua força. 6Guarde sempre no coração as palavras que hoje eu lhe dou. 7Repita-as com frequência a seus filhos. Converse a respeito delas quando estiver em casa e quando estiver caminhando, quando se deitar e quando se levantar. 8Amarre-as às mãos e prenda-as à testa como lembrança. 9Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões.
Segundo domingo de agosto. Dia dos Pais. Culto na igreja. Homenagens. Crianças cantando ao Senhor. Portanto, o mínimo que se espera é que o pastor pregue uma mensagem dirigida aos pais — sobre paternidade, sobre o papel dos pais na criação dos filhos, uma mensagem de encorajamento. Não é verdade?
Mas… então vem este pastor e anuncia um título, no mínimo, estranho. Não, eu diria: inapropriado.
— “O Púlpito Não é Suficiente.”
Se essa foi a sua sensação, calma, moço. Tenha paciência. Caminhe comigo neste raciocínio.
O argumento que desejo apresentar logo no início é simples, porém crucial: o púlpito, por mais indispensável que seja, não é suficiente para a criação dos filhos.
E poderia ainda desdobrar meu ponto, afirmando: o ministério infantil não é suficiente para a criação dos filhos. O coral infantil não é suficiente para a criação dos filhos. Escolas Bíblicas de Férias não são suficientes para a criação dos filhos. Atividades específicas — dirigidas às crianças, aos adolescentes e aos jovens — não são suficientes.
Enfim, por mais necessários e preciosos que sejam todos esses instrumentos — sobretudo o púlpito — eles, por si sós, não bastam. Não são suficientes.
O ministério dos pais
A Bíblia nos ensina que os filhos clamam pelo ministério dos pais.
O púlpito não é suficiente. Porque aquilo que se prega aqui precisa ser vivido, modelado, ensinado, aprofundado e aplicado nos lares lá fora.
Observe comigo. Acompanhe a leitura de Deuteronômio 6.1-9 e veja o que se deve ensinar aos filhos — e, também, como se deve ensinar.
Ensine seus filhos a obedecerem a Deus (Dt 6.1-3)
Ensine seus filhos a viverem para Deus em tudo o que fizerem, pois a obediência à palavra de Deus — a vida pautada por ela, pela fé — é o caminho para vida plena.
1“Estes são os mandamentos, os decretos e os estatutos que o SENHOR, seu Deus, me encarregou de lhes ensinar. Não deixem de cumpri-los na terra que em breve vocês possuirão. 2Vocês, seus filhos e netos temerão o SENHOR, seu Deus, enquanto viverem. Se obedecerem a todos os seus decretos e mandamentos, desfrutarão de vida longa. 3Ouça com atenção, Israel, e tenha o cuidado de obedecer. Então tudo irá bem com vocês e terão muitos filhos na terra que produz leite e mel com fartura, exatamente como lhes prometeu o SENHOR, o Deus de seus antepassados.
Ensine seus filhos a amarem a Deus (Dt 6.4-6)
Ensine seus filhos a amarem a Deus profundamente, com tudo o que são e possuem, pois o amor — que é fruto do Espírito, fruto da fé — é o motor da verdadeira obediência.
Nós leremos o texto de Deuteronômio 6.4-6.
Mas, antes mesmo da leitura, peço que você observe algo essencial: Deus é único e exclusivo. É o que diz o verso 4:
— “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR.”
Isso significa que ele não divide sua glória com ninguém. Não há outro Deus além dele. Ele é singular. Ele é absoluto. Ele é digno de todo o nosso amor.
Mas quem é esse Deus, nosso único SENHOR?
Recorreremos à Confissão — ou Credo — de Niceia para essa resposta.
O Credo Niceno-Constantinopolitano surgiu para proteger a fé cristã contra heresias, sobretudo o arianismo, que negava a plena divindade de Cristo.
