24.01.2016
“Mas” é uma conjunção. Geralmente, serve para expressar opinião contrária ou restrição. Além de inserir afirmações adicionais ou indicar relação com a ideia anterior, ela também muda a impressão e o impacto fornecido pelo conteúdo que a antecedeu, qualificando, alterando e, não muito raramente, negando totalmente o que foi dito. Por exemplo, nós comumente dizemos: “Sim, é uma boa ideia, mas…”; “Ele é um bom negociante, mas…”; “Ela é uma boa pessoa, mas…”. Em todos os casos, as chances são de que a ideia proposta será totalmente alterada a seguir. O “mas”, portanto, insiste em modificar a situação como um todo. Por isso que os bons ouvintes e os bons leitores prestam cuidadosa atenção às palavras que veem após a conjunção.
Como não poderia deixar de ser, há na Bíblia uma quantidade significativa de conjunções: “mas”, “porém”, “portanto”, “e”, etc. Todas são especiais. No entanto, chama-me principalmente a atenção a expressão formada pela conjunção “mas” e o substantivo masculino “Deus”: “Mas Deus”. Somos sempre edificados quando o que acabou de ser dito é imediatamente qualificado, e muitas vezes corrigido, pelo que seguiu ao “mas Deus”.
Em Efésios 2.3-4, por exemplo, lemos que “todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, (…)”. Noutro lugar encontramos que homens ímpios condenaram e crucificaram injustamente o Senhor Jesus, “mas Deus o ressuscitou dentre os mortos” (At 13.30). Tais exemplos são abundantes na Escritura.
A informação que antecede a conjunção é sempre importante, mas o que vem depois do “mas” precisa ser crido, pois são promessas ou provisões que se abraça pela fé e que podem mudar o curso de nossas vidas. Veja, por exemplo, o caso do último dos patriarcas. Potifar “mandou buscar José e lançou-o na prisão em que eram postos os prisioneiros do rei. José ficou na prisão, mas o Senhor estava com ele e o tratou com bondade, concedendo-lhe a simpatia do carcereiro” (Gn 39.20-21).
Sejam quais forem as nossas circunstâncias ou as nossas necessidades, nós jamais poderemos nos esquecer de que a nossa história é escrita com conjunções. Diante das dififuldades, nós sempre poderemos dizer: “Mas Deus”.
Com carinho,
Leandro B. Peixoto – seu pastor.
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