21.10.2018
Isaías 6 é a justaposição de dois extremos absolutos. Duas coisas estavam se aproximando: a impressionante santidade de Deus e a terrível culpabilidade de seu profeta. Nada é mais santo do que o Deus trino, e nada é menos santo do que os lábios de um homem que andou por aí dizendo a todo mundo o quanto eles não são santos, sem confessar o próprio pecado.
Quando ele estava de pé na sala do trono e percebeu estar preso no meio, Isaías desmoronou completamente; ficou totalmente despedaçado, absolutamente quebrantado e completamente arruinado. Só podia dizer: “Ai de mim! Estou perdido!”.
É sábio cada um de nós considerarmos se chegamos a lugar semelhante em nossa própria vida, fazendo uma confissão completa e admitindo sem reservas que somos pecadores à vista de Deus. O problema de Isaías não era apenas que este ou aquele pecado pesava; era a sua própria identidade como pecador. Ele nunca seria suficientemente santo para estar diante de Deus. Qualquer que tenha apenas um vislumbre da verdadeira santidade de Deus saberá imediatamente que ele ou ela está em perigo mortal.
Então permita-me perguntar: Você já esteve onde Isaías estava quando se encontrou totalmente perdido? Você já viu o suficiente da santidade de Deus a ponto de saber que é um pecador culpado? Não falo apenas das coisas erradas que fizemos pelas quais ainda nos sentimos culpados; das coisas erradas que fazemos que não conseguimos parar de fazer; ou de todas as coisas boas que devemos fazer, mas não fazemos. Não; o problema em que nos encontramos é o fato de que somos pecadores.
Então, o que fazer se estivermos nesse tipo de problema? O que pode ser feito quanto a nosso problema mais básico, ou seja, o pecado e a culpa? A primeira coisa a fazer, claro, é admitir isso (foi o que fez Isaías). Ele não tentou se defender. Não veio com uma porção de desculpas. Não disse: “Senhor, sei que sou pecador, mas quero apenas destacar que tem outras pessoas por aí que quebram a tua aliança muito mais do que eu”. Ele não tentou reivindicar que as suas boas obras eram maiores que seus maus feitos ou que ele sempre teve boas intenções, mesmo quando falhou em cumpri-las. Não, uma vez que enxergou o gigantesco abismo que o separava da intocada santidade de Deus, ele confessou o seu pecado.
O exemplo de Isaías deve nos estimular a identificar as áreas de nossa vida em que nos orgulhamos de ter entregado tudo a Deus. Qualquer coisa que seja (quer seja nos esportes, músicas, estudos acadêmicos ou ministério) não existe uma única parte de nós que esteja perfeitamente protegida da mancha do pecado.
Texto extraído e adaptado do livro:
Quando os Problemas Aparecem, págs. 34-35,
escrito por Philip Ryken.
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