11.06.2017
Reconhecemos, como crentes, que a vida de uma igreja se afere pelo valor que ela dá ao exercício da oração. Igreja espiritual é a que ora; essa há de crescer e suportar todas as crises, pois vive na dependência do Senhor que disse: “Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes” (Jr 33.3). O mesmo se dá a cada crente em particular.
Os homens santos da Bíblia foram de oração de poder: Moisés (Êx 32.30); Abraão (Gn 12.23-33); Jó (Jó 42.10); Daniel (Dn 6.10); Pedro (At 3.1); Paulo (At 22.11); e tantos outros; eram todos consagrados, dados à oração. Jesus Cristo também levou a vida em oração, isso lemos em diversos lugares dos Evangelhos, como por exemplo, Mateus 14.23, Lucas 6.1, João 11.1-26, etc. Agora, se o Senhor Jesus, que era homem perfeito e perfeito Deus, precisou orar, que diremos acerca de nós, frágeis criaturas, sujeitas à todos os reveses da vida.
A oração não é só um privilégio, é também um meio de graça, um dever sagrado. O apóstolo Paulo nos exorta nos seguintes termos: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens” (1Tm 2.1). O Senhor Jesus ordenou-nos: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Noutro lugar, Paulo anotou: “Orai sem cessar” (1Ts 5.3). Orar, portanto, é o dever sagrado do crente, orar sempre.
Temos, porém, falhado como mordomos na oração. É que, às vezes, para orar, não temos tempo; afinal, são tantos os planejamentos do trabalho, as demandas do trabalho que acabamos roubados do tempo para estarmos a sós com Deus. Os corre-corres da vida impedem-nos de buscar em primeiro lugar a vontade de Deus e termos a certeza de que, o que estamos fazendo, ele, o Senhor, aprovará. Diz-se que certa vez Lutero declarou: “Tenho tanto o que fazer no dia de hoje que preciso passar pelo menos duas horas em oração”. O fiel mordomo, para entender as exigências de seu Senhor e fazer o que ele requer, terá de, primeiramente, ouvir a sua voz e as suas determinações. Honestamente, será mesmo que temos agido assim?
Um dos maiores exemplos temos no Senhor Jesus Cristo. Lemos nos Evangelhos que antes de escolher os seus doze apóstolos, passou uma noite inteira orando ao Pai; é o que está registrado em Lucas 6.12-16. Como seriam grandes as nossas vitórias se assim nós o fizéssemos.
Pr. Arildo Mota dos Reis Pessoa
Pastor Emérito
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