30.10.2016
Imagine que um cristão razoavelmente firme diga a você após o culto: “Gostaria de me envolver mais aqui e oferecer alguma contribuição, mas sinto-me como se não houvesse nada para eu fazer. Ninguém me pede que faça parte de alguma coisa. O que posso fazer?”. O que você pensaria ou diria imediatamente? Começaria a pensar em algum evento ou programa que deveria começar e no qual essa pessoa poderia ajudar? Algum trabalho que precisaria ser feito? Algum ministério ao qual ela poderia juntar-se e dar apoio? É dessa maneira que costumamos pensar sobre o envolvimento de membros de igreja na vida congregacional – em termos de trabalhos e funções, cargos e departamentos, atividades e programas.
A implicação desta maneira de pensar é clara: se todos os trabalhos e funções estão ocupados, não há realmente nada a fazer neste lugar; esperarei até que seja convocado a fazer alguma coisa ou buscarei outro lugar para “servir”. A implicação para o pastor é semelhante: manter as pessoas envolvidas e ativas significa achar trabalhos para elas fazerem. De fato, os gurus de crescimento de igreja dizem que dar às pessoas algum trabalho a fazer dentro dos seis primeiros meses de sua união na igreja é vital para elas se sentirem pertencentes ao grupo. No entanto, se a verdadeira obra de Deus é uma obra pessoal – ou seja, falar piedosamente a sua Palavra, de uma pessoa para outra – então, os trabalhos nunca estão todos ocupados. As oportunidades para que os cristãos ministrem pessoalmente aos outros são ilimitadas.
Você, portanto, poderia parar e responder a seu amigo: “Está vendo aquele homem sentado sozinho ali? É o marido de fulana. Ele está meio deslocado por aqui. Aliás, não tenho certeza se ele já se tornou cristão. O que você acha de ser apresentado a ele? Fazer um compromisso de tomarem café uma vez a cada 15 dias e lerem a Bíblia juntos?” Ou ainda: “Veja aquele casal ali. Ambos são recém-convertidos e precisam realmente de encorajamento e instrução. Por que você e sua esposa não gastam tempo com eles, procuram conhecê-los para lerem a Bíblia e orarem juntos uma vez por mês? E, se você ainda dispõe de tempo e quer contribuir mais, comece a orar por pessoas de sua rua e, depois, convide-as para um churrasco em sua casa. Esse é o primeiro passo em direção a falar com eles sobre o evangelho ou a convidá-los para algo na igreja”.
É claro que há chance de que a pessoa diga: “Mas não sei como fazer essas coisas! Não tenho certeza de que sei o que dizer ou por onde começar.” A isso você pode responder: “Muito bem. Vamos começar a nos reunir, e eu posso treiná-lo”.
Trecho extraído e adaptado de A treliça e a videira: a mentalidade de discipulado que muda tudo.
Publicado pela editora FIEL (pg. 33-34).
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