11.02.2018
Seguir a Jesus requer pagar um preço. Não podemos servir a Jesus e a nosso dinheiro, portanto quando as imposições de ambos entram em conflito, é aí que vemos a quem realmente servimos. Precisamos estar dispostos a abandonar nossa riqueza caso Jesus peça isso de nós.
A maior parte das multidões que seguiram a Jesus durante seu ministério terreno não tinha a menor ideia que esse seguir exigiria um sacrificar de tudo. Para a maioria, Jesus era um operador de milagres e um mestre. Se você estivesse atrás de sabedoria, cura e pão e peixe de graça, Jesus era quem você escolheria seguir.
Mas Jesus queria se certificar que eles sabiam o que ele pedia deles. Ele preferia que eles não o seguissem, do que o seguissem com falsas pretensões. Por isso lemos no evangelho escrito por Lucas: “Grandes multidões o acompanhavam, e Ele, voltando-se, lhes disse: Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.25-33).
Eis as claras condições para o discipulado. Para ser cristão, é necessário é preciso literalmente estar disposto a morrer. É preciso considerar a Jesus mais importante que seus próprios pais, irmãos e filhos – é isso que Jesus quer dizer com o termo “aborrecer”. Vamos destrinchar essas palavras um pouquinho mais.
Primeiro, repare a quem Ele está se dirigindo, seu público-alvo: “Se alguém vem a mim”. Isto não é uma convocação feita apenas aos super-cristãos. Ele não está se referindo a mártires e apóstolos. Ele está falando a todo aquele que almeja ser cristão. E se você deseja ser cristão, isso tem de ser verdade a seu respeito. Essa é a experiência normal do discípulo de Jesus.
Segundo, considere o que você precisa fazer. É preciso negar-se a si mesmo. O que isto significa? Bem, normalmente pensamos em negar-se a si mesmo em termos de nos refrearmos em termos de luxo. Se desejo perder peso, preciso me refrear da sobremesa. Se quiser ficar dentro do orçamento, preciso me refrear de fazer alguma compra frívola. Mas Jesus quer dizer mais que isso. Veja como John Stott descreve isto:
Negar-se a si mesmo é comportar-se para consigo mesmo como Pedro fez para com Jesus, quando o negou três vezes. O verbo é o mesmo (aparneomai). Ele o renegou, repudiou, voltou as costas para Ele. Abnegação não é negarmos a nós mesmos luxos como chocolate, tortas, cigarros e cocktails (embora possa incluir isso); trata-se de, na realidade, negarmos, repudiarmos a nós mesmos, renunciando a nosso suposto direito de seguir nosso próprio caminho. Negar-se a si mesmo é voltar se da idolatria do egocentrismo.
Você percebe porque não pode seguir a Jesus sem negar-se a si mesmo? Alguém tem que dar as ordens na sua vida. Ou será você ou será Jesus. Não há como reivindicar estar servindo a Jesus sem estar negando a você mesmo.
Texto extraído e adaptado do livro:
Eu Sou Mesmo Um Cristão? (págs. 147-149), escrito por
Mike McKinley. Editora Fiel.
Mais Artigos
22 de outubro, 2017
3 de abril, 2016
6 de novembro, 2017
25 de março, 2018