06.08.2017
Jesus ensinou que a estrada do discípulo será pavimentada pelas aflições, e somente com “bom ânimo” é que o crente vencerá o mundo (Jo 16.33). Porém, estar ciente não é o bastante. Tanto que, quando nos aprofundamos em conversa honesta e verdadeira com irmãos e companheiros do caminho, o que se percebe é que todos nós debatemos com a mesma pergunta: “Como sobreviver, mantendo um relacionamento dinâmico com Jesus, ao mesmo tempo em que compartilhamos, de forma contagiante e amorosa, a mensagem do evangelho com todos que estão ao nosso alcance?”.
Nessas horas a conversa, normalmente, toma o rumo dos deveres devocionais que todos precisam manter; isto é, da necessidade que temos de cultivar um momento de qualidade diário, a sós com Deus, para oração, leitura e estudo da Bíblia, dentre outras disciplinas espirituais. Aqui, porém, é que mora o perigo, pois corremos o risco de, na prática dessas coisas, realmente indispensáveis, tornarmo-nos mais religiosos sem, de fato, viver a vida cristã no poder e na alegria do Espírito Santo.
Paulo, quando escreveu aos filipenses, expôs-nos uma devoção a Cristo de tal qualidade que faz a de qualquer um de nós parecer bijuteria. A música brilhante da retórica do apóstolo é profundamente atraente, pois o tema rompe com os ruídos das dificuldades, das dores e da solidão de um encarceramento. O que Paulo escreveu ele viveu; e nós também devemos viver. Essa carta revela um homem num relacionamento vivo e brilhante com o seu Senhor; o serviço e o testemunho cristãos estão por toda parte, em todas as esferas da existência; o Espírito do Salvador é o que controla a mente desse autor; a perfeição de Cristo é o seu alvo de vida e o poder de Jesus é o segredo de seu triunfo.
Nas frases dessa carta de amor aos seus fieis amigos de Filipos, nós somos apresentados a um Paulo irreconhecível por muitos; aprendemos a sorver a maravilha da nova vida em Cristo para a qual nós fomos chamados e a cantar um novo cântico nas noites escuras das aflições desta vida. Ninguém poderá ler com seriedade essa carta sem repetir a oração de um crente do passado: “Quero conhecer Cristo mais claramente, amá-lo mais carinhosamente e segui-lo mais proximamente”. Prove e veja, é uma questão de sobrevivência.
Com carinho, Pr. Leandro B. Peixoto.
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