Foi inicialmente formulado na região que hoje conhecemos como Turquia. Primeiro, em Niceia — na cidade atual de Íznik — durante o Concílio de 325 d.C. E depois ampliado em Constantinopla, hoje Istambul, no Concílio de 381 d.C.
Nessa confissão de fé, a Igreja declara com clareza no que crê a respeito da doutrina da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Afirma que o Filho, Jesus, é da mesma substância que Deus Pai. E proclama que o Espírito Santo é igualmente divino.
Assim, o Credo Niceno-Constantinopolitano tornou-se a confissão universal da fé cristã, preservando a unidade doutrinária da Igreja sobre quem Deus é. E assim, ele nos revela quem é o SENHOR, o nosso Deus, o único SENHOR, como declara Deuteronômio 6.4.
Então… quem é esse Deus único e exclusivo que devemos amar e obedecer?
[Ele é] um só Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
[Ele é o único Senhor], Jesus Cristo,
Filho unigênito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado, não criado,
consubstancial ao Pai;
por ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação,
desceu dos céus,
e se encarnou pelo Espírito Santo
no ventre da Virgem Maria,
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há de vir, em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
[Ele é] Espírito Santo,
Senhor e fonte de vida,
que procede do Pai [e do Filho],
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado;
Ele que falou pelos profetas.
Wayne Grudem resumiu tudo isso muito bem, na seguinte frase:
“Deus existe eternamente em três pessoas — Pai, Filho e Espírito Santo — e cada pessoa é plenamente Deus, e há um só Deus.”
Portanto, esse é o SENHOR nosso Deus, o único SENHOR (Dt 6.4):
E, segundo Moisés, profeta inspirado pelo Espírito de Deus, amar a Deus envolve todo o nosso ser: coração, alma e força (Dt 6.5).
Seus filhos precisam saber disso. E precisam ver você modelar isso diante deles. Deus quer ser amado com todas as nossas afeições, com o nosso corpo e a nossa alma, em tudo o que almejamos, buscamos, dizemos ou fazemos. Esse amor deve ser algo interiorizado, profundo, sincero. Não apenas exterior ou ritual. Não basta repetir palavras bonitas. Não basta seguir tradições. Deus quer que o amemos de verdade. De dentro para fora.
É por isso que o púlpito não é suficiente.
Seu filho, sua filha, seus amigos, discípulos ou irmãos na fé precisam ver você encarnar, diante deles, aquilo que é pregado deste púlpito. Não basta apenas ensinar doutrina ou estabelecer regras. Precisamos também modelar amor por Deus. Não apenas palavras, mas também posturas. Não apenas ensino, mas também exemplo.
Agora, o texto bíblico, Deuteronômio 6.4-6:
4“Ouça, ó Israel! O SENHOR, nosso Deus, o SENHOR é único! 5Ame o SENHOR, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua força. 6Guarde sempre no coração as palavras que hoje eu lhe dou.
“A fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo.” (Romanos 10.17, NAA)
A palavra de Deus gera a fé (Tg 1.18), a qual, pelo Espírito, produz o amor (Gl 5.22) — o amor que fará seus filhos guardarem no coração e praticarem a palavra do Senhor. Disse Jesus: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (Jo 14.23, NAA).
Portanto,
Ensinem seus filhos a obedecerem…
Ensinem seus filhos a amarem… e
Ensine seus filhos a conhecerem a Deus (Dt 6.7-9)
O Deus que seus filhos precisam obedecer, como lemos em Deuteronômio 6.1-3, e amar, como está escrito em Deuteronômio 6.4-6, precisa ser conhecido. E Moisés fala aqui de um tipo de conhecimento prático, extrapúlpito — um conhecimento que acontece através do seu constante falar, pelo seu viver e mediante repetição.
Acompanhe a leitura, Deuteronômio 6.7-9:
7Repita-as com frequência a seus filhos. Converse a respeito delas quando estiver em casa e quando estiver caminhando, quando se deitar e quando se levantar. 8Amarre-as às mãos e prenda-as à testa como lembrança. 9Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões.
