25.03.2018
“Vocação é quando um problema do mundo tira o meu sono.” (Pr. MariFreitas), foi assim que nos sentimos há quase vinte anos atrás quando ouvimos que para cada um milhão e meio de muçulmanos só havia um missionário cristão entre eles.
Deixamos o Oriente Médio em 2010 para irmos ao Norte da África, porque havia por lá a necessidade de um casal com nossas características para supri-las. No ano seguinte, 2011, estourou a guerra civil da Síria que afronta aquele país até o dia de hoje. As atrocidades vividas pelo povo sírio fazem com que essa situação seja a pior catástrofe humanitária que a história moderna já enfrentou depois da Segunda Guerra Mundial. São mais de doze milhões de vítimas, sete milhões de deslocados dentro do país e mais de cinco milhões de emigrantes fora de suas fronteiras, milhares tentando salvar suas próprias vidas e as de seus entes queridos. Entre os refugiados há o expressivo número de quase cem mil crianças desacompanhadas de seus pais. Não se pode dizer que elas são órfãs e isso porque muitas crianças chegam aos campos de refugiados sem seus responsáveis, mas depois de muitas tentativas alguns pais conseguem reencontrar suas crianças. Isso já aconteceu com muitas famílias. Porém, para cem mil pequeninos, esse reencontro ainda não aconteceu. A própria ONU já declarou que essas crianças serão conhecidas como a geração sem esperança.
O número de refugiados crescendo a cada dia e a realidade das crianças desacompanhadas nos fizeram tomar uma decisão diante de uma nova necessidade da Junta de Missões Mundiais: voltaremos ao Oriente Médio. Entendemos que o problema dos refugiados é também agora nosso próprio problema. Mas, como você já sabe, seguimos no Brasil como família missionária devido à não liberação da documentação de nosso filhinho Ismael. Já faz um ano e nove meses de espera por esse documento e até agora nada.
A exemplo do ano passado, não poderemos ficar de braços cruzados aqui no Brasil enquanto esperamos a liberação dos documentos. Mesmo sabendo que nosso tempo de visitas às igrejas tem sido relevante e esclarecedor para os cristãos brasileiros, estamos convictos de que podemos e devemos fazer um pouco mais. E, por isso, no próximo dia 2 de novembro, eu, Caleb, embarcarei para o Oriente Médio com mais oitenta voluntários através do Tour of Hope.
Nossa meta será atender em torno de quatro mil refugiados. Para cada refugiado serão investidos vinte e cinco reais para a compra de medicamentos. Assim, cada refugiado poderá retornar à sua tenda pelo menos com o medicamento necessário para alguns dias. Se você quiser participar na compra dos medicamentos, entre em contato com o tourofhope@jmm.org.br ou administracao@voluntariosemcampo.org.br. Toda ajuda será muito bem-vinda. Animamos você a conhecer mais sobre a igreja sofredora acessando www.nun.org.br.
Em terras brasileiras aguardando a documentação oficial de Ismael,
Pr. Caleb, Rebeca e Ismael Mubarak.
Brasil, outubro de 2017.
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