De forma prática, isso significa que você, pai — não os pastores, não os presbíteros, nem os professores do ministério infantil ou da Escola Bíblica Dominical; nenhum líder ou voluntário da igreja; também não a professora da escola ou a babá — você é quem deve repetir sempre os ensinamentos do Senhor, criando nos corações dos seus filhos uma memória espiritual que os acompanhará por toda a vida.
Você deve falar da Palavra — conversar sobre a Bíblia — em todos os contextos: quando estiver em casa, no caminho, ao deitar e ao levantar. Em cada momento do dia, a verdade de Deus deve estar em seus lábios e em seus exemplos, como algo que transborda do seu coração.
Além disso, você percebeu que o texto ensina a vincular a fé a símbolos visíveis, conforme os versículos 8 e 9. Isso inclui as mãos, representando as ações dos seus filhos; a testa, simbolizando os pensamentos dos seus filhos; e as portas das casas, sinalizando o testemunho público dos seus filhos diante do mundo.
Deuteronômio 6.7-9
7Repita-as com frequência a seus filhos. Converse a respeito delas quando estiver em casa e quando estiver caminhando, quando se deitar e quando se levantar. 8Amarre-as às mãos e prenda-as à testa como lembrança. 9Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões.
A fé, portanto, não é apenas conhecimento intelectual, mas vida prática.
E a mensagem central é esta: ensine seus filhos a conhecerem a Deus intimamente, de forma prática e visível, para que a vida cristã faça parte da vida cotidiana — e, assim, eles amem ao SENHOR de todo o coração, de toda a alma e de toda a força, e o obedeçam em tudo, com toda a fé na palavra de Deus.
A ausência dos pais
E, se ainda resta alguma dúvida sobre essa urgência da presença dos pais, basta olhar as estatísticas. Elas gritam para nós que filhos clamam, sim, pela presença, pelo ministério dos seus pais. Os números mostram que o púlpito não é suficiente.
No Brasil, quase 7% das crianças são registradas sem o nome do pai na certidão de nascimento. Isso significa que, todos os anos, quase 180 mil crianças sequer têm o direito de saber quem é o homem que lhes deu a vida.
E mesmo nos lares onde o nome do pai está escrito no papel, muitos estão ausentes. O IBGE revela que apenas 3,6% dos lares são chefiados por pais solteiros, enquanto os lares sem a presença paterna continuam crescendo. São famílias feridas. Marcadas por distância emocional, abandono ou separações traumáticas.
E as consequências disso são devastadoras. Entre os adolescentes brasileiros que tentam tirar a própria vida, quase metade — 47,8% — relata conflitos familiares como causa principal. O suicídio, que deveria ser impensável, aumentou 81% entre adolescentes, saltando de 3,5 para 6,4 casos a cada 100 mil jovens.
E, entre menores de 14 anos, o aumento foi ainda mais estarrecedor: 113%.
Quase 10 mil adolescentes tiraram a própria vida no Brasil entre 2012 e 2021. São mil filhos perdidos, a cada ano.
Mas, meu irmão, minha irmã, não estamos falando apenas de números.
Estamos falando de filhos. De gente. De meninos e meninas, cada um com nome, rosto, história. Crianças e jovens que, muitas vezes, cresceram sem a presença de um pai que os guiasse, protegesse ou lhes mostrasse o caminho.
Estudos mostram, ainda, que crianças que vivem com mães solteiras ou divorciadas têm o dobro de risco de repetir o ano escolar, comparadas àquelas que vivem com pai e mãe. E não é difícil entender o porquê.
Quando falta o pai, falta não apenas o provedor. Falta o pastor do lar. Falta o protetor, o orientador, o exemplo. Falta o espelho onde o filho aprende o que significa ser homem. E onde a filha aprende sobre o caráter do homem com quem um dia deverá se casar.
Homem de Deus! Esses números gritam para nós que a paternidade está em crise. Não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Revelam para nós que o púlpito não é suficiente. Deus, em sua Palavra, nos ensina que os pais foram criados para ser presentes, amorosos, firmes, protetores, espiritualmente vigilantes e os grandes mestres de seus filhos.
Portanto, neste Dia dos Pais, não estamos aqui apenas para homenagens ou para entregar lembranças. Estamos aqui para lembrar a cada pai do imenso chamado que Deus lhe confiou. Um chamado urgente, num tempo em que filhos clamam por direção, amor, segurança, ensino e modelagem da palavra de Deus.
Note bem: eu não disse que o púlpito não é necessário. O que eu disse é que o púlpito não é suficiente.
O que estou afirmando, de fato, é isto: o púlpito é imprescindível, inegociável — mas, ainda assim, insuficiente.
De que modo, então, os pais — e todos os demais — podem se beneficiar do púlpito e, a partir dele, ministrar na vida dos filhos, advertir uns aos outros, aconselhar uns aos outros, e realizar tudo o mais que Deus nos chama a fazer um a um ou em pequenos grupos?
Deixe-me apresentar, em conclusão, o púlpito como escola para os pais e para toda a igreja. Para isso, convido você a olhar, ainda que brevemente, para o episódio em que Esdras faz a leitura da Lei, em Neemias capítulo 8. Esse texto relata o reavivamento operado por Deus em Judá, quando a Lei do Senhor foi proclamada do púlpito e aplicada pessoalmente ao coração do povo (Neemias 8.1-18).
Neemias 8.1-12 nos mostra um modelo de culto centrado na Palavra de Deus. O povo se reúne diante do púlpito para ouvir a exposição das Escrituras — todos, homens mulheres e crianças (Ne 8.1-2). A Palavra é lida (Ne 8.2-3), ouvida (Ne 8.3), honrada (Ne 8.4-5) e explicada com clareza, ajudando o povo a entender cada passagem (Ne 8.8). E, em resposta, o povo adora a Deus (Ne 8.6), experimenta profunda convicção (Ne 8.9) e se enche de alegria santa, aplicando a verdade à vida pessoal e comunitária (Ne 8.10-12).
Neemias 8.1-12 (NVT)
1Em outubro, quando os israelitas já haviam se estabelecido em suas cidades, todo o povo se reuniu com um só propósito na praça em frente da porta das Águas. Pediram ao escriba Esdras que trouxesse o Livro da Lei de Moisés, que o SENHOR tinha dado a Israel.
2Assim, no dia 8 de outubro, o sacerdote Esdras trouxe o Livro da Lei perante a comunidade constituída de homens e mulheres e de todas as crianças com idade suficiente para entender. 3Ficou de frente para a praça, junto à porta das Águas, desde o amanhecer até o meio-dia, e leu em voz alta para todos que podiam entender. Todo o povo ouviu com atenção a leitura do Livro da Lei.
4O escriba Esdras estava em pé sobre uma plataforma de madeira feita para a ocasião. [13 nomes são citados; líderes religiosos e comunitários, provavelmente sacerdotes, levitas ou chefes de famílias] 5Esdras estava sobre a plataforma, à vista de todo o povo. Quando o viram abrir o Livro da Lei, todos se levantaram.
6Esdras louvou o SENHOR, o grande Deus, e todo o povo disse: “Amém! Amém!”, com as mãos erguidas. Depois, prostraram-se com o rosto no chão e adoraram o SENHOR.
7Em seguida, os levitas […] instruíram o povo acerca da Lei, e todos permaneceram em seus lugares. 8Liam o Livro da Lei de Deus, explicavam com clareza o significado do que era lido e ajudavam o povo a entender cada passagem.
9Então o governador Neemias, o sacerdote e escriba Esdras e os levitas que instruíam o povo disseram: “Não se lamentem nem chorem num dia como este! Hoje é um dia consagrado ao SENHOR, seu Deus!”. Pois todo o povo chorava enquanto ouvia as palavras da Lei.
10E Neemias prosseguiu: “Vão e comemorem com um banquete de comidas saborosas e bebidas doces e repartam o alimento com aqueles do povo que não prepararam nada. Este é um dia consagrado ao nosso Senhor. Não fiquem tristes, pois a alegria do SENHOR é sua força!”.
11Os levitas também acalmaram o povo, dizendo: “Aquietem-se! Não fiquem tristes! Hoje é um dia santo!”. 12Então o povo saiu para comer e beber numa refeição festiva, para repartir o alimento e celebrar com grande alegria, pois tinham ouvido e entendido as palavras de Deus.
Ah, meus irmãos! O púlpito é escola para os pais. É escola para cada crente.
Portanto, o meu papel — e o papel de cada pastor ou presbítero desta igreja — é preparar cada um de vocês para o ministério de fazer discípulos (cf. Ef 4.11-13).
E, querido pai, querida mãe, o seu primeiro e mais importante ministério, o seu primeiro e mais importante pequeno grupo é a sua casa: o seu cônjuge e os seus filhos.
O meu papel é pregar a você de tal modo que você entenda, e exulte na palavra de Deus — e daqui saia para ministrar em chamas.
Afinal, o púlpito não é suficiente. Nós precisamos uns dos outros. Precisamos discipular e ser discipulados. Precisamos de KOINŌNIA, de comunhão verdadeira, de pequenos grupos onde a fé se torna prática e viva.
John Broadus (1827–1895), o primeiro professor de homilética no Seminário Teológico Batista do Sul dos Estados Unidos — o primeiro seminário fundado pelos batistas do sul norte-americano, em 1859 —, Broadus escreveu que “dominar a Bíblia é a tarefa de toda uma vida, e nenhum estudo aleatório jamais conseguirá realizá-la… Interpretar e aplicar o seu texto de acordo com o seu real significado é um dos deveres mais sagrados do pregador.”
E escreveu ainda:
Quando um homem, hábil no ensino, cuja alma arde com a verdade que ele crê tê-lo salvado e espera que salve outros, [quando esse homem] fala aos seus semelhantes, face a face, olho no olho, e simpatias elétricas cintilam de um lado para o outro entre ele e seus ouvintes, até que se elevem mutuamente, cada vez mais alto, ao pensamento mais intenso e à emoção mais apaixonada — mais alto e ainda mais alto, até serem levados, como em carruagens de fogo, acima do mundo — há aí um poder de mover os homens, de influenciar caráter, vida e destino, como nenhuma página impressa, aparelho de rádio ou tela de cinema jamais poderá possuir.
Ah, meus irmãos! Não se pode amar o Deus do Livro sem amar o Livro de Deus. Portanto, amemos, leiamos, expliquemos e obedeçamos à Palavra Santa, pois, como bem escreveu John Stott:
— “O cristianismo é, em sua própria essência, uma religião da palavra de Deus.”
O púlpito é imprescindível, insubstituível — mas insuficiente.
Precisamos do movimento da Palavra: do preparo do pastor até o púlpito; do púlpito até o rebanho de Cristo; e de cada ovelha de Cristo até outros, que, por sua vez, possam transmitir a Palavra a muitos mais.
Esse é o movimento da Palavra. É por isso que o púlpito não é suficiente. E é por isso que as KOINŌNIAS — ou seja, pequenos grupos, grupos de comunhão — são tão importantes para o povo de Deus, e para a Segunda Igreja Batista em Goiânia.
E agora, ao se prepararem para voltar ao mundo com a mensagem do evangelho, esta é minha súplica a Deus em favor de vocês:
Números 6.24-26
O SENHOR os abençoe e os guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre vocês e tenha misericórdia de vocês; o SENHOR sobre vocês levante o seu rosto e lhes conceda a paz.
S.D.G. L.B.Peixoto.
Mais Sermões
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O púlpito não é suficiente
Pr. Leandro B. Peixoto